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Apostila
Semana das Interações
Medicamentosas
SE TORNANDO EXPERT EM INTERAÇÕES
www.supervisaoclinica.com.br
O farmacêutico deve sempre trabalhar de acordo com as resoluções 585/2013 e
586/2013 do Conselho Federal de Farmácia (CFF). Você pode acessá-las em
www.cff.org.br. Se você não é um profissional de saúde, você não deve utilizar
esse e-book, pois isso pode trazer danos à sua saúde. Ele foi pensado e
estruturado apenas para farmacêuticos graduados e outros profissionais de
saúde. Sempre se consulte com um profissional qualificado para resolver suas
dúvidas. Procure seu médico e farmacêutico de confiança!
ATENÇÃOATENÇÃO
Copyright © 2020 Supervisão Clínica
Reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer
formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na internet ou outros), sem
permissão expressa. Distribuição gratuita é feita pelos meios de comunicação da Supervisão Clínica.
Os melhores esforços foram empenhados para que as informações contidas nesta
apostila estejam de acordo com os padrões aceitos quando foi publicada. No
entanto, deve-se levar em conta a área da saúde evolui rápido e constantemente, e
que as mudanças regulamentares governamentais podem acontecer na mesma
velocidade. Dessa forma, recomenda-se fortemente que os leitores consultem
sempre outras fontes confiáveis (p. ex., Anvisa, bulas, sites das indústrias
farmacêuticas, diretrizes, protocolos clínicos, bases de dados de saúde baseada em
evidências), para garantirem que as informações e legislação vigente contidas aqui
estão corretas e de que não sofreram alterações. Essa apostila deve ser utilizado
como guia de estudo, e jamais como fonte única. Procurou-se citar devidamente
todas as fontes utilizadas na construção desse material, porém nos disponibilizamos
para realizar possíveis correções posteriores caso, inadvertida e involuntariamente,
a menção de algum deles tenha sido omitida.
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SUPERVISÃO
CLÍNICA
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/supervisaoclinica
Prof. Wallace Bottacin
F A R M A C Ê U T I C O - C R F - P R : 2 8 4 2 7
www.supervisaoclinica.com.br
Olá, Doutor(a), prazer!
Me chamo Wallace Bottacin, sou farmacêutico, professor e
fundador da Supervisão Clínica - uma escola de Farmácia
Clínica e Farmacoterapia, para farmacêuticos e profissionais de
saúde que amam atender pessoas e querem fazer isso da
melhor maneira.
Logo após minha formatura na faculdade, senti que não
conseguia trabalhar corretamente com as interações
medicamentosas. Talvez você até sinta o mesmo! Tentava
sugerir algo para beneficiar os pacientes, mas muitas vezes
minha opinião não era sequer ouvida. Após muito esforço,
descobri que estava trabalhando errado com as interações
medicamentosas... e não tinha ninguém para me ajudar nisso e
em tantas outras áreas da Farmacoterapia.
Por isso fundei a Supervisão Clínica! Para ensinar aos meus
colegas como fazer atendimentos com maior segurança e
efetividade. Eu amo ensinar como trabalhar da melhor forma na
Farmácia Clínica e Farmacoterapia. E isso não é bom apenas
para o paciente, mas para todos nós como profissionais:
ganhamos um destaque na nossa região, no nosso trabalho e no
nosso rendimento financeiro. Todos ficam cada vez mais
encantados com o seu trabalho!
Vou ser seu instrutor na Semana das Interações
Medicamentosas. Espero contribuir com o seu crescimento
pessoal e profissional.
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https://www.facebook.com/supervisaoclinica
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COMO USAR ESSA
APOSTILA
PASSO 2
Assista às aulas com bastante atenção, conforme o cronograma
disponível. Fique atento, pois ao final do evento, as aulas sairão
do ar - o evento tem um início e um fim.
PASSO 1
Essa apostila foi pensada para ser IMPRESSA. Ela contém
diversos espaços para serem preenchidos com informações que
você receberá durante a Semana das Interações
Medicamentosas.
PASSO 3
Preencha a apostila com as informações passadas durante as
aulas. Estude bastante e coloque em prática o seu aprendizado. Só
assim você irá fixar o conteúdo e estar preparado para a prática!
CÓDIGOS PARA O
CERTIFICADO
PASSO 2
PASSO 1
Ao final de cada aula um código será disponibilizado. São 3 códigos no total, um para
cada uma das 3 primeiras aulas da Semana das Interações Medicamentosas.
PASSO 3
Com os 3 códigos corretos, você poderá iniciar o teste de certificação. Você deverá
atingir uma nota de pelo menos 60% no teste para receber o certificado. Portanto,
estude bastante o conteúdo durante a semana.
O certificado é gratuito para os participantes que completarem os requisitos. A prova
ficará disponível por um curto período de tempo, consulte o prazo no Manual do
Participante.
Você deve anotar os códigos corretamente, incluindo a diferença entre letras
maiúsculas e minúsculas. Utilize o espaço abaixo para isso.
CÓDIGO DA AULA 1 = ________________________
CÓDIGO DA AULA 2 = ________________________
CÓDIGO DA AULA 3 = ________________________
2 ERRO FATAL
O FUNDAMENTO
INDISPENSÁVEL
É importante que o farmacêutico aprenda que a identificação das interações medicamentosas é um
processo, uma metodologia que deve ser seguida. Durante o processo formativo, muitas vezes
aprende-se que a identificação de interações medicamentosas acontecem através das bulas dos
medicamentos ou através de livros texto. Porém, esse é um dos maiores erros que um
farmacêutico pode cometer na prática clínica.
Primeiro, os livros texto não são atualizados com a velocidade ideal. Mesmo que um livro tenha sido
lançado hoje, ele já sai desatualizado para o mercado! Parece estranho dizer, mas ao se escrever
um livro ele fica durante muito tempo na editora, que faz revisões de texto, cria imagens, ilustra, faz
a diagramação, vai para a impressão e só então é colocado à venda. Isso demora, e muito. E como
fica isso no mundo onde tudo muda de um dia para o outro? Certamente, na área da saúde isso é
prejudicial.
Segundo, é impossível para o ser humano fazer todas as correlações necessárias para identificar
interações medicamentosas manualmente, ou "de cabeça". Imagina você, com 280 prescrições para
avaliar em um hospital de 120 leitos. Você deve liberar as prescrições até meio dia, pois a
enfermagem quer os medicamentos às 13h em ponto prontos para serem administrados. E você?
Está na prescrição número 3, olhando nos livros as interações e verificando se está tudo certo.
Francamente? Surreal. Isso sem contar que, em um hospital, cada paciente pode usar de 1 a 30
medicamentos facilmente. Já imaginou uma prescrição com 20, 30 medicamentos? Elas existem e
são muito comuns. Nesse cenário, muitos farmacêuticos abandonam a análise de interações
medicamentosas. Afinal, é realmente impossível trabalhar assim. E esse problema se repete nas
farmácias comunitárias, onde os clientes têm muita pressa para tudo. Como você vai avaliar a
prescrição corretamente se o cliente não quer passar 10 minutos com você?
Mas, não precisa ser assim. Por isso, resolvi ensinar como se avalia interações medicamentosas na
prática. Após aprender o processo, a metodologia de identificação das interações, você vai
conseguir ajudar muitos pacientes e implementar processos que realmente mudam a realidade do
seu local de trabalho.
Por isso, vamos trabalhar com Saúde Baseada em Evidências e com Bases de Dados de alta
tecnologia. Elas estão ao nosso lado para prestar um cuidado de qualidade aos nossos pacientes!
Mas, antes de começar a aprender o processo de identificação das interações medicamentosas, é
necessário entender pontos relevantes sobre elas. Esses pontos é que dizem se um farmacêutico é
realmente bom ou não no que faz! Vamos lá!?
http://portal.anvisa.gov.br/listas-de-precos
Indique abaixo qual é o primeiro erro fatal que os farmacêuticos e profissionais de saúde
cometem ao avaliar uma interação medicamentosa:
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2 ERRO FATAL
1 ERRO FATAL
Quais são os 3 níveis de relevância clínica (ou severidade) que uma interação
medicamentosa pode ter?
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3 ERRO FATAL
Quais são os dois pontos que devem ser equilibrados para decidir se o ideal é monitorar
uma interação medicamentosa (mantendo os medicamentos), ou intervir (sugerindo
mudanças na farmacoterapia)?
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http://portal.anvisa.gov.br/listas-de-precos
http://portal.anvisa.gov.br/listas-de-precos
Indique, com suas palavras, o porquê é importante considerar os tipos de estudos sobre
as interações medicamentosas:
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Faça uma análise sobre a sua situação: você corre risco de cometer o quinto erro fatal?
Por quê?
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4 ERRO FATAL
5 ERRO FATAL
GRANDE OPORTUNIDADE
Liste as principais oportunidades para você e para seus pacientes que se abrirão ao se
você aprender a trabalhar com as interações medicamentosas da forma correta:
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http://portal.anvisa.gov.br/listas-de-precos
http://portal.anvisa.gov.br/listas-de-precos
Anote o nome das principais bases de dados para identificação das interações
medicamentosas:
BASE DE DADOS 1: _______________________________
BASE DE DADOS 2: _______________________________
BASE DE DADOS 3: _______________________________
BASE DE DADOS 4: _______________________________
PASSOS PARA TRABALHAR
COM AS INTERAÇÕES
COMUNICAR
AO PRESCRITOR
SIM
SIM
NÃO
COMUNICAR
AO PRESCRITOR
________________
________________
________________
________________
NÃO
Sem
alterações
Alterações
presentes
Fluxo sugerido, não
substitui a perícia do
profissional
INÍCIO
Preencha o fluxograma de decisão clínica:
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Anote quais são os 3 principais tipos de interações medicamentosas:
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3 PRINCIPAIS TIPOS DE
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Medicamento x ____________ Medicamento x __________ Medicamento x ___________
O que você aprendeu com a comparação entre os dois casos clínicos do aula?
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PERGUNTAS E
RESPOSTAS
Separei algumas das perguntas que recebi com maior frequência para responder. Vamos lá:
1) Em que momento da consulta farmacêutica devo analisar as interações medicamentosas?
R.: A consulta farmacêutica é o momento que você entrega serviços farmacêuticos ao paciente.
Isso é algo importante de entender, pois a consulta farmacêutica não é um serviço farmacêutico.
Por exemplo, quando você vai numa consulta com o dentista ele realiza serviços e procedimentos
para te devolver um sorriso. Você pode ir em uma consulta odontológica e sair com uma profilaxia
(limpeza dos dentes) ou com um implante. São serviços diferentes oferecidos dentro da consulta,
conforme a sua necessidade. Se em uma consulta farmacêutica o paciente precisar do serviço de
"Educação em Saúde" ou "Rastreamento em Saúde", você não vai fazer a avaliação das
interações medicamentosas, pois o foco desses serviços não é esse. Já se você perceber a
necessidade de serviços como "Revisão da Farmacoterapia", "Conciliação Medicamentosa",
"Acompanhamento Farmacoterapêutico", você deverá avaliar as interações. Tudo depende do
contexto da consulta.
2) Como posso deduzir uma possível interação medicamentosa a partir dos sintomas
apresentados pela paciente?
R.: Primeiro, você deve coletar a história da farmacoterapia do paciente (todos os medicamentos
que ele toma, prescritos ou não) e realizar o procedimento para verificação das interações
conforme ensinado. Após isso, você irá avaliar o que cada interação causa e poderá determinar
como investigar isso no paciente (seja um exame laboratorial, conversa com o prescritor,
conversa com o paciente ou familiar). Assim, fica fácil perceber sinais e sintomas gerados por
interações, pois você já irá saber com antecedência o que procurar.
3) Ajuda separar os horários da administração? Quais casos não adianta aprazar?
R.: Para alguns casos sim, para outros casos não. Tudo depende do tempo de meia-vida e do
tempo de eliminação do fármaco. Se um fármaco demora muito tempo para ser eliminado, o
aprazamento pode não ser eficaz para eliminar a interação, pois os dois fármacos estarão
atuando ao mesmo tempo no paciente.
4) Como identificar interação com álcool?
R.: Uma das formas mais fáceis é colocar na ferramenta os medicamentos que o paciente toma
MAIS etanol. Se existir interação com o etanol, consequentemente o paciente não deve fazer uso
de bebidas alcoólicas.
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PERGUNTAS E
RESPOSTAS
5) Alguma interação pode ser fatal?
R.: Sim, várias podem ser fatais. Por isso, o farmacêutico e o prescritor devem trabalhar em
sincronia para evitar danos ocasionados pelos medicamentos.
6) No dia a dia do balcão, quais são as interações mais importantes?
R.: É impossível gerar uma lista desse tipo, pois varia muito de acordo com perfil epidemiológico
de cada localidade. Por isso, o farmacêutico deve sempre verificar as interações seguindo o
procedimento ensinado na aula.
7) Em interação medicamentosa o que é mais importante de ser observado: o mecanismo de
ação do fármaco ou a sua formulação química?
R.: O mais importante é avaliar os três pilares das interações medicamentosas, conforme
explicado em aula. Depois, pode-se explicar a interação medicamentosa com base em seu
mecanismo de ação e/ou formulação química.
8) Como indicar um medicamento para pacientes que usam muitos medicamentos sem que
exista alguma interação?
R.: Colocando todos os medicamentos em uma das duas bases de dados fornecidas e seguindo
o procedimento para identificar as interações. É a forma mais segura de descartar qualquer
problema em potencial.
9) É necessáriomemorizar todas as interações?
R.: Não, esse é um erro muito comum. Existem muitas interações e tentar memorizá-las é
humanamente impossível. Hoje, existem programas de inteligência artificial altamente
capacitados para correlacionar os medicamentos e encontrar as interações. Isso minimiza erros e
garante que o conteúdo esteja sempre atualizado.
10) Qual a abordagem mais adequada junto ao prescritor diante de uma prescrição com
possíveis interações medicamentosas?
R.: A postura do farmacêutico deve ser sempre em tom de conversa, com muito profissionalismo.
É de interesse do prescritor que o paciente não sofra nenhum dano relacionado ao uso dos
medicamentos. Primeiro, deve-se tentar entender se a interação foi desejada ou não e se é
relevante ou não. Além disso, é bom chegar para conversar com o prescritor já com uma possível
solução para o problema (quando houver). Todo processo deve ser registrado em prontuário.
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É importante destacar que a identificação de interações medicamentosas pode ser realizada em
qualquer cenário de atuação do farmacêutico. O farmacêutico, na maioria das vezes, é a última
barreira de segurança que impede um erro de acontecer, por isso o seu trabalho é fundamental. O
farmacêutico pode e deve realizar a verificação de interações medicamentosas em hospitais,
clínicas, farmácias (públicas ou privadas), ambulatórios, consultórios e até mesmo no atendimento
domiciliar.
CENÁRIO DE PRÁTICA
REFERÊNCIAS
- "What is a Drug Interaction?". AIDSinfo. U.S. Department of Health and Human Services. Acesso em 13 Janeiro 2020.
- IBM Watson Micromedex Solutions
- Drugs.com
- Serviços farmacêuticos diretamente destinados ao paciente, à família e à comunidade: contextualização e arcabouço
conceitual / Conselho Federal de Farmácia. – Brasília: Conselho Federal de Farmácia, 2016.
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