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Cap. 3 –Estado sólido 3.2 Estruturas dos metais e ligas Polimorfismo, Raios metálicos, Ligas Instituto Federal do Espírito Santo Coordenadoria de Licenciatura em Química Química Inorgânica Vídeos: #12 - Origem do Aço e Bronze https://www.youtube.com/watch?v=eEAde3_abK8 02 Fundição - História da metalurgia https://www.youtube.com/watch?v=aLcTW2c-n-I FÁBRICA DE SINOS ARTESANAIS EM UBERABA-MG https://www.youtube.com/watch?v=RNpKZsunATM Estrutura dos metais e ligas - Estudos por difração de raio X revelam que a maioria dos metais possui empacotamento compacto (ech, ecc) – elevada densidade Polonium is unique among the elements because of its preference to crystallize in an exceptionally rare yet simple primitive cubic unit cell (Pm-3m, a = 3.3352 Å). Não compacto: cúbica de corpo centrado (ccc) e a cúbica primitiva. DESCRIÇÃO: Ferrite ou α-ferro é a forma estável de ferro elementar em condições ambientais e representa o sólido elementar simples com estrutura do tipo cúbica centrada no corpo (grupo espacial: Im-3m). Al empacotamento ccc: célula unitária fcc Nanopartículas de zinco metálico por meio de uma rota química sintética 25 de julho de 2013 Por Wendy Mak, editora de desenvolvimento . https://blogs.rsc.org/ce/2013/07/25/metallic-zinc-nanoparticles-via-a-chemical-synthetic- route/?doing_wp_cron=1597064936.4871718883514404296875 Ou Tab 6.2 H e Sharp Previsão da estrutura cristalina dos metais: Relação dos orbitais s e p com a estrutura: Regra 1: A energia de ligação em um metal (Energia de coesão) depende do número médio de elétrons desemparelhados disponíveis para formar as ligações em cada átomo. Regra 2: A estrutura cristalina adotada (ccc, ehc, cfc) depende do número de elétrons nos orbitais s e p existentes em cada átomo envolvido na ligação. a) Grupo 1: seguem a regra, estrutura ccc. b) Grupo 2 : seguem a regra, estrutura ech. Casos especiais: Ba e Ra, que são ccc. Provável explicação é que o elétron excitado vai para orbital nd e não pára o np ficando com somente 1 elétron s ou p por átomo participando das ligações metálicas. c) Grupo 13: Al tem a estrutura esperada: ecc - efc. d) Metais de transição: - Sc e Ti: seguem a regra, estrutura ech . - V e Fe: não seguem a regra, estrutura ccc. - Cu (4s1 3d10), Ag (5s1 4d10 ) e Au – não seguem a regra: o estado eletrônico excitado é d8 s1 p2 com cinco ligações por átomo (dois elétrons d, um elétron s e dois elétrons p) que se ligam gerando a estrutura cúbica compacta, ecc. Metais que não apresentam empacotamento compacto Ex: Mercúrio sólido Politipismo: são arranjos estruturais 3D diferentes com a mesma estequiometria, observados em estruturas de empacotamento compacto Ex: cobalto – politipismo ech-ecc Baixa temperatura - ech Acima de 500 oC – adota estrutura ecc Ao resfriar – gera um empilhamento aleatório: ABACBABAC... de camadas compactas. Polimorfismo: devido a baixa direcionalidade das ligações ocorre a capacidade de adotar diferentes formas cristalinas sobre diferentes condições de temperatura e pressão. Geralmente, as faces com empacotamento mais compacto são favorecidas em baixas temperaturas; as menos compactas são favorecidas a altas temperaturas. Os polimorfos dos metais podem ser rotulados como , , com o aumento da temperatura. Ex: ferro Fe-: ccc, até 906 oC Fe-: ecc, até 1401 oC Fe-: ocorre novamente até o PF a 1530 oC Fe-: ech, em altas pressões (Fig 6.7 H e Sharp). Raios atômicos dos metais Raio atômico de um elemento metálico polimórfico e ligas é dado pela metade da distância entre os átomos adjacentes no sólido. Mas geralmente esta distância aumenta com o NC – isso pode fazer acreditar que o mesmo átomo, em diferentes estruturas de NC, vai ter raios diferentes. Para converter os raios atômicos dos metais para os valores que eles teriam numa estrutura de empacotamento compacto de NC = 12, numa mesma condição, deve-se: Ex: r(Na) = 185 pm, empírico, para estrutura com NC = 8 a relação de raio relativo (rl), é dada por: rl(NC=12)/rl(NC=8) = 1/0,97 = 1,03 O raio no empacotamento compacto (rc) de NC = 12 será: rc(Na)= 185 x 1,03 = 191 pm. Os raios de Goldschmidt que ilustram a tendência na Tabela Periódica: aumento para baixo nos Grupos e diminui da esquerda para a direita nos Períodos. Também prevê a contração dos lantanídeos no 6º período e a contração similar que ocorre ao longo de cada Período do bloco d. Ligas Preparada da mistura de metais (dois ou mais metais eletropositivos de eletronegatividades semelhantes) que é fundida e, após resfriamento, obtém-se um sólido que apresenta propriedades metálicas. Podem ser soluções sólidas ou compostos de composição e estrutura definidas. Solução sólida substitucional: átomos de um metal soluto ocupa algumas posições do metal solvente (Fig 3.24a). -O raio atômico diferem no máx. de 15%; -Estruturas cristalinas dos dois metais puros são as mesmas; -Caráter eletropositivo são similares. Na(191pm) e K(235pm): diferença de 19%, logo não formam solução. Ni(125 pm) e Cu(128 pm): 2,3 % de diferença, formam soluções variando do Ni puro ao Cu puro. Zn(137 pm) e Cu(128pm): 7% de diferença, mas o o Zn é ech e o Cu é ecc (ver Tab. 3.2). Neste caso são parcialmente miscíveis: formam o Latão- de composição Cu1-xZnx com x entre 0 e 0,38. Solução sólida intersticial: os átomos do metal soluto ocupam os interstícios (as cavidades) entre os átomos do metal solvente (Fig 3.24b). Mas aqui os átomos que ocupam os interstícios podem formar uma outra rede. Formada entre metais e átomos pequenos (B, C, N), preservando a estrutura do metal e sem transferências de elétrons. O maior átomo de soluto que cabe no interstício de empacotamento compacto deve ter raio de 0,414r (como já visto). Latão: até 38% de Zn em Cu Bronze: 10% de Sn e 5% de Pb em Cu (exceção de metal soluto: Zn e Ni; mas o metal solvente sempre é o Cu) Aço inoxidável: mais de 12 % de Cr em Fe. •Surge do movimento dos elétrons que ganham energia e se deslocam para regiões mais frias. •Contrasta com o movimento dos elétrons de íons em solução. A presença de orbitais vazios na camada de valência são fatores importantes na explicação da condutividade de ligações metálicas. OBS: no estado sólido os compostos iônicos conduzem eletricidade em pequeno grau caso existam defeitos no retículo cristalino. Propriedade dos metais a) Condutividade: Todos os metais são condutores de calor eficientes Substância Tipo de Ligação. Condutividade / -1cm-1 Prata Metálica 6,3 x 105 Cobre Metálica 6,0 x 105 Sódio Metálica 2,4 x 105 Zinco Metálica 1,7 x 105 NaCl Iônica 1,0 x 10-7 Diamante Covalente 1,0 x 10-14 Quartzo Covalente 1,0 x 10-14 Condutividade elétrica de vários sólidos (Tab 5.1 J. D. Lee) A condutividades elétrica dos metais decresce com o aumento da temperatura. Condutividade eletrônica (σ): metais 0 – 105 S cm-1 semicondutores 10-10 – 0 S cm-1 isolantes 10-14 S cm-1 b) Brilho: - As superfícies lisas de metais geralmente apresentam aspecto brilhante e lustroso. - Os metais geralmente apresentam cor prateada (a maioria apresenta tom cinza ou preto), exceto o ouro e o cobre. - O brilho é observado por todos os ângulos. Os elétrons livres nos metais absorvem a energia da luz e a emitem quando retornam do estado excitado ao seu nível fundamental. Como a luz em todos os comprimentos de onda (cores) é absorvida e imediatamente remetida, praticamente toda luz incidente se reflete, conferindo o brilho. As cores do cobre e do ouro se devem à maior absorção de certas cores em relação às outras. E ne rg ia Fundamental Excitado h (luz) c) Entalpia de atomização X PF/oC PE/oC d) Maleabilidade e Força de Coesão Propriedades Mecânicas: •Maleabilidade •Ductibilidade Não há resistência à deformação de sua estrutura, mas existe intensa força de coesão. A força de coesão pode ser medida como calor de atomização (energia de coesão). Ho de cima para baixo num grupo: Li > Na > K > Rb > Cs Ou seja Ho α 1/d (internuclear) Meabilidade: consiste na propriedadede um metal em temperatura normal, sofrer certa variação em sua forma mediante ação mecânica, como martelado, estirado, ou laminado. Ductibilidade e maleabilidade: capacidade de sofrer grandes deformações permanentes, sob tração (ductibilidade) ou sob compressão (maleabilidade), antes da fratura. Observa-se que a força de coesão aumenta do G1 para o G2 e G13 → sugere que a força da ligação metálica depende do número de elétrons de valência. Nos metais de transição a energia de coesão aumenta à medida que aumenta o número de elétrons d desemparelhados. (Tab. 5.2 J. D. Lee). Ex: Sc(d1) < Ti(d2) < V(d3) .Continuando a série os elétrons envolvidos na ligação metálica são emparelhados, atingindo um mínimo de energia de coesão metálica no Zn (d10). .Os pontos de fusão e ponto de ebulição dos metais acompanham as tendências das energias de coesão. e) Teorias de Ligação nos Metais Não é tão entendida quanto a covalente. - Teoria dos elétrons livres Drunde 1900 Um retículo onde os elétrons movem-se livremente Lorentz 1923 Um retículo de esferas rígidas (íons +) imersa em um gás de elétrons de valência que movem-se livremente Semicondutores: Ge, Si Silício: figura ao lado com a representação um conjunto de átomos de silício com quatro elétrons na última camada. Vídeo: Estrutura da Matéria - Aula 14 - Supercondutividade https://www.youtube.com/watch?v=tbHECEypeco
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