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Reatores CSTR em Série – Cálculo da equação de velocidade Dois reatores de mistura em série foram utilizados para o estudo da cinética de uma reação de decomposição de A, cuja alimentação é introduzida no primeiro reator com uma concentração de 1,5 molsA/L. e uma vazão de 4 L/min. O volume de cada reator, bem como a concentração de saída em cada um deles, encontra-se na tabela abaixo. 1º Reator 2º Reator Volume (L) 10 40 CA (M) 1,02 0,61 Determine a equação de velocidade desta reação. Solução 1 - Esquema experimental utilizado 2 - Dados Gerais Estequiometria da reação: não informada. Fase da reação: não informada Líquida (εA=0). 3 – Hipóteses Iniciais Como a estequiometria da reação é desconhecida, e o que se deseja é o cálculo da equação de velocidade da reação, supõe-se que a equação da velocidade seja do tipo: ( ) nAA kCr =− . Como a fase da reação não foi informada, supõe-se que esta seja uma reação em fase liquida (os valores de concentração e vazão são mais usuais para fase liquida do que para fase gasosa). Senso assim, tem-se que: ( )AAoA XCC −= 1 A partir destas duas hipóteses (suposições teóricas), considera-se, para fins deste estudo, a seguinte equação de velocidade: ( ) nAA kCr =− ⇒ ( ) ( )nAnAoA XkCr −=− 1 . vo= 4L/min CA2= 0,61M CAo= 1,5M V1=10L CA1= 1,02M V2= 40L 4 – Aplicação da equação geral para CSTR Para o reator 1, tem-se então: ( )nAnAo AAo XkC XF V 1 1 1 1− = ⇒ ( )nAnAo AAo XCV XF k 11 1 1− = Para o reator 2, tem-se então: ( ) ( )nAnAo AAAo XkC XXF V 2 12 2 1− − = ⇒ ( ) ( )nAnAo AAAo XCV XXF k 22 12 1− − = Como a temperatura da reação é a mesma nos dois reatores, então a constante de velocidade (k) também é a mesma. Logo, igualando-se os k de ambas as equações tem-se que: Que simplificado conduz a: ( ) ( )nA AA n A A X XX X X 2 12 1 1 140110 − − = − (A) Que trabalhada algebricamente conduz a: 1 12 1 2 401 1 A AA n A A X XX X X − =⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ − − Portanto, para o cálculo da ordem da reação (n) é necessário o cálculo de XA1 e XA2. ( )AAnAo XCC −= 1 ⇒ Ao AnAo An C CC X − = Para o reator 1: 5,1 02,15,11 1 − = − = Ao AAo A C CC X ⇒ 320,01 =AX Para o reator 2: 5,1 61,05,12 2 − = − = Ao AAo A C CC X ⇒ 593,02 =AX Retornando à equação A, tem-se que: 1 12 1 2 401 1 A AA n A A X XX X X − =⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ − − ⇒ 213,0 68,0 407,0 =⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ n ⇒ [ ] 213,05985,0 =n Aplicando logarítmico de ambos os lados: [ ] ( )213,0ln5985,0ln =n 5985,0ln 213,0ln =n ⇒ 01,3=n ⇒ 3≅n 5 – Cálculo da constante de velocidade: Voltando a equação geral de um CSTR, tem-se que: ( ) ( )Ai AiAiAo i r XXF V − − = −1 ⇒ ( ) ( ) i AiAiAo Ai V XXF r 1− − =− ( ) ( ) ( )nAnAo AAAo n A n Ao AAo XCV XXF XCV XF 22 12 11 1 11 − − = − que aplicada no primeiro reator, conduz a: ( ) ( ) L molsA V XF r i AiAo Ai 10 320,0min/6 × ==− ⇒ ( ) min)./(192,0 LmolsArAi =− que aplicada no segundo reator, conduz a: ( ) ( ) ( ) ( ) L molsA V XXF r AAAoA 40 320,0593,0min/6 2 22 2 −× = − =− ⇒ ( ) min)./(04095,02 LmolsArA =− Sabendo-se o valor da velocidade da reação e da concentração de saída do reagente para cada um dos reatores, bem como a ordem da reação, efetua-se então o cálculo da constante de velocidade. No reator 1: ( ) 311 AA kCr =− ⇒ 3)02,1(192,0 k= ⇒ ( )12 min181,0 −−= Mk Confirma-se este valor, efetuando o cálculo com os dados do segundo reator: ( ) 3 22 AA kCr =− ⇒ 3)61,0(04095,0 k= ⇒ ( )12 min181,0 −−= Mk Solução Alternativa (Resumida) Uma segunda maneira de resolver esta equação é apresentada a seguir. − Para reator 1: ⎪⎭ ⎪ ⎬ ⎫ ⎪⎩ ⎪ ⎨ ⎧ = === 32,0 min5,2 4 10 1 1 1 A o X v V τ − Para reator 2: ⎪⎭ ⎪ ⎬ ⎫ ⎪⎩ ⎪ ⎨ ⎧ = === 593,0 min0,10 4 40 2 2 2 A o X v V τ Temos então: ( ) 1 10 1 τ AA A XC r =− ⇒ ( ) ( )( ) 5,2 32,05,1 1 =− Ar ⇒ ( ) 11 min.192,0 −=− MrA ( ) ( ) 1 2 120 2 −− =− τ AAA A XXC r ⇒ ( ) ( )( ) 0,10 273,05,1 2 =− Ar ⇒ ( ) 12 min.041,0 −=− MrA Para uma reação de ordem n: ( ) ( ) nAA n AA kCr kCr 22 11 =− =− ⇒ n ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ = 61,0 02,1 041,0 192,0 ou n67,1688,4 = ⇒ 3≅n temos ainda que: 311 AA kCr =− ⇒ 302,1 192,0 =k ⇒ 12 min181,0 −−= Mk Logo: 3181,0 AA Cr =−