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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS DISCIPLINA: HISTOLOGIA NOME: MARIA CÂNDIDA FERREIRA DA SILVA TEMA: IMPLANTAÇÃO, GASTRULAÇÃO E NEURULAÇÃO No sexto dia da fecundação, o blastocisto “fixa-se” no endométrio do útero, iniciando a fase de implantação. Nessa fase, o embrião vive à custa do material difusível através do endométrio, uma vez que suas reservas nutritivas (vitelo) são mínimas. A implantação ocorre normalmente na parede posterior do corpo do útero, no espaço entre a abertura de glândulas do endométrio. Não é raro, porém, o blastocisto implantar-se em locais anormais, fora do corpo do útero. Em geral isso leva à morte do embrião, e a mãe sofre severa hemorragia durante o primeiro ou segundo mês de gestação. DESENVOLVIMENTO Embriologia é o ramo da Biologia que estuda o desenvolvimento embrionário dos animais, isto é, as etapas pelas quais eles passam desde a fecundação até o nascimento. A embriologia humana trata da gametogênese, ou seja, fertilização (união das células sexuais), desenvolvimento do embrião e da gravidez. Até estar completamente formado o embrião passa por diversas etapas: segmentação, blastulação, gastrulação, neurulação, e organogênese. FECUNDAÇÃO A Fecundação ou fertilização é o processo que ocorre quando os gametas masculinos e femininos encontram-se e o espermatozoide penetra o óvulo. Quando isto acontece, os nucléolos dessas células haploides (1n) fundem-se num só, formando a primeira célula diploide (2n) do novo ser vivo, o ovo ou zigoto. Fecundação do óvulo, ao penetrar o óvulo, o espermatozoide perde seu flagelo e passa a ser chamado pronúcleo masculino. A união dos pronúcleos masculinos e femininos chama-se cariogamia ou anfimixia (do grego amphi, dois, mixis, mistura). A clivagem consiste em repetidas divisões do zigoto, resultando em um rápido aumento do número de células. Primeiro, o zigoto se divide em duas células conhecidas como blastômeros; estas então se dividem em quatro blastômeros, oito blastômeros, e assim por diante. A clivagem normalmente ocorre enquanto o zigoto atravessa a tuba uterina, rumo ao útero. O zigoto ainda se encontra contido pela substância gelatinosa muito espessa, a zona pelúcida, deste modo, ocorre um aumento no número de células sem que aumente a massa citoplasmática. https://www.coladaweb.com/biologia/desenvolvimento https://www.coladaweb.com/biologia/desenvolvimento/desenvolvimento-embrionario-dos-animais https://www.coladaweb.com/biologia/biologia-celular/gametogenese-espermatogenese-e-ovogenese https://www.coladaweb.com/biologia/desenvolvimento/fecundacao-na-mulher A divisão do zigoto em blastômeros começa cerca de 30 horas após a fertilização. Divisões subsequentes vão se seguindo e formam blastômeros progressivamente menores. Os blastômeros mudam de forma e se alinham, apertando-se uns contra os outros para formar uma esfera compacta de células conhecida como mórula. Este fenômeno, chamado de compactação, é provavelmente mediado por glicoproteínas de adesão da superfície celular. A compactação permite uma maior interação célula-a-célula e constitui um pré-requisito para a segregação das células internas que formam o embrioblasto ou massa celular interna do blastocisto. A mórula (do latim, morus, amora), uma bola sólida de 12 ou mais blastômeros, é formada três dias após a fertilização e penetra no útero. Seu nome provém da sua semelhança com o fruto amoreira. A blástula é o estágio de desenvolvimento embrionário em que, após sucessivas clivagens, centenas de células da mórula reorganizam-se agregadas e formam uma espécie de bola, com uma cavidade central repleta de líquido que denomina-se blastocele. Essas células formam uma camada celular chamada blastoderme. A blástula sucede a mórula e antecede a gástrula. É, portanto, umas das primeiras fases de formação, antes que o embrião seja propriamente constituído. Não se sabe exatamente quanto tempo o óvulo gasta para atravessar a trompa (oviduto). Presume-se que esse tempo seja de três a quatro dias. No sexto dia da fecundação, o blastocisto “fixa-se” no endométrio do útero, iniciando a fase de implantação. Nessa fase, o embrião vive à custa do material difusível através do endométrio, uma vez que suas reservas nutritivas (vitelo) são mínimas. A implantação ocorre normalmente na parede posterior do corpo do útero, no espaço entre a abertura de glândulas do endométrio. Não é raro, porém, o blastocisto implantar-se em locais anormais, fora do corpo do útero. Em geral isso leva à morte do embrião, e a mãe sofre severa hemorragia durante o primeiro ou segundo mês de gestação. A gastrulação ocorre durante a implantação do blastocisto no útero, e consiste na transformação da blástula em gástrula para a formação do próximo estágio, chamado de GÁSTRULA. A gastrulação varia na dependência do tipo de segmentação da célula-ovo, mas há semelhança entre um caso e outro. Vamos ver como exemplo, a gastrulação em embriões que apresentam segmentação holoblástica, como o anfioxo. A gastrulação do anfioxo é bastante simples: em um dos pólos, há crescimento mais acelerado, e as células do outro pólo são empurradas para dentro, formando um tubo. Esse “crescimento para dentro” é uma invaginação (fig. 1). O tubo formado é chamado de arquêntero (ou intestino primitivo). O arquêntero possui uma abertura chamada blastóporo. Sendo o blastóporo um orifício que comunica o arquêntero (também chamado de intestino primitivo) com o exterior, ele tanto pode dar origem ao ânus quanto à boca, que são os dois orifícios que, no adulto, comunicam o sistema digestório com o exterior. De acordo com essas duas possibilidades os animais podem ser divididos em dois tipos: Protostômios - aqueles nos quais o blastóporo origina a boca, ou a boca e ao ânus; Deuterostômios - aqueles nos quais o blastóporo dá origem somente ânus e nunca à boca. Em alguns animais, na gastrulação, as células do embrião separam-se em duas camadas denominadas de folhetos embrionários ou germinativos: o hipoblasto (endoderme) e o epiblasto (ectoderme). O epiblasto é a camada interna formada pelos micrômeros e o hipoblasto é a camada externa que reveste o arquêntero, formada pelos macrômeros. Os animais que apresentam apenas esses dois folhetos germinativos são chamados diblásticos. Nos mamíferos, a gástrula não ocorre por embolia, como nos anfíbios, mas sim por epibolia. Nesse processo, as células da ectoderme se dividem mais depressa que as células da endoderme, obrigando o disco embrionário a tomar a forma de um balão.Já que o embrião de mamíferos cresce dentro do corpo da mãe, ele precisa de alguns anexos para fazer o contato físico com a mãe e receber nutrientes. A placenta, que surgirá do Trofoblasto, serve de conexão com o organismo materno. Entre o disco embrionário e o trofoblasto surge um pequeno espaço chamado vesícula amniótica que originará a bolsa amniótica ou âmnio. Abaixo do disco embrionário aparece, por prolongamento de células endodérmicas, a vesícula vitelínica No final da fase de gástrula, observam-se grandes mudanças. Além do mesoderma, começa a surgir o celoma (cavidade geral do corpo originada pela mesoderme) e o sistema nervoso.Alguns animais, apesar de serem triploblásticos, não formam o celoma, sendo chamados de acelomados (todos os animais diblásticos são acelomados). A grande maioria dos animais triblásticos, entretanto, desenvolve o celoma (celomados).Alguns ainda, como os nematelmintos, são triploblásticos, mas não possuem celoma verdadeiro. Neles o mesoderma, adere ao ectoderma e afasta-se do endoderma, surgindo entre o mesoderma e o endoderma um espaço que simula o celoma. Por isso, são chamados de pseudocelomados. Quanto à estrutura corporal, os animais multicelulares (metazoários) triploblásticos podem ser classificados em: ACELOMADOS - Não possuem celoma. A estrutura do corpo é maciça. PSEUDOCELOMADOS- O mesoderma não reveste toda a cavidade do corpo, mas tão somente a face interna da parede corporal. CELOMADOS - O mesoderma reveste integralmente a cavidade geral do corpo. Durante a gastrulação, na região mediana dorsal do disco germinativo aparece uma leve depressão que se inicia com o aparecimento de uma quase imperceptível estrutura na linha média do disco bilaminar, chamada linha primitiva. Esse fato é um dos eventos mais importantes da terceira semana de desenvolvimento humano. A partir daí, são estabelecidos os eixos crânio-caudal, dorso-ventral e direito-esquerdo.A linha primitiva consiste em células do epiblasto (ectodérmicas) que se invaginam e se expandem entre os dois folhetos germinativos (epiblasto e hipoblasto), no qual formará o terceiro folheto germinativo, o mesoderme. As células da mesoderme preenchem todo espaço entre a ectoderme e a endoderme, exceto na região da membrana bucofaríngea e membrana cloacal A membrana bucofaríngea e membrana cloacal são bilaminares e se formam a partir da junção do epiblasto com o endoblasto, antes da penetração do mesoderma. Na porção mediana da linha primitiva surge o sulco primitivo que termina em uma condensação celular chamada da nó de Hensen ou nó primitivo, em cujo centro surge a fosseta primitiva Ainda no começo da terceira semana, por volta do décimo-sexto dia de desenvolvimento, células do epiblasto começam a se proliferar ao longo da linha primitiva, achatam-se e se colocam entre o epiblasto e o hipoblasto. À medida que se invaginam pela fosseta primitiva (conduto que fica no meio do nó de Hensen), as células migram ao longo da linha média no sentido a região cefálica. As células que permanecem na região cefálica formam duas estruturas: uma massa compacta de mesoderma cranial (mesoderma da região cefálica) denominada placa precordal e um denso tubo situado na linha média do disco germinativo, o processo notocordal. O processo notocordal é um tubo oco derivado de células epiblásticas (do ectoderma) que penetraram diretamente pelo nó primitivo (nó de Hensen) e estendem-se em direção a região cefálica do disco germinativo, entre o ectoderma e o endoderma, mas que não fazem parte do mesoderma. O processo notocordal quando totalmente formado vai do nó primitivo à placa précordal e induzirá a formação da placa neural, primeira etapa na formação do sistema nervoso. Assim, como se observa na figura 3, a linha média que vai da fosseta primitiva até a placa précordal, não é ocupada pelo mesoderma e sim pelo processo notocordal. Entre o meio e fim da terceira semana do desenvolvimento embrionário humano, o processo notocordal sofre uma série de transformações que o convertem de um tubo oco a um bastão celular maciço. Durante esta conversão, a parede ventral do processo notocordal funde-se a endoderme e degenera-se gradativamente e forma temporariamente uma comunicação entre a cavidade amniótica e a cavidade vitelínica, chamada de canal neuroentérico FECUNDAÇÃO A clivagem consiste em repetidas divisões do zigoto, resultando em um rápido aumento do número de células. Primeiro, o zigoto se divide em duas células conhecidas como blastômeros; estas então se dividem em quatro blastômeros, oito blastômeros, e assi...