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Vigilância Epidemiológica: Regulamento Sanitário Internacional Regulamento Sanitário Internacional (2005) A Assembleia Mundial de Saúde de 2005 aprovou o novo Regulamento Sanitário Internacional (RSI/2005), que modificou, fundamentalmente, a estratégia anterior para a notificação internacional de problemas de saúde que, até então, era restrita a três doenças específicas - febre amarela, peste e cólera. Tendo em vista os novos contextos epidemiológicos e o intenso tráfico internacional do mundo globalizado, que propicia circulação rápida e intensa de patógenos biológicos e não biológicos, com potencial de colocar sob risco a saúde das populações dos países, foi proposta notificação mais precoce de diversas entendidas clínicas suspeitas. Assim, em substituição à lista anterior de doenças, estabeleceu-se a notificação das denominadas ‘’ Emergências de Saúde Pública de Importância Internacional’’, definidas como eventos extraordinários determinados por: ★ Constituir risco de saúde pública para outro país por meio da propagação internacional de doenças. ★ Requerer, potencialmente, resposta internacional coordenada. Elaborou-se um ‘’ algoritmo de decisão’’, incluído como um dos anexos de RSI/2005, com o propósito de facilitar a operacionalização da noção de emergência de interesse internacional. Neste código, ‘’ evento’’ é definido como ‘’ a manifestação de uma doença ou uma ocorrência que cria um potencial para uma doença’’, o que significa que esta concepção é bastante ampla na medida em que, além de doenças manifestas, fatores de risco também são considerados. Os países membros da OMS foram instados e assumiram o compromisso de implantar este novo regulamento até 2009. O Brasil já adotou providências para cumprir este pacto, dando início a um processo de avaliação das capacidades do seu SNVE e se estruturando para atender às premissas e modificações previstas neste código. “O Regulamento Sanitário Internacional (RSI 2005) instrumento jurídico internacional elaborado para ajudar a proteger os países contra a propagação internacional de doenças (...)’’ “O propósito e a abrangência do RSI 2005 são prevenir, proteger, controlar e dar uma resposta de saúde pública contra a propagação internacional de doenças de maneiras proporcionais e restritas aos riscos para a saúde pública, e que evitem interferências desnecessárias com o tráfego e o comércio internacionais NOVOS PARADIGMAS ★ As doenças infecciosas não respeitam as fronteiras geográficas; ★ A intensificação do fluxo de pessoas e mercadorias aumenta a possibilidade de disseminação de doenças. TRÂNSITO INTERNACIONAL DE PESSOAS Estimativas: ★ 4 bilhões de pessoas anualmente, utilizam transporte aéreo no mundo; ★ 10 milhões de brasileiros fazem viagens internacionais por ano; ★ Os aeroportos de São Paulo recebem, mensalmente, em torno de 6 mil voos internacionais. PRINCIPAIS MUDANÇAS: Notificação ★ Emergências de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) ★ Uso de outras fontes de informação, além das notificações oficiais dos países. Definição de Ponto Focal (Centro Nacional) para a comunicação com a OMS: ★ Centro nacional, designado por cada Estado parte; ★ Permanentemente acessível para comunicação c/OMS. Definição de capacidades mínimas em vigilância epidemiológica e em serviços de controle sanitário de portos, aeroportos e fronteiras: ★ Medidas de Saúde Pública para resposta às Emergências de Saúde Pública de Importância Internacional. Doenças e Agravos de Notificação Compulsória “Notificação é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes’’. QUEM DEVE/ PODE NOTIFICAR? Art. 3 º da Portaria nº 204 de 17/02/2016 A notificação compulsória é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência ao paciente, em conformidade com o art. 8 º da Lei nº 6.259 de 30 de outubro de 1975. Entretanto, qualquer cidadão pode notificar casos suspeitos ou confirmados de agravos de notificação compulsória (exemplo professores, familiares, cuidadores, etc). LISTA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA Portaria nº 204, de 17/02/2016. Define a Lista Nacional de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências VII. - notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível; VIII. - notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo; IX. - notificação compulsória negativa: comunicação semanal realizada pelo responsável pelo estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na semana epidemiológica não foi identificado nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de Notificação Compulsória; e X. - vigilância sentinela: modelo de vigilância realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde pública, com participação facultativa, segundo norma técnica específica estabelecida pela Secret. de Vigil. em Saúde (SVS/MS). FLUXO DAS NOTIFICAÇÕES FICHA DE INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOCUMENTO OFICIAL DE ENTRADA (FONTE) NOTIFICAÇÃO NEGATIVA Esta é uma estratégia criada para demonstrar que os profissionais e o sistema de vigilância da área estão alerta para a ocorrência de tais eventos e evitar a subnotificação Sistema de Informações de Agravos de Notificação O SINAN tem por objetivo o registro e processamento dos dados sobre agravos de notificação em todo o território nacional, fornecendo informações para análise do perfil da morbidade e contribuindo, desta forma, para a tomada de decisões em nível municipal, estadual e federal. A partir da alimentação do banco de dados do SINAN, pode-se calcular indicadores epidemiológicos de incidência, prevalência, letalidade e mortalidade.
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