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Regimes internacionais e a problemática da autonomia relativa das políticas econômicas Nacionais: alcance e limitações do papel do centro hegemônico mundial

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Departamento de Ciências Econômicas – DCECO 
Economia Brasileira II 
Prof. Glauco Manuel dos Santos 
Redação Individual 
Aluno: Gabriel Oliveira Medeiros 160700002 
Turma: CEN 06 
Regimes internacionais e a problemática da autonomia relativa das políticas 
econômicas Nacionais: alcance e limitações do papel do centro hegemônico 
mundial 
 
Quando se fala de um centro hegemônico mundial, o pensamento tende a se remeter aos 
Estados Unidos, pois, já é conhecido a tamanha influência política e econômica deste país, uma 
vez que sua língua e moeda são o padrão estabelecido nas relações sociais e de trocas mundiais. 
E, em como toda situação em que há a presença de um agente soberano, os norte americanos 
acabam por exercer influência nas políticas de outros países, seja pelo comércio, por acordos, por 
força bélica ou por concessões monetárias. 
 Contudo, ao se falar de poder é necessário reconhecer as limitações de qualquer 
influência, pois, ainda que uma potência mundial tenha inúmeras condições favoráveis a uma 
dominação internacional, não se pode afirmar que um país abre mão de suas políticas a fim de 
seguir uma única diretriz imposta pelos Estados Unidos. Não é necessário percorrer demais a 
história para se recordar do grupo terrorista “al qaeda” que é um grupo de extremistas do Oriente 
Médio que acabou se consolidando em riqueza e poder graças ao financiamento norte americano 
que não tinha este fim como pretensão. No entanto, quando ocorre conflito de interesses entre as 
nações, aqueles que são influenciados podem se rebelar contra os dominadores. Este fato impede 
o total controle e soberania da política estadunidense para com o mundo. 
 Os Estados Unidos sempre buscam impor sua influência pelo meio econômico, com sua 
moeda forte e sua política monetária estável, o que faz com que alguns países como o Panamá 
adotem por completo o sistema monetário americano abrindo mão do próprio poder de 
senhoriagem. Sob a ótica da estabilidade da moeda cabe-se analisar que o dólar americano 
permite a instalação de uma confiança no sistema monetário de um país como o Panamá. No 
entanto, é inegável que a renúncia da própria moeda acarreta perda de autonomia da política 
econômica do país, uma vez que este não tem controle sobre sua própria moeda e não tem como 
exercer autoridade de Banco Central. 
 Por outro lado, quando o país, sobretudo emergente, adota seu próprio sistema monetário 
ele passa a dominar sua própria política monetária e se torna capaz de exercer uma posição mais 
ativa na política econômica. Por outro lado, está sujeito à variação da moeda local para com o 
dólar e a liquidez nos mercados internacionais. Cabe-se destacar por exemplo, a Turquia que vem 
enfrentando uma crise econômica oriunda de sanções que provocam escassez de dólares 
indispensáveis a sua importação, pois, a moeda doméstica não tem plena liquidez fora do país. 
 Finalmente, pode se observar que a autonomia das políticas nacionais são um empecilho 
na hegemonia econômica mundial, contudo, esta não é capaz de desestabilizar a influência 
econômica americana principalmente em países emergentes, a exemplo da Turquia. Ademais, 
ainda que existam certos benefícios para as nações que se abrem completamente ao domínio 
hegemônico, elas acabam perdendo seu poder de política monetária e ficando reféns de um 
sistema internacional que pode até mesmo desestabilizar toda a economia do país as custas de 
uma estabilidade da moeda. Portanto, a autonomia relativa das políticas econômicas nacionais é 
importante para a manutenção da soberania nacional e pode ser influenciada indiretamente pela 
hegemonia internacional. 
 
Fonte: Elaboração Própria

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