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Aula 01 - Cadeia do Processo Infeccioso

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O termo epidemiologia pode ser conceituado por: 
‘’ Ciência que estuda o processo saúde doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes 
das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva’’. 
Rouquayrol, 1989 
A epidemiologia propõe 
Medidas específicas de prevenção, controle, ou erradicação de doenças, e constrói indicadores que servem para o suporte ao 
planejamento, administração e avaliação das ações de rotina, em consonância com as políticas de promoção da saúde. 
 Rouquayrol, 1989 
 
A Atenção da epidemiologia está voltada para as ocorrência em escala maciça, de doenças e de não doenças envolvendo pessoas 
agregadas em coletividade 
● Atenção voltada a comunidade, grupos demográficos, classes sociais, ou qualquer outros coletivos que possam 
classificar os seres humanos. 
● Processo de saúde - doença da coletividade pode ser como “modo específico pelo qual ocorre uma determinada 
doença”. 
● A ausência de saúde é estudada pela epidemiologia sob a forma de doenças infecciosas. 
● Estudo da distribuição e variabilidade; análise dos fatores determinantes: risco físico, químico, biológico, social, 
econômico, culturais e outros 
● A prevenção visa impedir que os indivíduos sadios venham adquirir doenças seja por: imunização nas doenças 
imunopreveníveis, ou medidas antitabagismo para prevenção de câncer de pulmão, etc 
● A promoção em saúde consiste na produção de saúde como direito social, equidade e garantia dos demais direitos de 
cidadania. 
 
IEA - International Epidemiological Association 
A Associação Internacional de Epidemiologia (IEA), em seu Guia de Métodos de Ensino (1973), define Epidemiologia como “o 
estudo dos fatores que determinam a frequência e a distribuição das doenças no indivíduo analisando caso a caso, a 
epidemiologia debruça-se sobre os problemas de saúde em grupos de pessoas. Tem como funções: 
● Descrever a magnitude dos problemas de saúde na população humana; 
● Proporcionar dados essenciais para o planejamento execução e avaliação das ações de prevenção, controle e 
tratamento das doenças bem como para estabelecer prioridades; 
● Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades; 
 
Cadeia do Processo Infeccioso 
Epidemiologia das doenças transmissíveis 
Bibliografia Recomendada: 
 Epidemiologia & Saúde – Rouquayrol, M Z. (Cap. 11 – Aspectos epidemiológicos das Doenças Transmissíveis) 
Questionamentos em epidemiologia 
● Em que áreas do município ou região do país a doença é mais frequente? 
● Há diferenças regionais ou locais? 
● Indivíduos idosos são mais atingidos que as crianças? 
● Pertencer a uma dada classe social determina diferenças nos riscos? 
● Existe alguma época do ano em que aumenta o número de casos? 
 
Variações cíclicas 
Determinadas pelas flutuações na incidência de uma doença ocorrida em um período maior que um ano; 
● Associada a doenças virais: pico de incidência - ocasionado pelo elevado número de suscetíveis e um posterior declínio 
(poucos suscetíveis), até que uma nova cepa eleve novamente a incidência (população passa a ser suscetível outra vez). 
 
Variações sazonais 
Variação da incidência de uma doença de acordo com as estações do ano. As doenças infecciosas estão muito associadas a este 
tipo de variação (gripe, dengue, malária). No entanto, as doenças crônicas também sofrem influências sazonais, (asma e doença 
pulmonar obstrutiva crônica - DPOC). 
 
● VERÃO: 
○ Desidratação 
○ Intoxicação alimentar 
○ Otite 
○ Conjuntivite 
○ Micoses 
○ Insolação 
○ Bicho geográfico 
○ Picadas de insetos 
○ Dengue 
○ Brotoejas; 
 
● INVERNO:
○ Bronquiolite 
○ Asma 
○ Gripe 
○ Resfriado 
○ Pneumonia 
○ Rinite 
○ Sinusite 
○ Faringite 
○ Amigdalite;
● Outro exemplo é o aumento da incidência de acidentes ofídicos nos meses mais quentes do ano (dezembro- fevereiro) 
relacionado à maior atividade humana nos trabalhos de campo, o que facilita o encontro acidental entre homem e 
serpente. 
 
Variações irregulares 
Variações não esperadas para a ocorrência de uma doença, que levam em consideração a distribuição normal ou já conhecida 
da doença no tempo (baseada em dados históricos). 
 
 
 
ENDEMIA 
“Presença constante de uma doença dentro dos limites esperados, em uma 
determinada área geográfica, por um período de tempo ilimitado” (MEDRONHO; 
WERNECK; PEREZ, 2009). 
 Uma endemia pode se tornar uma epidemia se ocorrerem mudanças nas 
condições: 
o Do hospedeiro; 
o Do agente; 
o Do ambiente. 
 Convencionou-se no Brasil designar determinadas doenças, a maioria 
delas parasitárias ou transmitidas por vetor, como ‘’ endemias’’, ‘’ grandes 
endemias’’ ou ‘’ endemias rurais’’. 
 
EPIDEMIA 
A OMS considera epidemia se a cada 100 mil habitantes 300 tiverem a mesma doença no mesmo local no mesmo intervalo de 
tempo. 
 O histórico de epidemias do Brasil surge com a vinda dos portugueses, tendo como a primeira epidemia relatada a 
varíola em 1563, afetando principalmente os indígenas por nunca terem tido contato com a doença e usarem pertences 
pessoais e roupas dos europeus contaminados. 
 Elevação progressivamente crescente, inesperada e descontrolada do número de casos de uma doença ou agravo, em 
determinado lugar e período de tempo - excesso em relação à frequência esperada. 
 Os dados epidêmicos variam segundo o agente infeccioso, o tamanho e o tipo da população exposta, a sua experiência 
prévia com a doença, e o tempo e o lugar da ocorrência (PEREIRA, 2013). 
 Pontos a serem observados para se caracterizar uma epidemia: 
o Frequência usual da doença na região 
o Grupo populacional 
● Um pequeno número de casos de uma doença que não tinha ocorrido previamente na região, pode ser o suficiente 
para constituir a ocorrência de uma epidemia. 
 
Curva epidêmica 
A curva epidêmica tem usualmente distribuição assimétrica e apresenta os seguintes elementos: 
 Curva ascendente: fase de crescimento da epidemia e cujo grau de inclinação indica a velocidade de propagação 
(associada ao modo de transmissão do agente e ao tamanho da população suscetível); 
 Ponto máximo ou pico: pode ser alcançado naturalmente ou interrompido por uma intervenção precoce; 
 Curva descendente: fase de esgotamento da epidemia e cujo grau de inclinação descendente indica a velocidade de 
esgotamento da população suscetível, seja naturalmente ou por efeito ou impacto das medidas de controle 
estabelecidas 
 
Classificada da epidemia: 
Classificação de acordo com a velocidade de instalação, propagação e desaparecimento, a sua duração e os mecanismos 
envolvidos no seu desaparecimento: 
 
 Epidemia por fonte comum; 
O agente etiológico pode ser veiculado pela água, alimentos ou ar, permitindo a exposição de um elevado número de 
indivíduos. Pode haver um rápido aumento de casos em um curto período de tempo. 
A velocidade de progressão da epidemia vai depender das características do agente etiológico (período de incubação). 
Ex: cólera; intoxicação alimentar 
 
 
 
 
 
 
 
● Epidemia progressiva ou programada 
Epidemia mais lenta, na qual a forma de transmissão provavelmente se dá de pessoa para pessoa. 
A transmissão pode ser direta ou indireta. Alguns exemplos desse tipo de epidemia são: malária, sífilis, SIDA/AIDS. 
 
 
 
 
 
 
 
PANDEMIA 
Uma epidemia pode ser classificada de acordo com a abrangência geográfica em: >> 
● Pandemia: ocorrência epidêmica caracterizada por larga distribuição espacial, atingindo várias nações, ou 
ocorrência de uma série de epidemias localizadas em diferentes regiões e que ocorrem em vários países ao mesmo 
tempo (ROQUAYROL; BARBOSA; MACHADO, 2013) 
 
● Peste bubônica: a peste bubônica é causada pela bactéria Yersinia pestis e 
pode se disseminar pelo contato com pulgas e roedores infectados. Seus 
sintomas incluem inchaço dos gânglios linfáticos na virilha, na axila ou 
pescoço. Outros sintomas são febre,calafrios, dor de cabeça, fadiga e dores 
musculares. A doença é considerada, historicamente, a causadora da peste 
negra, que assolou a Europa no século 14, matando entre 75 e 200 milhões 
de pessoas na antiga Eurásia. No total, a praga pode ter reduzido a 
população mundial de 450 milhões de pessoas para 350 milhões. 
 
● Varíola: A doença atormentou a humanidade por mais de 3 mil anos. O faraó egípcio Ramsés II, a Rainha Maria II 
da Inglaterra e o Rei Luís XV na França tiveram a temida ‘’ bixiga’’. O vírus Orthopoxvírus variolae era transmitido 
de pessoa a pessoa, por meio das vias respiratórias. Os sintomas eram febre, seguida de erupções na garganta, na 
boca e no rosto. Felizmente, a varíola foi erradicada do planeta em 1980 após a campanha de vacinação em massa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cólera: Sua primeira epidemia global, em 1817, matou centenas de milhares de pessoas. Desde então, a bactéria Vibrio 
cholerae sofre diversas mutações e causa novos ciclos epidêmicos de tempos e, portanto, ainda é considerada uma 
pandemia. Sua transmissão acontece a partir do consumo de água ou alimentos contaminados, e é mais comum em 
países subdesenvolvidos. Um dos países mais atingidos pela cólera foi o Haiti, em 2010. O Brasil já teve vários surtos 
da doença, principalmente em áreas mais pobres do nordeste. No Iêmen, (país Árabe), em 2019, mais de 40 mil pessoas 
devido à enfermidade. Os sintomas são diarreia intensa, cólicas e enjoo, Apesar de existir vacina contra a doença, ela 
não é 100%. O tratamento é à base de antibióticos. 
 
 Ebola: a primeira vez que o vírus Ebola surgiu foi em 1976, em surtos simultâneos em Nzara, no Sudão e em Yambuku, 
na República Democrática do Congo, em uma região situada próximo do Rio Ebola, que dá nome à doença. Morcegos 
frutívoros são considerados os hospedeiros naturais do vírus Ebola. A taxa de fatalidade do vírus varia entre 25 e 90%, 
dependendo da cepa. Estima-se que, até janeiro de 2013, mais de 1.800 casos de Ebola tenham sido diagnosticados e 
quase 1.300 mortes registradas. 
Primeiramente, o vírus Ebola foi associado a um surto de 318 casos de uma doença hemorrágica no Zaire (hoje 
República Democrática do Congo), em 1976. Dos 318 casos, 280 pessoas morreram rapidamente. No mesmo ano, 284 
pessoas no Sudão também foram infectadas com o vírus e 156 morreram. Há cinco espécies do vírus Ebola: 
Bundibugyo, Costa do Marfim, Reston, Sudão e Zaire, nomes dados a partir dos locais de seus locais de origem. Quatro 
dessas cinco cepas causaram a doença em humanos. Mesmo que o vírus Reston possa infectar humanos, nenhuma 
enfermidade ou morte foi relatada. Pandemia do vírus Ebola (2014), que atingiu diversos países, sendo os mais afetados 
a Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Gripe Espanhola: acredita-se que entre 40 e 50 milhões de pessoas tenham morrido na pandemia de gripe espanhola 
de 1918, causada por um vírus influenza mortal. Mais de um quarto da população mundial na época foi infectada e até 
então presidente do Brasil, Rodrigues Alves, morreu da doença, em 1919. O vírus veio da Europa, a bordo do navio 
Demerara. O transatlântico desembarcou passageiros infectados no Recife, em Salvador e no Rio de Janeiro. 
Os sintomas da doença eram muito parecidos com o atual coronavírus Sars-CoV-2, e não existia cura. Em São Paulo, 
a população foi atrás de um remédio caseiro feito com cachaça, limão e mel. De acordo com o Instituto Brasileiro da 
Cachaça, foi dessa receita supostamente terapêutica que nasceu a caipirinha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Gripe Suína (H1N1): Conhecida como gripe suína, o H1N1 foi o primeiro causador de pandemia do século 21. O vírus 
surgido em porcos no México, em 2009, e se espalhou rapidamente pelo mundo, matando 16 mil pessoas. No Brasil, o 
primeiro caso foi confirmado em maio daquele ano e, no fim de junho, 627 pessoas estavam infectadas no país, de 
acordo com o Ministério da Saúde. O contágio acontece a partir de gotículas respiratórias no ar ou em uma superfície 
contaminada. Seus sintomas são os mesmos de uma gripe: febre, tosse, dor de garganta, calafrio e dor no corpo. 
 
SURTO 
É uma ocorrência epidêmica onde todos os casos estão relacionados entre si, atingindo uma área geográfica pequena e 
delimitada, como vilas e bairros, ou uma população institucionalizada, como colégios, quartéis, creches, asilos (MEDRONHO; 
WERNECK; PEREZ, 2009). 
 
RESUMO 
Pandemia 
Compreende um número de casos de doença acima do 
esperado, afetando vários países e continentes. 
Endemia 
Ocorre com certo número de casos da doença controlados 
em determinada região. 
Surto 
Aumento repentino do número de casos, dentro de limites 
muito restritos ou de uma doença específica. 
Epidemia 
Quando há um aumento do número de casos de determinada 
doença, muito acima do esperado e não delimitado a uma 
região. 
 
 
 
 
 
 
QUESTÕES NORTEADORAS 
1. Quais as características da cadeia/ciclo epidemiológico do processo infeccioso? Qual o objetivo de se estudar o ciclo 
epidemiológico de doenças transmissíveis? 
A cadeia do ciclo epidemiológico do processo infeccioso tem como características um padrão que se repete, ocorre 
um ciclo sem fim. Além disso, serve para entendermos como barrar a doença, elaborar estratégias de saúde, trabalhar 
com os meios de prevenção e entender a influência do ambiente no ciclo epidemiológico. 
 
2. Quais as características do agente infeccioso, do hospedeiro e do ambiente que influenciam no ciclo epidemiológico? 
As características são: clima, temperatura, umidade do ar, suscetibilidade, virulência, infectividade, etc. 
 
3. Qual o período de incubação e latência e como influenciam na cadeia epidemiológica? 
o Período de incubação: período necessário para o desenvolvimento da doença e aparecimento dos sinais e 
sintomas. 
o Período de latência: período durante o qual não existem sinais clínicos manifestos da doença e o doente ainda 
não constitui fonte de contágio. 
 
 
Aspectos Epidemiológicos das Doenças Transmissíveis 
As doenças transmissíveis constituem importante causa de morte e ainda afligem milhões de pessoas em numerosas regiões, 
especialmente nos países em desenvolvimento. 
A partir da descoberta básica de Fleming (1929), o ser humano viveu um período de enorme esperança, apoiado na possibilidade 
de aniquilar os microrganismos causadores dessas doenças. Com o surgimento dos antibióticos e o aparecimento da 
resistência microbiana, vários pesquisadores passaram a dedicar-se ao estudo de novos antibióticos, visando melhorar sua 
eficácia. Ademais, os microrganismos por sua vez, foram descobrindo novos mecanismos de sobrevivência. 
 
Conceitos: 
DOENÇA 
Consiste em um desajustamento ou falha nos mecanismos 
de adaptação do organismo ou uma ausência de reação aos 
estímulos a cuja ação está exposto. O processo conduz a 
uma perturbação da estrutura ou da função de um órgão. 
CONCEITO DE INFECÇÃO 
Entrada e desenvolvimento de um agente infeccioso 
específico no corpo de um ser humano ou animal, podendo 
resultar em infecção inaparente. 
 
DOENÇA INFECCIOSA 
Qualquer enfermidade causada por um agente infeccioso específico, ou seus produtos tóxicos que se manifesta pela 
transmissão deste agente. 
Doença infecciosa ou transmissível - ‘’ é qualquer doença causada por um agente infeccioso 
específico, ou seus produtos tóxicos, que se manifesta pela transmissão desse agente ou de 
seus produtos, de uma pessoa ou animal infectados ou de um reservatório a um hospedeiro 
suscetível, direta ou indiretamente por meio de um hospedeiro intermediário, de natureza 
vegetal, animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado’’ Organização Pan-Americana 
de Saúde (1983). 
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS 
Doença cujo agente etiológico é vivo e é transmissível. 
Estão associadas à pobreza e ao subdesenvolvimento. 
Sendo as doenças tropicais mais associadasa miséria. 
 
DOENÇA DE FORMA LATENTE 
Representa um período de equilíbrio durante o qual não 
existem sinais clínicos manifestos da doença e o doente 
ainda não constitui fonte de contágio. 
DOENÇAS QUARENTENÁVEIS 
São aquelas que podem levar a restrição de atividade os 
comunicantes, durante o período máximo de incubação. 
 
DOENÇAS DE ISOLAMENTO 
São aquelas que exigem a segregação dos indivíduos fontes 
durante o período de transmissibilidade da doença, em 
lugar e condições que evitem a transmissão direta ou 
indireta do agente infeccioso a pessoas ou animais 
suscetíveis. 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
Intervalo de tempo decorrente entre a exposição a um 
agente infeccioso e o aparecimento de sinais ou sintomas 
da doença. 
 
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE 
Período durante o qual o agente infeccioso pode ser 
transferido, direta ou indiretamente, de uma pessoa 
infectada a outra, ou de um animal infectado ao ser 
humano. 
 
AGENTE INFECCIOSO 
É um ser vivo que, por meio de uma das formas que assume 
em seu ciclo reprodutivo pode ser introduzido em outro 
ser vivo, onde é capaz de se desenvolver ou de se 
multiplicar e, gerar ou não um estado patológico 
manifesto. 
 
CATEGORIAS FUNDAMETAIS DE DOENÇAS 
Etiologia Duração 
Agudas Crônicas 
Infecciosas Tétano, raiva, sarampo, gripe, 
dengue 
Tuberculose, calazar, hanseníase, 
doença de Chagas, AIDS 
Não infecciosas Envenenamento por picada de 
cobra 
Diabetes, doença coronariana, 
cirrose alcoólica 
 
 
História Natural da Doença (Leavel & Clark, 1976) 
A história natural da doença mostra que de um estado inicial de saúde passa-se a uma situação interativa de agentes 
patogênicos ou de fatores de risco que virão a perturbar sua normalidade ou contribuir para tanto. As primeiras inter-relações 
sucedem as primeiras perturbações leves, mas perfeitamente detectáveis, caso se busque por elas. O estágio inicial é seguido 
de outros até o estado avançado da doença. Nessa etapa ocorrem alterações irreversíveis na morfologia, podendo evoluir para 
invalidez total ou parcial ou para a morte. 
 
 
 
 
 
 
 Entende-se como o curso que uma doença teria sem a interferência do homem 
 Sua compreensão deve orientar o homem a intervir com o objetivo de prevenir a doença ou o avanço da mesma 
IMPORTÂNCIA: 
 Conhecimento importante para instruir ações que visem modificar o curso natural das doenças. 
 Para detectar as doenças em fase mais inicial de sua história natural e tornar o tratamento mais eficaz. 
 Conhecer a gravidade da doença para estabelecer prioridades para programas de saúde pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O período patogênico pode terminar em: 
 Cura 
 Óbito 
 Incapacidade residual 
 Cronicidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nas doenças transmissíveis, o período de latência é o tempo que transcorre desde a infecção até que a pessoa se torna infectada. 
O período de incubação é o tempo que transcorre desde a infecção até a apresentação dos sintomas. 
ATENÇÃO!! 
No caso das doenças não transmissíveis, a terminologia difere um pouco e se considera que o período de latência corresponde 
ao período que transcorre entre o desenvolvimento da doença subclínica até a apresentação dos sintomas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITOS RELACIONADOS AO AGENTE: 
Infectividade 
Capacidade do agente infeccioso de poder alojar-se e 
multiplicar-se dentro de um hospedeiro, ocasionando a 
infecção. 
 
 
 
 
Virulência 
Capacidade de o agente produzir casos graves ou fatais da 
doença. 
 
Patogenicidade 
Poder que tem um agente infeccioso em causar doenças e 
suas manifestações clínicas (produzir sinais e sintomas em 
maior ou menor proporção dentre o total de infectados). 
CONCEITOS RELACIONADOS AO HOSPEDEIRO: 
Hospedeiro 
Pessoa ou animal vivo, incluindo as aves e os artrópodes 
que, em circunstâncias naturais, permite a subsistência e o 
alojamento de um agente infeccioso 
 
Susceptibilidade 
Indivíduos suscetível a determinada doença 
 
Indivíduo Suscetível ou infectável 
É aquele que permite multiplicação e desenvolvimento do 
patógeno. 
Indivíduo resistente 
É aquele que via algum mecanismo natural ou por meio de 
imunização artificial, tornou-se capaz de impedir o 
desenvolvimento. 
 
Resistência 
Sistema de defesa com o qual o organismo impede a 
difusão ou multiplicação de agentes infecciosos que o 
invadiram ou os efeitos nocivos de seus produtos tóxicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITOS RELACIONADOS AO AMBIENTE: 
O ambiente inclui todos os fatores que não sejam específicos do agente infecciosos ou do hospedeiro, mas sim interagem e 
modula a relação entre eles 
 
 
 
FONTES DE INFECÇÃO 
Qualquer animal vertebrado que esteja infectado e seja 
capaz de transmitir o agente para outros animais 
susceptíveis. 
 
 
 
 
PORTADORES 
Animais e pessoas que abrigam e excretam o agente sem 
estar manifestando alterações clínicas indicativas de 
doença. Hospedeiros assintomáticos. 
 
DOENTES 
Animais e pessoas infectados que manifestam sinais 
clínicos de doença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÉTODOS DE TRANSMISSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VETORES 
 Mecânicos – transporte acidental (Ex. mosca caseira – salmonella) 
 Biológicos – agente tem passagem obrigatória (Aedes aegypt – dengue) 
 
CADEIA DO PROCESSO INFECCIOSO: 
Sua construção 
 
1. Agente 
causal 
específico 
2. Reservatório
3. Porta de 
saída do agente 
4. Modo de 
transmissão 
do agente 
5. Porta de 
entrada no 
novo 
hospedeiro
6. 
Suscetibilidade 
do hospedeiro

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