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DCNT’s As DCNT caracterizam-se por sua etiologia múltipla, muitos fatores de risco, longos períodos de latência, curso prolongado e origem não infecciosa e também por se associarem a deficiências e incapacidades funcionais. Lessa (1998) acrescenta outras características às DCNT, que são: história natural prolongada, interação de fatores etiológicos conhecidos e desconhecidos, causa necessária desconhecida, especificidade de causa desconhecida, longo curso assintomático, curso clínico em geral lento e permanente, manifestações clínicas com períodos de remissão e exacerbação, lesões celulares irreversíveis e evolução para graus variados de incapacidade ou morte. Mortes: 41 milhões de mortes a cada ano – OMS Cerca de 71% dos óbitos Países de baixa/ média renda: mais expostas aos fatores de risco e menos acesso a serviços de saúde – 80% 17% <60 anos Países de alta renda – 13% precoces OMS Brasil 74% de todas as mortes 28% aparelho circulatório 18% câncer 5% diabetes 6% respiratória Atingem todas as camadas socioecômicas, principalmente idosos de baixa escolaridade e renda (vulnerabilidade). Epidemiologia Das Crônicas Não Transmissíveis DCNT Etiologia múltipla Muitos fatores de risco Origem não infecciosa Associação com incapacidades História natural prolongada Longo curso assintomático. (WHO, 2005, 2011). São muito influenciadas pelas condições de vida, e não unicamente resultado de escolhas individuais. Necessitam de abordagem sistemática para o tratamento, exigindo novas estratégias dos serviços de saúde. Organização Mundial de Saúde A OMS inclui como doenças crônicas: Circulatório (cerebrovasculares e cardiovasculares) Neoplasias Respiratórias crônicas Diabetes mellitus Esse conjunto de doenças compartilha dos mesmos fatores de risco, possibilitando uma em abordagem comum. OUTRAS CONDIÇÕES CRÔNICAS Desordens mentais e neurológicas Doenças ósseas e articulares Osteoporose Doenças bucais Doenças autoimunes Patologias oculares e auditivas DCNT e eventos agudos Crises hipertensivas IAM HANSENÍASE E HIV Doenças crônicas Transmissíveis DOENÇAS RESPIRATÓRIAS Alta morbidade de asma e pneumonia na infância Alta mortalidade por câncer do pulmão e DPOC em adultos DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) Asma e rinite alérgica Tuberculose Pneumonias Câncer de pulmão DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) Prevenível e tratável Limitação ao fluxo do ar, predominantemente irreversível, geralmente progressiva, associada a resposta inflamatória do pulmão e agentes agressores Prevalência: 7,8% – 19,7% EUA: entre as 6 causas de morte Europa: mortalidade vem diminuindo Brasil: primeiro lugar (40%) Fatores de risco: genética, sexo, idade, fumo, ocupacional, poluição, infecções resp., asma, entre outros. Asma Hiper-responsividade das vias aéreas inferiores e limitação ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento. Brasil: mortalidade 2,29 p/100 mil hab. Fatores de risco: genéticos, sexo, socioeconômicos, ambientais, infecções, nutricionais. DOENÇAS CARDIOVASCULARES Hipertensão arterial sistêmica (HAS) Outras doenças hipertensivas Doença isquêmica do coração Doenças cerebrovasculares Doença vascular periférica Fatores de risco Biológicos (sexo, idade, raça/etnia/cor da pele, história familiar) Estilo de vida / comportamentais (tabagismo, excesso de álcool, comportamento alimentar inadequado) Exposição ambiental (trabalho, ruído, estresse, transito) Fatores sociais (escolaridade, classe social) Hipertensão Arterial – HAS Prevalência no Brasil > 25 anos Diabetes Prevalência vem aumentando consideravelmente É um fator de risco para DCV e HAS, além da própria gravidade da doença Prevalência entre 10% e 13% em capitais e outras cidades Fatores de risco: sedentarismo e tabagismo Câncer Associação entre fumo e câncer de pulmão Estudo explorou de forma detalhada esta relação, apresentando risco aumentado de 20x entre fumantes Cigarro é o maior fator de risco para câncer e outras DCNTs HPV e câncer do colo do útero VIOLÊNCIA Não é um fenômeno contemporâneo, há relatos históricos do uso da violência. Segunda metade do século XX torna-se um tema relevante no setor da saúde, na medida que configura uma das principais causas de morbimortalidade no Brasil e no mundo MS: mais de 1,6 milhões de pessoas perdem as suas vidas por algum tipo de violência Principal causa de óbito entre indivíduos de 11 a 44 anos. 14% homens 7% mulheres A maior parte não leva a óbito, mas deixa marcas irreversíveis Relatório sobre violência e saúde (OMS) ‘’ [...] o uso da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha qualquer possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação. ‘’ Tipos de violência Violência dirigida contra si mesmo (autoinflingidas): suicídio, ideação suicida, tentativa de suicídio e autoabuso. Violência interpessoal: familiar ou comunitária Violência coletiva: atos violentos, âmbitos macrossociais, políticos, etc.
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