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MODELO DE RECURSO DE APELAÇÃO

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APELAÇÃO (COM PRELIMINAR E PEDIDO DE REFORMA)
PROBLEMA (OAB/SP)
Do apartamento no 151, situado no 15º andar do CONDOMÍNIO EDIFÍCIO STELLA MARIS, com frente para a Rua Carbúnculo, n o 17, no subdistrito de Penha de França, Capital, locado por SOLON a QUILON, mediante contrato a prazo certo, caiu um vaso de metal com flores naturais, sobre PITACO, jovem estudante de 14 anos que transitava pela via pública, causando-lhe a morte, por perda de massa encefálica. A genitora da vítima CLIO, viúva, demandou SOLON e QUILON, pleiteando perdas e danos, morais e materiais pelo fato da morte, sendo, após regular tramitação do processo, com produção de provas, atendida em sua pretensão, com a condenação dos corréus, em caráter solidário, ao pagamento das despesas com funeral, danos morais de 50 salários mínimos e materiais correspondentes à prestação alimentar mensal equivalente a 10 salários mínimos, pelo tempo de duração provável da vida do menor, estimado em 65 anos, além de honorários à taxa de 20% sobre o valor total da condenação, tudo sob a égide dos preceitos dos arts. 186, 948, incisos I e II, e 942, segunda parte do CC. Impôs, ainda, a obrigação de compor patrimônio hábil a garantir o êxito da condenação, ut art. 503 do Código dos Ritos. 
QUESTÃO: 
Instituído advogado de SOLON, atue com a diligência precisa, considerando-se que o título sentencial foi intimado por publicação oficial há menos de uma quinzena.
SOLUÇÃO (SEGUNDO O GABARITO DA OAB/SP – ADAPTADO PARA O CPC/2015)
Recurso de apelação ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado pleiteando a reforma do julgado adverso. Suscitar ab initio em sede de preliminar a questão da ilegitimidade passiva do constituinte. Aduzir a ausência de culpa e a Inexistência de nexo de causalidade do evento danoso dado à vigência do contrato de locação transmissivo da posse direta da coisa ao locatário. Ad eventum combater o montante das verbas de indenização destacando as circunstâncias da idade, estado civil e qualidade de estudante da vítima, bem como atacar a duração da obrigação de reparar. Pôr em destaque a desfiguração da solidariedade. 
Obs.: O recurso deve ser interposto perante o juízo de 1º grau em que tramitou a demanda – art. 1.010, caput, do CPC.
MODELO DE PEÇA
 
AO JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL DE PENHA DE FRANÇA DA COMARCA DA CAPITAL DE SÃO PAULO.
Processo nº
Autor:
Réus:
SOLON, devidamente qualificado nos autos, por seu advogado (procuração de fls.) devidamente constituído nos autos da ação de reparação de danos materiais e morais que lhe move CLIO, também já qualificada nos autos, inconformado com a r. sentença de fls., vem, com fundamento nos arts. 1.009 e seguintes do CPC, interpor tempestivamente o presente
RECURSO DE APELAÇÃO,
pelos motivos de fato e de direito que ficam fazendo parte integrante dessa.
Considerando a matéria debatida, o presente recurso é dotado de duplo efeito: devolutivo e suspensivo (art. 1.012 do CPC). 
Requer assim que, após os trâmites legais, com a intimação da Apelada para apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, para que o recurso, uma vez conhecido e processado na forma da lei, seja integralmente provido. 
Informa, outrossim, que nos termos do art. 1.007 do CPC, o preparo e o porte de remessa e retorno foram recolhidos, o que se comprova pela guia devidamente quitada que ora se junta aos autos. 
Termos em que pede deferimento. 
Cidade, data, 
Assinatura, OAB. 
RAZÕES DE RECURSO 
Apelante: SOLON (sobrenome) 
Apelado: CLIO (sobrenome)
Autos: (número) 
Vara de Origem: ..... Vara Cível do Foro Regional de Penha de França da Comarca da Capital de São Paulo.
Egrégio Tribunal, 
Colenda Câmara, 
Nobres Julgadores: 
1- BREVE SÍNTESE DOS FATOS 
Do apartamento n. 151, situado no 15º andar do CONDOMÍNIO EDIFÍCIO STELLA MARIS, com frente para a Rua Carbúnculo, n. 17, no subdistrito de Penha de França, Capital, locado pelo Apelante a QUILON, mediante contrato a prazo certo, caiu um vaso de metal com flores naturais sobre PITACO, filho da apelada, jovem estudante de 14 anos que transitava pela via pública, causando-lhe a morte, por perda de massa encefálica. 
A genitora da vítima, CLIO, ora apelada, demandou o apelante e QUILON, pleiteando perdas e danos, morais e materiais pelo fato da morte.
A réu, ora apelante, em contestação alegou sua ilegitimidade para compor o polo passivo da relação processual com fulcro no artigo 938 do CC, sendo rejeitada em decisão saneadora.
Após regular tramitação do processo, com produção de provas, a autora/apelada foi atendida em sua pretensão, com a condenação dos corréus, em caráter solidário, ao pagamento das despesas com funeral, danos morais de 50 salários mínimos, e materiais correspondentes à prestação alimentar mensal equivalente a 10 salários mínimos, pelo tempo de duração provável da vida do menor, estimado em 65 anos, além de honorários à taxa de 20% sobre o valor total da condenação, tudo sob a égide dos preceitos dos arts. 186, 948, incisos I e II, e 942, segunda parte do CC. 
Impôs, ainda, a obrigação de compor patrimônio hábil a garantir o êxito da condenação, nos termos do art. 533 do CPC. 
Entretanto, em que pese o costumeiro acerto do D. Juízo a quo, não pode o apelante concordar com a r. sentença em questão, tendo em vista a má aplicação do direito na hipótese. 
2- DAS RAZÕES DO INCONFORMISMO 
a- Preliminarmente: Da Ilegitimidade Passiva do Réu ora Apelante 
A decisão saneadora de fls. , que não acolheu a ilegitimidade passiva do apelado não é passível de agravo de instrumento nos termos do art. 1.015 do CPC, razão pela qual se suscita em preliminares de apelação (§1º do art. 1.009 do CPC).
Conforme exposto, o apelante locou imóvel a Quilon; foi da janela deste apartamento que o vaso caiu e, portanto, a relação jurídica de responsabilidade civil estabeleceu-se entre ele (o ocupante do imóvel) e a vítima do evento danoso.
O apelante, proprietário do apartamento e locador, não tem qualquer pertinência subjetiva em relação à lide em questão; afinal, por força de sua condição de locador, transferiu a posse direta do imóvel ao locatário, que é quem efetivamente deve responder pelas coisas caídas ou lançadas do apartamento (art. 938 do CC). O apelante, assim, não tem qualquer relação jurídica com a autora, ora apelada.
 Portanto, demonstrada a errônea inclusão do apelante no polo passivo da demanda, faz-se de rigor a extinção do processo sem resolução de mérito, por falta de condição da ação, nos termos do art. 485, VI, do CPC.
b- No Mérito: Da Necessária Reforma da R. Sentença Condenatória 
Ainda que se entenda pela legitimidade passiva do apelante, o que se admite apenas para argumentar, não há como configurar sua responsabilidade na hipótese. 
Segundo o art. 938 do CC, aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. 
Diferentemente do afirmado na sentença, portanto, proclama a lei que a responsabilidade é do ocupante e não do proprietário. Este, afinal, não praticou conduta alguma em relação à vítima do evento danoso, estado ausente o nexo de causalidade entre o dano sofrido e qualquer atitude praticada pelo apelante, não podendo ser responsabilizado. 
Assim, faz-se necessária a reforma da sentença, julgando improcedente o pedido em relação ao apelante. 
Em atenção ao princípio da eventualidade, porém, passa o recorrente a impugnar outros pontos da condenação. 
No que tange à solidariedade, não há fundamento que a justifique. Afinal, a solidariedade não se presume, mas decorre de lei ou contrato. 
Não se aplica, no caso, a regra da parte final do art. 942 do CC, segundo a qual, “se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação”. Afinal, não há pluralidade de autores do ato ilícito: o apelante não foi autor da ofensa, não tendo havido qualquer conduta danosa de sua parte. No caso, portanto, não há norma legal que autorize talresponsabilidade solidária, razão pela qual deve ser excluída da sentença. 
No que tange ao montante da indenização, este se revela por demais elevado e desproporcional: os montantes fixados são notoriamente excessivos. No que se refere aos danos materiais, o valor de 10 salários mínimos é alto demais para a hipótese dos autos, devendo ser reduzido tal valor para o montante entre meio a um salários mínimos, conforme precedentes judiciais de nossos Tribunais, que estipulam essa média. O mesmo ocorre quanto aos danos morais, cujo valor merece ser reduzido por destoar do padrão da jurisprudência.
Senão vejamos:
.........jurisprudências
Também não merece ser mantida a decisão no tocante à condenação ao pagamento de honorários no percentual de 20% do valor da condenação. Não se vislumbra, no trabalho realizado pelo profissional, a presença dos requisitos do art. 85, § 2º, do CPC, não tendo havido excessivos esforços ou dificuldades que justifiquem tal verba. 
Impugna ainda o apelante a obrigação imposta por aquele douto Juízo acerca da composição de patrimônio hábil a garantir o êxito da condenação. Além de absurda, tal exigência de constituição de capital caracteriza excessiva onerosidade ao apelante, que não tem qualquer relação jurídica com os fatos narrados nos autos. 
Ademais, nos termos do § 2º do art. 533, é possível ao juiz substituir a constituição do capital pela (i) inclusão do exequente em folha de pagamento de pessoa jurídica de notória capacidade econômica ou, a requerimento do executado, (ii) por fiança bancária ou ainda (iii) por garantia real, em valor a ser arbitrado de imediato pelo juiz. Desta forma, em última hipótese, a garantia real, seria a única possível ao Apelante.
Percebem-se, assim, os equívocos da decisão de primeiro grau, que deve ser completamente modificada. 
3- DOS PEDIDOS 
Diante de todo o exposto, requer:
a- Seja o presente recurso recebido, conhecido e provido para o fim de acolher a preliminar e reformar a decisão interlocutória, julgando extinto processo sem resolução de mérito em relação ao apelante;
b- Subsidiariamente, caso assim não entenda V. Exa., requer seja o pedido julgado improcedente ou, então, que seja reduzido o valor da verba condenatória.
Termos em que 
Pede deferimento. 
Cidade, data, 
Assinatura, 
 OAB.

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