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PROVA DIREITO ADMINISTRATIVO II - AV1 - ESTÁCIO 2021 1

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PROVA AV1 - NOITE - 2021.1 - DIREITO ADMINISTRATIVO II 
 
OBS - As respostas das questões objetivas e discursivas devem ser fundamentadas. 
 
 
QUESTÃO 1. Analise os itens abaixo: 
 
I - Os serviços indelegáveis são aqueles que, por sua natureza ou pelo fato de assim 
dispor o ordenamento jurídico, comportam ser executados pelo Estado ou por 
particulares colaboradores. Errada Art. 21 da CF/88 
 
Serviços Indelegáveis - são aqueles que só podem ser prestados pelo Estado diretamente, ou seja, por seus próprios órgãos ou 
agentes. Exemplo: Defesa nacional, segurança interna, fiscalização etc. Tais serviços são inerentes ao Poder Público centralizado e 
a entidades autárquicas e fundacionais e, em virtude de sua natureza específica, não podem ser transferidos a 
particulares, para a segurança do próprio Estado. FONTE: Material da Aula 
 
II - A descentralização é o fato administrativo que traduz a transferência da execução da 
atividade estatal a determinada pessoa, integrante ou não da administração. CERTA 
Art. 175, da CF/88 e Art. 1º, da Lei 8.987/95 
 
III - A concessão de serviços públicos é formalizada por meio de um contrato 
administrativo, constitui característica natural do ajuste a desigualdade das partes, de 
modo a conferir posição de supremacia ao poder concedente. CERTA 
 Art. 23, V da Lei 8.987/95 
 
IV - Os contratos de concessão não fogem à regra que a Constituição traçou sobre a 
exigibilidade de licitação, contudo, o Estado pode livremente escolher a modalidade 
licitatória. Errada 
O procedimento licitatório é obrigatório conforme Art 14 da lei 8987/95, na modalidade 
CONCORRÊNCIA. 
 
a) Todos os itens estão corretos. Errada 
b) Os itens I e IV estão errados CERTA – Art. 21 da CF/88 e Art.14 da Lei 8.987/95 
c) Somente o item II está correto. Errada 
d) Todos os itens estão errados. Errada 
e) Os itens I e II estão corretos. Errada 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 2. Considerando a jurisprudência dos tribunais superiores: 
 
I A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que 
observará os termos desta lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, 
inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder 
concedente. CERTO 
 Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, 
que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de 
licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo 
poder concedente. 
 
II A concessão de serviço público é um ato administrativo pelo qual a Administração 
Pública transfere a pessoa jurídica ou consórcio de empresas a execução de certa 
atividade de interesse público coletivo, remunerada através do sistema de tarifas pagas 
pelos usuários. ERRADA 
A concessão de serviço público é o contrato administrativo pelo qual a Administração Pública transfere a pessoa jurídica ou 
consórcio de empresas a execução de certa atividade de interesse público coletivo, remunerada através do sistema de tarifas pagas 
pelos usuários. 
 
III A responsabilidade civil objetiva (art. 37, § 6, CF/88) não se aplica ao permissionário 
que causa prejuízos a terceiros, em decorrência da prestação de serviço público. 
ERRADA 
Art. 37, § 6, CF/88 - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável 
nos casos de dolo ou culpa. 
 
A) Apenas o item I está certo. CERTO – Art. 40 da Lei 8.987/95 
B) Apenas o item II está certo. 
C) Apenas os itens I e III estão certos. 
D) Apenas os itens II e III estão certos. 
E) todos os itens estão corretos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/2186546/artigo-37-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10710882/par%C3%A1grafo-6-artigo-37-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/2186546/artigo-37-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10710882/par%C3%A1grafo-6-artigo-37-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
QUESTÃO 3. A respeito do terceiro setor, assinale V verdadeiro e F falso 
 
(V) Terceiro Setor é composto por organizações de natureza “privada” (sem o objetivo 
do lucro) dedicadas à consecução de objetivos sociais ou públicos, embora não seja 
integrante do governo (Administração Pública direta ou indireta). Art.1 º e Art. 2º, I, “a”, 
da Lei 13.019/14 
 
 
 
(V) A doutrina conceitua como terceiro setor o conjunto de pessoas jurídicas de direito 
privado, institucionalizadas e constituídas conforme a lei civil, sem fins lucrativos, que 
perseguem finalidades de interesse público. – Art 1º e Art 2º, I. “a” da Lei 13.019/14 
Para Maria Tereza Fonseca Dias “tem-se como terceiro setor o conjunto de pessoas 
jurídicas de direito privado, institucionalizadas e constituídas conforme a lei civil, sem fins 
lucrativos, que perseguem finalidades de interesse público”. 
 
(F) O termo Organização Social – refere-se também a uma qualificação concedida a 
pessoas jurídicas de direito público, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam 
dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e 
preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, conforme previsto na Lei Federal nº 
9.637/98. Art. 1º da Lei 9.637/98 
Art. 1º da Lei 9.637/98, dispõe: O Poder Executivo poderá qualificar como organizações 
sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades 
sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à 
proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos requisitos 
previstos nesta Lei. 
 
(V) A qualificação da entidade privada como organização social é ato administrativo 
discricionário do Poder Público. No âmbito federal, o exame da conveniência e 
oportunidade da medida cabe ao Ministro ou titular do órgão supervisor ou regulador da 
área de atividade correspondente ao objeto social da entidade pretendente, assim como 
ao Ministro da Administração. Art. 2º, II da Lei 9.637/98 
 
Art. 2º, II da Lei 9.637/98 São requisitos específicos para que as entidades privadas 
referidas no artigo anterior habilitem-se à qualificação como organização social: II - haver 
aprovação, quanto à conveniência e oportunidade de sua qualificação como organização 
social, do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade 
correspondente ao seu objeto social e do Ministro de Estado da Administração Federal 
e Reforma do Estado. 
 
(F) O Poder Executivo também poderá desqualificar a entidade privada, retirando-lhe o 
título de organização social, mas essa providência há de estar baseada no 
descumprimento das disposições contidas no contrato de gestão e devidamente 
apuradas em processo administrativo, contudo, não será assegurado o direito de 
defesa dos dirigentes da organização diante da ilegalidade na utilização dos recursos. 
Art, 16, Caput e Parágrafo 1º da Lei 9.637/98 
 
Art. 16. O Poder Executivo poderá proceder à desqualificação da entidade como organização social, 
quando constatado o descumprimento das disposições contidas no contrato de gestão. 
 
§ 1o A desqualificação será precedida de processo administrativo, assegurado o direito de ampla defesa, 
respondendo os dirigentes da organização social, individual e solidariamente, pelos danos ou prejuízos 
decorrentes de sua ação ou omissão. 
 
 
 
 
QUESTÃO 4 -A limitação administrativa sobre determinado bem constitui modalidade de 
intervenção restritiva na propriedade de caráter 
 
E) geral, pela qual o Poder Público impõe a proprietários indeterminados 
obrigações de fazer ou de não fazer, com o fim de garantir que a propriedade 
atenda a sua função social, excepcionalmente que pode dar ensejo a indenização 
de natureza jurídica de direito pessoal, se a limitação causar redução do valor 
econômico do bem e a sua aquisição tiver ocorrido anteriormente à instituição da 
restrição. CERTA 
art. 5.º, XXIII e art. 170, III, ambos da CRFB/88 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO 5 - Acerca do instituto da desapropriação, assinale a opção correta. 
 
LETRA – C, ART. 10 do DL 3365/41 
 
C) - Declarada a utilidade pública do bem objeto de decreto expropriatório, o poder 
público deve atender ao prazo de cinco anos para efetivar a desapropriação, o que 
pode ocorrer mediante acordo ou por via judicial, sob pena de caducidade. CERTA 
- De acordo com artigo 10 do DL 3365/41: Art. 10. A desapropriação deverá efetivar-se mediante acordo ou 
intentar-se judicialmente, dentro de cinco anos, contados da data da expedição do respectivo decreto e findos os quais este caducará 
 
 
 
 
 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10730219/inciso-xxiii-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10660995/artigo-170-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10660882/inciso-iii-do-artigo-170-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
QUESTÃO 6 - Apesar dos esforços para se implantar no setor público elementos 
originários da gestão privada, há diferenças claras e significativas entre os dois 
ambientes, que possuem implicações diretas no momento em que buscam se relacionar. 
O acordo firmado entre a Administração Pública e pessoa do setor privado com o objetivo 
de implantação ou gestão de serviços públicos, com eventual execução de obras ou 
fornecimento de bens, mediante financiamento do contratado, contraprestação 
pecuniária do Poder Público e compartilhamento dos riscos e dos ganhos entre os 
pactuantes, é denominado 
 
(C) contrato de parceria público-privada. CERTA Art. 2º e 3º da Lei 11.079/04 
 
É o acordo firmado entre a Administração Pública e a pessoa do setor privado com o objetivo de 
implantação ou gestão de serviços públicos, com eventual execução de obras ou fornecimento 
de bens, mediante financiamento do contratado, contraprestação pecuniária do Poder público e 
compartilhamento dos riscos e ganhos entres os pactuantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 7 - 1,5 pontos - Aponte as principais diferenças entre a desapropriação 
ordinária e a extraordinária, as fases do procedimento, pressupostos e indenização, 
fundamente suas respostas. 
RESPOSTA: 
A DESAPROPRIAÇÃO ORDINÁRIA é o procedimento de direito público pelo qual o 
Poder Público transfere compulsoriamente para si a propriedade de terceiro, por razões 
de utilidade pública, necessidade pública ou interesse social, mediante em regra 
pagamento de indenização. O objetivo da desapropriação é a transferência do bem 
desapropriado para o acervo do expropriante, sendo que esse fim só pode ser alcançado 
se houver os motivos determinantes. Os pressupostos que autorizam a desapropriação, 
como já mencionado são: a necessidade pública, a utilidade pública e o interesse social; 
e se encontram previstos no artigo 5º, inciso XXIV da Constituição Federal. 
 Já na DESAPROPRIAÇÃO EXTRAORDINÁRIA, o proprietário da terra, tem o 
dever jurídico-social de cultivá-la e explorá-la adequadamente, sob pena de incidir nas 
disposições constitucionais e legais que sancionam os proprietários ociosos, não 
cultivados, improdutivos, de se não for atendida a função social que condiciona o 
exercício do direito de propriedade, a prerrogativa do Poder Público proceder a 
desapropriação extraordinária de imóvel urbano ou rural. 
 Na Desapropriação de Imóvel Rural a competência da desapropriação rural é da 
UNIÃO (motivação for interesse social, se não o proprietário não estiver cumprindo a função 
social) todo território brasileiro. 
 E sua Indenização será por meio de títulos da dívida agrária resgatáveis em 20 anos, 
conforme art 184 da CRFB/88. O procedimento desapropriatório está regulamentado pela LC 
76/93. 
 Já na Desapropriação de Imóveis Urbanos, o município que tem Competência para 
desapropriar, com o pressuposto da modalidade expropriatória em foco reside no 
descumprimento pelo proprietário, da obrigação urbanística de aproveitamento do imóvel em 
conformidade com o que tiver sido estipulado no plano diretor. A determinação urbanística 
consiste na adequação do solo urbano às diretrizes fixadas no plano diretor do município. 
 E sua Indenização será mediante títulos da dívida pública resgatáveis em 10 anos, tais 
títulos devem ser aprovados pelo Senado Federal, conforme art 182 §4º da CRFB/88 c/c art 8º 
da lei 10257/2001 
 No que se refere às Fases de Procedimento da Desapropriação, teremos a 
Fase Declaratória, fase durante a qual o poder público manifesta, apenas, a intenção de 
adquirir determinado bem. Esta declaração, via de regra, exterioriza-se através decreto 
de declaração de utilidade pública ou de interesse social, expedido pelo chefe do 
Executivo (Art. 6º e Art. 8º do Decreto-lei nº 3.365/41, Art. 1º da Lei 4.132/62), 
constituindo-se, basicamente, com o decreto o primeiro passo para a desapropriação. A 
declaração de utilidade pública é um ato de natureza administrativa, através do qual o 
poder público manifesta o seu interesse por determinado bem, por este satisfazer uma 
utilidade ou necessidade pública ou um interesse social, caracterizando- se. 
 E teremos também, a Fase executória, no qual é expedido o decreto 
expropriatório de utilidade pública do bem, para operacionalizar (atos concretos) a 
efetivação da desapropriação, passamos pela fase de execução. E, na fase de execução, 
vamos encontrar uma bifurcação: a via administrativa e a via judicial. . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 8 - 1,5 pontos. 
Controle concentrado de constitucionalidade 
 NOVO: No inc. I do parágrafo único do art. 175 da Constituição da República, prevê-se que a lei 
disporá sobre as condições para a prorrogação dos contratos de concessão. No inc. XII do art. 
23 da Lei 8.987/1995, dispõe-se que as condições para a prorrogação devem ser disciplinadas 
no contrato de concessão, configurando-se como cláusula essencial, marcada pela 
discricionariedade da Administração Pública e na supremacia do interesse público. (...) Na norma 
se dispõe sobre a contratação de termo predefinido, firmado a partir de licitação, cabendo à 
Administração Pública avaliar, excepcionalmente, com base nos parâmetros legais de 
atendimento ao interesse público, a conveniência e a oportunidade da prorrogação. Este 
Supremo Tribunal reconhece inserir-se a prorrogação do prazo contratual no espaço de 
discricionariedade da Administração Pública. A ela cabe analisar e concluir sobre a oportunidade 
e a conveniência da prorrogação, observados os limites legais e sempre em consonância com 
os princípios e normas constitucionais: (...) Reconhecido é que prorrogação indefinida do 
contrato é burla às determinações legais e constitucionais quanto à licitação obrigatória para 
adoção do regime de concessão e permissão para exploração de serviços públicos. 
 
Em relação a Concessão de serviços públicos responda: 
 
a) Em regra, a relação contratual do Poder Concedente e a Concessionária é 
personalíssima, contudo, há exceções, quais? Explique.A) RESPOSTA: 
 
Em regra, cabe a Concessionária a prestação do serviço, a responsabilidade é dela, mas é 
admitida na lei 3 exceções, são elas: Subcontratação, Subconcessão e Transferência Total do 
Serviço 
 
Subcontratação - A concessionária poderá contratar terceiros para execução de atividades 
complementares ao serviço concedido. Na contratação de terceiros prevista no artigo 25, § 1º, 
não há subconcessão; o que a lei prevê é a contratação de terceiros para a prestação de serviços 
ou de obras; em vez do exercer diretamente todas as atividades ligadas ao contrato de 
concessão, o concessionário contrata terceiros para realizar determinadas atividades, como 
serviços de limpeza, vigilância, contabilidade, obras, reformas, reparos etc.no artigo 25, § 1º, que 
a concessionária contrate com terceiros (terceirize) o desenvolvimento de atividades inerentes, 
acessórias ou complementares ao serviço concedido. Toda a gestão operacional do serviço 
público continua em mãos do poder concedente. A empresa contratada com fundamento no 
artigo 25, § 1º, não assume a gestão do serviço público, mas a execução material de atividades 
ligadas ao serviço público. Não é concessão nem subconcessão, mas simples contrato de 
prestação de serviços (empreitada). É forma lícita de terceirização. São atividades inerentes ao 
objeto do contrato (já que dizem respeito ao equilíbrio econômico-financeiro da concessão), mas 
podem não estar inseridas entre as atividades fins da empresa concessionária. 
 
Subconcessão - é um contrato celebrado à imagem da concessão a que se vincula. Por isso 
mesmo, a subconcessão se faz por contrato administrativo e não por contrato de direito privado. 
Além disso, a lei exige expressa autorização do poder concedente e licitação, sob forma de 
concorrência, para a subconcessão. 
 
Transferência total do serviço - A concessionária poderá transferir o serviço para outra 
empresa, com anuência do poder público, conforme art 27 da lei 8987/95, a nova empresa que 
assumir o contrato deve se comprometer as regras do contrato em vigor e demonstrar 
capacidade econômica e financeira. 
 
 
 
 
b) Diante de descumprimento de cláusulas contratuais e da insatisfação na prestação 
de serviços aos usuários, o poder concedente é obrigado a intervir no contrato de 
concessão? Explique o procedimento. 
 
 
B) RESPOSTA: 
 
A intervenção é um ato discricionário e não obrigatório, e o Governo poderá intervir sendo 
uma função estatal intervir na concessão quando houver má prestação, paralisação indevida, 
adequação do contrato e etc. A intervenção deve ser provisória, se não for será similar a 
encampação. 
A intervenção deve respeitar alguns requisitos: ato administrativo deflagrador (depende de 
decreto do poder concedente que deverá conter: os limites, o prazo, objetivos da intervenção e 
indicará o interventor), o Decreto interventivo tem características de auto-executoriedade, 
verificada pela ilegalidade da prestação do serviço, ou seja, o ato produz efeitos imediatos. 
Após o decreto deverá ser instaurado processo administrativo assegurado a ampla defesa e o 
contraditório a empresa/concessionária que poderá expor os motivos da inexecução contratual 
e a apuração das falhas e responsabilidades. 
Ao final da intervenção o serviço poderá ser devolvido à concessionária ou extinta a concessão 
por meio da caducidade do contrato, conforme Art 32 ao 34 da lei 8.987/95 e Art. 29, inciso III, 
da Lei 8.987/95

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