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MANUAL DE ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO-MÉTODO DÁDER-2

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MANUAL DE ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO
Alêska Teles
Allana Menezes
Conceição Ximenes
Daniela F. Nascimento
Doilha Barbosa
Estefany Matos
Nathalia B. Sampaio
Patrícia F. Ferreira
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO		 03
1. OFERTA DE SERVIÇO		 06
2. PRIMEIRA ENTREVISTA	 09
 2.1 A Fase de Preocupações e problemas de saúde do paciente	 09
 2.2 Medicamentos utilizados pelo paciente	 10
 2.3 Fase de revisão		 12
3. ESTADO DA SITUAÇÃO	 15
4. FASE DE ESTUDO		 17
 4.1 PROBLEMA DE SÁUDE	 17
 4.2 MEDICAMENTO	 17
5. FASE DE AVALIAÇÃO	 20
6. FASE DA INTERVEÇÃO	 24
7. RESULTADO DA INTERVENÇÃO	 28
8. NOVO ESTADO DE SITUAÇÃO	 30
9. ENTREVISTAS SUCESSIVAS	 32
REFERENCIAS	 34
ANEXO 1	 36
ANEXO 2		 37
ANEXO 3		 38
INTRODUÇÃO
O método Dáder é uma ferramenta utilizada pelos profissionais farmacêuticos onde os mesmos se responsabilizam pelas necessidades do doente atribuídas por medicamentos. Por meio da detecção, resolução e prevenção dos Problemas Relacionados com Medicamentos (PRM). Este processo é realizado de forma contínua, sistemática e totalmente documentada com a ajuda do próprio doente e de outros profissionais da área da saúde, e tem como desígnio atingir resultados visíveis que melhorem a vida do paciente (SABATER et. al. 2007)
Os PRMs são problemas de saúde que são compreendidos como resultados clínicos negativos, de origem farmacológica e que podem produzir várias causas que induzem a problemas relacionados aos objetivos terapêuticos ou até mesmo no aparecimento de sintomas indesejados. Estes problemas causam um controle inadequado da enfermidade, e assim que surgem, podem ser identificados pelo farmacêutico clínico e assim solucionados (FLORES et al., 2005).
O método Dáder não é necessariamente aplicado somente por um farmacêutico, ele também pode ser empregado por estudantes e professores de cursos de graduação em Farmácia que desejam refletir e debater sobre o desenvolvimento da profissão com relação a sua atuação clínica nos ambientes de atuação profissional, como por exemplo: drogarias, farmácias, farmácias hospitalares, farmácias de manipulação e nas farmácias presentes nos postos de saúde dos Estados e Municípios. É de extrema importância e seriedade e a atenção que os profissionais em farmácia devem ter com relação à aquisição de novos conhecimentos e habilidades para que os mesmos possam se capacitar e atuar em conjunto com a equipe de saúde, com o objetivo de prevenir, identificar e resolver os PRMs que os pacientes possam apresentar, e também ajudar a agenciar o uso coerente de medicamentos (AMARANTE et al., 2011).
O Grupo de Investigação em Atenção Farmacêutica da Universidade de Granada elaborou uma metodologia para implantação e seguimento do tratamento farmacológico de pacientes, que se baseia na obtenção da história farmacoterapêutica do paciente e na avaliação de seu estado de situação em uma data determinada, a fim de identificar e resolver os possíveis PRM apresentados. Após a identificação, são realizadas as intervenções farmacêuticas necessárias para resolver os PRM e a avaliação dos resultados obtidos. No Brasil, o Método Dáder é o mais usado e mais aceito para a prática da Atenção Farmacêutica. Sua vantagem está na possibilidade de realização do seguimento farmacoterapêutico de forma sistemática, constituindo-se uma estratégia importante para o uso racional de fármacos, bem como para promover a interação do farmacêutico com demais profissionais da área da saúde (SILVA, 2017).
Classificação de PRM do Segundo Consenso de Granada: 
Necessidade:
· PRM 1: O paciente apresenta um problema de saúde por não utilizar a farmacoterapia que necessita. 
· PRM 2: O paciente apresenta um problema de saúde por utilizar um medicamento que não necessita. 
Efetividade: 
· PRM 3: O paciente apresenta um problema de saúde por uma inefetividade não quantitativa da farmacoterapia. 
· PRM 4: O paciente apresenta um problema de saúde por uma inefetividade quantitativa da farmacoterapia. 
Segurança: 
· PRM 5: O paciente apresenta um problema de saúde por uma insegurança não quantitativa de um medicamento.
· PRM 6: O paciente apresenta um problema de saúde por uma insegurança quantitativa de um medicamento
1. OFERTA DO SERVIÇO
O primeiro contato do paciente com o profissional é aqui, quando o paciente busca a farmácia por algum motivo, pode ser por fatores em que não ocorra necessariamente a dispensação de medicamentos podendo ser por suas necessidades relacionadas com o tratamento farmacológico, problemas de saúde ou com referência a alguma informação sobre sua saúde, verificação de algum parâmetro fisiológico ou como também para dispensação de medicamentos. Quando o farmacêutico suspeita que possam existir problemas relacionados com os medicamentos do paciente como por exemplo: quando uma medida de um parâmetro fisiológico ou bioquímico esteja em um valor anormal; quando há queixa do paciente no momento da dispensação sobre algum medicamento prescrito; quando o paciente informar-se sobre algum problema de saúde; quando o paciente informar-se sobre algum medicamento ou quando o paciente informar-se sobre algum parâmetro bioquímico.
No entanto, não será possível afirmar que possa existir algum problema relacionado ao medicamento até que se realize a fase de avaliação do estado de situação, por isso que esse é o momento ideal para oferecer o serviço de Atenção Farmacêutica. É importante frisar que o farmacêutico poderá oferecer o serviço a qualquer paciente que ele considere necessário. Ao informar o paciente sobre a atenção farmacêutica, é importante informar que o farmacêutico não irá substituir nenhum outro profissional de saúde em sua função, mas sim trabalhar em equipe. Não iniciará ou suspenderá nenhum tratamento, nem irá modificar uma posologia prescrita pelo seu médico e, sempre que necessário, entrará em contato com ele visando melhorar o tratamento farmacológico. Sensibilizando o paciente sobre a ideia de comparticipação e colaboração, em relação à participação dele na tomada de decisões relacionadas ao tratamento medicamentoso, deixando claro que o objetivo é conseguir a máxima efetividade dos medicamentos que utiliza (HERNÁNDEZ,2010).
O farmacêutico deve evitar criar falsas expectativas para que no futuro o paciente não venha a se decepcionar, como também concentrar a oferta em aspectos negativos dos medicamentos e problemas de saúde. Caso o paciente aceite a oferta do serviço, deve-se marcar um horário na farmácia, em uma hora agradável para os dois, e que permita falar por um momento sem interrupções, sobre seus problemas de saúde e seus medicamentos. Este horário se titula Primeira Entrevista, e o paciente deverá trazer junto com ele os medicamentos que tem em sua casa, acima de tudo aqueles que toma no momento, todos os documentos relacionados à saúde, como diagnósticos médicos que o paciente possua, a fim de obter informação mais objetiva de seus problemas de saúde. Se a data marcada da primeira entrevista demorar um tempo para acontecer, pode-se sugerir ao paciente telefonar-lhe para lembrá-lo.
Exemplo para um caso hipotético: 
Iniciou-se quando o paciente Raimundo de 68 anos, deslocou-se até a drogaria para comprar seus medicamentos para hipertensão, e nisso procurou o farmacêutico no ato da dispensação de medicamentos para esclarecer sobre seu tratamento medicamentoso e para relatar sobre um mal-estar que estava sentindo a poucas semanas, como: Enjoo, sonolência, dor de cabeça. O farmacêutico responsável logo verificou sua pressão e observou que estava alterada, logo o profissional suspeitou que o problema do paciente poderia estar relacionado com o uso do medicamento, em seguida o farmacêutico explicou ao paciente que o mal-estar que apresentava poderia estar relacionado ao uso de seus medicamentos, e em seguida o serviço de atenção farmacêutica foi oferecido e explicado ao paciente, deixando claro que em nenhum momento o farmacêutico iria substituir algum profissional de saúde e sim trabalhar juntos com os mesmos, assim que a oferta de serviço foi aceitaa primeira entrevista foi agendada, em uma hora cômoda para ambos, o paciente foi informado que deveria trazer junto com ele os medicamentos que tem em sua casa, acima de tudo aqueles que toma no momento, todos os documentos relacionados à saúde, como diagnósticos médicos que o paciente possua. Como seria na semana seguinte, o farmacêutico sugeriu que poderia lembrá-lo pelo seu número de celular, o que foi aceito pelo paciente. 
2. PRIMEIRA ENTREVISTA
O local em que será realizada a primeira entrevista é de suma importância já que é essencial que não haja interrupção de qualquer tipo, para que também o profissional possa dar a devida atenção ao que o paciente expõe. Opte por uma mesa redonda facilitando assim a proximidade e eliminando barreiras que causem distanciamento e limitem a confiança na comunicação. Tenha uma relação pessoal boa com seu paciente mostre interesse ao que o paciente fala, e assim, o paciente possa se sentir confortável e confiante pelo profissional que lhe atende. Deve-se documentar e registrar a informação recebida do paciente. O ideal é escrever em um papel em branco todas as informações relatadas durante a entrevista e o mais rápido possível transcrevê-las para o formulário de História Farmacoterapêutica, onde esse formulário se preenche apenas uma vez, depois da primeira entrevista, e serve de pasta para guardar os documentos do paciente, que vão acumulando ao longo do AFT(HERNÁNDEZ,2010). Cada História Farmacoterapêutica de um paciente está codificada em sua capa por uma numeração de 14 dígitos (55XX/YYYYY/ZZZZZ). Com relação ao Brasil, será da seguinte forma:
1. Os quatro primeiros dígitos identificam o país, sendo os 55 referentes ao código internacional e o XX Código do Estado (segundo o IBGE).
2. Os outros 5 dígitos, YYYYY, se referem ao número de cadastro da farmácia no CRF (disponível no certificado de regularidade).
3. Os cinco dígitos restantes se referem ao número de registro do paciente na farmácia.
Feito isso, a primeira entrevista se estrutura em três partes:
2.1. Fase de Preocupações e problemas de saúde do paciente: 
O intuito dessa fase é conseguir que o paciente relate os problemas de saúde que mais lhe preocupam. É bom iniciar a conversa com uma pergunta aberta, que permita ao paciente expor por meio de sua própria linguagem seus problemas. Recordando que, o que ali conversado se manterá entre os dois e se somente em algum momento, para melhorar qualquer aspecto de seu tratamento necessitarmos comunicar com seu médico, que será feita uma carta e o paciente, se achar conveniente, a levará a consulta. Se o paciente permitir, deve-se ser anotado as coisas que lhe conta, para que não se esqueça de nada. 	É importante escutar o paciente, prestando muita atenção, sem interromper, nem sequer dando opinião, ainda que seja pedida. Demonstrar confiança, tentando entender o paciente, deixar o paciente falar sem interromper tornará esta fase mais efetiva. A entrevista somente deverá ser reconduzida se o paciente se desviar do assunto e divagar em excesso. Ser identificados os problemas de saúde que mais preocupam o paciente são muito importantes pois apontam na maioria das vezes, a intervenção do farmacêutico. A forma de expressar seus problemas, de interiorizá-los em sua rotina diária, a influência do ambiente, podem dar pistas ao farmacêutico na hora de elaborar um plano de atuação para resolver os PRM do paciente.
Exemplo hipotético da fase em questão: 
Realizada em um ambiente agradável e propício onde deve-se evitar qualquer interrupção, como também o profissional possa dar a devida atenção ao que o paciente expõe, e assim, o paciente possa se sentir confortável e confiante pelo profissional que lhe atende. Iniciamos pelos aspectos que lhe incomodavam em relação ao seu bem-estar, e deixando claro que tudo ali exposto por ele, iria permanecer somente entre o profissional e o paciente, e somente se precisar comunicar com seu médico, seria feito uma carta onde se achar conveniente, a levaria á consulta. Permitido por ele foi anotado as queixas em relação a saúde que falava, como mencionado na drogaria ele relatou dores de cabeça, náuseas, e uma certa sonolência que não era de costume, e que estava atrapalhando e incomodando sua rotina diária. Além do mais, relatou uma certa dor de dente que a semanas lhe incomodava, e que não ia a um dentista por um certo medo e por achar desnecessário uma consulta, mas que estava melhor por conta de um medicamento que sua vizinha havia lhe dado e que estava tomando. 
2.2. Medicamentos utilizados pelo paciente:
O foco dessa fase é ter uma ideia do grau de conhecimento do paciente sobre seus medicamentos e da adesão ao tratamento. Deve começar por alguma pergunta aberta, que permita ao paciente expressar-se livremente, o que aumentará a confiança. Deve-se tentar responder às dez perguntas para cada medicamento que o paciente usa, cada uma com um objetivo definido:
· Está usando? (Para verificar se o paciente está tomando atualmente).
· Quem lhe receitou? (Quem prescreveu ou aconselhou o uso do medicamento).
· Para que? (Para saber a visão do paciente sobre a função do medicamento que está utilizando).
· Está melhor? (Como o paciente percebe a efetividade do medicamento).
· Desde quando? (Início da utilização do tratamento. Serve para estabelecer relação causal entre problemas e medicamentos).
· Quanto? (Posologia do medicamento).
· Como usa? (Maneira de tomá-lo durante o dia, durante ou antes das refeições, em uma hora determinada).
· Até quando? (Por quanto tempo deverá utilizar o medicamento).
· Alguma dificuldade? (Aspecto relacionado com a forma farmacêutica, dificuldade de engolir, sabor desagradável, medo da injeção).
· Algo estranho? (Relaciona-se a algum efeito indesejável à utilização do medicamento).
A cada resposta o farmacêutico anotará ao final, se o paciente adere ao tratamento e se o conhece de forma adequada do medicamento. 
Exemplo hipotético da fase em questão: 
Perguntado sobre os medicamento que utilizava, Raimundo relatou uso de alguns medicamentos usado diariamente para pressão, como Captopril passado pelo seu médico (1 comprimido de 50mg ao dia), que tomava toda noite as 19 hrs antes da sua refeição, e que já estava acostumado a ingerir tal comprimido, e que até o momento nunca tinha se sentido mal a tomar o remédio, ele também relatou que era o mesmo horário que estava utilizando o seu remédio para dor de dente, perguntado qual medicamento era, Raimundo mostrou a caixa do mesmo, onde se tratava do medicamento Naproxeno de 250mg, medicamento “recomendado” pela sua vizinha que havia sofrido meses antes de dor de dente e que lhe indicou como uma solução para a sua dor. Perguntado até quando pretendia usar o Naproxeno, Raimundo respondeu que gostaria de tomar até a dor acabasse por completo, e se somente se a dor não sumisse iria procurar um dentista. Relatou que começou a notar o mal-estar que sentia depois que começou a utilizar o Naproxeno, mas que não achava que seria o medicamento responsável pelas suas queixas, afinal sua dor de dente até o momento tinha melhorado um pouco e acreditava que logo estaria bom da dor de dente.
2.3. Fase de revisão:
Aqui o paciente é informado que a entrevista terminou e que será feita uma revisão para comprovar que as informações registradas estão completas e corretas. Tendo como objetivos, aprofundar aspectos citados na primeira fase da entrevista e completar alguma informação, isso acontece, já que na primeira parte da entrevista o objetivo principal era estabelecer uma relação afetiva, evitando as interrupções, com isso demonstrar ao paciente que o escutamos com interesse, descobrir novos medicamentos e problemas de saúde que não haviam sido relatados antes, provavelmente porque não preocupavam muito o paciente. Esta fase consta de perguntas fechadas, seguindo uma ordem da cabeça aos pés, como: Cabelo, cabeça, ouvidos, olhos, nariz, garganta, boca (ferida, seca), pescoço, mãos (dedos, unhas), braços e músculos, coração, pulmão, aparelho digestivo, rins (Urina), fígado,aparelho genital, pernas, pé, músculo esquelético (gota, dor nas costas, tendinites), pele (secura, erupção), psicológico (depressão), neurológico (epilepsia). É importante registar parâmetros fisiológicos que podem não estar controlados e que não tenham sido falados antes, pergunte também sobre os hábitos de vida do paciente, como o consumo de cigarro, álcool, outras drogas, café, chá ou outras bebidas e atividade física. 
Finaliza a entrevista com o registro dos dados demográficos do paciente, tais como: endereço, telefone, data de nascimento, médicos que o atendem. Toda esta informação deverá ser registrada na História Farmacoterapêutica do paciente, e o papel onde se anotou as primeiras informações da entrevista inicial, após ser transcrito para o formulário, deverá ser arquivado junto com este. Neste momento finaliza verdadeiramente a primeira visita e pode ser conveniente dar uma mensagem de esperança ao paciente e lhe falando que foi um prazer trabalhar com ele e que dentro de uns dias entrará em contato com você, após ter estudado seu caso.
Exemplo hipotético da fase em questão:
Foi avisado ao paciente que ali a entrevista teria terminado e que seria feita uma revisão para comprovar que as informações anotadas estão completas e corretas. Como nessa fase é recomendado avaliar o paciente de modo profundo, desde da cabeça aos pés, relatei que o cabelo do paciente estava muito brilhoso e com um corte bonito, e se ele usava algum produto químico ou shampoo para mantê-lo daquele jeito, Raimundo, agradeceu e relatou que não usava nada de muito importante, somente um shampoo contra caspas que sua filha havia comprado, já que tinha problemas com isso, e que não gostava de pintar pelo fato de achar que já havia passado da idade para tal feito, mas que no mais era só isso. 
Foi questionado se antes de apresentar essa dor de cabeça que agora lhe incomodava, antes já sofria com isso, ele falou que sim, mas que a muitos anos atrás, antes de ir ao médico e descobrir sobre seu problema de pressão, mas que depois de diagnosticado nunca mais havia sofrido desse mal. Perguntado se praticava algum esporte ou se fazia algum tipo de exercício físico, ou se sentia algum tipo de cansaço ou câimbra no dia a dia a fazer algum movimento, e se tinha uma alimentação saudável, Raimundo falou que fazia caminhada todo dia pela manhã na companhia de sua esposa, que ela era muito preocupada com a sua alimentação e saúde, que ele ia ao nutricionista com frequência depois que descobriu sua hipertensão e o médico lhe recomendou a procurar uma nutricionista para lhe ajudar com uma alimentação mais saudável. E que depois que mudou seus hábitos de alimentação percebeu uma significativa melhora na sua vida. Relatou também que gostava muito de bebidas alcoólicas, mas que deixou de ingerir depois que fez uma promessa a Padre Cícero, depois que sua mulher passou por uma cirurgia para a retirada de um cisto. E que depois disso só ingere vinho em pouca quantidade, mas que não deixa de lado o café.
Parabenizei pelos seus hábitos de vida e logo em seguida foi anotado seus dados demográficos. Por fim terminado a entrevista e se for de acordo do mesmo, foi avisado que dentro de uns dias entraria em contato com o paciente, após ter estudado e avaliado o caso. E que seria um prazer vê-lo e trabalharmos novamente juntos. 
História Farmacoterapêutica do paciente (5521/42578/00689)
Endereço: Rua 24 quadra 18 casa 34 Bairro: Conjunto Ipem 
Telefone:(99) 3521-5656
Data de nascimento:04/03/1952
Médicos que o atende: Dr. Azevedo CRM: 60676
3. ESTADO DA SITUAÇÃO
O estado da situação é um documento que mostra, resumidamente, a relação entre os problemas de saúde e os medicamentos do paciente, numa determinada data, esses dados são fornecidos durante a entrevista. O estado da situação é elaborado com as informações da história farmacoterapêutica do paciente, que se organiza de forma estruturada num documento que permite dispor de uma “visão geral” sobre o estado de saúde. Recomenda-se que se elabore sempre o estado da situação do paciente, pois é de fundamental importância para avaliar a farmacoterapia, a efetividade e segurança dos medicamentos utilizados, além de poder ser apresentado em uma consulta clínica (ÁGUAS,2002). 
· Estrutura e preenchimento do estado da situação: (anexo 3) 
O estado da situação apresenta cinco partes distintas: 
· Parte superior: Contém a data do estado da situação, a identificação do doente e outros dados demográficos e clínicos, como o sexo, a idade, o índice de massa corporal e as alergias.
· Corpo central do estado da situação: 
 É composto por três blocos: 
1. Problemas de saúde: 
Aqui diferenciam-se quatro colunas: início do problema de saúde (data de aparecimento), nome do problema de saúde (marca-se com um asterisco quando corresponde a um diagnóstico médico e colocar se- á entre aspas quando corresponde a uma explicação do doente), controle do problema de saúde (indicar-se-á: Sim, Não, Não se sabe) e preocupação (indicar-se-á: P=pouco; R=regular; B=bastante). 
2. Medicamentos:
Este bloco também apresenta quatro colunas: data de início da prescrição (data de início do medicamento ou da última modificação realizada), nome dos princípios ativos do medicamento, esquema terapêutico prescrito pelo médico e o esquema terapêutico que o doente utiliza. 
3. Avaliação:
É composta por quatro colunas, três que permitem levar a cabo a avaliação da farmacoterapia e que estão encabeçadas pelas siglas N (necessidade), E (efetividade) e S (seguridade), e uma quarta onde se classificarão os RNM detectados. 
· Quadro de observações.
Inclui-se toda a informação da história farmacoterapêutica que não aparece no corpo do estado da situação, mas que, contudo, é relevante para entender e analisar a situação do doente. Pode-se incorporar informação sobre antecedentes do doente, como operações ou medicação anterior, sobre medicamentos de interesse que tenha tomado, mas que atualmente não utiliza, sobre hábitos de vida que possam influenciar no controle dos problemas de saúde, notas importantes para a resolução do caso, etc.
· Tabela de medições clínicas:
 Incorporam-se dados de análises laboratoriais, medições domiciliárias ou outras determinações realizadas pelo farmacêutico, que permitam avaliar a necessidade, efetividade e seguridade dos medicamentos. 
· Tabela de RNM (resultados negativos associados a medicamentos):
Trata-se de uma tabela resumo que permite elaborar a lista dos RNM detectados na data da avaliação do caso. Na tabela pode-se escrever o RNM detectado, o medicamento implicado, a classificação do RNM, a sua causa (PRM) e o parecer do farmacêutico sobre o aparecimento e o fundamento do RNM identificado (AGUAS,2002). (olhar anexo 3) 
4. FASE DE ESTUDO
A fase de estudo é a etapa que permite obter informações objetivas sobre os problemas de saúde, a medicação do paciente e também encontrar as melhores fontes de evidências científicas para o entendimento da situação clínica do paciente. É nessa fase que é preciso avaliar criticamente a necessidade, a efetividade e a seguridade da medicação que o paciente utiliza numa determinada data, além de desenhar um plano de atuação com o paciente para reavaliar e melhorar a farmacoterapia (VALVERDE,2006). 
4.1. PROBLEMAS DE SAÚDE 
É necessário iniciar o estudo pelos problemas de saúde do paciente, que tenham sido diagnosticados pelo médico, assim é um primeiro passo para entender a utilização de cada medicamento. Os aspectos mais interessantes para o farmacêutico em cada doença serão basicamente:
· Sinais e sintomas a controlar ou parâmetros consensuais de controle, que logo poderão dar lugar a suspeitas de falta de efetividade dos tratamentos. 
· Mecanismos fisiológicos de início da doença, para assim entender como atuam os medicamentos e como interferem no curso da doença ou então, para relacionar com os problemas de saúde que poderão surgir.
· Causas e consequências do problema de saúde no paciente, para entender como realizar prevenção e a educação sanitária do paciente,e por outra parte para conhecer quais são os riscos (VALVERDE,2006). 
4.2. MEDICAMENTOS 
Para a análise dos medicamentos é importante levar em conta que: - É necessário realizar um bom estudo dos medicamentos que o paciente utiliza, para que a Intervenção tenha maiores garantias de ser útil na saúde do paciente. O estudo dos medicamentos deve ser realizado partindo das características gerais do grupo terapêutico a que pertence cada fármaco, até a análise dos aspectos mais particulares. Os aspectos mais importantes a se considerar dos medicamentos são os seguintes: 
Indicações autorizadas: sugestão legal e justificada para iniciar a farmacoterapia.
Mecanismo de ação: como o medicamento atua no organismo e consequentemente provoca efeitos desejados e não desejados no paciente.
Posologia: indicação da dose adequada de um medicamento e os intervalos dados entre cada dose. 
Margem terapêutica: é aquela descrita na bibliografia como a que produz habitualmente a efetividade do medicamento, quer dizer, a dose que vai da mínima efetiva à máxima segura. 
 Farmacocinética: Possibilita compreender, como um determinado medicamento exerce a sua ação, ou porque se utiliza para um determinado problema de saúde. 
Interações: Interações farmacológicas com outros medicamentos que o doente utilize ou interações alimento-medicamento. 
Interferências analíticas: Determinarão a importância clínica de cada caso, indicando se um valor biológico será consequência do mecanismo de ação do medicamento, ou consequência do processo patológico, apresentando neste caso, possível correlação com a evolução da doença. 
Contra-indicação: são situações pelas quais algum medicamento não deverá ser utilizado em determinado paciente 
Problemas de segurança: englobam todos os efeitos não desejados do medicamento.
Para que a fase de estudo seja o mais eficiente possível, deverá estudar primeiro, o problema de saúde e, em seguida, os medicamentos relacionados com o mesmo. E assim, sucessivamente (MACHUCA,2000).
5. FASE DA AVALIAÇÃO
Esta fase consiste na análise da situação em que se encontra o paciente, com intuito de verificar se os objetivos estabelecidos pela farmacoterapia foram cumpridos e caso haja falha identificar os possíveis problemas relacionados com medicamentos (PRM) manifestados ou não e resultados negativos associados a medicação (RNM). Nesta fase deve-se determinar o perfil do paciente estabelecendo prioridades como a efetividade e a segurança do medicamento, é importante também anotar tudo que se suspeite ter uma relação. 
É aconselhável ter uma visão completa, para estabelecer a melhor sequência de intervenções no plano de atuação. Com a informação obtida deve-se avaliar cada estratégia farmacoterapêutica fundamentando-se nos três requisitos básicos, como ter indicação clínica, possuir efetividade no tratamento da enfermidade diagnosticada e que exista segurança em seu uso pelo paciente. Os critérios que devem ser questionados frente a uma prescrição ou uso de um medicamento, são quanto a necessidade, efetividade e segurança.
Se paciente necessita ou do medicamento?
Se o medicamento está sendo efetivo?
Se o tratamento medicamentoso é seguro?
Para se estabelecer se o paciente necessita do medicamento deve-se considerar todo tratamento que apresente uma prescrição de um médico para o paciente que justifique um problema de saúde apresentado, é necessário verificar se com o uso do medicamento o problema de saúde tratado desapareceu após a intervenção, caso contrário pode-se concluir que o medicamento prescrito não era necessário, dessa forma o tratamento deve ser interrompido. Exemplo: Um doente que sofre de um problema de saúde associado a não receber a medicação que necessita, ou seja, um problema de saúde não tratado. E um doente que sofre de um problema de saúde associado a receber um medicamento que não necessita, sendo assim o efeito do medicamento não necessário.
Quando se estabelece a necessidade do medicamento procura-se saber se ele está sendo efetivo para o tratamento, caso não esteja deve-se suspeitar de problemas de efetividade que podem ser quantitativos onde o doente recebe uma dose inferior à que necessita, pode estar relacionada apena as resposta biológica de cada indivíduo ou ainda pode ter havido uma prescrição inadequada do fármaco. É importante ter o máximo de dados possíveis sobre a efetividade do medicamento para melhor determinar se realmente é a quantidade ou a estratégia que está falhando.
Para cada estratégia medicamentosa deve-se verificar individualmente a segurança dos medicamentos. Alguns desses problemas podem estar relacionados a quantificação do medicamento visto que o efeito dependerá da quantidade de fármaco administrada, porém é de fundamental importância verificar se realmente o problema de segurança é quantitativo porque alguns efeitos indejados não desparecem quando se reduz a quantidade do medicamento, podendo provocar inclusive reações adversas.
Uma vez analisados cada um os medicamentos que o paciente utiliza, deve-se verificar se ainda existe algum problema de saúde que não está sendo tratado, caso exista se configura um PRM 1, isso pode acontecer com certos problemas de saúde, que a princípio podem ser interpretados como relacionados com o uso de algum medicamento e, após as intervenções, passam a ser vistos como problemas de saúde não tratados, quando não se consegue o objetivo farmacoterapêutico. 
A ausência de atendimento a esses quesitos resulta em seis categorias de PRMs, que são situações que durante o processo de uso do fármaco causam ou podem causar o aparecimento de um RNM (Alberton,2001).
Os PRM se identificam e classificam de acordo com o Segundo Consenso de Granada de 2002 da seguinte maneira:
a) Necessidade de que os medicamentos estejam indicados da forma correta. 
Caso contrário, pode ser que: 
- O paciente não use um medicamento que necessita (PRM 1)
- O paciente usa um medicamento que não necessita (PRM 2)
 Nos PRMs 1 e 2 se relacionam à necessidade do medicamento. 
b) Necessidade de que os medicados são efetivos.
Contrário à falta de efetividade pode ser devida a: 
- O paciente usa um medicamento que não está relacionado para a sua situação (PRM 3).
- O paciente usa uma dose, posologia e/ou duração inferior à que necessita. (PRM 4)
Os PRMs 3 e 4 estão relacionados à efetividade do medicamento, pois enquanto 3 é uma resposta individual da pessoa ao medicamento, o 4 pode estar relacionado a uma dose baixa (seja por interação, antagonismo, dentre outras). 
c) Se o medicamento é necessário, deve também estar sendo seguro para o paciente (não existe PRM), mas se não está sendo seguro, pode ser que: 
- O paciente usa uma dose, posologia e/ou duração superior à que necessita (PRM 5)
- O paciente utiliza um medicamento que lhe provoca reação adversa medicamentosa (PRM 6)
Os PRMs 5 e 6 referem-se à segurança no uso do medicamento, sendo que o 5 é relacionado à dose alta, tóxica e/ou sinergismo e o 6 é relativo à reação adversa ao medicamento e independe da dose. 
Ao final da fase de avaliação é necessário fazer uma lista com os possíveis PRMS encontrados, deve-se levar em consideração que os PRM serão avaliados sempre pelo efeito sobre a saúde do paciente que apresenta falha da farmacoterapia (MACHUCA,2004).
6. FASE DE INTERVENÇÃO
Esta fase objetiva elaborar um plano de ação previamente estabelecido entre paciente e profissional de saúde, e realizar as intervenções necessárias para detectar, prevenir e resolver os PRMs que o paciente apresenta. 
Inicialmente, o Farmacêutico precisa fazer uma abordagem do paciente para o conhecer e estabelecer uma relação de confiança, para que este se sinta seguro o suficiente para relatar sobre os problemas que mais lhe preocupam, a partir daí, o profissional de saúde deve considerar: 
Quais PRMs existentes; 
Quais problemas de saúde requer prioridade; 
Estabelecer estratégias de intervenção para resolver os PRMs; 
Contudo, em colaboração com o paciente, deve-se explicar as melhores alternativas para o tratamento,oferecer a mais adequada, expondo com sinceridade a opinião profissional, com responsabilidade, respeitando seus aspectos bio-psico-sociais, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida do paciente. De posse da análise e do plano de atuação a serem realizados, em conformidade com as informações do perfil do paciente, o farmacêutico deve apresentá-lo ao paciente, buscando estabelecer um acordo para a implantação do plano. Caso, necessite de avaliação do prescritor, informar ao paciente dessa necessidade. Assim como, estabelecer em conjunto, a maneira de realizar a monitorização dos resultados do plano a ser implementado, principalmente se houver novas modificações na prescrição de medicamentos ou no quadro do paciente, instaurando-se dessa forma, o ciclo de atendimento. (LION.SILVA, 2017). 
Em conseguinte, implantou uma intervenção Farmacêutica (IF), levando em consideração a efetivação ou não da opção escolhida. O método Dáder tem a documentação necessária da intervenção farmacêutica, contendo: 
· Data em que se realizou a IF; 
· Tipo, descrição e causa do PRM, 
· Problemas de saúde realizado; 
· Medicamentos relacionados ao PRM; 
· Planos de intervenções feitos para resolvê-lo; 
· Tipo de comunicação empregada. 
A comunicação é um fator muito importante que deve ser levado em conta, pois é a chave essencial nesta fase, e cada um dos envolvidos deverá compreender perfeitamente os objetivos da intervenção de cada etapa. A intervenção pode der duas maneiras: 
Farmacêutico-Paciente: Diante de um PRM, promover o uso racional de medicamento, quanto às informações sobre doses e horários certos, com intervalos e duração adequados. De forma verbal ou escrita, de acordo com a percepção do profissional farmacêutico. 
Farmacêutico-Paciente-Prescritor: Quando o paciente apresenta um problema que necessita de diagnostico ou quando a estratégia adotada pelo prescritor não atingiu os efeitos esperados. E ocorrerá por meio de um documento escrito, com as seguintes informações: 
Dados do Paciente: tanto em relação aos problemas de saúde, quanto ao tratamento farmacológico; 
Motivo do encaminhamento: Causa pelo qual se encaminha ao médico, apresentando os sintomas ou sinais de saúde; 
Avaliação do Farmacêutico: com base na análise dos 
medicamentos, estabelecer uma possível correlação entre os mesmos; 
Despedida: Conceder autoridade ao médico quanto a avaliação risco-benefício da intervenção, oferecendo colaboração para o êxito da mesma. 
Obs: (Ver Modelo de Receita do Paciente em anexo 01) 
Em todo caso, deve-se levar em conta alguns parâmetros no momento da intervenção. Pois todas as situações descritas abaixo poderão ser válidas ou não, a depender das circunstancias particulares, e da situação atual. 
· Estratégias arriscadas devido ao caráter de urgência; 
· Segurança em logo prazo; 
· Efetividade em longo prazo; 
· Casos em que prevalecem a efetividade sobre a segurança; 
· Ou casos que a segurança prevalece sobre a efetividade; 
· Descartar situações graves, pouco prováveis. 
· Tentar soluções fáceis, pouco arriscadas; 
· Começar pelo mais rápido e ganhar tempo; 
· Ou começar pelo mais fácil e ganhar a confiança, entre outros. 
Uma vez estabelecida a intervenção, deverá ser preenchido um formulário e este será explicado e entregue cópias ao paciente, uma para si e outra que deverá ser entregue ao seu médico na próxima consulta. (VER MODELO EM ANEXO 02).
 
7. RESULTADOS DA INTERVENÇÃO
Nesta fase o objetivo principal é verificar a eficácia do plano de atuação para a resolução dos PRMs, se eles foram atingidos com a monitorização das intervenções propostas. O fechamento do processo de acompanhamento do paciente ocorre após a fase do plano de ação seguida da realização de entrevistas sucessivas que possibilita comprovar a continuidade e obter informações sobre o resultado da intervenção, identificar novos problemas de saúde e a inserção de novos medicamentos, começar as novas intervenções antecipadas no plano de atenção e realizar a evolução em prontuário. (SÁBATER HERNANDEZ, 2007).
Para isso deve se levar em conta os resultados das intervenções que poderão ser:
· Intervenção aceita, com o problema de saúde resolvido.
· Intervenção aceita, com o problema de saúde não resolvido.
· Intervenção não aceita, com problema de saúde resolvido.
· Intervenção não aceita, com problema de saúde não resolvido.
Julga-se a intervenção aceita quando o paciente/ou o médico acata a sugestão do farmacêutico modificando o uso da medicação para solucionar o problema de saúde. Por outro lado, se o paciente/ou o médico discordar da sugestão do farmacêutico, considera-se a intervenção não aceita podendo implicar no agravamento, solução ou morte. Dessa maneira o problema de saúde será julgado como sanado, a partir do momento que desaparecer o motivo que desencadeou a intervenção do farmacêutico. Após a obtenção dos resultados das intervenções realizadas, completa-se o preenchimento do formulário de intervenção e envia para o programa Dáder no endereço eletrônico p.dáder@ugr.es. Assim novas entrevistas e estudos de casos poderão ser realizadas, pois o paciente continua em monitoramento para observação e análise dos resultados já obtidos, pois poderão surgir mudanças ou aparecerem novos PRMs.
8. NOVO ESTADO DE SITUAÇÃO
Tem como propósito deixar registrado as mudanças quem houveram após a intervenção, nos problemas de saúde e no tratamento farmacológico.
Nesta fase, é importante ressaltar:
· Se não tiver mudanças com as mesmas estratégias, o certo é prosseguir acompanhando e observando o tratamento e examinar se tem a possibilidade e a necessidade de uma nova intervenção.
· Se tiver mudanças, começa uma nova fase de estudo, e retifica os estudos dos medicamentos que já haviam sido prescritos. Logo, começar a estudar os novos medicamentos (HERNÁNDEZ,2010).
9. ENTREVISTAS SUCESSIVAS
 	Essas entrevistas sucessivas, tem como propósito: 
· Organizar um plano para que se possa prosseguir, com o objetivo de prevenir o surgimento de novos PRM.
· Adquirir mais conhecimentos, para evidenciar os novos estados de situação e aperfeiçoar a fase de estudo.
Seguir solucionando os PRM que ainda não estão solucionados segundo o plano de atuação que foi estabelecido anteriormente (HERNÁNDEZ,2010).
REFERÊNCIAS
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ALBERTON LM. Atenção farmacêutica: um exemplo catarinense. Pharmácia Brasileira, 2001. 
AMARANTE, L. C. et al. Acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes hipertensos usuários da farmácia popular: avaliação das intervenções farmacêuticas. Arq. ciências saúde UNIPAR, v. 15, n. 1, 2011.
CFF disponibiliza modelos de formulários para documentação de serviços clínicos. Conselho Federal de Farmácia. Brasil,2015. Disponível em: http://www.cff.org.br/noticia> Acesso em: 28/05/2020 às 20:00h.
FLORES, L. et al. Seguimiento Farmacoterapéutico con el Método Dáder en un grupo de pacientes con hipertensión arterial. Pharmacy Practice, v. 3, n. 3, p. 154–157, 2005.
HERNÁNDEZ, Daniel Sabater e outros. Método Dáder: Manual de Seguimento Farmacoterapêutico. Editora: Edições Universitárias Lusófonas, 2010, 1° Ed.
MACHUCA M, Martínez Romero F, Faus MJ. Informe farmacéutico-médico según la metodología Dáder para el seguimiento del tratamiento farmacológico. Pharm Care Esp 2000; 2: 358-363.
MACHUCA, M. Fernandez, L.F. Faus, M.J. Manual de Acompanhamento Farmacoterapêutico - Método Dader. Grupo de investigação em Atenção Farmacêutica. Universidade de Granada, 2004.
Pereira LRL, Freitas O. A evolução da Atenção Farmacêutica e a perspectiva para o Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas: Braz J Pharm Sci. out./dez., 2008.
REIS, H.P.L.C. Adequação das Metodologia Dáder em pacientes hospitalizados com pé diabético: abordagem em Atenção Farmacêutica. Universidade Federal do Ceará-Fortaleza, 2005.
SABATER HERNANDEZ, D.; SILVACASTRO, M.M.; FAUS DÁDER M.J. MÉTODO DÁDER : Guia De Seguimento Farmacoterapêutico. Granada: Grupo de Investigación em atención Farmacéutica (CTS-131), Universidade de Granada, 2007.
SILVA, A. S. DA et al. Acompanhamento farmacoterapêutico em pacientes com dislipidemia em uso de sinvastatina no componente especializado de assistência farmacêutica: um estudo piloto. Rev. ciênc. farm. básica apl, v. 34, n. 1, 2013.
SILVA, L. Elaboração de Métodos de acompanhamento Farmacoterapêutico em uma Unidade de Referência em Doenças Infecciosas: Contribuição para a Segurança do Paciente. Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2017.
Valverde I, Silva-Castro MM. La Entrevista Farmacéutica. En: Curso Básico de Atención Farmacéutica On-Line. Correo Farmacéutico. Granada: GIAF-UGR; 2006 Disponible en: www.correofarmaceutico.com/cursoaf.
	ANEXO 01 MODELO – PROPOSTA DE PREENCHIMENTO DA RECEITA 
Nome do estabelecimento ou serviço de saúde,
Nome do logradouro, número, bairro, cidade, estado, CEP, telefone ou outro tipo de contato, CNPJ
 
 
 Paciente: 	 [nome completo] 
 
 Contato: [endereço, telefone, ou outro tipo de contato do paciente] 
 
1. Terapia farmacológica: nome do medicamento ou formulação, concentração/ dinamização, forma farmacêutica, dose, via de administração, frequência e duração] 
 
2. Terapia não farmacológica] 
 
 3. Outras intervenções relativas ao cuidado à saúde (encaminhamento) 
 
 
Local e data
 
 	
 	Assinatura 
 
	[Nome completo e número de inscrição do farmacêutico no 
CRF/UF (carimbo, impressão ou de próprio punho) 
 
 
MODELO DE PREENCHIMENTO – PRONTUÁRIO DO PACIENTE
Nome do estabelecimento ou serviço de saúde
Nome do logradouro, número, bairro, cidade, estado, CEP, telefone ou outro tipo de contato
Marca ou símbolo do estabelecimento ou serviço de saúde
PONTUÁRIO DO PACIENTENúmero do prontuário:_________________ Data de abertura:_______________________________
Nome completo: ____________________________________________________________________
Data de nascimento: ____/____/_____ Sexo: [ ] M [ ] F 
Endereço:__________________________________________________________________________
Telefone(s):__________________________E-mail:_________________________________________
Nome, telefone ou outro tipo de contato do responsável/cuidador (se aplicável): _______________
___________________________________________________________________________________
Médico(s) do Paciente (se houver):______________________________________________________
Escolaridade:____________________________________Ocupação:___________________________
Limitação: [ ] Cognitiva [ ] Locomoção [ ] Visão [ ] Audição [ ] Outras: _____________________
Alergia: ____________________________________________________________________________
Data:__/___/___.
SO: [ Registro dos dados coletados (dados SUBJETIVOS - sinais e sintomas identificados pelo paciente/cuidador, crenças, preocupações e outras dados clínicos (história clínica); tentativas de tratamento e expectativas) e (dados OBJETIVOS – Sinais ou dados mensurados e/ou observados, incluindo resultados de exame)].
A: [AVALIAÇÃO - [análise dos dados subjetivos e objetivos, a fim de identificar a necessidade de saúde do paciente, considerando as intervenções possíveis, os fatores modificadores da conduta e os alertas para encaminhamento].
P: [PLANO - Na elaboração do plano, devem ser definidos os objetivos terapêuticos, as intervenções e os critérios de acompanhamento para monitoração dos resultados. As opções de intervenção selecionadas podem incluir: terapias farmacológicas e não farmacológicas, e outras intervenções relacionadas ao cuidado, como o encaminhamento.]. 
Assinatura, Nome e CRF/UF (carimbo ou próprio punho)]
Anexo 03 
Verso: 
Frente:

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