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UNIDADE 3 - Livro Aspectos Gerais de Arbitragem

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CLASSIFICAÇÃO DA ARBITRAGEM
Professora:
Me. Mariane Helena Lopes
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
As imagens utilizadas neste livro foram 
obtidas a partir do site shutterstock.com
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; LOPES, Mariane Helena; 
 
 Arbitragem. Mariane Helena Lopes; 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 36 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Arbitragem. 2. Aspectos. 3. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. 347
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Editoração Thayla Guimarães 
Qualidade Textual Produção de Materiais
01
02
03
04
05
sumário
06| ARBITRAGEM FACULTATIVA E ARBITRAGEM OBRIGATÓRIA
10| ARBITRAGEM FORMAL E ARBITRAGEM INFORMAL
15| ARBITRAGEM DE DIREITO E ARBITRAGEM DE EQUIDADE
20| ARBITRAGEM INTERNA E INTERNACIONAL
24| A ARBITRAGEM NO DIREITO COMERCIAL E NO DIREITO 
DESPORTIVO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Conhecer cada uma das classificações existentes.
 • Analisar a diferença entre cada uma das classificações da arbitragem.
 • Diferenciar o momento em que a arbitragem é elaborada.
 • Conhecer em quais fronteiras a arbitragem terá aplicabilidade.
 • Conhecer a aplicação da arbitragem no Direito Comercial e no Direito 
Desportivo.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Arbitragem facultativa e arbitragem obrigatória
 • Arbitragem formal e arbitragem informal
 • Arbitragem de direito e arbitragem de equidade
 • Arbitragem interna e arbitragem internacional
 • Arbitragem no Direito Comercial e no Direito Desportivo
CLASSIFICAÇÃO DA ARBITRAGEM
INTRODUÇÃO
introdução
Neste estudo, você aprenderá a respeito da Classificação da Arbitragem. Ao es-
tudarmos o tema sobre a arbitragem, é interessante conhecermos sobre cada 
uma de suas classificações, analisarmos as diferenças entre cada uma delas e 
conhecermos as formas de aplicação da arbitragem no Direito Comercial e no 
Direito Desportivo.
A classificação da arbitragem serve para ordenar um conjunto de conceitos 
de acordo com certas relações que se pretende evidenciar. Ela pode ser utili-
zada como uma ação classificadora, formadora de grupos de coisas da mesma 
espécie.
Devemos saber que a classificação da arbitragem se dá das seguintes formas: 
arbitragem facultativa e arbitragem voluntária; arbitragem formal e arbitragem 
informal; arbitragem de direito e arbitragem de equidade; arbitragem interna 
e arbitragem internacional.
Logo em seguida, será contextualizado a respeito da arbitragem na esfera 
do Direito Comercial, sendo este um dos que mais se beneficiou com o institu-
to da arbitragem. Isto por conta da força vinculante dos usos e dos costumes 
deste ramo. Como o Direito Comercial é um ramo dinâmico e prático, possui 
normas que visam proteger a empresa e seu lucro e, como a arbitragem, é um 
meio rápido e dinâmico. Não podendo esquecer que a cláusula compromis-
sória deve estar presente no estatuto social e que a entidade arbitral deve ser 
indicada desde logo na cláusula nesta cláusula, a fim de que, posteriormente, 
não tropece o compromisso com arguições em juízo.
E para finalizar este estudo, falaremos da Arbitragem na prática Desportiva, 
sendo necessário ressaltarmos que existem diferenças entre a Justiça Desportiva 
e a arbitragem. Enquanto o objeto da arbitragem são os direitos patrimoniais 
disponíveis, a segunda centraliza-se nas infrações disciplinares e competições 
desportivas, e que a arbitragem só poderá dirimir controvérsias oriundas de 
contratos desportivos, em caso de direito de imagem e arena, trabalhistas, de 
transmissão, de transferências, nacionais e internacionais.
Laura
IMPORTANTE
Laura
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Pós-Universo 6
Arbitragem Facultativa e 
Arbitragem Obrigatória
Pós-Universo 7
A classificação da arbitragem serve para ordenar um conjunto de conceitos de acordo 
com certas relações que se pretende evidenciar. Ela pode ser utilizada como uma 
ação classificadora, formadora de grupos de coisas da mesma espécie (DINIZ, 1999).
Inicialmente estudaremos a arbitragem facultativa e a obrigatória, diferenciando 
essas duas formas. José de Albuquerque Rocha (2008, p. 24) faz a seguinte classificação 
diante da arbitragem: 1º - ARBITRAGEM VOLUNTÁRIA E ARBITRAGEM OBRIGATÓRIA. 
2º - Arbitragem formal e informal. 3º - Arbitragem de direito e de equidade. 4º - 
Arbitragem AD HOC e institucional. 5º - Arbitragem interna e internacional.
Para o autor supracitado, a arbitragem voluntária se dá quando há o consentimen-
to entre as partes em procurarem, de comum acordo, resolver o litígio apresentado 
por meio da designação de árbitro ou árbitros, utilizando assim a arbitragem, o con-
trário da arbitragem obrigatória, que é inquisitiva as partes, porém, como podemos 
estudar por meio dos mecanismos a disposição a arbitragem é totalmente voluntá-
ria e facultativa, tendo como princípio a Constituição Federal que descreve que todo 
cidadão tem direito ao acesso livre à justiça.
Rocha (2008, p. 24), ainda, nos diz que a arbitragem voluntária se funda no critério 
de escolha da arbitragem como forma de litígio. A arbitragem voluntária é aquela es-
colhida pelas partes livremente. Seu fundamento é, portanto, a vontade das partes. E 
que a arbitragem obrigatória, ao contrário da facultativa, é imposta pela lei às partes.
O desenvolvimento do Processo Civil Romano contribuiu historicamente para o 
fenômeno da arbitragem em três fases.
Na primeira – a chamada arbitragem facultativa, as próprias partes escolhiam o 
juiz ou o árbitro para sua causa.
Segunda fase: com o fortalecimento do Estado, numa segunda fase, os árbitros 
passaram a ser nomeados por este, tornando a arbitragem obrigatória.
Terceira fase: a última fase, denominada processo extraordinário, caracteriza a pas-
sagem da justiça privada para a justiça pública, em que o pretor passa a conhecer 
do mérito dos conflitos e a proferir sentenças. Assim, o Estado começa a impor suas 
decisões, fortalecendo a noção de jurisdição como monopólio do Estado (CINTRA, 
1993 apud SOUZAS; TORRES, 2008, p. 77).
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Pós-Universo 8
No Brasil, o instituto da arbitragem é sempre voluntário ou facultativo, ou seja, 
o ordenamento jurídico só admite que haja arbitragem quando for escolhida livre-
mente pelas partes. No caso da arbitragem obrigatória, ela viola vários preceitos 
fundamentais da Constituição Federal, principalmente no que diz respeito a garan-
tia do acesso ao Poder Judiciário, como se vê no art. 5º, XXXV, da Constituição: “a lei 
não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.
O nosso ordenamento jurídico abriga um importante princípio, que é o Princípio 
da Autonomia da Vontade, que se encontra consagrado na Lei de Arbitragem, em que 
as partes que podem exercer esse princípio, diante de direitos patrimoniais dispo-
níveis, podem fazer a opção de solucionar os conflitos por meio do Poder Judiciário 
ou mediante a Lei de Arbitragem (VILAS-BÔAS, 2008, p. 83).
Assim, se quiserem submeter a solução deseu litígio à arbitragem, as partes devem 
criar uma convenção de arbitragem, que terá, inicialmente, uma cláusula compro-
missória (promessa) e, quando surgido o litígio, um compromisso arbitral (contrato 
definitivo). Ou ainda, independentemente de firmarem cláusula compromissória, 
podem as partes celebrar compromisso arbitral quando surgido um conflito (BARBI 
FILHO 199- apud VILAS-BÔAS, 2008, p. 86).
A arbitragem é uma manifestação de liberdade. Assim é que, do mesmo modo 
que se garante a liberdade de sua instituição, deve-se garantir a liberdade de renún-
cia ao previamente estatuído. Desta forma, deixando o demandado de alegar, em 
sua contestação, que havia as partes celebrado uma convenção de arbitragem, é de 
se entender que optaram pela solução de seu conflito pela via jurisdicional, renun-
ciando ao processo arbitral. Poderá, então, o Judiciário exercer, sem impedimentos, 
a função jurisdicional (PASSOS, 1991; PIMENTEL, 1979 apud CÂMARA, 2009, p. 38).
Como diz Alexandre de Moraes:
 “
O princípio da legalidade é basilar na existência do Estado de Direito, deter-
minado na Constituição Federal sua garantia, sempre que houver violação 
do direito, mediante lesão ou ameaça. Dessa forma, será chamado a intervir 
o Poder Judiciário, que, no exercício da jurisdição, deverá aplicar o direito ao 
caso concreto (2002, p. 291-292).
Portanto, no que diz respeito a arbitragem imposta, esta é expressamente proibida, 
no Brasil, por força da Constituição Federal, que estabelece que a lei não excluirá da 
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça de direito.
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Pós-Universo 9
A Recomendação 92 da Organização Internacional do Trabalho, de 1951, 
aconselha que sejam estabelecidos organismos de conciliação voluntária 
para prevenir e solucionar os dissídios coletivos. Caso o conflito seja sub-
metido à arbitragem, as partes devem ser estimuladas para que aceitem o 
laudo arbitral.
Nas empresas gestoras de mão-de-obra do trabalho portuário avulso (Lei 
8.620, de 05/01/1993), a arbitragem está presente no caso de impasse na 
solução dos litígios da Comissão Paritária, formada exclusivamente para 
solucionar as pendências decorrentes da aplicação das normas do serviço 
portuário avulso. Firmado o compromisso arbitral, as partes não poderão 
desistir e o laudo arbitral possui força normativa, independentemente da 
homologação judicial.
Fonte: Dalla Valle (2012).
fatos e dados
Pós-Universo 10
Arbitragem Formal e 
Arbitragem Informal
Pós-Universo 11
Dentro das classificações citadas por José de Albuquerque Rocha (2008, p. 24), na 
aula anterior, vimos que ele menciona em 2º lugar a Arbitragem Formal e Informal. 
Diante desse contexto ele faz a seguinte conceituação a respeito do tema: a arbi-
tragem formal ou ritual é aquela prevista e regulada pela lei, sendo que ela produz 
efeitos jurisdicionais. A arbitragem informal, ao contrário da formal, não observa as 
prescrições impostas pela lei, ou seja, é aquela cuja forma é livre. Nada impede as 
pessoas de usarem essa modalidade de arbitragem, porém, não terão aptidão para 
desencadear os efeitos legais atribuídos à arbitragem formal, quais sejam a garantia 
da coisa julgada e o valor de título executivo da sentença condenatória do árbitro.
A Arbitragem se torna formal no sentido de que é regulamentada por algumas 
regras, como regras de procedimento, por exemplo, ou seja, é formal porque é re-
gulamenta por lei. Por outro lado, pode ser informal, aquela arbitragem que não 
observa a prescrição imposta pela lei, ou seja, aquela arbitragem cuja sua forma de 
procedimento é livre. Todavia a arbitragem informal não produz os mesmos efeitos 
da arbitragem formal, como por exemplo, garantia da coisa julgada, e os mesmos 
efeitos da sentença judicial (ROCHA, 2008, p.24).
No Brasil, o juízo arbitral é bem mais antigo do que se imagina. Ele estava re-
gulamentado desde as Ordenações Manuelinas, Afonsinas e Filipinas, vigentes no 
período Colonial até 1822. Vê-se também, desde o Decreto nº 737, de 1850, o qual 
tornou obrigatória, em determinados casos, a arbitragem para a resolução de litígio 
entre comerciantes. O código de 1850, instituído pela Lei nº 556, de 1850, estabe-
leceu o juízo arbitral para a solução das questões advindas de contrato mercantil. 
Vemos, ainda, este discutido assunto, arbitragem, na Constituição de 1824, Lei 1.350, 
de 1866, regulamentada em 1867 - Processo Arbitral - Decreto 3.900, Constituição 
Federal de 1891 e outros (PARISE, 2008, p. 118).
Segundo Carreira Alvim, é interessante sabermos, antes de tudo, que a arbitra-
gem “é uma instituição pela qual as pessoas capazes de contratar confiam a árbitros, 
indicados ou não por eles, o julgamento de seus litígios relativos a direitos transigí-
veis” (ALVIM, 2002 apud SOUZAS; TORRES, 2008, p. 79).
Para tanto, o instituto em questão é fundado nos princípios contratuais e, por ter 
sua natureza jurídica estruturada na teoria contratualista, deve-se, essencialmente, 
observar a função social do contrato (GUILHERME, 2012).
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Pós-Universo 12
Por ser de natureza contratual, percebe-se que a arbitragem utiliza como susten-
táculos os princípios norteadores dos contratos, que são:
a. Princípio da autonomia da vontade: consiste no poder de estipular livre-
mente, como melhor convier, mediante acordo de vontades, a disciplina 
de seus interesses, suscitando efeitos tutelados pela ordem jurídica, envol-
vendo, além da liberdade de criação do contrato, a liberdade de contratar 
ou não, de escolher o outro contratante e de fixar o conteúdo do contra-
to, limitadas pelas normas de ordem pública, pelos bons costumes e pela 
revisão judicial dos contratos (DINIZ, 2013).
b. Princípio do consensualismo: o simples acordo de duas ou mais vontades 
basta para gerar contrato válido, visto que a maioria dos negócios jurídicos 
bilaterais são consensuais.
c. Princípio da obrigatoriedade da convenção: as estipulações feitas no con-
trato deverão ser fielmente cumpridas, sob pena de execução patrimonial.
d. Princípio da relatividade dos efeitos do contrato: a avença apenas vincula 
as partes que nela intervêm, não aproveitando nem prejudicando tercei-
ros, salvo raras exceções.
e. Princípio da boa-fé: na interpretação do contrato é preciso ater-se mais à 
intenção do que ao sentido literal da linguagem e as partes deverão agir 
com lealdade e confiança recíprocas, auxiliando-se mutuamente na forma-
ção e na execução do contrato.
f. Princípio da confidencialidade: as arbitragens não estão sujeitas ao princípio 
da publicidade, como os processos em geral que correm na justiça comum.
g. Princípio da competência-competência: havendo convenção de arbitragem, 
fica este instituto estabelecido como o competente para dirimir conflitos 
surgidos naquela relação jurídica, excluindo o Judiciário da apreciação da 
matéria (DINIZ, 2013)
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Pós-Universo 13
De acordo com o art. 1º da Lei de Arbitragem 9.307/96, as pessoas capazes de contra-
tar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais 
disponíveis. Sendo assim, é preciso que essas pessoas materializem essa intenção e 
isso ocorre mediante a convenção arbitral (VILAS-BÔAS, 2008, p. 83).
Segundo Câmara (2009, p. 9) ao optarem pela arbitragem, que para ele é um meio 
alternativo de solução de litígios, os titulares dos interesses em conflito já demons-
tram uma predisposição a se conformarem com a decisão do árbitro, já que este foi 
escolhido pelos contendores, sendo alguém de sua confiança.
Assim, é bastante provável, sendo por isso razoável admitir, que a decisão proferida 
pelo árbitro efetivamente componha o conflito, fazendo com que este desapareçado mundo dos fatos, e não apenas tornando tal conflito juridicamente irrelevante. 
Por esta razão é que, o autor desde o início, afirma que a arbitragem é instrumento 
essencial na busca da pacificação social.
A Lei 9.307/96 assim dispõe, em seu art. 2º:
 “
Art. 2o (...); § 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito 
que serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons 
costumes e à ordem pública.
§ 2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se realize 
com base nos princípios gerais do direito, nos usos e costumes e nas regras 
internacionais de comércio.
A função social do contrato é o princípio pelo qual o contrato estipula e assegura os 
direitos e deveres como instrumento do interesse dos contratantes e do interesse 
social, atendendo às restrições trazidas pelo dirigismo contratual. Este é a interven-
ção estatal na economia do negócio jurídico contratual, mediante a aplicação e a 
emissão de norma de ordem pública, o atendimento aos bons costumes relativos 
à moralidade social, a adoção de revisão judicial dos contratos, alterando-os, esta-
belecendo-lhes condições de execução, ou mesmo exonerando a parte lesada, de 
acordo com as circunstancias, fundando-se na boa-fé e na supremacia do interesse 
coletivo (GUILHERME, 2012).
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Pós-Universo 14
Como o princípio da função social é o norteador da arbitragem, tal instituto é 
formal, no sentido de ser disciplinado por algumas regras, como, por exemplo, as 
regras sobre sua instituição, que deve obedecer à forma escrita; as regras sobre seu 
objeto, que precisa ser constituído por direitos patrimoniais disponíveis. As regras 
sobre seu procedimento, o qual deve observar algumas garantias do devido proces-
so legal, entre outras (ROCHA, 1998).
Com isso, pode-se concluir que a arbitragem formal ou ritual é aquela prevista 
em lei e que atende ao interesse social. Apenas esta produz efeitos jurisdicionais. Já a 
arbitragem informal é aquela que não observa as prescrições impostas pelas normas.
Caso as partes recorram a arbitragem informal ou livre ou não ritual, para resolver 
suas diferenças, deve-se verificar que este tipo de arbitragem não tem aptidão para 
desencadear os efeitos legais atribuídos à arbitragem formal, isto é, não há a garan-
tia da coisa julgada e o valor de título executivo da sentença condenatória do árbitro.
Por conta do princípio da confidencialidade muitas empresas sentem-se 
mais confortáveis em se utilizar do instituto, não mais temendo que pro-
blemas que as envolvam em relação a seus acionistas ou sócios ou mesmo 
a contratos que celebrou possam influenciar negativamente sua imagem 
no mercado ou o valor de suas ações.
Nesse sentido, têm-se alguns regulamentos de arbitragem que tratam dire-
tamente deste, como é o caso do Regulamento de Arbitragem da Câmara 
de Arbitragem do Mercado, o Regulamento de Arbitragem da American 
Arbitration Association (AAA) e o Regulamento de Arbitragem da FIESP.
Fonte: Guilherme (2012).
saiba mais 
Laura
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Laura
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Pós-Universo 15
Arbitragem de Direito e 
Arbitragem de Equidade
Pós-Universo 16
Essas duas formas de arbitragem são classificadas quanto ao critério a que os árbitros 
podem recorrer para decidirem o conflito. Ou seja, para que o árbitro tome a decisão 
correta sobre o caso concreto, ele precisa consultar a legislação existente. Contudo, 
nem sempre há necessidade de que o árbitro aplique normas de direito positivo. 
Em alguns casos, ele decidirá de acordo com o seu próprio entendimento de justiça.
A arbitragem de direito é aquela em que o árbitro está obrigado a resolver a 
disputa, aplicando as normas de direito positivo. Já a arbitragem de equidade é aquela 
em que o árbitro pode decidir segundo seu entendimento de justiça, dadas às cir-
cunstâncias de cada caso (ROCHA, 1998).
A equidade é um dos meios supletivos das lacunas no direito. Ao solucionar o 
caso, se o árbitro não encontrar normas que lhe sejam aplicáveis ou que esteja assim 
compactuado no compromisso arbitral, não podendo subsumir o fato a nenhum 
preceito, porque há falta de conhecimento sobre o status jurídico de certo com-
portamento, devido a um defeito do sistema que pode consistir numa ausência de 
norma, na presença de disposição legal injusta ou em desuso, estamos diante de um 
problema das lacunas (DINIZ, 2001).
No caso da lacuna, o árbitro deverá constatar, na própria legislação, se há semelhan-
ça entre fatos diferentes, fazendo juízo de valor de que esta semelhança se sobrepõe 
às diferenças. Caso não encontre casos análogos, deverá recorrer ao costume e ao 
princípio geral de direito; não podendo contar com essas alternativas, sendo permi-
tido, ainda, socorrer-se da equidade (DINIZ, 2001).
O art. 4º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro dispõe que: “quando 
a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais de direito”. Nesse caso o juiz deve ser substituído por árbitro.
A equidade está consagrada como um elemento de adaptação da norma ao caso 
concreto. Ela se apresenta como uma capacidade que a norma tem de atenuar o seu 
rigor, adaptando-se ao caso concreto. Ela é elemento de integração, pois permite 
em restituir à norma, a que acaso falte, por imprecisão do texto ou por imprevisão 
de certa circunstância fática, a exata avaliação da situação a que esta corresponde, 
a flexibilidade necessária a sua aplicação, afastando por imposição do fim social da 
própria norma o risco de convertê-la num instrumento iníquo (GUILHERME, 2012).
Laura
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Pós-Universo 17
Quatro irmãos herdaram uma fortuna de ativos em Minas Gerais e no Rio 
de Janeiro – direitos minerários de uma região rica em minério de ouro e 
em minério de ferro em Mariana-MG – e passaram a brigar incansavelmente 
desde então. Essa disputa familiar, que dura 24 anos, e acabou atrapalhan-
do os negócios, pode chegar ao fim em uma audiência de conciliação.
O pai faleceu, em 1984, deixando para os quatro filhos, dois homens e duas 
mulheres, além das minas, imóveis na cidade de Mariana-MG e no Rio de 
Janeiro-RJ. Sob a holding estão duas companhias de mineração, possuin-
do dois principais direitos minerários da família. Em 2010, uma das maiores 
mineradoras do mundo pagou R$ 160 milhões pela compra dos direitos da 
primeira companhia, todavia a pedido das irmãs, que alegavam temer não 
receber a parte que lhes caberia como herdeiras, o dinheiro foi depositado 
em juízo até que a disputa judicial fosse encerrada.
No ano passado (2013), as duas irmãs obtiveram uma liminar que impedia 
a venda dos direitos minerários da outra companhia de mineração. O alvo 
era uma mineradora chinesa, que, de acordo com a prefeitura de Mariana, 
estaria interessada em comprar a mina. Conforme foi especulado na época, 
a transação envolveria investimentos na região de US$ 5 bilhões.
No centro da briga está a partilha dos bens. Embora sejam quatro herdeiros, 
as duas irmãs acharam por bem resolver na Justiça a divisão do patrimônio. A 
briga tornou-se pública em 1987, quando elas entraram com ação pedindo a 
dissolução da sociedade com os dois. Desde então existe a disputa em questão.
[...]
Segundo o jornal Valor, o escritório de advocacia que representa as empre-
sas na disputa com as duas irmãs disse não ter “autorização para informações 
processuais”. O desembargador está animado. “A partir do momento que 
as partes aceitaram comparecer, demonstram boa vontade na busca de 
alguma saída.” Caso não cheguem a um acordo, a disputa vai a julgamento.
Fonte: <http://adlerweb.blogspot.com.br/2011/08/herdeiros-brigam-ha-
-23-anos-pela-plamin.html>.
saiba mais 
Pós-Universo 18
A antiga Lei de Introdução ao Código Civil foi alterada pela Lei nº 12.376, de 30-
12-2010, chamada de Lei de Introdução àsNormas do Direito Brasileiro (LINDB).
Fonte: A autora
atenção
O árbitro utilizará a lógica do razoável, que também é chamada de lógica do razoá-
vel, lógica material, teoria da argumentação, lógica jurídica concreta, pensamento 
tópico-retórico, para decidir com a equidade.
Paulo Furtado dispõe que:
 “
Tentando demonstrar o quanto é tormentoso o assunto, De Angelis lembra 
que no Direito Romano são utilizadas nada mais nada menos que oito ex-
pressões distintas para aludir à equidade. Assim, no direito francês e no direito 
inglês onde se usam, como sinônimos, os vocábulos equidade e razão, além 
do direito espanhol, onde se empregam com idêntico sentido: ‘equidad, 
buena-fé, mesericordia, perfecta rázon, verdadeira rázon, justícia, principios 
generalesde las leyes que la natureza y razón enseenãm, conciencia, arbítrio 
de buon varón, leal saber y entender, buen parecer, etc.’. E o mesmo autor 
propõe que “a equidade é o conceito que cada pessoa tem de justiça, resulta-
do de sua experiência particular, que se manifesta pelo seu pronunciamento 
em um caso concreto; objetivamente, vários critérios se segue para determinar 
a equidade, algo que existe fora do sujeito. Em primeiro lugar, equidade seria 
sinônimo de justiça, mais precisamente, da ideia pura ou abstrata de justiça, 
que a lei contém, acidental ou normalmente, não de modo necessário. Sob 
este ponto de vista pode haver leis contrárias à equidade. Um segundo crité-
rio objetivo é o que conceitua a equidade como uma flexão da lei. A norma 
legal abarca a generalidade dos casos; a equidade tende a evitar sua injus-
tiça em um caso concreto ou, em outro sentido, a suavizar o rigor, a dureza 
de sua aplicação. Um terceiro critério objetivo propõe que não se dê ao cri-
tério de equidade um valor puro e terno, igual a si mesmo em todo tempo 
e lugar. Apresenta-se como algo influenciado pelas circunstâncias da época 
e do país, da raça, da sociedade e da geografia (1995, p. 77-78).
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Pós-Universo 19
O juiz decide por intuição e não por inferência ou silogismo dos que se estudam na 
lógica; decide por convicção, que se forma de modo direto, e não como consequência 
de um raciocínio. Todavia o direito não se restringe ao mundo psicológico. Também 
não é ideia pura, nem valor puro, pois se relaciona com a realidade. Até porque o 
juiz, assim como o arbitro, não está acima da lei, devendo acatar a ordem jurídico-
-positiva. Já a arbitragem de direito a qual utiliza uma lógica tradicional liga o direito 
tratado como sendo uma ordem da conduta humana (KELSEN, 1995).
Uma “ordem” é um sistema de regras que serão utilizadas para resolver o conflito. 
Para sintetizar, pode-se dizer que essas regras são normas positivas que irão ser uti-
lizadas para resolver o problema trazido pelas partes. Já a analogia, diferentemente 
da equidade, consiste em um método de interpretação jurídica utilizado quando se 
aplica uma disposição legal que regula casos idênticos, semelhantes, ao da contro-
vérsia. Ela tem fundamentação legal no próprio Código de Processo Civil, em seu art. 
126, que dispõe: “o juiz não se exime de sentenciar ou despachar, alegando lacuna 
ou obscuridade da lei. No julgamento da lei caber-lhe-á aplicar as normas legais; não 
as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito”.
A arbitragem de direito é compreendida como aquela em que o árbitro está 
obrigado a resolver a disputa, aplicando as normas de direito positivo e utilizando 
a lógica tradicional. Já a arbitragem de equidade é aquela em que o árbitro pode 
decidir segundo seu entendimento de justiça, intuição, emoção, sempre em conjun-
to com os costumes, princípios gerais do direito e atendendo aos fins sociais a que 
a lei se dirige e às exigências do bem comum, utiliza-se, ainda, a lógica do razoável, 
e para englobar todas as regras criadas inconscientemente pelo juiz ou pelo árbitro, 
neste caso e somente neste, que se utilizou a equidade.
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Pós-Universo 20
Arbitragem Interna 
e Internacional
Pós-Universo 21
No que diz respeito à validade, a arbitragem pode ser interna ou internacional. A Lei 
de Arbitragem, em seu art. 34, parágrafo único, prescreve o critério territorial para o 
fim de classificar as decisões arbitrais internas e internacionais.
 “
Art. 34. Da Lei de Arbitragem, Parágrafo único, nos ensina que: “considera-se sen-
tença arbitral estrangeira a que tenha sido proferida fora do território nacional”.
Em princípio, não há diferença entre arbitragem interna e arbitragem internacio-
nal, visto que ambas se ocupam da solução de litígios, mediante aplicação de regras 
previamente escolhidas pelas partes. O artigo mencionado anteriormente conside-
ra como sentença arbitral estrangeira toda aquela que foi proferida fora do território 
estrangeiro. Portanto, a arbitragem interna é aquela que a sentença arbitral foi pro-
ferida dentro do território nacional (ROCHA, 1998).
Guido Soares descreve que a arbitragem interna ou nacional é aquela aplicável 
nas relações entre particulares sem qualquer conexão com sistemas jurídicos estran-
geiros. Já a arbitragem internacional seria aquela a qual utilizaria a lei estrangeira. O 
autor ainda preleciona que tal arbitragem se realiza num foro não submetido a qual-
quer legislação estatal, uma lei procedimental e material totalmente despregada de 
qualquer referencial a um Estado. Portanto, verdadeiramente internacionais são as ar-
bitragens entre Estados reguladas pelo Direito Internacional Público (SOARES, 2001).
Carlos Alberto Carmona (1998) nos diz que:
 “
Será, assim, nacional a sentença arbitral se o laudo for proferido no território 
nacional, ainda que os árbitros devam tratar de questão ligada ao comércio 
internacional e mesmo que estejam em jogo ordenamentos jurídicos varia-
dos; será estrangeiro o laudo arbitral se proferido fora do território nacional, 
ainda que sejam as partes brasileiras, resolvendo controvérsia decorrente de 
contrato celebrado no Brasil e que aqui deva ser cumprido.
Nota-se que foram encontradas duas conceituações distintas para arbitragem interna 
e arbitragem internacional. O ramo que diz ser a arbitragem interna a que se utiliza a 
legislação nacional e a internacional a que utiliza a legislação internacional parece ser 
o mais aceito pelos internacionalistas. Já o que diz respeito ao local onde é proferida 
a decisão arbitral, é o mais aceito pelos civilistas e processualistas (GUILHERME, 2012).
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Pós-Universo 22
A determinação da nacionalidade de uma arbitragem faz-se necessária por alguns 
motivos, sendo eles: a fixação da lei que irá regular a arbitragem; a fixação do tribunal 
estatal que poderá vir a ter jurisdição sobre o processo arbitral; e, por fim, identifica 
o procedimento a ser seguido na execução do laudo arbitral.
De acordo com a ótica da lei brasileira nº 9.307/96, não há coloquialmente arbitra-
gem internacional, mas, sim, uma sentença arbitral estrangeira, conforme os artigos 34 
a 40 do respectivo dispositivo legal, vindo a tratar apenas da homologação das sen-
tenças arbitrais proferidas no estrangeiro, para fins de execução na justiça brasileira.
Por essa razão, para caracterizar a arbitragem como interna ou internacional, a le-
gislação brasileira utiliza somente o critério geográfico, ou seja, se o Tribunal Arbitral 
tiver sede no país, a sentença será nacional, caracterizando-se como arbitragem 
interna, ainda que estejam envolvidas nas mesmas partes sediadas no exterior.
Conforme Carlos Augusto da Silveira Lobo, “teremos de nos contentar em dizer 
que seria internacional a arbitragem comercial que produz uma sentença conectada 
a sistemas legais de dois ou mais países: o em que foi proferida e o(s) em que deverá 
ser executada” (2003, p.10).
Para Henri Batiffol (1994), o contrato é internacional: “quando, pelos atos con-
cernentes à sua conclusão ou sua execução, ou à situação das partes quanto à sua 
nacionalidade ou seu domicílio, ou à localização de seu objeto, ele tem liames com 
mais de um sistema jurídico”.
Carlos Alberto Carmona (1998) nos ensina que: “o caráter internacional da arbi-
tragem deriva do fato de pertencerem às partes litigantes a Estados diversos (seja 
como cidadãos, seja como residentes) ou do fato de a relação controvertida desen-
rolar-se no território de Estados diversos”.
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Pós-Universo 23
Execução. Sentença Arbitral. Homologação. STJ. A sentença arbitral que 
se quer executar deriva de procedimento arbitral instaurado mediante re-
querimento à Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio 
Internacional, com sede em Paris, França. Contudo, ela foi proferida em 
língua portuguesa, no Brasil (por escolha consensual das partes), por árbitro 
brasileiro e com aplicação do Direito brasileiro em seu mérito. Discute-se, 
ao cabo, a necessidade de prévia homologação pelo STJ desse título, tido 
pela recorrente como sentença arbitral estrangeira, para que se torne apto 
a aparelhar a execução. (...) Assim, na hipótese, o simples fato de o procedi-
mento arbitral ser requerido na corte internacional e se ter regido por seu 
regulamento não tem o condão de desnaturar a nacionalidade brasileira da 
sentença em questão, título idôneo a lastrear a execução, por si só dotado de 
eficácia, o qual não necessita de homologação judicial para ser executado.
Precedentes citados: SEC 894-UY, DJe 9/10/2008; SEC 611-US, DJ 11/12/2006, e 
SE 1.305-FR, DJ 7/2/2008. (REsp 1.231.554-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado 
em 24/5/2011). Informativo STJ n. 0474 - Período: 23 a 27 de maio de 2011
Fonte: Informativo STJ n. 0474 - Período: 23 a 27 de maio de 2011
saiba mais 
Pode-se concluir então que a diferenciação entre esses dois modelos de arbitragem 
se dará de acordo com o local em que a mesma foi realizada.
Pós-Universo 24
A Arbitragem no Direito 
Comercial e no Direito 
Desportivo
Pós-Universo 25
Nesta aula, iremos estudar a aplicação da arbitragem no direito comercial, bem como 
no direito esportivo. Nessas duas situações, verificaremos como a arbitragem pode 
funcionar para solucionar um conflito, possibilitando, assim, que ele seja resolvido 
de forma mais rápida e eficaz.
O Direito Comercial Internacional é o mais beneficiado pela arbitragem, por conta 
da enorme força vinculante dos usos e dos costumes deste ramo.
Tal ramo do direito, por ser muito dinâmico e prático, possui normas que visam 
proteger a empresa e seu lucro, portanto a arbitragem, por ser um meio muito mais 
rápido e dinâmico, propicia um maior bem-estar à empresa, principalmente no Brasil, 
visto que o Poder Judiciário é lento e congestionado.
A maior alteração ocorrida no Direito Comercial nos últimos anos foi a promulgação 
da Lei nº 10.303/2001, que reformou a Lei das Sociedades Anônimas. Ela acrescentou 
que o estatuto da sociedade pode estabelecer que as divergências entre os acionis-
tas e a companhia, ou entre os acionistas controladores e os acionistas minoritários, 
poderão ser solucionadas mediante arbitramento, nos termos em que se especifi-
car (CARVALHOSA, 2002).
A cláusula compromissória constante do estatuto social deve ser explícita quanto 
às partes e às relações societárias, entre elas e sobre os limites da competência arbi-
tral. A respeito da cláusula compromissória societária, Modesto Carvalhosa diz que 
a questão fundamental gira em torno da identificação das pessoas que se vinculam 
à cláusula compromissória estatutária, ou seja, quais são as partes que a instituem e 
as submetem aos seus efeitos (CARVALHOSA, 2002).
A cláusula compromissória não adquire caráter associativo, conforme o §2º do 
art. 4º da Lei nº 9.307/96. Contudo, essa cláusula vincula a sociedade e individual-
mente os acionistas que a instituíram nos atos de constituição da sociedade ou em 
alteração estatutária, seja para dirimir divergências e litígios entre eles, acionistas 
compromissados, e a sociedade, seja nas pendências que entre eles, acionistas com-
promissados, surgirem no futuro.
Modesto Carvalhosa, ainda, preleciona que a entidade arbitral deve ser indicada 
desde logo na cláusula compromissória estatutária, a fim de que, posteriormente, 
não tropece o compromisso com arguições em juízo (CARVALHOSA, 2002). Desse 
modo, o autor exemplifica, descrevendo como deve ser uma cláusula compromis-
sória estatutária:
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Pós-Universo 26
 “
As divergências que poderão surgir entre as partes, assim entendidas a socie-
dade e seus acionistas, ou entre acionistas controladores e minoritários em 
relação a interesses legais e estatutariamente reconhecidos, e as divergências 
de interpretação, aplicação e exercício dos direitos e obrigações decorrentes 
da atividade social ou da situação de acionistas, serão dirimidas pela Câmara 
de Arbitragem ‘X’, segundo as regras desta mesma entidade, e nos estritos 
termos da Lei nº 9.307/96 (CARVALHOSA, 2002).
Essa cláusula compromissória completa facilita imensamente a posterior institui-
ção do compromisso, na medida em que não será necessário apontar árbitros no 
momento da controvérsia da lide. Caso contrário, a discussão sobre os nomes e o 
número de árbitros no caso tornará difícil a celebração do sucessivo compromisso, 
frustrando os objetivos da adoção do juízo arbitral prevista no estatuto.
Sentença Arbitral condena a RedeTV a indenizar a empresa TopSports. Em 
decisão final, sem possibilidade de recurso, o Tribunal Arbitral do Centro 
de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá consi-
derou a RedeTV culpada e deu prazo de 15 dias para que esta indenize a 
empresa de marketing Top Sports em cerca de R$ 5 milhões por quebra do 
contrato de parceria que mantinham para transmissão de eventos espor-
tivos. (...) A sentença arbitral põe fim à disputa entre Rede TV e Top Sports, 
que começou no dia 16 de setembro de 2004. A utilização da arbitragem 
da Câmara de Comércio Brasil-Canadá foi estabelecida de comum acordo 
entre a Top Sports e a Rede TV como o foro para dirimir qualquer divergên-
cia relativa ao referido contrato.
Disponível em: <www.espacovital.com.br>. Acesso em: 05 maio 2005.
Fonte: <www.espacovital.com.br>. Acesso em: 05 maio 2005.
fatos e dados
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Pós-Universo 27
No direito desportivo, são inúmeras as vantagens de se recorrer à arbitragem e há 
vários exemplos de câmaras arbitrais especializadas em lides desportivas, merecen-
do menção especial a Corte Arbitral do Esporte em Lausanne, Suíça.
No Brasil, infelizmente, deve-se ressaltar que a Justiça Desportiva é dotada de com-
petência constitucional, levando o intérprete a entender que o constituinte buscou 
dar prevalência a essa instância desportiva, porquanto em desuso o instituto da ar-
bitragem (GUILHERME, 2012).
É importante frisar que são os objetos dos contratos desportivos, em que, muitas 
vezes, aparecem os direitos da personalidade (arts. 11 a 21 do Código Civil) podem, 
em princípio, ser resolvidas por arbitragem, como ocorre no exterior, no Brasil, há 
opção pela Justiça Desportiva.
Faz-se necessário ressaltar as diferenças entre a Justiça Desportiva e a arbitragem. 
Enquanto o objeto da arbitragem são os direitos patrimoniais disponíveis, a segunda 
centraliza-se nas infrações disciplinares e competições desportivas, praticadas por 
pessoas físicas ou jurídicas compreendidas pelo Sistema Nacional do Desporto, e 
a este, direta ou indiretamente, filiadas ou vinculadas, conforme os arts. 1º a 24 do 
Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
Enquanto a jurisdição da arbitragem advém da vontade das partes,expressa por 
meio de cláusula de arbitragem ou de compromisso arbitral, a Justiça Desportiva 
possui jurisdição constitucional estabelecida pelo §1º do art. 217 da Constituição 
Federal de 1988.
Se na arbitragem as partes podem escolher os procedimentos pelos quais serão 
julgadas suas lides, na Justiça Desportiva os procedimentos já estão previstos no 
Código Brasileiro de Justiça Desportiva e não podem ser afastados ou modificados 
pelas partes. A arbitragem pode dirimir controvérsias oriundas dos mais variados con-
tratos desportivos, como de direito de imagem e arena, trabalhistas, de transmissão, 
de transferências, nacionais e internacionais.
As especificidades formais e materiais dos contratos desportivos, o sigilo com o 
qual devem ser tratados para que as partes não sejam expostas a riscos desneces-
sários, a rapidez com que as dúvidas deles oriundas devem ser julgadas para evitar 
prejuízos indesejados e o caráter internacional, cada vez mais marcante, das relações 
desportivas, são motivos que, segundo Luiz Fernando Guilherme, “levam à conclusão 
natural de que a arbitragem é um meio bastante eficiente e eficaz para preservar ao 
máximo as partes envolvidas no litígio e seu objeto, além de garantir que se faça a 
justiça em tempo hábil” (2012, p. 54).
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atividades de estudo
1. Assinale a alternativa correta:
I) No Brasil, o instituto da arbitragem é sempre voluntário ou facultativo, ou seja, 
o ordenamento jurídico só admite que haja arbitragem quando for escolhida li-
vremente pelas partes.
II) Segundo José de Albuquerque Rocha, a arbitragem pode ser classificada da se-
guinte forma: 1º - Arbitragem voluntária e arbitragem obrigatória. 2º - Arbitragem 
formal e informal. 3º - Arbitragem de direito e de equidade. 4º - Arbitragem AD 
HOC e institucional. 5º - Arbitragem interna e internacional.
III) No caso da arbitragem obrigatória, ela viola vários preceitos fundamentais da 
Constituição Federal, principalmente no que diz respeito à garantia do acesso ao 
Poder Judiciário.
a) As alternativas I e II estão corretas.
b) As alternativas II e III estão incorretas
c) Todas as alternativas estão corretas.
2. Analise as afirmativas abaixo e a seguir assinale “V” para verdadeiro ou “F” falso:
 )( A arbitragem facultativa, como o próprio nome diz, é aquela em que as partes 
conflitantes optaram por esse método para solucionar o conflito existente.
 )( A arbitragem imposta não está expressamente proibida no Brasil e estabele-
ce que a lei poderá excluir a apreciação do Poder Judiciário no caso de lesão ou 
ameaça de direito.
3. Analise a assertiva incorreta:
a) Arbitragem formal e arbitragem informal são institutos fundados nos princípios 
contratuais
b) Por ser de natureza contratual, percebe-se que a arbitragem utiliza como susten-
táculos os princípios norteadores dos contratos.
c) Arbitragem formal ou ritual não está prevista em lei e por isso não atende ao in-
teresse social. Apenas produz efeitos jurisdicionais.
d) A arbitragem informal é aquela que não observa as prescrições impostas pelas 
normas.
e) A arbitragem informal permite que as partes tenham uma liberalidade na reali-
zação do método.
atividades de estudo
4. É correto afirmar que:
I) A arbitragem de direito é compreendida como aquela em que o árbitro não está 
obrigado a resolver a disputa aplicando as normas de direito positivo, mas, sim, 
utilizando a lógica tradicional.
II) Uma “ordem” é um sistema de regras, que serão utilizadas para resolver o conflito, 
podendo dizer que essas regras são normas positivas que irão ser utilizadas para 
resolver o problema trazido pelas partes.
III) O árbitro utilizará a lógica do razoável, que também é chamada de lógica do razoá-
vel, lógica material, teoria da argumentação, lógica jurídica concreta, pensamento 
tópico-retórico, para decidir com a equidade.
a) A alternativa I está correta.
b) As alternativas I e II estão corretas.
c) As alternativas II e III estão corretas.
d) Todas as alternativas estão corretas.
e) eAs alternativas I e III estão corretas.
5. Assinale a alternativa incorreta:
a) A Lei de arbitragem, em seu art. 34, parágrafo único, prescreve o critério territo-
rial para o fim de classificar as decisões arbitrais internas e internacionais.
b) A arbitragem interna é aquela que a sentença arbitral foi proferida dentro do ter-
ritório nacional.
c) A arbitragem internacional ou externa é aquela em que uma das partes envolvi-
das é de Direito Internacional.
d) A arbitragem internacional pode ter validade dentro do território nacional.
e) Na arbitragem internacional as partes envolvidas optam por esse método de 
solução de conflito.
atividades de estudo
6. Analise as afirmativas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta:
I) Podemos citar as diferenças entre a Justiça Desportiva e a arbitragem. Enquanto 
o objeto da arbitragem são os direitos patrimoniais disponíveis, a segunda cen-
traliza-se nas infrações disciplinares e competições desportivas, praticadas por 
pessoas físicas ou jurídicas compreendidas pelo Sistema Nacional do Desporto.
II) A arbitragem não pode dirimir sozinha controvérsias oriundas dos contratos des-
portivos, como, por exemplo, os de direito de imagem e arena, trabalhistas, de 
transmissão, de transferências, nacionais e internacionais.
III) Enquanto a jurisdição da arbitragem advém da vontade das partes, expressa por 
meio de cláusula de arbitragem ou de compromisso arbitral, a Justiça Desportiva 
possui jurisdição constitucional estabelecida pelo §1º do art. 217 da Constituição 
Federal de 1988.
Assinale a alternativa correta:
a) As alternativas corretas são I, II e III.
b) As alternativas corretas são I e III.
c) As alternativas corretas são II e III.
d) As alternativas corretas são I e II.
e) Somente a alternativa I está correta.
resumo
Neste estudo, vimos a classificação da arbitragem. Aqui falamos sobre cada uma delas, possibili-
tando um melhor entendimento sobre elas. Inicialmente, estudamos a arbitragem facultativa e 
a obrigatória. Por meio dessas, pudemos compreender que, a primeira é aquela em que fica op-
cional às partes escolherem o uso desse instituto jurídico, ou seja, elas não podem ser forçadas, 
visto que muitas vezes as próprias partes não tem interesse na solução rápida e pacifica de um 
conflito. Já a arbitragem obrigatória é aquela em que as partes obrigatoriamente devem utilizar 
essa forma de solução de conflito, proporcionando assim uma solução rápida, evitando maiores 
prorrogações dos conflitos.
Visto isso, passamos a analisar a arbitragem formal e informal. A primeira é aquela que segue, obri-
gatoriamente, as normas regidas pelo direito contratual, ou seja, ela deve obedecer uma série 
de requisitos e princípios próprios. Na segunda, não há essa necessidade, podendo somente ser 
realizada a arbitragem.
A próxima classificação é em arbitragem de direito e de equidade. A primeira é aquela que segue 
o ordenamento jurídico brasileiro, enquanto a segunda faz com que o juiz decida de acordo com 
o que ele entende como justiça por existir uma brecha na própria legislação.
Analisamos, em seguida, a arbitragem interna e internacional. A primeira é aquela que acontece 
dentro do território brasileiro, sendo realizada em um tribunal reconhecido, enquanto a segunda 
é aquela que acontece em outros países e acaba sendo reconhecida no território brasileiro.
Por fim, vimos a arbitragem no Direito Comercial e a no Direito Desportivo. Estas tratam de as-
suntos distintos. A primeira trata de problemas envolvendo o Direito Comercial e que podem ser 
resolvidos por meio da arbitragem. Na arbitragem desportiva, como o próprio nome diz, serão 
solucionados conflitos envolvendo os esportes.
Assim,pudemos conhecer melhor então como são classificadas as formas de arbitragem, diferen-
ciando cada uma delas, com o intuito de compreender melhor como elas podem ser praticadas 
pela sociedade, com o intuito de trazer uma solução mais rápida e eficaz aos envolvidos.
material complementar
Manual de Arbitragem
Autor: Luiz Fernando do Vale de Almeida Guilherme
Editora: Saraiva
Sinopse: Para saber mais sobre o instituto da Arbitragem, bem como 
as suas classificações, é recomendado que você faça a leitura do livro 
citado. Com uma linguagem direta, amplamente apoiada no que existe 
de mais significativo na doutrina jurídica nacional, bem como numa im-
portante e, apesar disso, mostra também a jurisprudência dos tribunais superiores do País. 
O autor comenta os principais pontos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996, que é co-
nhecida como a Lei de Arbitragem no Brasil. Foram incorporadas novas leis, projetos de lei 
e jurisprudências oriundas principalmente da Emenda Constitucional nº 45, modificando a 
homologação da sentença estrangeira no Brasil.
resumo
BATIFFOL, Henri. “Contrats et conventions”, in Répertoire Dalloz de droit international privé, n° 
9, citado por L.O. Baptista, Dos Contratos Internacionais. Uma visão téorica e prática, São 
Paulo, Saraiva, 1994, p. 17
CÂMARA, Alexandre Freitas. Arbitragem: Lei nº 9.307/96. 5. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.
CARMONA, Carlos Alberto. Arbitragem e processo: um comentário à lei 9.307/96. São Paulo: 
Malheiros, 1998.
CARVALHOSA, Modesto; EIZIRIK, Nelson. A nova Lei das S/A. São Paulo: Saraiva, 2002.
______, Modesto. Cláusula compromissória estatutária. In: Reforma da Lei das Sociedades 
Anônimas. Rio de Janeiro: Forense, 2002.
DALLA VALLE, Martim. Arbitragem e Equidade: uma abordagem internacional. São Paulo: Atlas, 
2012.
DINIZ, Maria Helena. Dicionário jurídico. São Paulo: Saraiva, 1999.
_____, Maria Helena. Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro interpretada. São Paulo: 
Saraiva, 2001.
_____, Maria Helena. Curso de direito civil. São Paulo: Saraiva, 2013.
FORMICA, Gualdo Amaury. O Juízo Arbitral na Justiça do Trabalho. Syntesis - Direito do Trabalho 
Material e Processual, São Paulo, n. 21, p. 45-56, sem. 1995.
FURTADO, Paulo. Juízo arbitral. 2. ed. São Paulo: Nova Alvorada, 1995.
GUILHERME, Luiz Fernando do Vale de Almeida. Manual de arbitragem. São Paulo: Saraiva, 2012.
KELSEN, Hans. Teoria geral do direito e do Estado. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
LOBO, Carlos Augusto da Silveira. Arbitragem interna e internacional. Questões de Doutrina 
e Prática. Obra coletiva coordenada por Ricardo Ramalho Almeida. São Paulo: Renovar, 2003.
MORAES, Alexandre de. Constituição do Brasil Interpretada. São Paulo: Atlas, 2002.
resumo
ROCHA, José de Albuquerque. A Lei da Arbitragem (Lei n. 9.307, de 23.09.1996): uma avaliação 
crítica. São Paulo: Malheiros, 1998.
_______, José de Albuquerque. Lei de Arbitragem: uma avaliação crítica. São Paulo. Editora 
Atlas. 2008.
SOARES, Guido. A arbitragem e sua conaturalidade com o comércio internacional. In: Aspectos 
atuais da arbitragem. Rio de Janeiro: Forense, 2001, p. 122-134.
SOUZAS, Gerson Martins de; TORRES, Hedel de Andrade. Noções e fontes da arbitragem. In: 
BOMFIM, Ana Paula Rocha do; MENEZES, Hellen Monique Ferreira de (Coord.) MESCs: manual de 
mediação, conciliação e arbitragem. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008. p. 75-82.
VILAS-BÔAS, Renata Malta. A convenção de arbitragem. In: BOMFIM, Ana Paula Rocha do; MENEZES, 
Hellen Monique Ferreira de (Coord.) MESCs: manual de mediação, conciliação e arbitragem. Rio 
de Janeiro: Lumen Juris, 2008. p. 83-113.
resolução de exercícios
1. c) Todas as alternativas estão corretas.
2. V, F.
3. c) Arbitragem formal ou ritual não está prevista em lei e por isso não atende ao in-
teresse social. Apenas produz efeitos jurisdicionais.
4. c) As alternativas II e III estão corretas.
5. c) A arbitragem internacional ou externa é aquela em que uma das partes envolvi-
das é de Direito Internacional.
6. b) As alternativas corretas são I e III.
	Arbitragem Facultativa e Arbitragem Obrigatória
	Arbitragem Formal e Arbitragem Informal
	Arbitragem de Direito e Arbitragem de Equidade
	Arbitragem Interna e Internacional
	A Arbitragem no Direito Comercial e no Direito Desportivo