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TRABALHO DE HISTERECTOMIA

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Faculdade Estácio de Macapá
Disciplina: Ensino Clínico-Cirúrgico
Professor: Adílio
Acadêmicos: Letícia Bentes
Karolayne Souza
Mailane Duarte
 Marcos Lima
 
 
TEMA: Histerectomia
 
 
MACAPÁ
2022
HISTERECTOMIA
ANTOMIA DO ÚTERO
O Útero é um dos principais órgãos do sistema reprodutor feminino, é dentro dele que o feto se desenvolve durante o processo de gestação. Quando acometido por problemas, pode ser necessária a realização da histerectomia, decisão feita após um diagnóstico específico, é fundamental saber quais os problemas podem ocorrer no útero e quais são as formas de tratamento.
HISTERECTOMIA
 A Histerectomia é uma cirurgia para a retirada parcial ou total do útero e pode ser realizada de quatro formas diferentes: histerectomia aberta, vaginal, laparoscópica e robótica. E pode ser de três tipos: histerectomia total, subtotal ou parcial e radical. 
HISTERECTOMIA ABERTA: 
Também chamada de histerectomia por laparotomia é realizada na maior parte das vezes por um corte semelhante ao da cesariana, ela determina uma recuperação pós cirúrgica mais lenta e está associada a maiores taxas de complicações quando comparada com as outras técnicas e por este motivo é cada vez menos realizada. Indicada atualmente para mulheres com úteros muito grandes ou em casos de tumores malignos.
HISTERECTOMIA VAGINAL:
A histerectomia vaginal deve ser a técnica de escolha para mulheres com úteros não muito grandes e sem outras doenças pélvicas associadas, como endometriose e cistos de ovário. Aderências pélvicas são contraindicações ao procedimento, a avaliação pré-operatória individualizada com exame físico e ultrassom transvaginal permite a identificação destas aderências e a viabilidade da cirurgia. As vantagens são rápida recuperação e ausência de cortes no abdome e a desvantagem é a impossibilidade de tratar outras condições associadas como por exemplo, a endometriose. 
HISTERECTOMIA POR LAPAROSCOPIA: 
Permite a realização da cirurgia com pequenos furinhos no abdome, geralmente 4, a câmera entra pelo umbigo e outros 3 furinhos de 5mm são realizados na pelve. A laparoscopia permite a identificação com detalhes de todos os órgãos do abdome, o que permite o tratamento de outras condições que possam estar associadas, o útero sai pela vagina assim como o material proveniente de outros tratamentos, para úteros de grandes dimensões é possível realizar o fatiamento do útero por um equipamento chamado morcelador.
HISTERECTOMIA ROBÓTICA:
A histerectomia robótica traz todos os benefícios da laparoscopia com vantagem de uma câmera de maior resolução espacial além da imagem 3D, as pinças cirúrgicas possuem uma articulação a mais o que permite movimentos mais precisos e amplos quando comparado com laparoscopia. Na laparoscopia a cirurgia é feita com o médico em pé e na robótica opera se sentado em uma posição mais ergonômica o que faz a diferença especialmente para cirurgias mais longas e complexas. 
TIPOS DE HISTERECTOMIA:
HISTERECTOMIA TOTAL:
É definida pela retirada do corpo do útero e do colo uterino
HISTERECTOMIA SUBTOTAL OU PARCIAL:
É retirado somente o corpo uterino, permanecendo o colo uterino.
HISTERECTOMIA RADICAL:
Realizada para casos de tumores malignos e nestes casos, além da retirada do corpo e colo uterino, são retirados linfonodos e tecidos adjacentes ao útero como o paramétrio.
INDICAÇÕES DA HISTERECTOMIA:
É um tipo de cirurgia ginecológica indicada apenas em casos extremos quando outros tratamentos não cirúrgicos tiveram pouco ou nenhum resultado, entre as doenças que podem levar à essa decisão estão: prolapso uterino, hemorragia uterina grave, alguns casos de placenta acreta, que é quando ela adere à parede uterina, adenomiose, miomas, infecções pélvicas graves e tumores como câncer de ovário, endométrio e miométrio. Atualmente sempre que se realiza a histerectomia, realiza se também a salpingectomia (retirada das tubas uterinas), considerada uma cirurgia de oportunidade, uma vez que sem o útero as tubas perdem sua função, apenas podendo ser potenciais fatores carcinogênicos. 
VANTAGENS DE REALIZAR A HISTERECTOMIA:
Dentre as vantagens da histerectomia, estão a demanda de pouco tempo operatório, ser pouco invasiva, ter baixa morbidade e sem a existência de cicatriz visível, necessita de menor tempo para o retorno as atividades cotidianas e ter baixa incidência de complicações intraoperatórias, possui ótima relação custo benefício com menor perda sanguínea durante a operação e com menor tempo de deficiência e hospitalização.
COMPLICAÇÕES:
As principais complicações das histerectomias são: sangramento durante a cirurgia, sangramento após a cirurgia, pela abertura de algum ponto, infecção pós operatória, lesão inadvertida ou ureter, lesão de outros órgãos como intestino e a bexiga e trombose venosa profunda.
Após a cirurgia, o corpo da mulher sofre algumas alterações que podem influenciar sua saúde física e mental, desde alterações na libido até mudanças bruscas no ciclo menstrual, é importante que a mulher seja regularmente acompanhada pelo médico e receba apoio emocional para aprender a lidar com todas as alterações, evitando emoções negativas que possam levar ao surgimento de depressão por exemplo. 
PRÉ OPERATÓRIO: 
Os principais cuidados pré-operatórios são: avaliação de risco cardiovascular para mulheres com problemas de saúde ou para pessoas sem doenças com idade superior a 50 anos, avaliação nutricional com suplementação proteica, reposição de vitaminas e correção da anemia, parar de fumar pelo menos 15 dias antes da cirurgia, dieta sem resíduos começando 3 dias antes da cirurgia, consumir pelo menos dois litros de água, realização do protocolo ERAS(enhanced recovery after surgery) que significa otimização da recuperação pós operatória. O protocolo ERAS pode se destacar a diminuição no tempo de jejum pré-operatório com a administração de soluções de calóricas antes do procedimento, sondagem pelo menor tempo possível, técnicas anestésicas que facilitam o início precoce da deambulação e alta hospitalar precoce.
INTRAOPERATÓRIO:
Constitui se no conjunto de medidas que inicia se no ato de entrada do paciente no centro cirúrgico até ao término da cirurgia, dentre as quais: receber o paciente, realizar punção venosa de grosso calibre, verificar pressão arterial e pulso, realizar cateterismo vesical de demora (sonda foley de n°18) preparar o paciente para anestesia colocando sentado após a anestesia e realizar antissepsia. 
PÓS OPERATÓRIO: 
Os cuidados pós operatórios são: deambulação precoce, começando no mesmo dia da cirurgia, não ficar deitada na cama, andar ou ficar sentada sempre com a ajuda da enfermagem, nutrição individualizada para suas necessidades, baseada na avaliação pré-operatória. A alta hospitalar precoce, geralmente 24 horas após a cirurgia, em alguns casos no mesmo dia após a cirurgia, em casa deve se seguir rigorosamente o plano alimentar proposto e as atividades físicas devem ser retomadas gradativamente, dependendo do tipo de cirurgia que foi realizada.
Habitualmente após a histerectomia vaginal laparoscópica ou por cirurgia robótica, o retorno para atividades cotidianas acontece em 15 dias, para a cirurgia aberta, geralmente após 4 a 6 semanas. O primeiro retorno ao consultório é realizado ao redor de duas semanas após 45 dias é fundamental uma nova avaliação clínica com exame clinico para avaliação da cúpula vaginal, somente depois desta avaliação com 45 dias a atividade sexual poderá ser liberada. A cúpula vaginal demora em torno de 40 dias para cicatrizar e se tiver relações sexuais antes desse prazo pode ocorrer a abertura dos pontos da vagina.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM:
Ficar atento ao aparecimento dealterações como: dor, alteração da temperatura, náuseas e vômitos, sede, soluços, choque e alterações urinárias.
 Aconselhar o paciente a retornar ao hospital em caso de: febre persistente, vômitos incessantes, dor forte no abdome que não passa com a medicação prescrita pelo médico, secreção fétida na ferida da operação ou vermelhidão, calor ou sangramentos, grandes sangramentos maiores que os da menstruação. 
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