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1 a 4 semana embriologia

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Módulo do desenvolvimento inicial
As primeiras 4 semanas da embriogênese humana
Do zigoto ao término do dobramento embrionário: 
· Formação do zigoto;
· Divisões de clivagem (mórula e compactação);
· Formação do blastocisto (início da implantação);
· Implantação do concepto (embrião mais os anexos);
· Disco bilaminar e o eixo dorso ventral;
· Gastrulação;
· Formação da notocorda (funções indutivas durante o desenvolvimento);
· Neurulação e formação da crista neural;
· Dobramento embrionário.
Formação do Zigoto 
Forma-se nas primeiras 24 horas de vida do organismo e não dura mais que isso, pois ele é a célula tronco com uma combinação genética única resultado da união dos gametas. Ou, seja, é a célula primordial resultado da fertilização dos gametas, e sofre a primeira divisão de clivagem cerca de 24horas após a fertilização.
· 1ª SEMANA (CLIVAGEM): 
Divisões de clivagem são divisões mitóticas típicas das células embrionárias (primeira semana de desenvolvimento) e que geram os blastômeros. Durante essas divisões, aumenta o número de células sem alterar o tamanho do embrião, ou seja, sem aumentar o protoplasma (volume total do embrião). E é isso que diferencia a mitose da divisão embrionárias das outras células. 
Se a clivagem não fosse dessa forma, e aumentasse o tamanho do embrião ele poderia ficar preso nas pregas da mucosa das tubas causando uma gravidez ectópica tubária. 
G1, S, G2 são fases da interfase onde uma célula não está se dividindo, mas está se preparando pra dividir na fase M. Durante a clivagem, a G1 e G2 são suprimidas, ou seja, acontece apenas a fase S e M, apenas duplicando e dividindo, não passando pela fase de crescimento, pois são as fases G1 e G2 responsáveis por esse crescimento da célula. 
Além de não aumentar o protoplasma do embrião, os morfógenos (sinais maternos) que são proteínas que ativam genes diferentes, e os sinais do ambiente serão distribuídos diferentemente entre as células, pois se está dividindo o citoplasma primordial da célula significa que os morfógenos estão indo diferentemente para os blastômeros, e esses morfógenos vão ativando genes diferentes no núcleo. Isso significa que será ativada uma expressão gênica diferencial dentro das células para começar a diferenciação celular. 
O blastocisto é um exemplo da primeira grande ond diferenciação celular no embrião. 
Geralmente, ocorre 1 clivagem a cada 24 horas. 
Então, sobre o processo: 
PROCESSO DE CLIVAGEM:
· Primeira divisão: A partir do zigoto a clivagem se inicia e forma-se 2 células resultantes que se chamam blastômeros (período de 30 horas desde a fertilização até essa primeira divisão se completar).
· Depois de mais 24 horas, tem-se a segunda divisão de clivagem que forma 4 células, chamando-se embrião de 4 células ou 4 blastômeros. 
· No terceiro dia, após mais uma divisão de clivagem, tem-se 8 blastômeros. 
· Enquanto o embrião sofre clivagem na tuba uterina ele ainda está envolvido pela zona pelúcida. 
· A clivagem aumenta o número de células, sem aumentar o tamanho do embrião, pois cada célula formada tem a metade do tamanho de sua percursora. Se o volume do embrião aumentasse ele estouraria a zona pelúcida ou poderia ficar preso nas pregas da mucosa da tuba uterina.
· A zona pelúcida serve como cápsula que impede o contato dos blastômeros com a tuba, pois o contato célula-célula poderia fazer esse embrião se aderir precocemente a mucosa da tuba uterina. Mesmo que ele não se aderisse, esse transporte que é baseado em movimento ciliar e peristaltismo da tuba ele poderia ser muito retardado e aí existiria uma grande chance do embrião se implantar na tuba, resultando em uma gravidez ectópica tubária. A tuba não possui musculatura apropriada, que suporte o crescimento de um embrião e depois de um feto, ela não possui endométrio, então geralmente essas gravidezes possuem um péssimo diagnóstico. Não precisa nem ser um feto para romper a tuba, até mesmo embriões fazem isso. 
· No estágio de oito células, formam-se junções gap, que permitem a comunicação entre as células, junções de adesão, que as unem e, entre os blastômeros externos, junções de oclusão, tornando-os polarizados. A superfície apical das células fica voltada para o exterior, e a basal, para o interior.
· O embrião de 16 a 32 células é denominado mórula. À medida que a mórula adentra o útero, do 3 para o 4º dia, ela passa por um complexo de compactação, que a transforma no próximo estágio de desenvolvimento, blastocisto (região intramural).
COMPACTAÇÃO:
· Durante o processo de compactação, os blastômeros secretam fluido para os espaços dentro do embrião. O líquido concentra-se em uma cavidade, a blastocele ou cavidade blastocistica, e o embrião é chamado de blastocisto inicial. 
· O blastocisto consiste em 2 populações celulares, uma camada superficial, o trofoblasto, e em um pequeno grupo interno de células, o embrioblasto (ou massa celular interna – polo animal). O embrioblasto dará origem ao embrião propriamente dito, e o trofloblasto formará os anexos embrionários, principalmente a placenta. Esses anexos farão todas as trocas materno-fetais, e sem eles o embrião não sobrevive. 
· Está na cavidade uterina, ainda envolto por zona pelúcida.
· A compactação é o primeiro grande evento de diferenciação no embrião. 
· O blastocisto faz um buraco na zona pelúcida. 
· A primeira função do trofoblasto é liberar enzimas que abrem um buraco na zona pelúcida, e por meio de movimentos contráteis o blastocisto sai por esse buraco e se livra da zona pelúcida (ECLOSÃO DA ZONA PELÚCIDA - 6º dia). 
· A segunda função é a produção de beta HCG.
· O blastocisto tardio sai da zona pelúcida, a cavidade cresce, e ele procura a parede do útero (endométrio). Então por volta do quinto dia tem-se um blastocisto tardio que tenta se aderir ao endométrio. 
· É importante, pois é a partir desse processo que o trofoblasto ira liberar enzimas que vão “perfurar” a zona pelúcida, para que haja a implantação no endométrio através do polo animal.
· A procura pela parede do útero é o início da implantação. 
· A adesão à parede uterina ocorre no 6-7 dia.
· É importe que assim que o blastocisto ecloda, ele se adere e penetre no interior do endométrio (IMPLANTAÇÃO): final da primeira semana 6-7 dias. 
· 2ª SEMANA (formação do disco bilaminar):
IMPLANTAÇAO: 
· IMPORTÂNCIA: 
· Para que ele possa receber os nutrientes, pois à medida que foi clivando, se compactando a energia e os elementos básicos para a sobrevivência dessas células estava no protoplasma, mas a cada clivagem o protoplasma ia sumindo. Então o embrião precisa receber nutrientes e por isso se implanta no endométrio.
· Outra razão para essa implantação é informar o organismo materno que ele está grávido, através da produção de Beta HCG, que é produzido pelo trofoblasto. Se não houver produção desse hormônio, ou demorar muito, corre o risco de a mulher terminar o ciclo, sangrar e aborta o embrião (produção de beta HCG no 8º dia).
· Pode ser detectado no sangue e na urina mais tardio. 
· Além de nutrição, e informar o organismo para paralisar o ciclo, ele inativa uma resposta imuno-materna contra o embrião.
· ATP produzido (auxílio do útero). 
· Depende do endométrio preparado durante o ciclo menstrual (fase secretória ou progesterônica). 
· Nessa fase o blastocisto vai se diferenciar, ou será modificação do trofoblasto ou é do embrioblasto. 
· O blastocisto se adere em uma das depressões, denominada cripta, e inicia o processo de implantação. Quando ocorre a adesão, o processo é chamado de aposição (é quando ele adere e fica do lado de fora, não entrou ainda). Ocorre por volta do 7º dia. 
· TROFOBLASTO: 
· Assim que a adesão ocorre, o trofoblasto como a se multiplicar e invadir a parede do endométrio, formando um novo tecido, denominado citotrofoblasto. Ou seja, encostou o trofoblasto, muda pra citotrofoblasto, começa a se multiplicar e invade o endométrio, cada vez mais (8º dia). 
· Após adentrar, as células do citotrofoblasto vão se fusionando uma com a outra, formando uma grande massa multinucleada de células,denominada sinciciotrofoblasto.
· O sinciciotrofoblasto invade o tecido com grande agressividade. Ele forma projeções, vai matando as células e estruturas que estão à sua frente. Então, vai invadindo e pegando nutrientes e gases, passando o que é metabólico, vai produzindo Beta HCG e desativando a resposta imune. 
· À medida que o sinciciotrofoblasto vai abrindo caminho, o embrião vai se implantando no endométrio. 
· No 9º dia, o embrião já está totalmente implantado, o sinciciotrofoblasto se expandiu bastante e nele surgiram lacunas, cavidades. Quando o sincicio vai invadindo, ele incorpora os vasos sanguíneos maternos, e esses vasos derramam sangue que ocupa as lacunas, formando um tipo de circulação aberta. Pois o sangue vem pelos capilares do endométrio e preenche as lacunas, e criando um sistema que facilita a troca de nutrientes e metabólicos entre o embrião e o endométrio (11-12 circulação aberta). 
· Então no sincicio formam-se as lacunas, que servirão para formar um sistema circulatório aberto. 
· Do 8º para o 9º dia há a formação da cavidade amniótica e da parede do saco vitelino, também chamado de membrana de heuser. 
· EMBRIOBLASTO: 
· O embrioblasto se reorganiza de uma massa de células esféricas, sem formato nenhum, em duas camadas, o epiblasto (posição dorsal), e abaixo dela o hipoblasto (posição ventral), células que formam um disco embrionário bilaminar (7º dia).
· Quando o embrioblasto formou o disco bilaminar ele formou o primeiro eixo embrionário, denominado eixo dorso-ventral. 
· Todas as células derivadas do epiblasto daqui por diante terão posição dorsal e todas as outras derivadas do hipoblasto terão posição ventral. 
· Do 7º ao 14º dia esse disco embrionário vai crescendo, não mudando suas características, apenas se tornando maior e mais alongado. 
· O embrião propriamente dito é só o disco bilaminar (epiblasto e hipoblasto). As estruturas que estão em volta, derivadas do citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto, são primórdios de anexos derivados do trofoblasto. Para se referir a estrutura toda, usa-se o termo concepto. O embrião passa a ser chamado de concepto a partir das diferenciações do trofoblasto. 
· Do 10º a diante, quem vai mudar bastante é o que está em volta do embrião.
· No 8º dia surge um buraquinho entre epiblasto e citotrofoblasto, denominado cavidade amniótica, e é o primórdio de um dos anexos embrionários. Esse anexo é o saco amniótico. 
· A cavidade amniótica vai crescendo e ganha um revestimento feito de células denominadas amnioblastos que são percursoras do âmno, que será a parede do saco amniótico. 
· Do 8º para o 9º dia, a antiga cavidade blastocística ganha uma nova parede, que ao se completar, troca o nome da cavidade blastocística para saco vitelino primário ou primitivo. 
· O saco vitelino é importante para a linha germinativa, ou seja, na 4ª semana na parede do saco vitelino surgem as células germinativas que darão origem aos gametas. Se não houvesse essa mudança de parede, não teria linhagem germinativa. 
· O citotrofoblasto libera um retículo extraembrionário para separar o saco vitelino do citotrofoblasto, serve de barreira entre as estruturas (ocorre entre 11-12 dias). Além disso, esse tecido cria mais espaço para uma nova cavidade que irá surgir, denominada cavidade coriônica. Esse tecido desaparece, devido ao surgimento de cavidades que vão aumentando, até virar um buraco, uma grande cavidade que é a cavidade coriônica ou celoma extraembrionário.
· Surgimento de células derivadas do mesoderma extraembrionário, que dará origem ao córion e revestem a cavidade coriônica. O córion é uma membrana fetal que durante o período fetal contribuirá para duas estruturas importantes para a gestação, uma parte dele denominada córion liso vai contribuir para a bolsa, e a outra metade chamada córion viloso vai ser a parte fetal da placenta (o surgimento da cavidade e do córion ocorre do 9º ao 11ºo dia). 
· O saco vitelino primitivo se dividirá em dois, por meio de uma constrição equatorial. Uma metade vai degenerar, mas antes disso ela forma um cisto, chamado cisto exocelomico ou restos do saco vitelino primitivo. Às vezes, a parte do saco vitelino que deveria degenerar permanece e origina um tumor embrionário, mas é raro. A outra metade que sobrou é o saco vitelino definitivo, que está pronto para formar a linhagem germinativa em sua parede dali duas semanas (tudo isso corre da 12º até 14º dia). 
· Com isso temos um concepto de 14 dias, que sofreu várias modificações. 
· O blastocisto virou concepto. 
· O embrioblasto agora é lâmina bilaminar. 
· O trofoblasto originou diversas estruturas como sinciciotrofoblasto, citotrofoblasto, lacunas, mesoderma extraembrionário, cavidade coriônica, cavidade amniótica, saco vitelino definitivo. 
· O embrião fica preso na parede da cavidade coriônica pelo pedúnculo ou pedículo embrionário, que futuramente dará origem ao cordão umbilical. 
· TERCEIRA SEMANA
 
· A gastrulação se inicia com o surgimento da linha primitiva (14 – 15 dias), e vai converter o disco bilaminar em trilaminar, com 3 camadas diferentes das que existiam: exoderma, mesoderma e endoderma. 
· Somente o fato se surgir a linha primitiva, sinaliza no embrião que a partir desse momento ele tem outros dois eixos, o antero-posterior (onde tem a linha primitiva tem a metade caudal do embrião, e mais a frente tem o eixo cranial).
· A linha primitiva é vista como uma linha porque na borda dela as células estão elevadas, e no meio tem um sulco. (sulco primitivo). 
· Na região do nó primitivo, aquele canal ou depressão é chamado de foceta primitiva. 
· A linha primitiva é uma depressão, um sulco que é criado nas células do epiblasto, no terço caudal, e é o primeiro sinal físico da gastrulação. A partir da linha primitiva, vão acontecer os eventos de migração, proliferação e diferenciação celular que vão gerar o disco trilaminar. 
· Então a linha primitiva é o meio, o canal pelo qual a gastrulação acontece. 
· Na extremidade voltada para a cabeça, extremidade encefálica da linha, existe o nó primitivo.
· As células do epiblasto começam a se proliferar, e migram para a linha primitiva. As células que conseguem chegar na linha, começam a se soltar dela (transição epitélio mesenquimal – perdem a característica de epitélio que mantém elas grudadas, e se transfromam em células mesenquimais migratórias) migrando e ocupando o espaço entre o epiblasto e o hipoblasto, formando uma camada nova denominado mesoderma embrionário. 
· Algumas células que se soltaram da linha primitiva, ao invés de ficar na camada intermediária e formar o mesoderma, vão para o hipoblasto e com o tempo substituem todas as células do antigo hipoblasto por células que vieram da linha primitiva, e quando essa substituição se completar temos o endoderma definitivo. 
· O ectoderma se forma a partir das células que proliferam, mas não atingem a linha primitiva permanecendo no epiblasto. 
· Então a gastrulação envolve proliferação, migração e diferenciação celular. 
· As que não migram formam a ectoderma. 
· As que migram podem virar ou mesoderma ou endoderma. 
· Todo o processo de gastrulação dura uns 2 dias. 
· Quando já tem endoderma e mesoderma pronto, qualquer migração para a linha primitiva cessa. 
· Ao final, o disco bilaminar formado pelo epiblasto e hipoblasto, se transforma em um disco trilaminar, formado por endoderme, mesoderme e ectoderma. 
RESUMINDO O PROCESSO: 
· A migração das células ocorre por meio da linha primitiva e tem dois destinos: ou as células que se soltaram da linha primitiva formam uma camada intermediária denomina mesoderma ou invadem o antigo hipoblasto, substituindo suas células por completo formando a endoderma. Em cima, as células que não migram ou invaginam, se diferenciam progressivamente no ectoderma. 
IMPORTÂNCIA DA GASTRULAÇÃO: 
· Embrião é convertido de bilaminar para trilaminar (processo que dura mais ou menos dois dias). 
· As três camadas, ou folhetos germinativos são: ectoderma, mesoderma e endoderma. 
· A endoderma e ectoderma possuem mais característica epitelial,do que o mesoderma que é caracterizado por células com maior característica migratória. 
· Externa: ectoderma. Quem for derivado de ectoderma, sempre estará localizado ou no exterior do corpo ou próximo dele; Ex.: pele (epiderme), tecido neuronal (neuroectoderma).
· Intermediária: mesoderma. É basicamente o que mais temos dentro do corpo. Ex.: sistema circulatório, músculo, osso, cartilagem, tecido conjuntivo, aparelho urinário e genital.
· Interna: endoderma. Quando o disco dobra, e forma um cilindro, a endoderma será a estrutura mais interna do embrião, dando origem a mucosa, ao epitélio do trato digestório, respiratório, reto, pâncreas, glândulas acessórias do sistema digestório, todas derivadas do endoderma. 
· O local onde esses folhetos estão no embrião, vai ajudar a formar esses diferentes derivados, porque haverá a criação de outros dois eixos embrionários (anteroro-posterior e o levo-destro).
· O primeiro eixo já existia desde a segunda semana, que é o eixo dorso-ventral (quando tinha epiblasto e hipoblasto). 
· Apenas dóis dias de embrião surgem outros dois eixos, que é o antero-posterior e o levo-destro. 
· Após a gastrulação, é um disco trilaminar, com camada externa, intermediaria e interna, com uma metade caudal e uma metade cefálica, e três eixos. 
· OBS.: Se houver um problema posicional, seja entre os folhetos ou no entendimento dos quadrantes, ocorrerá a formação de órgãos em lugares errados. EX.: Destrocardia (coração do lado direito). 
· Importância: 
· Nossos tecidos e órgãos são formados a partir desses folhetos, por um processo chamado organogênese. 
· Os eixos antero-posterior e levo-destro (esquerda direita) são criados, essas camadas possuem informação posicional, não podem misturar.
· Os eixos embrionários dividiram o embrião em quadrantes dentro dos quais serão formadas as diferentes estruturas (tecidos e órgãos) adequadamente localizados). 
Até aqui temos um embrião é trilaminar, com ectoderma, mesoderma e endoderma, tem eixo antero-posteior, dorso-ventral e levo-destro, tem uma metade cefálica e uma metade caudal. 
FORMAÇÃO DA NOTOCORDA (3ª semana, concomitante á gastrulação)
· É um bastão rígido, maciço. 
· 19º dia, pelo nó primitivo, células epiblásticas migram em sentido cefálico na linha média (processo notocordal). 
· As células migram para o nó primitivo, invaginam por toda a circunferência do nó e entra por debaixo do ectoderma.
· Assemelha-se a um “dedo entrando numa luva”, que cresce em sentido cefálico, por debaixo do ectoderma e por cima do endoderma. Em volta da notocorda que está crescendo tem mesoderma. 
· O processo notocordal (é o primórdio da notocorda) cresce em sentido cefálico por debaixo do ectoderma e por cima do endoderma, circundado pelo mesoderma embrionário, e vai até a placa pré-cordal delimitando o futuro “tronco embrionário”. 
· Se a notocorda crescesse e atingisse a borda mais cefálica do disco embrionário, resultaria em um embrião sem região cefálica. Para impedir que isso aconteça, há uma massa compacta de mesoderma que se chama placa pré-cordal, que serve de freio e breca o crescimento da notocorda não deixando ela atingir a borda. 
· Ao mesmo tempo que o processo notocordal cresce a linha primitiva regride em direção caudal. À medida que a notocorda cresce, a linha primitiva regride. Essa regressão é fundamental de ocorrer até o final da 4ª semana, ela tem que desaparecer. 
· À medida que a notocorda cresce, a linha primitiva regride. No nosso corpo, o que menos sobrou é a região caudal, o que sobrou da região caudal são as partes terminais da coluna e dos ossos da bacia. 
· O processo notocordal abaixa, gruda no endoderma, se abre e forma uma placa, essa placa se eleva de novo, fecha em um tubo e é maciço. Esse tubo maciço se solta. Isso vai acontecendo progressivamente da extremidade cefálica até a caudal da notocorda, até que o tubo se torne maciço e solte completamente. 
Importância: 
· A notocorda é dita como um tecido organizador (delimita a fronteira do tronco embrionário). 
· Realiza o processo de indução embrionária, ou seja, assim que a notocorda se forma libera sinais para os tecidos adjacentes, para que eles façam alguma coisa, induzem uma modificação nesses tecidos adjacentes, por isso é dita organizadora. A principal indução que a notocorda faz é delimitar a fronteira do futuro tronco do embrião. 
· Assim que surgir a notocorda, surgirão mais três regiões que não existiam. Se a notocorda delimita o tronco, ao longo do eixo antero-posterior não tem mais só uma metade cefálica e uma caudal, ao longo desse eixo com o surgimento da notocorda, agora tem tronco (Onde a notocorda está fisicamente presente), o que tiver pra frente da notocorda em sentido cefálico será a futura região da cabeça. 
· Isso acontece porque quando se delimitou a fronteira do tronco pela notocorda, o que tiver cefálico a notocorda é futura região específica da cabeça. E o que tiver pra trás da notocorda, futura região caudal. 
· Agora existem três domínios: cefálico, tronco e caudal (o tronco ainda não foi divido em tórax e abdome). 
· Agora o embrião já tem a organização geral que o corpo tem que ter. A partir do tronco surgem os membros inferiores e superiores.
· Indução de células e tecidos adjacentes a se diferenciarem: 
· Ex.: diferenciação do mesoderma (A notocorda não forma coluna, pois não dá origem a osso, ela realiza a indução embrionária e uma delas é a indução do mesoderma a se diferenciar em mesoderma paraquixial, responsável por dar origem ao osso.); diferenciação da placa neural (vai contribuir para a próxima etapa da gastrulação - neuroectoderma).
· Diferenciação do esqueleto axial. 
· Rigidez ao embrião (importante durante os fenômenos de dobramento e fechamento do embrião, quando o embrião muda de um disco trilaminar para um cilíndrico fechado).
Continuando: 
· Durante a terceira semana o embrião cresce como um todo, se tornando um disco cada vez mais alongado, e ao longo desse crescimento a notocorda cresce e a linha primitiva regride, e o sentido do crescimento desse disco é céfalocaudal. Quanto mais próximo da cabeça, mais adiantado está o processo. 
· Em volta do embrião tem os anexos embrionários e o principal anexo é a formação da placenta. 
DESENVOLVIMENTO ADICIONAL DO TROFOBLASTO (surgimento das vilosidades - 3ª semana):
· Desde a segunda semana já tem o início da formação das vilosidades, que estão circundadas pelas lacunas preenchidas de sangue materno. Durante a terceira semana, o desenvolvimento adicional dessas vilosidades transforma elas em vilosidades terciárias, e a característica principal delas é a presença de vasos sanguíneos embrionários. Esses vasos em formação dentro das vilosidades estão se conectando com o pedúnculo embrionário que vai dar origem ao cordão umbilical. Está iniciando a formação o primórdio dos vasos sanguíneos para formar a futura circulação uteroplacentária, que é por onde vão passar todos os nutrientes e metabólitos da mãe pro feto e vice-versa. 
· As vilosidades tem na sua parede externo sinciciotrofoblasto, por debaixo o citotrofoblasto e por dentro os vasos sanguíneos já de origem embrionário, onde tudo o que chega da mãe, sem se misturar com o sangue embrionário que ta começando a se formar, onde tudo se difunde pra dentro e pra fora. 
· Já na terceira semana, existem as vilosidades com característica de formar vasos, começando a formar sangue com hemácia, que ainda tem núcleo. Mais pro fim, as hemácias já perderam os núcleos. 
· Cavidade amniótica e saco vitelino continuam a crescer. 
CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS: 
· As primeiras três semanas é um estágio criticamente sensível a fatores que podem interferir no desenvolvimento embrionário. Exemplos: a mulher pode estar tomando hormônio, remédio contraindicado pra gravidez, uma infecção viral, tratamento de radioterapia, sequência de raio X, entre muitos outros exemplos. Esse período é de muito risco para a gravidez. 
· Teratoma sacrococcígeo: tumores de restos da linha primitiva, que continuou gastrulando. É um tumor maligno. Exemplo claroda não regressão da linha primitiva. 
· Sirenomelia: disgenesia caudal, em que ocorre a fusão dos membros inferiores. Erro no entendimento do eixo levo-destro (esquerda e direita), pois os brotos surgiram muito próximos um do outro. 
· Holoprosencefalia: morte celular na linha média, resultando em defeitos faciais. O encéfalo alterado é responsável por diversas alterações faciais. Em casos mais graves, podemos observar alterações tão severas que resulta em “ciclopia”. Confundiu a bilateralidade das estruturas na hora de se posicionar. 
· Situs inversus: transposição de órgãos entre tórax e abdome. Ou seja, tudo o que é direita passa para a esquerda, ou vice-versa. É raro, mas dentro dela, a inversão é mais frequente ou pro coração, ou para as alças intestinais que adentram a cavidade torácica. 
· QUARTA SEMANA 
EVENTOS IMPORTANTES: 
· Neurulação: processo embrionário que formará o primórdio do sistema nervoso central.
· Surgirá uma família de células, as células da crista neural: formarão as principais estruturas do sistema nervoso periférico. 
· Dobramento e fechamento embrionário: o disco trilamina se converterá em um cilindro. 
LOCALIZAÇÃO TEMPORALMENTE: 
· A placa neural surge por modificação do ectoderma, estimulada pela notocorda, ainda na terceira semana. 
· A placa de neuroectoderma é a placa neural que se modifica para virar o tubo neural.
NEURULAÇÃO: 
· É um processo que converte uma placa de células, a placa neural, em um tubo. 
· A placa neural que se dobre para dar origem ao tubo é de origem ectoderma (externa), e como dará origem ao sistema nervoso central precisa estar dentro do corpo. Então, a placa se modifica, vira um tubo, e internaliza esse tubo, ou seja, traz ele para dentro do embrião, para não nascer com exposição de tecido nervoso. 
· A placa neural surge ainda na terceira semana. 
· Ocorre na 4ª semana. 
· Dobramento da placa neural (neurulação primária).
· Tubo neural caudal convertido de estrutura maciça em tubo oco (neurulação secundária). 
Como ocorre: 
· Ao final da terceira semana de desenvolvimento, as bordas laterais da placa neural se elevam e se movem juntas para formar a prega neural, por conta da mudança do formato das células. 
· O espaço resultante criado pelas pregas na placa neural é chamado sulco neural, que dará origem, por exemplo, ao canal medular e os ventrículos do encéfalo. 
· As pregas neurais se fundem e a placa neural se transforma no tubo neural, o percursor do sistema nervoso central. A fusão do tubo neural geralmente começa no meio do embrião, estendendo-se nas direções cranial e caudal. 
· O primeiro local onde ocorre o fechamento do tubo é no intermediário. Depois, cresce bidireccionalmente, e os últimos a fechar são os neuróporos. Primeiro o neuróporo cranial e depois neuróporo caudal. 
· O crescimento do disco embrionário é céfalo-caudal, tudo o que tiver em posição céfalica está mais adiantado. Por isso, o neuróporo cefálico fecha primeiro que o caudal. 
· Durante o fechamento do tubo neural, as células do lado lateral da placa se separam, formando uma nova população de células, chamada crista neural. Estas células contribuem para a formação do sistema nervoso periférico. 
· Quando as pregas se encontram elas têm que se fusionar, e se separar do ectoderma que dará origem a pele, se não, não internaliza o tubo. 
· O tubo é internalizado. Se isso não acontecer corretamente, o indivíduo poderá ter o defeito do tubo neural- DTN. Se isso acontecer na região medular, se chamará espinha bífida. E se for na região do tubo neural que dará origem ao encéfalo, pode ocasionar os casos mais graves, anencefalias (ausência total ou participa do encéfalo), ou outras más formações com projeção de material nervoso para fora da cabeça. 
· PASSO A PASSO: 
· Células colunares (espessamento).
· Células colunares tornam-se cônicas (início do dobramento). 
· Sulco neural. 
· Crescimento crânio - caudal favorece o dobramento. 
· Fusão das pregas neurais ocorre no nível dos 5 somitos iniciais.
· Neuróporos.
· Neuróporo cefálico fecha no 24º dia. 
· Neuróporo caudal fecha no 26º dia.
CÉLULAS DA CRISTA NEURAL: 
· População celular especial. 
· Surgem nas margens laterais das pregas neurais. 
· Durante a neurulação essas duas populações são trazidas conjuntamente para a linha média, se destacam da placa neural e migram para diferentes regiões (22 dias). Podem migrar para dois caminhos: 
· Algumas se distribuem por debaixo do ectoderma que dá origem a pele. 
· E outras descem em torno do tubo neural. 
· Após migrarem, essas células se diferenciam em diversas estrutura. 
· Ao longo de toda a extensão do tubo, essas células estão migrando dos dois jeitos. 
Estruturas oriundas da crista neural: 
· Gânglios entéricos: ficam em volta do intestino primitivo, e serão responsáveis pelo peristaltismo do sistema digestório. 
· Melanócitos: dão origem ao pigmento melanina. 
· Células da glia: acessória do sistema nervoso. 
· Células de Schwann. 
· Meninges: pia-máter a aracnoide. (mais próximas do tecido nervoso). 
· Gânglios da raiz dorsal. 
· Gânglios da raiz ventral.
· Medula da glândula suprarrenal. 
· Derme do pescoço. 
· Tecido conjuntivo na região pupilar. 
· Odontoblastos: vão formar a dentina dos dentes (resistência). 
· Septo tronco conal: fica no coração e separa o trato de chegada e saída. 
· Cartilagem dos arcos faríngeos: participam do desenolvimento da cabeça e pescoço. 
PESQUISADORA: Crista neural. 
Ao transplantar um neuroectoderma, você altera a cor das penas do pintinho. Teve duas linhas de pensamento: 
Deu errado, estava contaminado com a ectoderma que dá origem a pele, e por isso pigmentou a cor do pintinho. 
Foi bem jeito. O que acontece é que tem alguma coisa que acontece ao mesmo tempo que a neurulação, e altera a pigmentação. Que são os melanócitos, derivados das células da crista neural. Então, quando ela transportou um tubo neural de codorna em um embrião de galinha, levou consigo as células da crista neural com padrão de codorna. Foi assim que ela descobriu a crista neural. 
DOBRAMENTO EMBRIONÁRIO: 
· Converte o embrião que era um disco, em cilindro, totalmente fechado. 
· Tem três estruturas que vão contribuir para essa transformação: notocorda, tubo neural e saco amniótico. 
· A notocorda da rigidez a região central do embrião, e ao fazer isso, força o dobramento em dois planos, plano longitudinal (cabeça e cauda), e plano transversal, do lado direito e esquerdo.
· O tubo neural cresce, fica pesado, e puxa com ele o saco amniótico, formando duas pregas, uma prega cefálica e uma prega caudal. Só dobra nas pontas pq a notocorda da rigidez central. 
· Durante o dobramento, e a formação das duas pregas, o saco vitelino na sua região dorsal, foi comprimido e incorporado dentro do embrião, formando um tubo, o intestino primitivo.
· Durante o dobramento, o coração muda muito de posição. Traz ele para a futura região do tronco. 
· O dobramento embrionário altera a posição de órgãos. 
· Lateralmente, o saco vitelino forma duas outras pregas adicionais, uma prega direita e uma prega esquerda. 
· Ou seja, do dobramento embrionário origina 4 pregas que se encontram na região ventro-medial (bem no meio do embrião, no ventre dele), incorporão o saco vitelino e formam o intestino primitivo. 
· Uma nova cavidade é formada, a cavidade primitiva onde se formará o tórax e abdome, e é no interior dela que todas nossas vísceras internas irão se formar. 
· Após o dobramento embrionário, o embrião é um cilindro fechado que está totalmente localizado dentro da cavidade amniótica (FINAL DA QUARTA SEMANA), que está cheio de líquido, e é onde o embrião e feto terminarão o desenvolvimento embrionário. 
Importância do dobramento: 
· Converte o embrião trilaminar em cilíndrico. 
· Acaba por determinar tudo o que é interno e externo. 
· Forma o intestino primitivo, primórdio do trato digestório e respiratório. 
· Posiciona órgãos.
· Forma uma cavidade que não existia, a cavidade primitiva onde todos os órgãos torácicos e abdominais se formarão. 
· Ao final do dobramento,o embrião está totalmente localizado dentro da cavidade amniótica, cheia de líquido, onde terminará seu desenvolvimento, e esse líquido terá várias funções importantes. 
CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS:

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