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CRIAÇÕES ALTERNATIVAS - COTURNICULTURA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS - UNIPAM MEDICINA VETERINÁRIA - 3° PERÍODO Essa cartilha foi produzida por alunos do 3º período do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM, referente ao projeto integrador 3, sobre orientação da professora Nádia Grandi Bombonato. Alunos: Amanda Silva Pacheco Andressa Rocha dos Santos Crislayne Caroline de Oliveira Mendes Hugo César de Oliveira Mendonça Júlia Silva Nunes Sarah Santiago Vieira COTURNICULTURA: 4 CRIAÇÃO DE CODORNAS POEDEIRAS: 5 COTURNICULTURA NO BRASIL: 6 CRIAÇÃO DE CODORNAS PARA CORTE: 7 ABATE DAS CODORNAS: 8 BEM-ESTAR NA COTURNICULTURA: 9 NUTRIÇÃO DAS CODORNAS: 10 DESEMPENHO PRODUTIVO DAS CODORNAS: 10 COMERCIALIZAÇÃO DA CARNE DE CODORNA: 12 REFERÊNCIAS: 11 SUMÁRIO Segundo Pastore et al . (2012), a coturnicultura deve ser definida como uma parte da avicultura na qual as codornas são criadas para abate ou produção de ovos. Essa atividade se desenvolveu rapidamente, se adequando em relação às novas técnicas de manejo e tecnologias no sistema de produção, passando de uma atividade na qual era considerada de subsistência para uma atividade fortemente tecnificada e que, de modo consequente, gera resultados benéfico aos investidores (Bertechini, 2010). As codornas são aves que vieram do Norte da África, Europa e Ásia. Essas aves são da ordem dos Galináceos, da família dos Fasianídeos, onde também estão inseridas a galinha e a perdiz. As codornas se diferenciam quanto ao restante da classif icação, pertencendo à subfamília dos Pernicídios e ao gênero Coturnix (Pinto et al . , 2002). As primeiras criações tiveram seu início na China e Coreia e, em seguida, no Japão por pessoas que apreciavam o canto das codornas. No início do século XIX os japoneses começaram a uti l izar o cruzamento de codornas si lvestres e codornas originárias da Europa, ocasionando a exploração da codorna domesticada e chamada de Coturnix coturnix japonica (Reis, 1980 apud Pastore et al . , 2012). Quem deseja fazer uma exploração comercial , em grande escala, deverá começar a criação com um pequeno lote, principalmente quanto ao manejo, à seleção dos reprodutores, à separação dos machos, à higiene dos abrigos, dentre outros fatores. Coturnicultura: A criação de codornas teve início no século XI, quando a Coturnix coturnix coturnix chegou ao Japão, à china e até a coreia. No início o interesse pela ave era por seu canto. Somente em 1910, no Oriente, após inúmeros cruzamentos e estudos realizados por japoneses e chineses com a codorna, é que se conseguiu um tipo domesticado, a Coturnix coturnix japônica. Trata-se de uma pequena ave, muito parecida com a codorna selvagem. Pertence à família dos fasianídeos (Phasianidae) e a subfamília Perdicinae, sendo a menor ave do seu grupo. A codorna poedeira chega a pôr acima de 23 ovos por mês, desde que seja alimentada e com ração balanceada. A codorna é muito resistente a doenças mais comuns em galináceos. CRIAÇÃO DE CODORNAS POEDEIRAS COMO INICIAR A CRIAÇÃO? Quem deseja fazer uma exploração comercial, em grande escala, deverá começar a criação com um pequeno lote, principalmente quanto ao manejo, à seleção dos reprodutores, à separação dos machos, à higiene dos abrigos, dentre outros fatores. INCUBAÇÃO DOS OVOS: A incubação dos ovos de codorna é feita pelos mesmos métodos utilizados para as galinhas. O período para eclosão é de 16 a 17 dias. Devem ser escolhidos para a incubação, os ovos de tamanho médio, com peso entre 9 e 11g. Os ovos destinados à incubação precisam ser guardados em local bem arejado, com temperatura entre 12º e 16ºC, com umidade de 50% a 60% acomodados em bandejas com areia. Para a incubação, só se devem utilizar ovos com 4 a 8 dias de postura, aumentando assim a porcentagem de eclosão. Em 1950, a codorna foi inserida no Brasil por imigrantes italianos e japoneses. Em 1963, houve um grande aumento na procura e no gasto de ovos de codornas. A criação comercial de codornas iniciou-se em 1989, o primeiro criatório que foi localizado no sul do Brasil. O Brasil é o quinto maior produtor mundial de carne de codornas e o segundo de ovos. De 2005 para 2006, o alojamento cresceu 12,5% em várias regiões do país, fato que condiz com o surgimento das grandes criações automatizadas e novas formas de comercialização do ovo e da carcaça de codornas. No Brasil, o setor da coturnicultura é considerável, porém está limitado pelos matrizeiros, adequado aos seus acréscimos anuais de produção de pintainhas. A maior quantidade de aves está situada na região Sudeste – que é responsável por 64%, visto que o município de Santa Maria de Jetibá-ES possui a maior quantidade de animais e é o líder na produção de ovos. COTURNICULTURA NO BRASIL : CRIAÇÃO DE CODORNAS PARA CORTE: A criação de codornas para corte é um negócio lucrativo e promissor para pequenos produtores. Os custos com o manejo das avezinhas são relativamente baixos e os lucros podem alcançar 100%. A carne de codornas tem alcançado boa demanda no mercado. As codornas não requerem muito espaço para serem criadas. Basta 2 a 5 hectares para um bom plantel. É possível criar 50 codornas em 1m2. Na criação para abate, as codornas consomem 400g de ração por dia. Outra vantagem da criação é o fácil e prático manejo. Apenas um tratador consegue cuidar de 20 mil codornas. LOCAL DE CRIAÇÃO: O local para criação desses animais deve ser ventilado e com boa luminosidade, massem corrente de vento forte e umidade. Os galpões devem apresentar cobertura com telhas de barro e piso de cimento – com leve declividade facilitando assim a limpeza. QUAL O GANHO FINAL DE PESO DA CODORNA PARA O ABATE? As codornas, de um modo geral, podem atingir 25 centímetros e possuem uma carnesaborosa. Quando abatida, chegam a 200 g de peso com a carcaça já limpa. ABATE DAS CODORNAS: Essa espécie de ave, apesar de seu reduzido tamanho, possui carne muito valiosa. É receitado para pessoas que possuem doenças cardíacas ou gastrointestinais. Devido à sua dieta, o produto tem propriedades propícias para o corpo humano. No entanto, o tamanho pequeno do animal é considerado extremamente desvantajoso para o abate e o corte, especialmente à mão. Os adultos ocasionalmente atingem um peso maior do que 200 g e, para conseguir a quantidade máxima de carne e penas, certas regras para o abate de codornas devem ser respeitadas. Além de observar as tecnologias do abate, você deve preparar um pássaro. Na maioria das vezes, os seguintes indivíduos vão ao matadouro: ·Machos que não são usados para acasalar, ·Fêmeas jovens com baixa produção de ovos, ·Idosos cujas características já abaixo do normal. BEM-ESTAR NA COTURNICULTURA: O bem-estar animal pode ser determinado como sendo o estado do indivíduo em relação às suas tentativas de se adaptar ao meio ambiente. Esse conceito está totalmente estabelecido com as cinco liberdades propostas pela Farm Animal Welfare Council´s (FAWC, 2009), que são usadas de adesão com o sistema de produção, concedendo aos animais liberdade contra fome e sede, medo e angústia, dor ou doenças, liberdade de manifestar seus comportamentos normais e assegurar que o animal esteja livre de desconforto. O bem-estar deve ser avaliado por meio de mensurações fisiológicas, como o aumento de frequência cardíaca, atividade adrenal, ou resposta imunológica. NUTRIÇÃO DAS CODORNAS: As rações de codornas compõem mais proteína que as rações de frangos e poedeiras, o custo de alimentação das codornas por unidade de produto carne ou ovos é, aparentemente, maior. A medida que o conhecimento em nutrição é evoluído, as dietas são feitas com um custo mínimo e máximo de retorno econômico. Apesar das codornas utilizarem a energia do milho e do farelo de soja de forma parecida aos frangos e as galinhas, as exigências nutricionais daquelas são muito diversas das últimas aves. Por razões óbvias,não se aconselha alimentar codornas com rações de frangos e galinhas, pois as codornas necessitam de mais proteínas (aminoácidos) e menos cálcio na ração. As codornas japonesas foram melhoradas para a máxima produção de ovos mais nutritivos, e de melhor qualidade e com menor teor de colesterol (MINVIELLE & OGUZ, 2002), ao mesmo tempo que as codornas pesadas têm sido escolhidas para alta taxa de ganho nas primeiras quatro semanas (AGGREY et al., 2003). DESEMPENHO PRODUTIVO DAS CODORNAS: Produção de ovos: A produção de ovos foi obtida dividindo-se o número total de ovos postos por gaiola na semana pelo número médio de aves multiplicado por sete e o resultado multiplicado por 100. Consumo de ração: O consumo de ração por ave foi concluído semanalmente através da diferença entre a quantidade oferecida diariamente e as sobras existentes no fim de cada período de 7 dias. O resultado foi dividido pelo número médio de aves de cada parcela, com correção de mortalidade e expresso em gramas por ave por dia. Peso médio dos ovos: Os ovos foram pesados semanalmente. O peso médio foi atingido dividindo-se o peso total dos ovos produzidos nas parcelas pelo respectivo número de ovos e o resultado expresso em gramas. ·Conversão alimentar por quilograma de ovos produzidos: A conversão alimentar por quilograma de ovos produzidos foi calculada dividindo-se o peso total da ração que é consumida pelas aves da parcela, expressa em quilogramas pelo peso total dos ovos postos no mesmo período também expresso em quilogramas. Mortalidade e Viabilidade: A mortalidade em percentagem foi calculada através de uma relação entre o número de aves no início da semana e o número de aves no final da semana. Com base na mortalidade calculou-se a viabilidade de cada tratamento. Conversão alimentar por dúzia de ovos produzidos: A conversão alimentar por dúzia de ovos produzidos foi mensurada semanalmente, dividindo-se o peso total da ração consumida, expresso em quilogramas, pelo respectivo número de dúzias de ovos produzidos na semana. Massa de ovos: A massa de ovos foi alcançada multiplicando-se o peso médio dos ovos de cada parcela pelo número de ovos que são produzidos no período e o resultado dividido pela multiplicação do número médio de aves da gaiola por sete. O valor atingido foi expresso em gramas de ovos por ave por dia. COMERCIALIZAÇÃO DA CARNE DE CODORNA QUAL A MELHOR CODORNA PARA CARNE? A raça de codorna indicada para corte é a codorna europeia (Coturnix coturnix coturnix). O ganho de peso chega a 200 g em 21 dias de vida - ou seja, são 25 vezes o peso de um dia de idade. QUAIS OS BENEFÍCIOS DA CARNE DE CODORNA? Pesquisas indicam que a carne de codorna é uma excelente fonte de vitamina B6, niacina, B1, B2, ácido pantotênico, bem como de ácidos graxos. A carne de codorna apresenta grandes concentrações de Ferro, Fósforo, Zinco e Cobre quando comparada à carne de frango. ONDE ENCONTRAR CARNE DE CODORNA? Frigoríficos, feirantes, supermercados e mercadinhos. COMERCIALIZAÇÃO: A opção por produção de codornas para corte aponta para uma taxa de lucratividade promissora, pois, pelas suas qualidades nutricionais e pelo sabor diferenciado, tem conquistado o mercado consumidor. A comercialização de carne de codorna enfrenta a dificuldade para abrir mercados que ainda não consomem. Para que essa alternativa seja viável, serão necessárias estratégias de marketing, ações de publicidade e planejamento estratégico para que a carcaça produzida possa ser comercializada. Lembrando que a comercialização da carne deve atender às exigências sanitárias do local. QUANTO CUSTA UM QUILO DE CARNE DE CODORNA? O quilo da carne da codorna sai por R$ 5,98, em média. REFERÊNCIAS: A.F. Silva1 , S. Sgavioli2*, C.H.F. Domingues1 , R.G. Garcia1. Coturnicultura como alternativa para aumento de renda do pequeno produtor. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/abmvz/v70n3/0102-0935-abmvz-70-03-00913.pdf. Acesso em 25 de maio de 2021 Criação de codornas para produção de ovos e carne. Disponível em: https://www.afe.com.br/avicultura/livro/criacao-de-codornas-para-producao-de-ovos-e- carne#:~:text=O%20principal%20produto%20comercializado%20%C3%A9,adotada%20em%20r estaurantes%20mais%20requintados. Acesso em 25 de maio de 2021. FABICHAK, Irineu. Codornas: criação, instalação e manejo. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?id=xRGFZ9vd0uIC&printsec=frontcover&hl=pt- BR#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 12 de abril de 2021. GLOBO, Revista. Criação de codornas de corte - negócio lucrativo e promissor. Disponível em: <https://www.portalagropecuario.com.br/avicultura/criacao-de-codornas-de-corte-negocio- lucrativo-e-promissor>. Acesso em: 12 de abril de 2021. MULTIMIX, Agroceres. Disponível em: <https://agroceresmultimix.com.br>. Acesso em: 12 de abril de 2021. https://www.scielo.br/pdf/abmvz/v70n3/0102-0935-abmvz-70-03-00913.pdf https://www.afe.com.br/avicultura/livro/criacao-de-codornas-para-producao-de-ovos-e-carne#:~:text=O%20principal%20produto%20comercializado%20%C3%A9,adotada%20em%20restaurantes%20mais%20requintados AGRADECIMENTOS : Ao Centro Universitário de Patos de Minas; A Prof. Nadia Grandi Bombonato, pela orientação na elaboração deste trabalho; E a todos que contribuíram direta ou indiretamente na elaboração deste trabalho. As criaturas que habitam esta terra em que vivemos, sejam elas seres humanos ou animais, estão aqui para contribuir, cada uma com sua maneira peculiar, para a beleza e a prosperidade do mundo. Dalai Lama
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