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O quadro e suas ideias - resumo

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O quadro e suas ideias - resumo 
O quadro econômico dos fisiocratas fora capaz de unir economistas de diferentes 
vertentes, como Marx e Schumpeter, para os dois, os fisiocratas foram os pais da 
economia, os fundadores. Segundo Marx, os fisiocratas iniciaram a análise do capital 
burguês, dessa maneira, são os fundadores da economia. 
Quesnay inovou sua análise, segundo Schumpeter, ao afirmar a circunlaridade e a 
interdependência dos fatos econômicos. A ideia de circuito da economia é importante, 
pois sem ela seria impossível a descoberta do ‘’fio condutor da causalidade econômica’’. 
Os fisiocratas defendiam a auto renovação contínua dos fluxos de bens. Marx afirma, que, 
os fisiocratas foram geniais ao chamarem a produção do capital como reprodução do 
capital, excluindo a circulação monetária e a geração de renda. Os fisiocratas ainda foram 
os primitivos no estudo do excedente, segundo Marx, o excedente é o fundamento da 
produção capitalista. 
Os fisiocratas trataram a economia com naturalidade, as leis econômicas foram 
trabalhadas como naturais. As leis econômicas, indubitavelmente, não podem ser violadas 
ou alteradas, uma vez que são leis naturais imutáveis. A sociedade pode ignorar tais leis, 
porém sem elas em conjunto com a observação social é impossível atingir o ponto 
máximo de bem estar. Além disso, os fisiocratas declaram que, dispensar essas leis por 
completo levaria a sociedade a decadência. Os fisiocratas generalizam a classe burguesa, 
o que para Kuntz, foi um deslize descartável e indevido. 
Schumpeter, incialmente, queria resgatar os escritos fisiocratas, contudo, a generalização 
trouxe consequências, pois baseadas nelas os fisiocratas formaram a teoria do 
desenvolvimento, a qual mostra as condições explicativas do maior ou menor grau de 
riqueza e bem estar conseguido em dada sociedade. Descartar esses escritos, é apagar as 
principais ideias dos fisiocratas. 
O quadro econômico dos fisiocratas, mostra o nascimento das riquezas e sua circulação, 
com a direção necessária dos fluxos. Os fisiocratas partem da agricultura, segundo 
Quesnay, é uma fonte possível de riqueza. 
A classe produtiva e o mistério do revenu 
O quadro revela o movimento interno da economia, as transações de mercadorias, fluxo 
de renda e despesas. Essa economia é constituída por três classes a produtiva, proprietária 
 
 
e estéril. Produtiva: formada pelas pessoas que estão diretamente ligadas a agricultura. 
Proprietária: classe que recebe a renda fundiária, impostos e dízimos. As classes, estão 
inseridas na categoria Revenu (rendimentos) e a fonte exclusiva é a agricultura, os 
destinatários a receber essa renda são a burguesia terratenente, o clero, a coroa e a 
aristocracia. A classe estéril, inclui ou comerciantes, agentes econômicos urbanos e 
artesãos. 
Essa classificação gerou polemica, uma vez que a palavra ‘’estéril’’ era mal vista pela 
sociedade. O fisiocrata Quesnay, explicou que estéril não sinônimo de inútil. 
O ponto chave da fisiocracia, de acordo com Kuntz, é como a dependência pela 
agricultura estava inserida de forma implícita, dependência de toda sociedade. Quesnay 
afirma, o comercio e a manufatura precisavam da agricultura para sobreviver. O ponto 
principal gira em torno da questão: se os rendimentos e despesas são oriundos da 
produção agrícola, sem tais atividades, de onde sairia os lucros do comércio e os salários 
dos trabalhadores? 
Kuntz explica que, essa dependência pode ser originada de dois fatores: o primeiro, diz 
que quanto maior a atividade rural, quanto maior o produto por trabalhador empregado 
nas atividades agrícola, maior será o desenvolvimento da economia urbana. 
Ricardo, acredita que a agricultura influencia todos os ramos da economia. 
A problemática se desenvolve em torno da reposição de matéria. Marx entra no debate ao 
afirmar que para o capitalista o valor de uso pouco importa, o que ele está interessado é 
no valor de troca. 
Para Grandamy, o excedente gerado, é uma energia biológica e agricultura une a 
sociedade sendo a única atividade produtiva. O autor ainda propõe uma forma de pensar 
nas teorias fisiocratas d forma mais livre. Mas, sem em nenhum momento o autor se 
contrapôs a teoria fisiocrática. 
Os fisiocratas protegem a ideia de que só a agricultura é capaz de produzir um excedente, 
sendo o setor mais importante da economia. O Revenu é a fonte primária que fundamenta 
toda atividade não-agrícola. 
*** critica de Quesnay 
 
 
O excedente é formado com relação a duas vertentes de a quantidade de mercadorias, 
primeiro a que é colhida e a segunda que é o capital. Os preços são incluídos no debate, 
uma vez que alguns autores acreditam que quem produz mercadorias, não produz 
riquezas, o trabalho apenas aumenta o valor das mercadorias. Quesnay defende suas 
ideias argumentando que o mercado é apenas uma troca de valores por igual. 
Na análise de Marx, pode o possuidor de bens transformar aquele bem e agregar mais 
valor a ele, como exemplo, Marx, mostra que o couro por si só tem um valor, mas, se 
transformar o couro em uma bota o produtor irá agregar mais valor, uma vez que adiciona 
mais trabalho a aquele produto. Para marx, a mais-valia se inicia na produção e tem seu 
termino na troca. A teoria valor-trabalho não basta. A resposta para a mais-valia deve 
estar na diferença entre trabalho e força de trabalho. 
Em alguns momentos, o fisiocrata Quesnay, parece atribuir a criação do excedente não a 
agricultura, mas ao bon prix, bom preço. Como pode existir uma grande quantidade de 
oferta e preços elevados? São as necessidades que definem a oferta dos produtos, 
Para Quesnay, o bon prix tende a ser, portanto, o resultado de numerosas forças presentes 
no mercado, funcionando como fator de equilíbrio entre todos os interesses. O preço tende 
a ser o regulador do produto liquido. ‘’tal é o preço, tal é o rendimento’’. 
Quesnay e Ricardo compartilham do mesmo pensamento, o excedente agrícola é 
insuficiente para a população urbana, portanto uma parcela deve buscar subsistência no 
exterior, isto é, uma parte dos homens dependerá da agricultura exterior e não da nacional. 
Somente a atividade agrícola é capaz de produzir mais do consome. Todavia, Quesnay, 
parecerá contraditório, ou ainda, parecerá não ter finalizado sua teoria quando diz que 
pescadores, mineiros e negociantes podem ser incluídos no grupo da classe que produz. 
Quando o fisiocrata diz que pescadores e mineiros são produtivos, ele se refere a 
capacidade de obter excedente. Capacidade lucrativa do produtor. 
Os fisiocratas discutem ainda qual seria a melhor forma de empregar as matérias primas 
e os homens. A partir disso começam a discutir as melhores atividades. Primeiramente, 
os indivíduos que produzem pela agricultura e para o comércio exterior têm lucros mais 
proveitosos, esses homens elevam a riqueza do Estado, assim, quanto mais o governo 
impulsionar lucrativamente esses homens, mais rico a nação estará. O comércio é 
vantajoso para o Estado, pois é a atividade capaz de manter o bon prix dos produtos 
agrícolas e permitir a alocação mais racional dos recursos disponíveis. 
 
 
Em outros momentos, Quesnay afirma que os produtores agrícolas são os homens menos 
uteis, em primeira análise, tal afirmação choca o leitor, mas ela pode ser observada e 
entendida. O fisiocrata declara que os produtores que consomem tudo o que produzem 
são os menos proveitosos para a nação. Veja, os camponeses pobres que consomem o que 
produzem, e quando vendem, vendem a preço extremamente baixo, ou mais radicalmente, 
não vendem nada, só vivem para suprir as necessidades básicas; estes indivíduos perecem 
e arruínam o Estado. Além disso, nem o próprio produtor grande pode ser chamado de 
produtivo, visto que só a natureza é capaz de produzir. 
Classe estéril: Ou não produtivo, todo trabalho que não resulta mais do que os preços dos 
insumos, onde não há lucro.Weulersse, pesquisador, destaca alguns pontos importantes na teoria de Quesnay, o 
fisiocrata de forma implícita mostra que as pedreiras e a atividade mineira saõ produtivas, 
mas os fisiocratas, em geral, são contrários a essa posição, pois são pouco lucrativas. A 
pesca foi aceita como produtiva por Quesnay e seus seguidores. 
Ademais, o fisiocrata mostra outra definição de classe estéril, agora indivíduos que não 
fossem capazes de sustentar a própria vida. O comércio está entre a terra e o homem é 
peculiar e não existe em outras atividades. A terra é a fonte primitiva do capital, Quesnay 
afirma, os produtos do solo se multiplicam pelos próprios produtos da terra. Na terra está 
toda atividade produtiva do homem. 
O esforço do fisiocrata consiste em mostrar e calcular a circulação de bens no Quadro. 
Definição final de classe produtiva*** 
A classe estéril e o mistério do lucro 
A palavra estéril causou revolta, pois od indivíduos receberam a palavra como sinônimo 
de inútil, sem 
Quesnay trata com ressentimento a fuga de capitais e homens para a cidade. 
Smith sobre o avanço da indústria * 
Para sustentar a tese da esterilidade das classes, os fisiocratas precisariam responder a 
algumas questões, como por exemplo, negar a existência do lucro nas atividades estéreis. 
Para sustentar essa questão apresentada, quesnay e seus seguidores precisariam assumir 
que toda atividade industrial é artesanato. Aqui volta a ideia de que o simples trabalhador 
 
 
nada tem, somente a sua força de trabalho. O fisiocrata e autor do Quadro, mostra as 
semelhanças entre o salário do pequeno produtor urbano e do assalariado rural. (39) 
Marx: o excedente não é um presente da natureza, após o homem empregar trabalho nos 
processos produtivos, vender sua força, o excedente torna-se a mais-valia e é apropriada 
pelo proprietário. O trabalhador fica apenas com o que é necessário para sua subsistência. 
A mais-valia é o trabalho não pago a esses homens. 
Na fisiocracia, acredita-se que a propriedade não pode ser tratada como um valor 
indiscutível. A propriedade precisa de uma sustentação moral e política. Por um lado, a 
propriedade é vista como a condição de bem-estar, e por outro lado, essa mesma 
propriedade precisa ser usada em favor do desenvolvimento, seria uma ‘’obrigação’’ 
social, utilizar os recursos disponíveis para o desenvolvimento geral. 
Marx trata a relação dos proprietários de terra com o produtor agrícola como uma 
exploração do capitalista da agricultura. O capitalista seria, nesse cenário, o empresário 
agrícola, que tem como função comandar uma atividade que cada vez mais se tornara 
eficiente. Dessa forma, o empresário agrícola, isto é, o arrendatário, não pratica nenhuma 
atividade produtiva, sua única função é repor os custos com o excedente gerado pela 
atividade. 
Os fisiocratas tratam a agricultura como atividade lucrativa, entendendo o lucro como 
ganho anterior a renda do proprietário. Ou seja, uma quantia em moeda coletada pelo 
empresário rural. A agriculta tem capacidade de dar rendimentos a nobreza, aos 
proprietários, dizimo ao clero e lucros aos cultivadores. 
Os empresários que produzem em longa escala, recebem lucros maiores. Os mesmos 
lucrarão se o preço de seus produtores elevarem. Os lucros só existem até a generalização 
da agricultura, ou mais, até a renovação dos contratos de arrendamento. Existe uma 
passagem na filosofia rural, segundo Meek, que diz que existe uma recompensa por causa 
do incomodo e riscos do empreendimento. Há ainda uma outra ideia para o lucro, como 
um salário superior a recompensa dos esforços do empresário agrícola. 
Lucro artesanal: tente a aumentar pois são qualificados e há poucos concorrentes. A 
qualificação pode ser entendida como um custo. Há também o privilegio concebido pelo 
governo e as limitações de oferta dadas pelas matérias primas, que encarece a obra de 
 
 
arte. O valor, segundo Ricardo, não depende da quantidade de trabalho empregado na 
produção, depende das riquezas de quem deseja comprar. 
A teoria do salário superior, ou seja, os ganhos dos grandes empresários, mostra que as 
manufaturas não rendem além das despesas de exploração. 
O fisiocrata Quesnay, aponta que o comércio e a industrias são esferas constituídas por 
pequenos produtores que buscar ganhar o necessário para sua subsistência. O lucro é o 
salário do empresário, salário alto que cobre seu esforço no controle do negócio e seu 
risco de empreender. Ademais, o fisiocrata exclui as situações excepcionais (privilégios), 
a concorrência na fisiocracia vem de um cenário natural. 
Onde aparece o lucro? Na classe estéril, o lucro não é visto como o excedente é visto na 
agricultura. Primeiro, faz-se necessário ressaltar que, segundo Quesnay, o comércio e a 
indústria são esferas constituídas por pequenos produtores que buscam ganhar o 
necessário para sua subsistência. Então, o lucro será a quantia monetária capaz de pagar 
o empresário, ou seja, o homem que controla os processos produtivos. Dessa forma, o 
lucro pode ser, nesse caso, denominado como uma contribuição ao empresário por 
monitorar o processo produtivo. 
Os pequenos produtores, os homens que vendem sua força de trabalho a esses 
empresários, recebem apenas o suficiente para sua subsistência. Fica claro, o que sobra, 
é o salário do empresário, ou seja, o lucro produzido pelas classes estéreis. 
Não menos importante, cabe lembrar, que a teoria fisiocrata revela que o artesanato 
(classe estéril) é capaz de produzir lucro, pois é um trabalho especializado e de pouca 
concorrência, diferente dos outros setores do comércio. Esses artesãos produzem 
verdadeiras obras de arte, o valor de troca excede todos os insumos usados na produção 
e o tempo utilizado pelo produtor. 
 
Argumentos: 
Natureza quantitativa: diz respeito ao número de comerciantes que os torna dominantes 
no ambiente estudado pelos fisiocratas. Natureza anormal dos lucros demasiadamente 
altos. O outro argumento é o caráter qualitativo, que se refere a natureza dos ganhos, e 
mais, a natureza dos custos. O objetivo é descobrir como o empresário contribui durante 
o processo produtivo. Aqui, será difícil enxergar o lucro como excedente. 
 
 
O ponto crucial dos fisiocratas é como se da o valor no ambiente estéril. Há ainda 
dificuldade em explicar a relação entre os ganhos altos dos empresários e o misero 
salários dos trabalhadores. 
Exame da produtividade física : a base para a distinção dos setores está na entre produzir 
e reunir, ou produzir e modificar. O fisiocrata afirma que, é preciso diferenciar quando há 
uma adição de riquezas a produção de quando há uma produção de riquezas. 
Valor x aumento de riqueza: o trabalho do rendeiro contribui com o aumento no valor 
venal (preço) do produto. Assim, o trabalho da renda produziu um aumento na riqueza. É 
importante sempre considerar os aspectos materiais de cada atividade. 
Em suma, segundo Quesnay, o operário não assume que faz subsistência, ele diz que 
ganha a sua subsistência. 
O surgimento de toda riqueza e despesa depende diretamente da fertilidade da terra. É 
somente a terra que proporciona a multiplicação de produtos. É errôneo pensar que a 
indústria seja produtiva, capaz de multiplicar suas mercadorias. Há industrias que 
fabricam as ferramentas para a lavouras, e ainda assim, não pode dizer que são produtivas, 
uma vez que na sua ausência, o lavrador seria capaz de construir as ferramentas para o 
´plantio. A classe agraria é independente, pode subsistir por si própria. Todos os produtos 
exigidos naturalmente pelas necessidades físicas do homem podem ser produzidos pela 
terra. A agricultura é a restrição de toda atividade humana, pois a terra, antes de tudo, 
produz o essencial para que o homem possa sobreviver. Sem o que a terra proporciona o 
homem não sobreviveria, tampouco produziria nas indústrias e comércio. 
A natureza é o fundo regulador detoda atividade econômica, de acordo com Quesnay, 
todas as despesas são pagas pelas riquezas oriundas da agricultura. Não há rendimento 
sem o produto liquido da terra. 
Os senhores da terra 
A classe proprietária, segundo a análise do Quadro Econômico, são os soberanos, 
dizimeiros e proprietários de terras. Essa classe é sustentada pelo produto liquido, 
excedente social, pago pela classe produtiva anualmente. Quesnay dá a essa classe uma 
posição mista, fica na linha tênue entre os produtivos e os estéreis. Os proprietários não 
produzem, não podem ser colocados na classe produtiva, entretanto, colocam suas terras 
para serem base de produção, ou seja, contribuidores com o desenvolvimento, não 
 
 
podendo chama-los de estéreis. Os proprietários são uteis por causa dos seus gastos 
consumo. Seria a classe intermediaria. A ordem das classes é definida pela natureza. No 
Quadro, essa classe ocupa um lugar de importância extrema, visto que são os receptores 
do produto liquido. Essa classe toma decisões importantes como onde gastar o Revenu, 
que por sua vez favorece uma atividade especifica. Dessa maneira, o proprietário busca 
favorecer a atividade que lhe proporcionou o excedente. 
Os fisiocratas queriam ditar como os mais ricos deveriam se comportar. Eles declaravam 
que os mais ricos do reino só eram importantes ao estado por conta de seu consumo, sua 
renda. Se não distribuíssem a renda a fim de promover o desenvolvimento do estado e a 
atividades lucrativas, seriam homens inúteis. Os arrendatários são importantes para a 
sociedade pois estes indivíduos investem na infraestrutura produtiva da nação 
(adiantamentos fundiários). 
Critica do subconsumo: o entesouramento dos rendimentos é nocivo a sociedade. Tão 
perigoso que se essa classe guardassem os rendimentos, seria necessário roubar, retirar o 
rendimento deles. Esse tipo de riqueza pertence também ao estado; a tradição liberal 
quase que esqueceu tais passagens, deram ênfase aos escritos sobre propriedade de terras. 
A tradição ortodoxa mostra dois ‘’erros’’ da teoria fisiocrática: 1- que a propriedade 
necessita de um reconhecimento por seu uso, 2- a enunciação de uma ideia considerada a 
avó da teoria da demanda efetiva. 
Critica de Say a teoria fisiocrática: o erro da fisiocracia é dizer que tudo o que se produz 
é consumido – tudo o que se consome precisa ser produzido. Assim, tomam o efeito pela 
causa. Say diz que os fisiocratas dizem que o consumo improdutivo gera reprodução; e 
que a poupança é diretamente contraria a prosperidade publica; e mais, o cidadão mais 
útil é aquele que mais gasta. 
A critica de Say agrava e deturpa as ideias fisiocráticas. Em nenhuma passagem Quesnay 
afirma que o homem que mais consome, é na verdade o mais útil. Da mesma maneira que 
o fisiocrata nunca disse que poupar atrapalha a prosperidade. Os fisiocratas, em suma, se 
preocupam com a melhor alocação das riquezas. 
As operações necessárias são aquelas que favorecem o desenvolvimento da agricultura, 
que por sua vez é a única fonte de enriquecimento. Deixar de lado as diferenças materiais 
 
 
entre os setores, quando o assunto é a teoria fisiocrata, é na verdade, abandonar um dos 
aspectos centrais do pensamento. 
Teoria do imposto único: se o rendimento é a única riqueza disponível, ora, apenas sobre 
ele deve incidir as tributações. O regime fiscal, de acordo com os fisiocratas, seria a única 
forma de multiplicar o rendimento líquido de forma segura. Esses rendimentos são as 
verdadeiras riquezas da nação. Essas riquezas pagam as taxas para a defesa do Estado. O 
autor Weulersse, s emostra contrario ao imposto único. Sua critica se fundamente na ideia 
de que os impostos precisam estar no consumo, no lucro dos artesãos e financistas. Pois 
a ‘’mãe’’ de toda atividade produtiva é o proprietário de terras, ao decretar o imposto 
único, ele pode se sentir inseguro e desencorajar a indústria. 
Alguns críticos dizem que Quesnay parece mais com um conservador do que um 
inovador. Conservador por querer colocar em pratica uma nova ordem social, inovador 
porque quer abandonar as praticas de produção feudal. 
Para Marx, a teoria fisiocrata, é a primeira versão sistemática da produção capitalista.

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