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ORIGENS DO ESTADO (TEORIAS)
1a) TEORIA DA ORIGEM FAMILIAR DO ESTADO(MATRIARCAL OU PATRIARCAL-PATRICIAL)
2a) TEORIA DA ORIGEM CONTRATUAL/CONVENCIONAL/PACTUAL DO ESTADO – VÁRIOS SÃO OS MOTIVOS: CONTRATO SOCIAL
3a) TEORIA DA ORIGEM VIOLENTA DO ESTADO
4.ª) TEORIA DE ORIGEM DIVINO-TEOCRÁTICA
5.ª) TEORIA DA FORÇA/ABSOLUTISTA
6a) TEORIA PATRIMONIAL
7ª) TEORIA DA ORIGEM VIOLENTA 
JUSTIFICATIVA
São teorias que não são estanques, ou seja, os argumentos são repetidos e encontrados em duas teorias ou usadas por dois ou mais doutrinadores. Os argumentos são utilizados em duas explicações, ou seja, existem contratos. Como exemplo, tomemos o comunismo pregado por Karl Marx e Frédéric Engels, que teorizam sobre o aspecto econômico, mas pregam a tomada do poder por meio violento. A obra “O Capital” fala, portanto, não apenas da motivação econômica, mas também da tomada do poder por meio de Revolução, ou seja, da violência presente no nascimento do Estado.
Sahid Maluf, por exemplo, diz que no tocante à origem dos Estados, há cinco teorias pelo menos: origem familiar, patriarcal, matriarcal, origem patrimonial e da força. 
Na verdade, podem ser agrupadas: origem familiar, patrimonial e força[footnoteRef:1]. [1: Maluf, Sahid. Teoria geral do Estado, p.53.] 
Nestas teorias, a problemática da origem do Estado é formalizado sob o ponto de vista histórico-sociológico. Todavia, há necessidade do problema ser examinado sob o ponto de vista racional.
Para Pedro Calmon, as teorias que procuram justificar o Estado têm o mesmo valor especulativo daqueles que explicam o direito na sua gênese. Refletem o pensamento político dominante nas diversas fases da evolução da humanidade e procuram explicar a derivação do Estado: a) do sobrenatural (Estado divino); b) da lei ou da razão (Estado humano) e c) da história ou da evolução (Estado social).
TEORIA TEOCRÁTICA
Era totalmente baseada na Bíblia e tinha fundamento fisiológico. A diferença dos poderes absolutos – Leviatã é um tipo de contrato, aqui é Deus. Abordamos abaixo a questão da abordagem de Thomas Hobbes.
Na teoria teocrática, Deus escolhe o rei. Nessa, Davi não é sucessor – foi escolhido por Deus. Hoje, temos Estado teocráticos como o Irã e outros islâmicos.
Teoria da Origem Familiar (fundamento bíblico: “apoia-se na derivação da humanidade de um casal originário” – Sahid Maluf), mas vamos aos relacionamentos dos argumentos de justificação do aparecimento do Estado.
Que na sociedade em geral, o gênero humano deriva necessariamente da família, é fora de toda dúvida e por isso se diz com razão que a família é a célula da sociedade. Não se pode, porém, aplicar o mesmo raciocínio ao Estado. Não é de todo improvável que em alguma região da Terra o desenvolvimento de uma família tenha dado origem a um Estado determinado. Esse processo, no entanto, não foi geral.
Sociedade humana e sociedade política não são termos sinônimos. Exatamente quando o homem, pela maioridade, se emancipa da família, é que de modo consciente e efetivo passa a intervir na sociedade política. Esta tem fins mais amplos do que a família e nos Estados modernos a autoridade política não tem sequer analogia com a autoridade do chefe de família. O Estado, além disso, é sempre a reunião de inúmeras famílias. Os novos Estados que se têm constituído em períodos recentes, como os Estados americanos, não são fruto do desenvolvimento de uma só família, mas de muitas. 
TEORIA PATRICIAL OU PATRIARCAL
Afirma que a primeira organização social humana é, com efeito, a família, aparentados pelo sangue – chefe varão. O Estado tem origem na família que desenvolve e amplia a sociedade política, com base na união de famílias diferentes, em fases sucessivas de transformação. 
Gens(Abraão, Isaac, Jacó) – tribo(Judá, Dan, Benjamin) – nação(Reino Davi, Salomão) – Estado (1948 – criação pela ONU – Osvaldo Aranha Bandeira de Mello).
Jamais deixou de persistir como núcleo interno e básico, a família patricial.
Robert Filmer, Sunmer Maine, Nieblish e Mommsen são defensores dessa teoria – experiências reais – vida na “polis” - baseadas nas cidades e famílias.
A teoria patricial. – desenvolvida por Robert Filmer dizia que em todas as famílias existia um patriarca escolhido por Deus. O Estado é construído através de grupos familiares. 
Deus escolheu MOISÉS – REI (o rei tem poder que vem de Deus que é o pai de todos nós). Deus escolheu esse líder familiar para ser o detentor do Poder. Escolheu ainda Davi, que era o filho mais jovem. O ensinamento desta teoria, segundo a qual o Estado tem sua origem na família, que se desenvolve e amplia para possibilitar o aparecimento da sociedade política, é muito antigo, remontando mesmo, sem qualquer exagero, as tradições místicas e religiosas da humanidade, em suas mais distantes civilizações[footnoteRef:2]. De acordo com essa doutrina, chamada por alguns de familiar ou patriarcal, o Estado se origina da família e, por isso mesmo, é na autoridade social do chefe familiar que encontra a justificação e o poder público da entidade estatal, por via naturalmente daquele desenvolvimento e daquela amplitude já referidos. Grécia e Roma tiveram essa origem, segundo a tradição[footnoteRef:3]. Como se sabe, a família grega era o fundamento da fatria, ao passo que esta constituía a base da tribo. A cidade grega ou Estado-cidade, chamado de polis, era justamente um aglomerado de tribos. Todos os que possuíam o sangue de Atenas ou de Esparta eram reputados como atenienses ou espartanos. Embora seja comum a referência ao Estado Grego, na verdade, não se tem notícia da existência de um Estado único, englobando toda a civilização helênica. [2: Menezes, Aderson de. Teoria Geral do Estado, p. 93.] [3: Maluf, Said. Teoria Geral do Estado, p. 54.] 
Como ressalva Dallari[footnoteRef:4], pode-se fala genericamente do Estado Grego pela verificação de certas características fundamentais, comuns a todos os Estados que floresceram entre os povos helênicos. Já o “status familiae” era usado duplamente, nos dois sentidos empregados para o termo pelos juristas romanos. Em sentido amplo, abrangia o conjunto de pessoas que descendiam de um parente comum e sob cujo poder estavam caso ele estivesse vivo. Em sentido restrito, pra caracterizar o próprio “status familiae”: de um lado, existe o “pater famílias”, que não está subordinado a nenhum ascendente vivo masculino e, de outro, as “filii famílias”, que abrangem todas as demais pessoas que estavam sob a “potestas” do poder”[footnoteRef:5]. Vê-se então a importância do estado familiar da pessoa para determinar sua capacidade jurídica, uma vez que a pessoa livre do pátrio poder, que não possuía nenhum ascendente masculino era o pater famílias, e sob seu poder de pater estavam todas as demais pessoas da família; estas não tinham diretos nem podiam adquiri-los para si. No “status familiae”, portanto, as pessoas se dividiam em independentes (“sui júris”, o “pater” famílias) e dependentes (“alieni júris”, as demais pessoas). Com relação ao parentesco havia duas formas: a “agnatio” (agnação), parentesco que se transmite apenas pelos homens, e a “cognatio” (cognação), parentesco transmitido pelo sangue, não levando em conta as linhas maternas ou paternas. Dentre dessa teoria, alguns autores ressaltam sua origem matriarcal, entre os quais Durkheim, Morgan e Bachofen. Para eles, a primeira organização familiar teria sido baseada na autoridade da mãe[footnoteRef:6]. O Estado de Israel, segundo a Bíblia, originou-se na família de Jacó. Seus principais divulgadores foram Summer Maine, Westermark e Starke, mas o principal nome foi Robert Filmer, que defendeu o absolutismo de Carlos I diante do Parlamento. Os defensores da teoria patriarcal encontram na organização do Estado elementos básicos da família antiga, como o “pater família” romano. [4: Dallari, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do Estado, p. 63] [5: Venosa, Silvio De Salvo Ob. cit. .p.136.] [6: Maluf, Said. Teoria Geral do Estado, p. 55. “De uma primitiva convivência em estado de completa promiscuidade,teria surgido a família matrilinea, naturalmente, por razões de natureza fisiológica – mater semper certa”. Obs. AO menos até o Exame de DNA, a paternidade era presumida. ] 
 
TEORIA MATRICIAL
Por essa teoria, a família era organizada pela horda – comunidade rude e nômade (que vivia mudando), sem comando imposto (sem chefe) e que era promíscua sexualmente (todo mundo se relacionava entre si) e a única certeza: a mãe era conhecida, a paternidade era presumida. 
Essa teoria diz que a vida coletiva surgiu de horda, onde não existiam famílias ou grupos divididos que se respeitavam. Os vínculos estavam nas mães. A mãe sempre é certa (mater semper certa est).
TEORIAS CONTRATUALISTAS E ABSOLUTISTAS
Origem do Estado e teorias justificadoras do Estado (do Poder)
Poder Absoluto - depois do Império Romano, Estado Absoluto. O rei era absolvido – só ele prestava contas a Deus. Contratos entre o rei e o servo.
Thomas Hobbes (1588-1679) – defensor da Teoria do Absolutismo. Escreveu a obra “Leviatã”, onde descreve um peixe bíblico figurado num mostro e na qual a teoria fundamental exige uma renúncia de todos os direitos em favor do rei. 
Apesar de ser defensor do Absolutismo, defendeu a tese de que o Estado racional pressupunha aos cidadãos, a propriedade das coisas que estão em suas posses. 
Contratos e os seus tipos 
Leviatã – “O Homem é o lobo do próprio homem”. Hobbes dizia que 	o homem na Natureza vive, briga, luta, contenta e quer sempre mais e deve fazer um contrato delegando todo o poder ao rei. 
Neste contrato, o Estado absoluto determina o que deve ser feito, dada a necessidade de controle (contra a beligerância). O Leviatã é simbolizado por um peixe bíblico – sob a forma de monstro – O Estado são as armas, o manto real são as pessoas. O soberano só presta contas a Deus, Com medo da beligerância (bagunça, discórdia), o povo outorga (concessão) o poder ao rei. 
Thomas Hobbes - Geração do Estado
“Ante a tremenda e sangrenta anarquia do estado de natureza, os homens abdicaram em proveito de um homem ou de uma assembleia os seus direitos ilimitados, submetendo-se à onipotência da tirania que eles próprios criaram.” Para Hobbes, “o homem é mau...” e o poder absoluto é de origem divina. 
Quando Jean-Jacques Rousseau desenvolveu a teoria do contrato social em obra clássica, não estava sendo o primeiro a afirmar que o Estado surge de um acordo de vontades. Antes dele, Thomas Hobbes já desenvolvera teoria semelhante. Existe, porém, um foco e divergência entre estes autores: se ambos consideram o homem primitivo vivendo num estado selvagem, passando à vida em sociedade mediante um pacto comum a todos, exatamente como se cria uma sociedade civil ou comercial, vale frisar que Rousseau imaginava uma convivência individualista, mas cordial, vivendo os homens pacificamente, sem atrito com seus semelhantes, ao contrário de Hobbes, para quem, em célebre tirada, "o homem é lobo do próprio homem" (homo homini lupus). Considerava Hobbes que o homem era um ser antissocial por natureza, e seu "apetite social" seria o fruto da necessidade da vida comunitária, fiscalizada por um aparato social gigantesco destinado a impor a ordem, o Estado, enfim. A este aparato Hobbes denominava "Leviatã", o monstro bíblico do livro de Jó. Esta palavra, de origem bíblica, designava um monstro mitológico que habitava o rio Nilo e que devorava as populações ribeirinhas, tal como, segundo Hobbes, o Estado faz com seus súditos. Na primeira edição há uma ilustração de um homem artificial dotado de uma armadura composta de escamas, as quais são seus próprios súditos. Está intimamente ligada à imagem de alienação dos direitos e da própria vontade dos súditos (outorga de poder, através de contrato social) em favor do soberano.
Embora de ideias de governo forte absolutista, Hobbes renuncia, decididamente, à tese de que o poder soberano seja uma instituição divina ou legado cristão. Constrói o fundamento de sua concepção autocrática de poder, em perspectiva laica, estabelecendo como paradigma para o Estado soberano a lei suprema do seu ser e o dever ser, em busca do poder comum.
O autor desenvolveu sua obra no século XVII, período caracterizado pelo antagonismo entre a Coroa (casa da dinastia Stuart) e o Parlamento inglês, controlados, respectivamente, pelo absolutismo e pelos liberais.
Filosofo político e articulista obcecado pela ideias de dissolução da autoridade, preconiza a unidade de poder contra a anarquia em sua teoria, estruturada, sob o contexto humanista, sucessivamente, em “Elementos da lei natural e política” (1640), em “De Cive” (1642) e no “Leviatã “(1651). Depois da morte de Carlos I e da instauração da república, ele foge para França. 
Os homens vivem inicialmente em estado de natureza, na qual existe competição, o que leva os homens a atacar uns aos outros, em busca de um benefício ou ganho. Assim, os homens recorreram à violência para se tornarem senhores das pessoas, mulheres, filhos e rebanhos de outros homens. A desconfiança que os faz lutar pelos mecanismos de segurança para defendê-los.
Os homens, no estado de natureza, eram inimigos uns dos outros e viviam em guerra permanente – bellum ominium contra onmnes. E como toda guerra termina com a vitória dos mais fortes, o Estado surgiu como resultado dessa vitória, sendo uma organização do grupo dominante para manter o poder de domínio sobre os vencidos[footnoteRef:7]. [7: Maluf, Said. Teoria Geral do Estado, p. 56.] 
Note-se que Hobbes distinguiu duas categorias de Estados: real e racional. O Estado que se forma por imposição da força é o Estado real, enquanto o Estado racional provém da razão, segundo uma fórmula de pacto ou teoria contratualista.
Espírito das leis – Charles-Louis Montesquieu prega o Estado e a lei como garantia dos cidadãos[footnoteRef:8]. [8: Para Carlos Maximiliano, “é nisto, sobretudo, que consiste o grande valor da doutrina de Montesquieu, fora da qual só existe arbítrio, ditadura, absolutismo” (Hermenêutica e aplicação do direito, 5.ª ed. Rio: Freitas Bastos, 1951, n.º 80, p.105).] 
Política - Em De l'esprit des lois (1748; O espírito das leis), Montesquieu elabora conceitos sobre formas de governo e exercício da autoridade política que se tornaram pontos doutrinários básicos da ciência política. Considera que cada uma das três formas possíveis de governo é animada por um princípio: a democracia baseia-se na virtude, a monarquia na honra e o despotismo no medo.
     Elabora a teoria da separação dos poderes, em que a autoridade política é exercida pelos poderes executivo, legislativo e judiciário, cada um independente e fiscal dos outros dois. Seria essa a melhor garantia da liberdade dos cidadãos e, ao mesmo tempo, da eficiência das instituições políticas. Seu modelo é a monarquia constitucional britânica.
Outro doutrinador absolutista foi Jean Bodin, que escreveu uma obra seis livros intitulada “De la République” ou “Os Seis Livros da República”.
Ainda surge Giovanni Botero (várias obras – Raison d'État, Relations universallês e Des causes de la grandeur et de la magnificence des cités), membro da ordem dos jesuítas, Arcebispo de Milão: “O Príncipe deve conduzi-los à verdadeira religião, seduzindo-os com favores, e deverá empregar meios violentos quando o favor não der resultados[footnoteRef:9]. Luiz XIV, cognominado Rei Sol, que foi o paradigma dos monarcas absolutos, dizia-se a personificação do Estado: “Leta c'est moi”, que não se tem confirmação que ele teria dito mesmo essa frase. [9: Maluf, Said. Teoria Geral do Estado.p. 102.O autor diz que tais escritores, partidários do poder absoluto dos reis, são chamados “monarcolatros”.] 
Montesquieu, cujo nome era Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède et de Secondat. Nascido próximo a Bordeaux, na França, em 1689 e falecido em Paris em 1755, foi um filósofo político, que era magistrado e tinha dois títulos de barão. Foi o autor de "O Espírito das Leis". Formado em Direito, iniciou sua carreira na sua cidade natal. Mudou-se para Paris, onde levou uma vida de nobre frequentando as festasdos salões da aristocracia e nobreza parisienses. Em 1721 escreveu "Cartas Persas", no qual satiriza a vida mundana da sociedade parisiense. Em pouco tempo, (1728) seus escritos e a influência social levaram-no à Academia Francesa. Viajou para a Inglaterra onde permaneceu de 1729 a 1731, uma viagem que reputou muito instrutiva, e após a qual, retornando à França, dedicou-se seriamente ao estudo das ciências políticas. Em 1734 publicou Considérations sur les causes de la grandeus des Romains e de leur décadence ("Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e de sua decadência"), um trabalho considerado uma mostra de inteligência, mas também de certa falta de conhecimentos. Após 14 anos de trabalho, no período de 1734 até 1748, publicou L'Esprit des lois, ou seja, “O Espírito das Leis”. O livro é um clássico da filosofia política, analisando as inter-relações entre as estruturas sociais e políticas, a religião, a economia e outros elementos da vida social. É considerado um dos precursores da análise sociológica. No entanto, há críticas contra seu trabalho, o que o levou a escrever dois anos depois o Defense de l'Esprit des lois(A Defesa do Espírito das Leis), considerado sua obra prima. 
Tanto Hobbes quanto Montesquieu fizeram a apologia da lei[footnoteRef:10] por ser ela (ao ver de ambos) garantia dos cidadãos. Preconizar o respeito ao primado da lei, emanada de órgão regularmente incumbido de editá-la é princípio da Constituição Federal de 1988 (art. 5.º II), no que mantém a orientação constitucionalismo brasileiro. [10: Na lição do Mestre Arduino Agnelli, Hobbes considera a lei (statue law) superior às normas consuetudinárias (como law) acolhidas pelos tribunais (Novíssimo Digesto Italiano, verbete Hobbes, Thomas, vol. VIII, p.102)] 
O Estado surge de um acordo de vontades, segundo Jean-Jacques Rousseau. Antes dele, Thomas Hobbes, já dissera algo parecido, o homem primitivo vivendo num estado selvagem, passavam à vida em sociedade mediante pacto comum.
JEAN-JACQUES ROUSSEAU (1712-1778)
o homem é bom – influenciado pelas descobertas da América e os relatos do bom selvagem, que vivia na natureza
O Contrato Social – sua obra inspira ideias na Revolução Francesa
o homem tem direito à vida, à liberdade e prosperidade
na obra O Contrato Social, o homem dá sua liberdade natural e recebe a liberdade civil
Rousseau acreditava que o homem é bom – índios americanos agem de acordo com consenso – vontade geral. Como o homem quer viver em paz, faz um pacto baseado na vontade geral. O grupo resolve fazer um contrato social com o Estado.
na impossibilidade de resolver todos os problemas, vai entregar a liberdade social que ele tem para receber lá na frente, a liberdade civil (igualdade entre os contratantes – eu e o Estado).Na verdade, ele abre mão de parte dessa liberdade natural – vida, liberdade e propriedade.
têm fundamento religioso: a vida – nós não entregamos ao Estado, a liberdade – de expressão, de pensamento, também não e a propriedade, precisamos de um mínimo para subsistência, é o lugar onde a pessoa vive. 
A origem contratual do Estado tem ainda menos consistência que as anteriores. É uma pura fantasia, não constitui sequer uma lenda ou mito das sociedades antigas. O próprio Rousseau, “louco muito inteligente”, confessa que o Estado de natureza, condição necessária do contrato, é uma simples conjetura. A ciência demonstra que é uma conjetura falsa, e tanto mais perigosa quanto é certo que leva ao despotismo ou à anarquia. Se o Estado fosse uma associação voluntária dos homens, cada um teria sempre o direito de sair dela, e isso seria a porta aberta à dissolução social e à anarquia. Se a vontade geral, criada pelo contrato, fosse ilimitada, seria criar o despotismo do Estado, ou melhor, das maiorias, cuja opinião e decisão poderia arbitrariamente violentar os indivíduos, mesmo aqueles direitos que Rousseau considera invioláveis, pois, segundo o seu pitoresco raciocínio, o que discorda da maioria se engana e ilude, e só é livre quando obedece à vontade geral.
JOHN LOCKE (1632 – 1704) – Pai do Liberalismo e do empirismo, além de ser o responsável pelo “Bill of Rigths”, que mudou a história do constitucionalismo britânico.
Escreveu sobre a Sociedade Política que inspirou a Revolução Gloriosa – Depois de banido, retornou à Londres junto com William de Orange and Mary Stuart, depois do afastamento de Jaime II, em 1688, sendo um dos responsáveis pelo Bill of Rigths. “Baseado no consentimento de todos a aceitar o principio majoritário, dando nascimento à Sociedade Política.”
Tornou-se marco do modelo liberal ao preconizar o poder civil repouso no consentimento popular. A liberdade só pode existir graças à limitação do poder estatal, pela concordância do povo que fazem parte comunidade, quando os direitos naturais individuais pertinentes à vida e a propriedade forem, legalmente, salvaguardados e protegidos. Pactum societatis.
Fala em direito de revolução e torna o dispositivo uma quase constituição: deve governar mediante leis estabelecidas e promulgadas. As leis devem ter como finalidade o bem comum: não se deve instituir impostos sobre as propriedades do povo em que este expresse seu consentimento, individualmente ou através de seus representantes; não deve e nem pode transferir para outros o poder de legislar, muito menos depositá-los em outras mãos que não aquelas nas quais o povo o confiou. 
O homem não delegou ao Estado senão os poderes de regulamentação das relações externas na vida social, pois reservou para si uma parte de direitos que são indelegáveis. As liberdades fundamentais, o direito à vida, como todos os direitos inerentes à personalidade humana, são anteriores e superiores ao Estado.
Locke encara o governo como troca de serviços: os súditos obedecem e são protegidos. A autoridade dirige e promove justiça; o contrato é utilitário e sua moral é o bem comum. No tocante à propriedade privada, afirma Locke que ela tem sua base no direito natural: o Estado não cria a propriedade, mas a reconhece e protege. 
Pregou a liberdade religiosa, sem dependência do Estado, embora tivesse recusado tolerância para com os ateus e combatido os católicos porque estes não toleravam as outras religiões. Abordou ainda a separação dos poderes em três funções[footnoteRef:11]. [11: Maluf, Said. Teoria Geral do Estado, p. 69.] 
afirmava que os homens formam sociedades para assegurarem a propriedade e as liberdades civis. Defendia o direito à resistência à opressão quando os direitos naturais fossem violados. Acreditava que o poder precisa ter aceitação, as pessoas precisam gostar (muito de vanguarda liberal), porque se não gostarem, devem resistir à opressão através da revolução. Insurreição dos súditos.
Os homens abdicam de sua liberdade natural estabelecendo uma sociedade civil entre si, para viverem com mais segurança e paz, uns com os outros, evitando a insegurança do estado natural. Para Locke, a tranquilidade social estava assentada em um individualismo liberal com um Estado organizado de uma forma que os direitos pré-sociais dos individuais limitassem e dirigissem a ação estatal.
LOCKE - Sociedade Política – se você não estiver contente poder revolucionar – sentimentos naturais. Havia também uma igualdade entre todos, sem subordinação ou sujeição.
A obra de Locke é a justificação doutrinária da chamada Revolução Gloriosa de 1688, ao mesmo tempo, alicerce do sistema parlamentarista na Inglaterra[footnoteRef:12]. Foi publicada dois anos depois, embora tenha sido escrita antes. Aliás, os escritos do autor o levaram a um exílio na Holanda, tendo retornado ao solo britânico junto com a duarquia de William and Mary, para quem trabalhou. [12: Maluf, Said. Teoria Geral do Estado, p. 120.] 
Os partidos “whigs” e os “tories”, com o firme propósito de dar um basta à monarquia católica, já que os protestantes e anglicanos eram maioria e dessa forma teriam maior liberdade para as práticas comerciais, sem a condenação da “usura”, resolveram convidar Guilherme III de Orange a assumir o trono,junto com sua esposa protestante Mary Stuart (duarquia). Os dois assumiram com a condição de que aceitassem e assinassem o Bill of Rigths, documento que é praticamente uma constituição e dava supremacia do Parlamento em relação ao poder real.
– Estado Mínimo – Estado Liberal que não intervém. O modelo liberal que surge com as ideias de Locke é um estado mínimo, pouco influencia ou intervenção em setores considerados particulares (telefonia, estradas, saúde,), Estado não intervencionista. A bandeira do liberalismo empunhada pela burguesia com dinheiro se harmonizava com as ideias de direitos individuais e divisão de poderes associadas a uma economia de mercado livre, que pretendia afastar o Estado da economia, como deixa patente a expressão francesa “laissez-faire, laissez-passer, lê monde va de lui-mêmme” (deixa fazer, deixar passar, que o mundo anda por si mesmo).
O Estado, segundo Locke, resultado de um contrato entre o Rei e o Povo, contrato esse que rompe quando uma das partes lhe viola as cláusulas. Os direitos naturais do homem são anteriores e superiores ao Estado, por isso que o respeito a esses direitos é uma das cláusulas principais do contrato social. A monarquia absoluta, como forma de governo, desconhecendo limitações de qualquer natureza, é incompatível com os justos fundamentos da sociedade civil. Se os homens adotaram a forma de vida em sociedade e organizaram o Estado, fizeram-no em seu próprio benefício, e não é possível, dentro dessa ordem, que o poder ser afirme com mais intensidade do que o bem público exige.
O próprio termo liberalismo tem a seguinte origem: o segundo Bill of Rigths que o Parlamento impôs à Coroa em 1689, em um dos seus treze artigos que estabeleciam os princípios de liberdade individual, especialmente de ordem religiosa, autorizava o porte de armar pelos cidadãos ingleses que professavam a religião protestante, para que pudessem defender as suas franquias constitucionais. Foi precisamente esse sistema de liberdade defendida pelas armas que recebeu, na época, a denominação de liberalismo.
 As teorias contratualistas, como formas de legitimação do poder ou origem dele, contribuíram para estabelecer limite ao poder central, desenvolvendo os princípios da soberania popular da superioridade da lei em relação aos demais atos praticados pelas instituições públicas. 
TEORIA DE ORIGEM DIVINA OU DIREITO DIVINO SOBRENATURAL
Bossuet, Jacques Benigne[footnoteRef:13]. Um dos principais teóricos do absolutismo por direito divino, Jacques-Benigne Bossuet nasceu em uma família de magistrados em 1627, em Dijon, onde recebeu educação no colégio jesuíta. Por estar destinado à vida religiosa, recebeu tonsura (um corte especial de cabelo com um círculo raspado no alto posterior do crânio) aos 10 anos. Aos 15 foi para Paris onde estudou teologia no College de Navarre e presenciou os motins da Fronde, um levante de amotinados contra o absolutismo real. [13: Essa teoria sobre o direito divino sobrenatural tem no autor (1627-1704), clérigo e prelado francês, que durante nove anos foi preceptor do Delfim(herdeiro do trono) e para ele escreveu; “Traité de la conbaussabce de Dieu et de soi-mêne, Politique tirée de l”escriture sainte e Discour’s sur l’Histoeire universelle”. Nessas duas obras, principalmente na segunda, Boussuet mostra que Deus delega aos reis a sua autoridade e poder, razão por que “o rei da França é verdadeiramente o representante de Deus sobre a terra”; sua autoridade é pois absoluta; e ele não presta senão a Deus, que lhe ordena então governar para o bem de seus povos e não para seu orgulho”.
A doutrina foi importante na França mesmo entre expoentes da Igreja, sendo que os reis, ao serem investidos em cerimônia religiosa, recebiam uma sagração, à guisa de mais um sacramento, o oitavo, conforme consideravam certos teólogos, que tinham o soberano como ungido do Senhor. Bossuet personificou essa doutrina que visava manter a dinastia Capet, que teve seu auge no rei Luís (XIV) Em suas memórias, escreveu: “Está em Deus, e não no povo, a fonte de todo o poder, e somente a Deus é que os reis têm de dar contas do poder que lhes foi confiado”. Os ensaístas tomavam como exemplo a casa de Davi, que foi ungido e eleito pelo Senhor (O Profeta foi procurá-lo) , pois era um homem segundo o coração de Deus..
] 
O Estado foi fundado por Deus por meio de um ato concreto de manifestação da sua vontade. O Rei é ao mesmo tempo sumo-sacerdote, representante de Deus na ordem temporal e governador civil[footnoteRef:14]. São exemplos o mandarim chinês e as remotas civilizações do Egito e Pérsia. [14: Maluf, Sahid. Teoria Geral do Estado, p. 60.] 
Foi ordenado padre e recebeu doutorado em teologia em 1652. Se pai obteve-lhe a indicação para cônego na Mogúncia (Metz) onde ficou popular ao combater a Reforma de Lutero, sendo um importante orador nas controvérsias com os protestantes. Dividiu o tempo entre Metz e Paris até 1659 e a partir de 1660 raramente saiu do Palácio Real na capital. Pregou os sermões da quaresma em dois famosos conventos, o dos franciscanos mínimos e o dos carmelitas, e em 1662 foi chamado a pregar para Luís XIV. Ficaram famosas suas orações fúnebres, principalmente nos funerais Henrietta Maria of France, rainha da Inglaterra (1669) e de sua filha Henrietta Anne da Inglaterra, cunhada de Luis XIV (1670), da princesa Anne de Gonzague (1685), do chanceler Michel Le Tellier (1686), e o do Grande Condé (1687). 
Foi designado bispo de Condom (1669), no sudoeste da França, mas, escolhido para tutor do herdeiro do trono, o pequeno Delfim, no ano de 1670, renunciou ao bispado e ingressou na corte para serviços especiais, onde teve a oportunidade de estudar e fazer política Fez parte da Academia Francesa e foi também nomeado conselheiro do rei. 
Em 1681 foi designado bispo de Meaux, e deixou a corte; embora mantivesse amizade com o delfim e o rei. A Política, obra em dez volumes, dos quais os seis primeiros, inspirados em Aristóteles e Hobbes, são dedicados à instrução do herdeiro real, e, os demais, ao estudo da origem e do fundamento divino do poder. O rei tem uma autoridade que é invencível e só apresenta como contrapeso, o temor de Deus. 
A doutrina do poder divino dos reis, - defendida por Bossuet e muitos outros - não destaca certamente o caráter natural da sociedade política. Ela admite variantes diversas, desde uma conceituação de todo sobre naturalista. Davi era um pastor de ovelhas e não tinha cara de rei. Não nasceu rei, mas o profeta Samuel foi até a casa do pai dele, obedecendo às ordens de Deus. Encontrou um menino, jovem, fraco, ruivo e sem experiência, mas que mesmo assim foi eleito e ungido rei. Foi o maior Rei de Israel. O pior desta doutrina está em que não leva conta às bases efetivas da sociedade política, decorrente dos fins naturais da pessoa humana. A partir dali a sociedade naturalmente se estabelece. Dispensa-se, por conseguinte, a hipótese de um poder político diretamente, qualquer seja o modo de concedê-lo. Outro defeito da doutrina do poder divino concedido aos reis está no argumento em que supõe apoiar-se. Alega-se que o governante dispõe de poderes, - entre eles o poder de matar, - que o contrato social não pode conceder, porque os indivíduos contratantes não o têm para delegá-lo.
Efetivamente, os cidadãos, através do contrato social somente podem delegar o que eles individualmente podem praticar. Ora, eles podem matar apenas como efeito de uma ação de defesa. Portanto, só isto eles poderiam delegar neste particular. Se os defensores do direito divino dos reis acreditam que os reis podem matar, segue, - se for válido o que afirmam, - os reis deverão ter recebido este poder por outra via, que não o do contrato social. Onde a prova de que tenham recebido tal delegação diretamente de Deus? Ela não existe. Portanto, os reis e quaisquer governantes, apenas podem matar como resultado indireto do ato de defesa. 
Bossuet estava tão integrado ao absolutismo do reinado de Luís XIV que chegou ao extremo de definir como herético qualquer um que tivesseopinião própria. Foi o formulador da ideologia gaulesa ou galicana, que estabelecia certos direitos do rei contra o papa, uma questão que sempre fora polêmica. Temendo uma cisão dentro da igreja, entre os partidários do rei e os ultramontanistas (alusão a estar à sede da Igreja além dos Alpes), que consideravam os poderes do papa supremos e inatacáveis mesmo em solo francês. Promoveu uma assembleia geral do clero francês em 1681-1682 cujo documento final redigiu e na qual ficou definido que o papa era autoridade somente em matéria religiosa.
Envolveu-se também em outras questões religiosas igualmente contemporâneas como o jansenismo, a doutrina de que a salvação é uma graça concedida apenas a alguns, e o quietismo, uma forma de misticismo de contemplação passiva e abandono à presença divina, pregada pelo arcebispo de Cambrai, Francois Fenelon, condenado em Roma em 1699
Seu livro Politique tirée des propres paroles de l'Écriture sainte ("Política tirada das Santas Escrituras" - 1708). Valeu-lhe a reputação de teórico do absolutismo, pois defendia as ideias de poder ao monarca. Nessa obra ele desenvolve a doutrina do direito divino segundo a qual, qualquer governo formado legalmente expressa à vontade de Deus e é sagrado e qualquer rebelião contra ele é criminosa. Em contra partida, o soberano deve governar seus súditos como um pai, à imagem de Deus, sem se deixar afetar pelo poder. Escreveu também "Exposição da Fé Católica" (1671), "História das Variações das Igrejas Protestantes" (1688) e "Discurso sobre a História universal" (1681). Bossuet faleceu em Paris em 12 de abril de 1704.
Teoria de Origem Patrimonial
Platão – no livro “A República” (res=coisa) falava em união das profissões. O Estado precisava então, dividir as profissões: escravos, trabalhadores e artesãos.
O Estado funcionava com dois grupos na Grécia – exército e filósofos. O povo não contava, não podia votar, tampouco as mulheres, eram coisas.
O filósofo grego vivia no ócio, só estudava e não precisa trabalhar, morava em casas comunitárias, geralmente tinha várias mulheres para servi-lo, assim, como aos outros filósofos da casa. 
Os filhos eram considerados de todos... filhos das mulheres de Atenas... Também, era comum, o relacionamento com outros homens.
relação de ordem patrimonial – relação feudal da Idade Média – pessoas produziam alguma coisa para o senhor feudal. O estado é formado pelas relações patrimoniais – as profissões / pactos que vão fazer parte do estado.
a teoria em prática – Feudalismo – também foi defendida por Cícero (romano). No sistema feudal havia a delimitação das funções.
as outorgas – que determinam o feudo (concessão do senhor feudal) – direitos escritos e deveres dos trabalhadores. Todos produzem para o senhor feudal através de pactos de vassalagem, forais e cartas de franquias.
Força – Jean Bodin – Soberania/Patrimonial/Estado origem pela força
Teoria da Força (origem violenta do Estado – Gumplowicz): a organização política resulta do poder de dominação dos mais fortes sobre os mais fracos.
O Estado surge das relações violentas entre os homens (Guerra); os homens, em estado de natureza, vivem em inimizade.
A Divisão do Estado (T. Hobbes): Real (por imposição da força); Racional (provém da razão).
Na verdade, afirmar que o Estado se origina necessariamente – por exemplo – da violência imposta por um grupo humano sobre outro é um erro; seria tomar a parte pelo todo. Inegável que o Estado pode, muitas vezes, nascer da dominação imposta pela força, mas isto será sempre contingente, poderá ou não ocorrer. O que o cientista poderia afirmar com justeza, sem laborar em erro, seria que um dos modos de formação do Estado é a violência, a guerra. 
Kelsen se refere simplesmente à figura do Estado como dominação. Para este autor. 
Considera-se a dominação legítima apenas se ocorrer em concordância com uma ordem jurídica cuja validade é pressuposta pelos indivíduos atuantes; e essa ordem é a ordem jurídica da comunidade cujo órgão é o “governante do Estado”. A dominação que tem, sociologicamente, o caráter de “Estado” apresenta-se como criação e execução de uma ordem jurídica, ou seja, uma dominação interpretada como tal pelos governantes e governados. 
Marx e Engels – Estado é criação burguesa para explorar o proletariado. Pregavam a revolução – Ditadura do Proletariado. 
Marx – prega a força com arma, ou seja, a derrubada do modelo liberal por um movimento dos proletariados. Prega a Revolução - modelo comunista – e prega o surgimento de um Estado pela violência, pela ditadura do proletariado. Depois que todos se tornarem comunistas, acabará o 	modelo de Estado – essa era a intenção. Para Karl Marx e seu parceiro Friedrich Engels, o surgimento do poder político e do Estado nada mais é que o fruto da dominação econômica do homem pelo homem. O Estado vem a ser uma ordem coativa, instrumento de dominação de uma classe sobre outra (...). Marx afirma que todos os fenômenos históricos são um produto das relações econômicas entre os homens, e que o marxismo foi à primeira ideologia a afirmar o estudo das leis objetivas do desenvolvimento econômico da sociedade, em oposição aos ideais metafísicos. Segundo Engels, o Estado vem a ser a terrível máquina de coerção destinada à exploração econômica e, conseqüentemente, política de uma classe sobre outra.
TEORIA DA ORIGEM VIOLENTA
O primeiro a falar sobre o assunto foi Jean Bodin, que afirmava a origem do Estado é a violência dos mais fortes. O relato que se segue é feito com base na obra de Marcus Cláudio Acquaviva, com algumas considerações pessoais, todavia, a doutrina socialista prega a derrubada do poder burguês por meio de uma revolução.
Para Karl Marx e seu parceiro Friedrich Engels(autores de “O Capital” e “Manifesto Comunista”), o surgimento do poder político e do Estado nada mais é que o fruto da dominação econômica do homem pelo homem. A eterna exploração de classes, desde os escravos, passando por plebeus e chegando às corporações de ofício.
 O Estado vem a ser uma ordem coativa, instrumento de dominação de uma classe sobre outra, sendo que no caso do Estado-liberal, uma forma da burguesia manter o poder. Em seu célebre Manifesto do Partido Comunista, Marx e Engels afirmam que a História da Humanidade sempre foi a história da luta de classes: homens livres e escravos, patrícios e plebeus, nobres e servos, mestres e artesãos, numa palavra, exploradores e explorados, sempre mantiveram uma luta, às vezes oculta, às vezes patente. Marx afirma que todos os fenômenos históricos são produto das relações econômicas entre os homens, e que o marxismo foi a primeira ideologia a afirmar o estudo das leis objetivas do desenvolvimento econômico da sociedade, em oposição aos ideais metafísicos. Segundo Engels, o Estado vem a ser terrível máquina de coerção destinada à exploração econômica e, conseqüentemente, política de uma classe sobre outra.
Importante ressaltar que Engels era adepto da teoria matriarcal, mas junto pregam uma origem violenta com a “Revolução” feita pela Ditadura do Proletariado.
Para alguns pensadores a origem do poder político e do Estado reside nas qualidades militares superiores à média nos grupamentos primitivos. Para enfrentar os perigos da guerra seria indispensável reunir o grupamento sob o comando de alguém realmente virtuoso e qualificado para o comando das operações. A necessidade de defender as mulheres e o gado tomava os postos militares de importância máxima. O princípio de autoridade militar de base religiosa consolidar-se-ia como princípio de autoridade civil de caráter permanente.
O chefe da guerra converte-se em chefe político, autoridade administrativa, juiz e legislador. Afirmava o célebre Voltaire que "le premier qui fut roy fut un soldat heureux!
A denominada teoria da força ou da violência na gênese do poder político é desenvolvida por Gumplowicz. Diz ele que o poder político vem a ser, pura e simplesmente, o resultado da força bruta, da violência imposta por alguns à maioria débil da sociedade.
 O poder político jamais foi nem seráuma entidade de direito, e sim de fato. Os seguidores de Gumplowicz lançam mão de inúmeros exemplos históricos para a comprovação de suas ideias: os nativos da Tasmânia são sempre comandados pelos elementos mais fortes e aguerridos, que impõem o assentimento de todos, ocorrendo o mesmo com os australianos. Curioso constatar que as ideias se assemelham quanto aos processos que predicam e divergem quanto à finalidade. Georges Sorel, por exemplo, grande ideólogo francês cujo pensamento influenciou decisivamente Lênin e Mussolini, pregava a violência como forma de extinção do Estado e predomínio do proletariado, violência esta que revestiria a forma de uma greve geral. A força, dizia ele, seria a violência legalizada, seria a reação efetiva do
Estado contra a violência operária. Pois bem, Gumplowicz coloca a violência na origem do Estado; Sorel coloca a violência como único meio de extinguir o Estado, sendo sua violência a denominada greve geral proletária.
O pensamento de Miguel Elias Reclus não discrepa de Gumplowicz e de Marx e Engels, pois ele vê na imposição violenta e espoliativa de impostos a verdadeira origem do Estado:
"Um atrevido homem de ideias e de punhos descobre um rochedo que domina um desfiladeiro entre dois vales férteis; aí se instala e se fortifica. Assalta os transeuntes, assassinando alguns e roubando o maior número. Possui a força, tem, portanto, o Direito. Os viajantes, temendo a rapinagem, ficam em casa ou fazem uma volta. O bandido então reflete que morrerá de fome se não fizer um pacto. Proclama que os viandantes lhe reconheçam o direito sobre a estrada pública e lhe paguem pedágio, podendo, depois, passar em paz. 
O pacto é concluído, e o astuto enriquece. Eis que um segundo herói, achando bom o negócio, esgarrancha-se no rochedo fronteiriço. Ele também mata e saqueia, estabelece seus direitos. Diminui, assim, as rendas do colega, que franze o cenho e resmunga na sua fuma, mas considera que o recém-vindo tem fortes punhos. Resigna-se ao que não poderia impedir; entra em combinação. Os viageiros pagavam um, terão agora de pagar dois: todos precisam viver! Aparece um terceiro salteador, que se instala numa curva da estrada. Os dois veteranos compreendem que abrirão falência se forem pedir três soldos aos passantes que, só tendo dois para dar, ficarão em casa, em vez de arriscar suas pessoas e bens. 
Arremessam-se sobre o intruso, que, desancado e machucado, foge campo afora. Depois, reclamam dos viajores dois vinténs suplementares, em remuneração pelo trabalho de expulsar o espoliador e pelo cuidado em não deixar que ele volte. Os dois peraltas, mais ricos e poderosos que antes, intitulam-se agora 'Senhores dos Desfiladeiros', 'Protetores das Estradas Nacionais', " 'Defensores da Indústria' , 'Pai da Agricultura' , títulos que o povo ingênuo repete com prazer, pois lhe agrada ser onerado sob o pretexto de ser protegido. Assim -admirai o engenho humano! –o banditismo se regulariza, se desenvolve e se transforma em ordem pública. A instituição do roubo, que não é o que o vulgo pensa, fez nascer a polícia. A autoridade política, que ainda nos diziam ser emanação do Direito divino e benefício da Providência, constituiu-se a pouco e pouco pelos cuidados de salteadores patenteados, pelos esforços sistemáticos de malandrins, homens de experiência...".
Não há dúvida de que o aproveitamento econômico das conquistas militares por intermédio de impostos é fenômeno dos mais antigos. Se, como pretende Émile Durkheim, o processo de centralização do poder político se desenvolve paralelamente ao processo de concentração do poder religioso até então difuso no grupamento, a imposição de tributos surge, neste estágio, como uma instituição de caráter mágico, religioso. Ao clero são feitos donativos in natura, o qual, em contrapartida, deve proteger a comunidade contra os vizinhos inimigos e os maus espíritos. Inicialmente voluntária, a contribuição vai-se tomando, por força do costume, obrigatória, bem como a estipulação de seu montante. Por outro lado, as desavenças surgidas com grupamentos adversários, mais a cobiça por novos territórios, trazem consigo a guerra, mas a matança pura e simples dos vencidos vai-se mostrando antieconômica, sem efeito prático algum. Surge a escravidão e a obrigação do pagamento de um tributo para que os vencidos mereçam continuar vivendo. Temos, no caso, aquilo que, atualmente, seriam as reparações de guerra...
Ora, tais medidas pragmáticas podem ser observadas em vários exemplos históricos: uma cerimônia ritual dos antigos citas impunha, para cada cem prisioneiros de guerra, o sacrifício de um apenas; os demais permaneciam escravos. Entre os incas, ao contrário de outros povos, os vencidos na guerra eram tomados escravos, com satisfatório aproveitamento econômico para o império. Assim, os astecas, que ao partirem para a chamada "guerra florida", à cata de vítimas propiciatórias ao deus Huitzilopochtli, não deixavam de exigir do inimigo escravos, frutos da terra e animais úteis. Na maioria dos Estados antigos da Ásia Menor e do Mediterrâneo o tributo logo tomaria um caráter utilitário, com o arrebatamento de metais preciosos e de homens destinados à incorporação nos exércitos do vencedor.
Assim fizeram egípcios, assírios, gregos e romanos. A vitória, seguida da anexação dos territórios dos povos vencidos, era acompanhada da imposição de tributos, mas estes, com o passar do tempo, perderiam o seu odioso caráter original, tão logo os vencidos se integrassem aos vencedores. Exemplo característico disto é o de um edito do imperador Bassiano (chamado Caracala por trazer uma clâmide ao ombro com tal denominação), que estendeu a cidadania romana a todos os habitantes do império, com intenção velada de aumentar a receita do Estado, já que o direito de cidadania implicava o dever do pagamento de tributos peculiares ao cidadão romano.
Segundo Durkheim e seus seguidores, a organização dos homens primitivos em clãs é a primeira organização social conhecida.
Mais que a família ou a consanguinidade, o que une os seres humanos é a sua natureza mística, religiosa. Todos os membros de um clã se consideram descendentes de um mesmo totem, isto é, um ser identificado a um animal ou planta, que, além de ancestral comum do clã, atua como símbolo deste. Assim, os integrantes do clã consideram-se aparentados menos pelo sangue que pela solidariedade de uma origem religiosa comum. É de se ressaltar a índole comunitária do clã, tanto no setor político como no econômico. Toda individualidade se acha absorvida pelo interesse social e, embora não haja poder individualizado, os ritos, direitos, deveres e regulamentos, mesmo anônimos, devem ser e são respeitados. Em obra célebre, de grande significado para a Antropologia e para o deslinde dos obscuros tempos da proto-história, A. Moret e G. Davy assim se expressam: "...tais normas de conduta eram impostas menos por um chefe individualizado que... pela força impessoal e difusa do mana, princípio de coesão do clã imanente a todos os seus membros e objeto de temor religioso. Ao tratarmos de delinear a gênese do poder político nas sociedades primitivas, falamos de soberania antes de falarmos de chefes propriamente ditos. A soberania de que falamos é tão nacional ou democrática como é possível no sentido do difuso que se acha no grupamento, sem estar, verdadeiramente, concentrada em ponto algum".
Com o passar do tempo começam a se destacar alguns chefes religiosos que, em virtude de seu cargo, já estavam a exercer considerável influência sobre a sociedade, partilhada com uma assembleia de anciões ou varões. 
O processo de descentralização do poder político desenvolver-se-á paralelamente ao processo de concentração do poder religioso, até então difuso no grupamento. O totemismo passa a não ter mais por base forças indefinidas, impessoais, e sim espíritos, demônios, gênios e deuses. O totem, que se achava dividido entre todos, converte-se em monopólio de alguns, e estes reivindicam, para si, o caráter de proprietários hereditários do totem tutelar.Com a individualização e a institucionalização do poder político, a Humanidade dá mais um largo passo rumo ao surgimento do Estado, mesmo porque o poder soberano já se faz presente; e, havendo poder de decisão em última instância, haverá soberania, ainda que estejamos nos referindo as comunidades primitivas.
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