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– A intoxicação por Brachiaria decumbens, conhecida também por capim braquiária, é muito comum, visto que essa planta é muito utilizada na alimentação dos animais, principalmente dos bovinos. 1. B. decumbens – a mais relevante 2. B. brizantha 3. B. humidicola 1º. ovinos 2º. bovinos 3º. caprinos 4º. bubalinos Animais jovens sofrem mais que do que os adultos Há duas causas para a intoxicação por capim braquiária: 1. Presença da saponina litogênica (protodioscina): saponina é um lipídio, que está na composição do capim. O problema é que tem fases da plantas, principalmente quanto está muito jovem ou muito velha, que se acumula muito dessa substância, e, portanto, essa quantidade excessiva vai causar lesão hepática do endotélio dos ductos biliares. 2. Um fungo, chamado Phitomyces chartarum: esse fungo é natural do solo, e como a planta vai crescendo, ele passa também para ela. Isso ocorre em todas as plantas, que também terão esse fungo. Teoricamente, o Phitomyces produz uma micotoxina, mas em concentrações normais é ela metabolizada e nada ocorre. O problema de ambos é a quantidade excessiva É um capim muito comum e adaptável. A intoxicação demora até algumas semanas para se manifestar – Esse é o ciclo normal do capim: 1. O capim braquiária terá o Phitomyces, que produz micotoxinas chamadas de esporidesmina. 2. Em concentrações normais de esporidesmina, nada ocorre. 3. O animal irá comer e será metabolizado no rúmen. 4. O capim é verde, e, portanto, possui o pigmento clorofila. 5. Essa clorofila será metabolizada no fígado dando origem a um metabólito chamado de filoeritrina, que não serve para nada e será eliminada e jogada junto a bile no intestino para que saia nas fezes. 1. O animal come o capim, com a clorofila e com a esporidesmina (na presença do Phitomyces). 2. Porém, esse capim, agora, foi armazenado de forma inadequada (úmido, sem luz solar e sem ventilação), e isso promove a proliferação fúngica acelerada. 3. Então, o Phitomyces se alastra além do normal, e passa a ser tóxico, pois a micotoxina esporidesmina estará em altas concentrações, e o fígado que metabolizava ela tranquilamente não conseguirá mais. 4. A esporidesmina reage com as células do endotélio dos ductos biliares, e os lesiona, causando um processo inflamatório nessas estruturas que naturalmente já possuem diâmetro pequenos, e com o edema diminuirá ainda mais a luz 5. . Esse edema é o periductal, que gera oclusão dos ductos biliares. 6. Assim, a bile, que deveria sair pelos ductos e cair no intestino, não faz isso, e começa a ser armazenada na vesícula biliar. 7. Quando a vesícula enche, passa a ser armazenada no fígado, descompensando toda a função hepática. Capim braquiária – 8. O fígado fica tão cheio de bile, que se não a jogar para outra região, irá morrer. 9. Então, para evitar isso, o fígado lança a bile na corrente sanguínea, e junto dela vai a filoeritrina (metabólico da clorofila). 10. A filoeritrina se aloja e se acumula na circulação superficial da pele. 11. A filoeritrina é fotoreagente, e ao entrar em contato com a radiação ultravioleta (luz do Sol), reage lesionando a pele do animal. 12. Ou seja, literalmente, o animal com acúmulo de filoeritrina na pele começa a queimar de dentro para fora, causando a fotossensibilização/fotossensibilidade, onde a região ficará com o aspecto de “carne viva” Alopécicas Eritrematosas Ulceradas Necróticas Pele despigmentada e com poucos pelos, uma lesão que ocorre de forma mais rápida. Eritema Edema subcutâneo generalizado (pela presença de filieritrina – inflamação). Muita dor Fotofobia: O animal se afasta do Sol. Mesmo que não saiba o porquê de estar com dor, ele sabe que quando se expõe ao Sol, sua pele queima e dói Animal apático ou inquieto Diminuição do apetite Emagrecimento Se o animal come menos, então diminuem os movimentos ruminais Dependendo do grau e tempo de intoxicação, a vesícula biliar fica obstruída e grande Icterícia: pelo dano ao fígado Hepatomegalia: na foto abaixo, vemos todas as estruturas com aumento de volume não ocorre diretamente pela lesão na pele, mas sim pelo comprometimento hepático e por prováveis infecções secundárias na região. Não há nenhum tratamento específico., apenas terapia de suporte: Antissepisia de ferida para evitar contaminações secundárias Antibacterianos É o principal aliado: Introdução gradativa em pastos novos: já que plantas muito novas e velhas são mais propensas ao acúmulo de toxinas Adequar sombras para o animal se abrigar em casos de intoxicação Não permitir a proliferação dos fungos: guardar o alimento de forma adequada Cuidado om diferentes fases de crescimento da planta.
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