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(31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br1 https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A https://twitter.com/CursosCPT https://www.instagram.com/cursoscpt/ https://www.cpt.com.br/cursos-avicultura?utm_source=ebook-galinha-caipira&utm_medium=ebook-galinha-caipira&utm_campaign=ebook-galinha-caipira (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br2 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ............................................................................................................... 03 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 04 2. ORIGEM DAS GALINHAS E PRINCIPAIS RAÇAS ............................................................ 05 2.1 ORIGEM DAS GALINHAS .................................................................................... 05 2.2 PRINCIPAIS RAÇAS DE GALINHAS ..................................................................... 07 2.1.2 RAÇAS PURAS ........................................................................................... 09 2.2.2 HÍBRIDOS COMERCIAIS ........................................................................... 14 3. ALIMENTAÇÃO ............................................................................................................. 16 3.1 MANEJO NUTRICIONAL ..................................................................................... 16 3.2 APRESENTAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DOS ALIMENTOS ............................ 17 3.3 IMPORTÂNCIA DA ÁGUA NA ALIMENTAÇÃO .................................................... 18 3.4 TIPOS DE ALIMENTOS ........................................................................................ 18 3.5 ADITIVOS ........................................................................................................... 20 3.6 O PREÇO DAS RAÇÕES ....................................................................................... 20 3.7 NECESSIDADES NUTRICIONAIS ......................................................................... 21 3.8 FORMAS DE ARRAÇOAMENTO .......................................................................... 22 3.9 ALIMENTOS ALTERNATIVOS .............................................................................. 23 3.10 INCLUSÃO DE PLANTAS FORRAGEIRAS E FRUTOS NA ALIMENTAÇÃO ........... 23 4. LOCAL E INSTALAÇÃO .................................................................................................. 25 4.1 GALPÃO .............................................................................................................. 26 4.2 ARMAZENAGEM DE RAÇÃO .............................................................................. 27 4.3 PIQUETES DE PASTAGENS .................................................................................. 27 4.4 CERCAS DE PROTEÇÃO ...................................................................................... 27 4.5 NINHOS .............................................................................................................. 28 5. SANIDADE .................................................................................................................... 29 5.1 PRINCIPAIS DOENÇAS DAS GALINHA CAIPIRAS ............................................... 30 6. CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO ...................................................................................... 32 7. REPRODUÇÃO .............................................................................................................. 34 8. COMERCIALIZAÇÃO ..................................................................................................... 41 8.1 APROVEITAMENTO DE SUBPRODUTOS ............................................................ 41 https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br3 A exigência por textura, coloração e sabor naturais tem estimulado os pequenos e médios produtores, que não teriam como competir no sistema industrial, a se voltarem para esta atividade de produção de alimentos alternativos, como a galinha caipira. A galinha caipira, por ser uma ave rústica, é capaz de suportar adversidades climáticas e resistir a algumas doenças, tornando-se uma alternativa lucrativa principalmente para locais com menor infraestrutura, desde que sua criação seja bem planejada e administrada. Neste E-book Sistema de Criação Alternativo de Galinhas Caipira, mostraremos a você recomendações técnicas e todas as inovações existentes para viabilizar a criação de galinha caipira, tornando-a uma ave competitiva e inserindo-a no mercado de produtos agroecologicamente corretos. Esperamos que aprecie nosso E-book! Introdução APRESENTAÇÃO https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br4 Introdução INTRODUÇÃO O Sistema de Criação Alternativo de Galinhas Caipiras representa um novo modelo para a criação de frangos, que resgata a tradição de criação de galinhas caipiras e tem como objetivo principal o aumento do padrão econômico da agricultura familiar, melhorando a qualidade e aumentando a quantidade de produção. Este tipo de sistema minimiza os danos ao meio ambiente, adotando adequações necessárias a cada ecossistema em que é implantado, seja com relação às suas instalações e equipamentos, seja na forma de alimentar ou de medicar alternativamente as aves. 1 As aves atualmente criadas no sistema caipira são geneticamente melhoradas, o que permite maior potencial de crescimento sem perda de rusticidade. A ave caipira é um produto diferenciado, resultante do cruzamento de raças pesadas de corte com raças semipesadas de postura, o que a caracteriza como menos exigente e mais resistente a adversidades que o frango de corte industrial. Essas aves melhoradas, sendo criadas de forma intensiva, semi- intensiva ou extensiva, fazem com que os produtores tenham animais com bom desempenho e produtos para oferecer ao mercado com sabor característico dos produtos caipiras. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br5 Introdução ORIGEM DAS GALINHAS E PRINCIPAIS RAÇAS No Brasil, a produção de aves iniciou-se no século XVI, com a vinda das primeiras raças trazidas pelos colonizadores portugueses. Por muitos anos, essas aves foram criadas soltas e chamadas de "Galinha Caipira”, termo oriundo do Tupi Guarani. No entanto, em função da expansão da avicultura industrial, no século XXI, a produção dessas aves ficou restrita às criações de “fundo de quintal” e durante muitos anos serviu como fonte de renda que auxiliou de forma substancial na economia familiar. A carta de Pero Vaz de Caminha, anunciando o descobrimento do Brasil, registra a presença de galinhas nas caravelas. 2 2.1 ORIGEM DAS GALINHAS https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br6 Entre os vários animais trazidos da Europa, os nativos demonstraram maior interesse pela galinha. As aves trazidas pelos portugueses eram de raças puras, e acompanharam tanto os colonizadores que aqui se estabeleciam, como, também, foram rapidamente assimiladas pelos nativos. Em ambos os casos, com o mesmo sistema: as galinhas eram criadas soltas. A partir do período do descobrimento, aos poucosforam sendo introduzidas diversas raças de aves e, consequentemente, ocasionando uma grande mistura de raças. Daí surgiu o termo caipira, do "Kai'pira", termo de origem Tupi Guarani. Foi por meio deste acasalamento de todas as formas, inclusive consanguíneos, que as galinhas atuais apresentam semelhanças com as principais raças que as originaram. As semelhanças se refletem não somente em termos de plumagem e porte, mas também em características de carcaça. Raça Andalusian Raça Buff Plymouth Rock Raça Silver-Spangled Hamburgs Raça Australorp Raça Columbian Wyandottes Raça Assel Raça Patridge Plymouth Rock Raça Brown Leghor O conhecimento da origem genealógica e das raças de galinhas introduzidas no Brasil permitirá que o criador mantenha as característica desejáveis da sua criação, assim como introduzir de maneira ordenada genes capazes de responder positivamente ao manejo e ao planejamento da criação. ............ ............ ............ ............ ............ ............ ............ ............ https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br7 A galinha caipira tradicional, aquela citada acima e que não apresenta raça definida é uma má produtora de carne e não põe mais que 70 ovos por ano. Suas características, que não foram selecionadas, acabam sendo muito menos lucrativas do que as galinhas industriais. E, por essa razão ao se citar tais galinhas, recomenda-se a introdução de galos de raça pura para aumentar a produção do plantel. Buscando, também, atender a essa nova tendência do mercado de consumir produtos mais naturais, a criação de galinhas mais produtivas em sistema caipira vem despertando o interesse de muitos criadores. As criações no sistema caipira podem ser realizadas com aves de diversas origens, onde o criador poderá optar por criar aves de raças puras, cruzamentos entre raças puras, cruzamentos de galos de raça pura com galinhas caipiras propriamente ditas (sem raça definida) ou podendo perfeitamente utilizar as aves industriais que apresentam alta produção, somando-se, dessa forma, os melhores índices de produção de aves com as desejáveis características dos produtos caipiras. É importante ressaltar que em todos os casos deve- se evitar a criação de aves com plumagem exclusivamente branca, para não serem confundidas com a cor da ave industrial. As cascas dos ovos não devem ser de cor branca pelo mesmo motivo. Uma questão a ser analisada por ocasião da escolha do tipo de ave a ser criada é a forma de reposição das aves. Considerando-se as vendas, abates ou consumo da propriedade, sempre deverá haver aves suficientes para atender à necessidade da criação. 2.2 PRINCIPAIS RAÇAS DE GALINHAS https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br8 Ao se trabalhar com raças puras tem-se a opção de chocar os seus próprios ovos, sendo a reposição no plantel praticamente natural, atentando somente para a substituição do reprodutor quando necessário. O novo galo deverá ser de mesma raça, porém de outra criação para evitar a queda na produção do plantel. Se o criador optar por cruzamento entre raças puras, deverá manter obrigatoriamente dois grupos de aves de raças puras diferentes, que serão a base do cruzamento. As aves cruzadas (descendentes do primeiro cruzamento) não servirão para reprodução, pois darão origem a aves menos produtivas. Também existe a opção de se criar aves de linhagens industriais. Nesse caso a reposição será feita pela aquisição frequente de pintos de um dia, eliminando dessa forma a fase de reprodução no plantel. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br9 Raça americana de plumagem vermelha rica, brilhante uniforme, com as pontas das penas da gola e da cauda pretas. São excelentes produtoras de ovos (em torno de 180 a 240 ovos anualmente). Os ovos são grandes, pesam em torno de 56 a 65 g, de cor rosada ou parda, muito apreciada no mercado interno. Os frangos produzem carne apreciada mas sem a precocidade nem a conformação dos híbridos modernos. 2.2.1 RAÇAS PURAS RHODES INSLAND RED: https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br10 De origem americana selecionada de uma variedade da Rhode com porte semelhante. É uma raça que dá origem a muitos híbridos comerciais de corte atuais. Sua plumagem é de coloração vermelho-clara, distinguindo-se da vermelho-escura da Rhodes. É uma raça muito popular pela beleza, produção de carne, pelos ovos de casca marrom e pela rusticidade. Apresenta maturidade sexual precoce, inciando a postura por volta de 18 semanas de idade. Quando adultos, os machos pesam, em média, 4 kg e as fêmeas 3 kg. Também podem ser sexáveis com um dia de vida, da mesma forma que a Rhode, obtendo mais de 80% de acerto. NEW HAMPSHIRE: https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br11 A associação americana aceita as variedades Barrada, Prata Pincelado, Branca, Amarela, Perdiz, Columbia e Azul. No Brasil, a carijó é a mais comum e utilizada em criações semi- intensivas ou extensivas. Possuem plumagem branca (Plymouth Rock Branca) ou branco-acizentada (Plymouth Rock Barrada - carijó) (figura), com crista serra, os brincos e as barbelas vermelho-brilhantes. São bastante resistentes em condições de solo encharcado. Os machos podem apresentar manchas brancas menores e menos irregulares na cabeça. Os dedos dos machos são de coloração única e as fêmeas possuem a coloração dos dedos cessada abruptamente, deixando as pontas dos dedos amareladas. A variedade barrada apresenta porte médio, é utilizada tanto para a produção de carne quanto de ovos de casca marrom (dupla aptidão). PLYMOUTH ROCK: https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br12 Também de origem americana, desenvolvida nas granjas de New Jersey. É uma ave de grande porte, sendo especialmente apreciada pela produção de carne. É uma raça que nasceu para sustentar a demanda de frangos pesados capões nos mercados de Nova Iorque por volta dos anos 1800. Sua plumagem é preta com reflexos metálicos, apresentam canela e bico (tendendo para o amarelo) pretos, barbelas, face e brincos vermelhos. As galinhas podem chegar a produzir em média 170 ovos no primeiro ciclo de postura. Os ovos de casca marrom pesam em média 60 gramas. Os machos podem chegar a 5,902 kg enquanto que as fêmeas podem chegar a 4,540 kg quando adultas. GIGANTE NEGRA DE JERSEY: https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br13 Raça inglesa de porte grande, de dupla aptidão, apresentando pele branca, crista serra, bico e tarso branco-marfim. Apesar de ser boa produtora de carne e ovos, é pouco criada nas condições brasileiras, devido à coloração branca de pele. Na Europa, alguns países possuem uma preferência maior por frangos de pele de cor mais branca. No primeiro ciclo de postura, as galinhas chegam em média a 180 ovos. Os ovos possuem casca marrom e pesam em média 55 g. Abaixo, veja uma tabela informandoas principais características das raças americanas compatíveis com o manejo semiconfinado: LIGHT SUSSEX: Raças Aptidão Plumagem Cor dos Ovos Cor da Pele Produção de Ovos Consumo de Ração Rhode Island Red Carne e Ovos Vermelho Escuro Marrom Amarela 200 a 220 130 New Hampshire Carne e Ovos Vermelho Escuro Marrom Amarela 200 a 220 130 Plymouth Rock Barrada Carne e Ovos Vermelho Escuro Marrom Amarela 200 a 220 130 https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br14 2.2.2 HIBRIDOS COMERCIAIS Hoje o produtor brasileiro encontra a sua disposição várias marcas comerciais de pintos caipiras de um dia para a produção de carne e de ovos. Todas elas provenientes de linhagens selecionadas (melhoradas) e adaptadas à criação ao ar livre, sendo desenvolvidas para a criação no campo, portanto, com a carne apresentando textura consistente, de sabor diferenciado. Estas linhagens comerciais caipiras são todas híbridas duplas, não devem ser utilizadas para reprodução com o objetivo de renovação do plantel. O híbrido é um produto originário de cruzamento entre raças ou linhagens diferentes, mas que pertencem a mesma espécie. As aves híbridas não possuem boa habilidade para retransmitir suas características aos descendentes, ocorrendo perda do potencial genético de produção. Isto leva o produtor a se tornar dependente de pintos de um dia, para a renovação do plantel, sob pena de acarretar perdas de produtividade nas sucessivas gerações. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br15 OS HÍBRIDOS COMERCIAIS INDICADOS PARA CORTE SÃO: Frango caipira pescoço pelado Label Rouge Frango caipira pesadão misto Label Rouge Caipira Pesadão Paraíso Pedrês Caipira light Acoblack Cou Nu Caipira Índio Gigante Embrapa-041 JÁ AS AVES HÍBRIDAS DESTINADAS Á POSTURA SÃO: Embrapa-051 Galinha Caipira Rouge Master Griss Plumê Caipira Negra Caipira Brow Caipira Rubro Negra ............ ............ ............ ............ ............ ............ ............ ............ ............ ............ ............ ............ ............ https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br16 Introdução ALIMENTAÇÃO3 3.1 MANEJO NUTRICIONAL A alimentação representa cerca de 70% do custo da produção das aves, principalmente porque as matérias-primas são largamente usadas tanto para criação de aves altamente tecnificadas quanto para o consumo humano. Portanto, devem-se buscar fontes alternativas de alimentos, principalmente energéticos e proteicos, como também de formulações que atendam às necessidades qualitativas e econômicas de produção da galinha caipira. No caso das galinhas caipiras, não se tem interesse de acelerar o crescimento por meio de promotores como antibióticos e hormônios, e nem aumentar a digestibilidade e a eficiência digestiva por meio de enzimas e aminoácidos sintéticos. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br17 O desafio na criação de galinhas caipiras é tornar a produção mais eficiente com a diminuição dos custos com alimentação, sem perder as características dos seu produtos. A saída, então, seria se conhecer nais o potencial nutritivo que se tem em cada ecossistema, grãos, folhas, frutos e outros, processá- los sem perdas, torná-los disponíveis sempre que necessário e ofertá-los às aves de acordo com as necessidades e peculiaridades de cada fase de criação. Graças ao seu sistema gastrointestinal, a galinha caipira tem maior capacidade que a galinha industrial de converter alimentos de menor qualidade em carne e ovos. Essa vantagem se deve à capacidade de trituração da sua moela (estômago mecânico) e à presença da flora no ceco (parte do intestino grosso), porções importantes do sistema gastrointestinal. A grande maioria dos produtos que compõem a dieta das galinhas caipiras é de origem vegetal, portanto, a qualidade desses produtos depende do processamento, ambiente de origem (clima e solo) e da planta (espécie, tipo ou variedade e idade). O fornecimento de rações seca é recomendável, tendo em vista a facilidade de ocorrência de fermentação nos materiais úmidos, resultando em casos de doenças oportunistas. Para facilitar a digestão, os ingredientes após o devido processamento, desidratação e moagem são transformados em farelos e farinhas, podendo ser incluídos nas dietas, de acordo com o plano de alimentação estabelecido para o plantel. 3.2 APRESENTAÇÃO E ACONDICIONAMENTO DOS ALIMENTOS https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br18 O fornecimento de água para as aves deve ser feito em quantidade suficiente e com boa qualidade. Estima-se que as aves consomem de água o dobro da ração fornecida. A água de boa qualidade deve ser incolor, sem sabor, sem odor e livre de impurezas, devendo ser renovada diariamente. Os bebedouros devem estar sempre limpos e em locais e alturas que permitam o livre acesso das aves. 3.3 IMPORTÂNCIA DA ÁGUA NA ALIMENTAÇÃO Os alimentos essencialmente energéticos são aqueles que apresentam, em mais de 90% da matéria seca, elementos básicos fornecedores de energia. Podem ser utilizados em pequenas proporções (açúcar, gordura de aves, gordura bovina, melaço em pó, óleo de soja degomado ou bruto) ou em proporções maiores, como no caso da raiz de mandioca integral seca. Os alimentos energéticos (com mais de 3.000 kcal/kg do alimento) também podem ser fornecedores de proteína, por exemplo, a quirera de arroz, a cevada em grão, o soro de leite seco, o grão de milho moído, o sorgo de baixo tanino, o trigo integral, o trigo mourisco, o triguilho eu triticale, entre outros, mas só são considerados proteicos os alimentos com mais de 16% de proteína bruta. A fibra bruta é um elemento limitante na digestão dos alimentos. Portanto, devem ser fornecidos com cuidado, alimentos com mais de 6% de fibra bruta. Alguns ingredientes energéticos, tais como o farelo de arroz integral, o farelo de amendoim, a aveia integral moída, o farelo de castanha de caju, a cevada em grão com casca, a polpa de citrus, o farelo de coco, a torta de dendê, o grão de guandu cozido, a raspa de mandioca, apesar de possuírem energia metabolizável acima de 2.600 kcal/kg, têm teor de fibra bruta acima de 6%. 3.4 TIPOS DE ALIMENTOS https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br19 Alguns alimentos com menor energia (valor máximo de 2.400 kcal/kg) e menor proteína (abaixo de 17%) e com fibra bruta acima de 6% são o farelo de algaroba, o farelo de arroz desengordurado, o farelo de polpa de caju, a casca de soja e o farelo de trigo. Outro grupo de alimentos que tem alta fibra bruta (acima de 10 %), baixa energia (energia metabolizável menor que 2.400 kcal/kg) e uma razoável percentagem de proteína bruta (maior que 17 %), tais como o feno moído de alfafa, o farelo de algodão, o farelo de babaçu, o farelo de canola e o farelo de girassol devem ser incluídos criteriosamente na dieta das aves. O leite desnatado em pó, a levedura seca, o glúten de milho, as farinhas de origem animal (de penas, vísceras e sangue), a soja cozida seca, a soja extrusada, algunstipos de farelos de soja e a soja integral tostada são considerados alimentos mais completos por apresentarem elevado teor proteico (mais de 36% de proteína bruta) e energético (acima de 3.200 kcal/ kg de alimentos). Tais alimentos são usados como opções de ajuste nas dietas das aves. Outros alimentos, ao mesmo tempo em que são altos fornecedores de proteína, também possuem elevada densidade mineral, tais como, as farinhas de carne e ossos e a farinha de peixe. Vale a pena ressaltar que esses últimos alimentos são incluídos em pequenas proporções nas dietas e podem ter suas composições bastante variadas. A dieta balanceada tem que possuir ingredientes que supram as necessidades estruturais, produtivas e também influenciam na capacidade de absorção de nutrientes das aves. Tal função fica a cargo dos minerais como o cálcio, o fósforo e o sódio, que se encontram no calcário calcítico, fosfato bicálcico, fosfato monoamônio, farinha de ossos calcinada, farinha de ostras e sal comum. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br20 Pouco utilizados em dietas de galinhas caipiras, uma vez que não se recomenda a inclusão de promotores de crescimento (antibióticos e hormônios), enzimas e aminoácidos sintéticos, pois além de influenciarem na qualidade dos produtos, aumentam também o custo de produção. 3.5 ADITIVOS A estrutura necessária para o preparo das rações compreende desde o local apropriado, que deve ser limpo e isento de qualquer tipo de contaminação, aos equipamentos moinho, balança e misturador. O responsável pela execução da atividade deve dominar os cálculos matemáticos para composição das dietas e a operacionalização dos equipamentos. Conhecidas as proporções de cada ingrediente e estando os mesmos moídos e em estado próprio para o consumo, inicia-se a pesagem pelos ingredientes de menores quantidades, fazendo-se com eles uma mistura prévia, de modo a facilitar a sua distribuição uniforme na mistura total. Se a quantidade de ração a ser feita for pequena, podem-se misturar manualmente os ingredientes e utilizar o misturador somente para maiores quantidades. Recomenda-se que sejam verificados a uniformidade da mistura e se o tempo utilizado corresponde ao que se espera para a ocupação de mão de obra e gasto de energia. 3.6 O PREPARO DAS RAÇÕES https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br21 As necessidades nutricionais das aves mudam de acordo com a idade, sexo, raça, estado nutricional e sanitário, fase produtiva e finalidade econômica. O SACAC - Sistema Alternativo de Criação de Aves Caipiras, recomenda que as necessidades das aves sejam atendidas de acordo com as recomendações da tabela abaixo. Os ajustes necessários com o uso dos alimentos localmente disponíveis devem ser acompanhados, de modo a verificar o suprimento das necessidades das aves e assim evitar o aumento do custo com alimentação e o surgimento de doenças carenciais e metabólicas. 3.7 NECESSIDADES NUTRICIONAIS Fase Níveis Nutricionais PB (¹) EMA (²) CA (³) Pdisp () Na () CL () (%) (kcal/kg de ração) (%) (%) (%) (%) Reprodução 16,0 2.778 4,00 0,37 0,22 0,20 Cria 21,4 3.000 0,95 0,45 0,22 0,19 Recria 19,1 3.100 0,87 0,40 0,19 0,17 Engorda 18,0 3.200 0,80 0,36 0,19 0,18 ¹proteína bruta; ²energia metabolizável; ³cálcio; fósforo disponível; sódio; cloro. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br22 O consumo de alimento está relacionado à fase de criação, tanto em termos quantitativos como de diversidade de ingredientes. A alimentação correta diminui os riscos da ocorrência de doenças oportunistas, de taras e vícios. A fase de reprodução é a que merece mais atenção do criador, uma vez que o sucesso reprodutivo depende de uma boa alimentação. No caso de matrizes em postura, recomenda-se o fornecimento diário de ração em torno de 6% do peso vivo da ave, inclusive para o reprodutor. Essa quantidade manterá as aves bem alimentadas e sem risco de obesidade, mesmo que haja o consumo à vontade de folhas e frutos verdes. Na fase de cria, os pintos necessitam de uma boa alimentação, que será a base para atingirem o desenvolvimento final desejável. Recomendam-se incluir nessa primeira dieta ingredientes de alta digestibilidade e evitar o fornecimento de frutos e folhas verdes, pois os animais estão com o aparelho digestivo imaturo. O consumo observado nessa fase de criação é de aproximadamente 1.040 g de ração por pinto. Nas fases seguintes, estima-se um consumo médio de 2.540 g e 3.430 g por ave para recria e engorda, respectivamente. Vários alimentos podem ser utilizados, podendo ocorrer o fornecimento sem restrição de frutos e folhas verdes, contanto que a mistura seja farelada e devidamente balanceada para as necessidades nutricionais de cada fase. 3.8 FORMAS DE ARRAÇOAMENTO https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br23 Além dos grãos de milho moído e do farelo de soja, que são os mais utilizados em dietas de frangos, pintos e galinhas, outras opções de alimentos podem ser utilizadas, desde que tenham composição química adequada e sejam isentos de substâncias antinutricionais, que dificultem a digestibilidade e a absorção de nutrientes. Essas alternativas alimentares geralmente resultam do processamento de produtos comestíveis, por isso são chamados de subprodutos. Também podem ser restos culturais da agricultura ou pecuária, tendo, geralmente, ocorrência sazonal. Uma vez selecionados para compra, as misturas dietéticas devem ser limpas e processadas, isentos de qualquer toxicidade e perfeitamente apropriados para o consumo. 3.9 ALIMENTOS ALTERNATIVOS No sistema de criação de galinhas caipiras, predomina-se o sistema de criação soltas em piquetes, com as aves buscando considerável porção da sua alimentação nas partes mais tenras das plantas, nos frutos e nos restos de colheita e de culturas, insetos, minhocas e outros. De fato, dada a grande diversidade, frutos e partes das folhas de inúmeras plantas são selecionados e ingeridos pelas aves, contribuindo para a riqueza da sua dieta e para a economia de ração balanceada, reduzindo os custos da criação. O cultivo e o uso mais adequado de plantas possuidoras de maior potencial de produção e valor nutritivo, com certeza, contribuirão para a melhoria do sistema de criação. 3.10 INCLUSÃO DE PLANTAS FORRAGEIRAS E FRUTOS NA ALIMENTAÇÃO DE GALINHAS CAIPIRAS https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br24 A vantagem de tal sistema será a alimentação mais barata, saudável, produzida na propriedade e que resultará no aspecto e sabor peculiar “caipira” da carne e ovos. A forragem verde, pelo seu conteúdo de vitamina A, faz com que a gema do ovo tenha a cor amarelo-avermelhada, característica do ovo caipira. É necessário frisar que, para a alimentação das aves, as plantas precisam ter elevado valor nutritivo, baixo teor de fibra e alta digestibilidade. Mesmo quando alimentadas com plantas de elevada qualidade, as aves, devido às suas exigências nutricionais, necessitam de complementação da dieta com ração balanceada. O valor nutritivo varia entre diferentes plantas e depende da fertilidade do solo. Folhas tenras são mais ricas e nutritivas que folhas maduras, com maior teor de fibra.É comum o uso de restolhos de culturas, como as raízes e as folhas de mandioca, da batata-doce, de frutos como a abóbora, mamão, banana, caju, melancia e manga, além de uma infinidade de hortaliças. Essas alternativas alimentares podem ser oferecidas verdes ou processadas como farinha. Isso vai depender da quantidade, das condições de consumo e de armazenamento. No caso de leguminosas como o feijão-guandu, a leucena, a sabiá, o pau-ferro e a algaroba, dentre outras, os folíolos podem ser desidratados, moídos e misturados à dieta, pois são boas fontes proteicas. Outra forma das galinhas caipiras terem acesso a alimento verde é por meio do uso de áreas de pastagens, compostas de plantas herbáceas nativas ou cultivadas. Nessas áreas, além de ingerir as partes mais tenras das plantas, as aves também se alimentam de alguns insetos que são bastantes ricos em proteína. As gramíneas mais adequadas são as de folhas finas e raízes firmes, difíceis de serem arrancadas pelas aves. As partes mais tenras de outras gramíneas, como o capim-elefante, podem ser fornecidas picadas. No sistema alternativo de criação de galinha caipiras, quando a alimentação das galinhas for principalmente à base de mandioca, a pigmentação da carne e dos ovos pode ser melhorada com a utilização de plantas pigmentantes na ração, por exemplo as sementes de urucum. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br25 LOCAL E INSTALAÇÃO4 O local para instalação do galpão do galinheiro deve ser seco, livre de inundações, de preferência com proteção natural contra ventos fortes (como árvores, bambus), com facilidade de acesso a água e, no mínimo, deve estar a uma distância de 50 metros da residência. É fundamental ter cuidado com o fluxo de trânsito e de pessoas para evitar a contaminação e transmissão de doenças. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br26 INSTRUÇÕES PARA SUA CONSTRUÇÃO: ............ 4.1 GALPÃO Local seco e ligeiramente inclinado para facilitar a limpeza e desinfecção. ............ Seguir a orientação leste/oeste para a construção, visando um melhor aproveitamento do sol. ............ Os galpões devem ter aberturas laterais para a pastagem. ............ Piso de terra batido ou concretado. ............ Paredes laterais - 30 cm de altura (alvenaria ou tábuas), o restante colocar tela de 1,5” fio 18, trelissa, bambu ou madeira. A tela deve ir até o teto. ............ Cobertura, telha de amianto, telha de barro. ............ Dentro do galpão a capacidade é de 8 a 10 aves por m² para aves de corte. ............ Dentro do galpão a capacidade é de 5 a 7 aves por m² para aves de postura. ............ Na área de pastagem o indicado é uma ave para cada 4 m². ............ Pé-direito: o mais indicado é de 3 metros. Mas existe de 2,60 a 2,80. O pé-direito mais alto favorece a melhor ventilação do galpão. Com isso, galpões pequenos não necessitam de ventiladores. ............ Se possível, fazer um canal em volta da instalação para escoamento da água de chuva. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br27 4.2 ARMAZENAGEM DA RAÇÃO É importante que se tenha um local apropriado para a armazenagem da ração, para evitar o acesso de roedores, entre outros. Além disso, a proteção contra chuva e o sol possibilitam um melhor aproveitamento do alimento que não se deteriora facilmente. Os mais indicados são os silos de armazenagem ou os baús fechados que são abertos apenas no momento da alimentação das aves. Os abrigos também são uma opção, mas elas facilitam o acesso de roedores. 4.3 PIQUETES DE PASTAGENS O terreno para formação dos piquetes para as pastagens, se possível, deve ser ligeiramente inclinado, evitando-se a formação de poças d'água. A área deve ser cercada e coberta com tela de arame galvanizado fio 18 – malha 20 mm x 20 mm. A área do piquete de pastagem, corresponderá a 40% do tamanho do galpão utilizado para a criação de frango tipo caipira. 4.4 CERCAS DE PROTEÇÃO A cerca de proteção deverá ser construída em torno do galpão, distanciando-se no mínimo 20 metros do mesmo ou do núcleo de galpões, contendo uma altura mínima do solo de um metro. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br28 4.5 NINHOS Quanto aos ninhos, o material a ser utilizado vai também depender da disponibilidade e criatividade do criador. Tábuas e varas são as mais recomendadas, pois permitem uma limpeza sistemática e mais fácil, com a remoção temporária dos ninhos para o exterior das instalações. A renovação de forro dos ninhos, a intervalos máximos de 30 dias, também se faz necessária. Os ninhos são forrados, geralmente, com o mesmo material utilizado como substrato no piso. A sensação de conforto e segurança influi no volume de postura e na capacidade de incubação. Já os poleiros, geralmente, só são instalados na área de engorda, uma vez que um maior número de aves é alojado e ocorrem diferenças de porte, tendo em vista o período de 60 dias preconizado para essa fase de criação. É comum observar que o poleiro é mais utilizado pelas aves maiores, principalmente quando a temperatura está mais alta. Estão à disposição do criador de galinhas caipiras, nos mais diversos pontos do país, modelos de comedouros e bebedouros, manuais ou automáticos, que podem ser utilizados nas condições do SACAC. Porém, fica a cargo da criatividade do criador utilizar modelos artesanais de bebedouros e comedouros, desde que as condições de sanidade e funcionalidade sejam mantidas. No caso específico do SACAC, a opção por bebedouros confeccionados com garrafas pets e comedouros feitos com varas de cano de plástico em forma de calha foi bem sucedida, facilitando a higienização quando da renovação sistemática da água e da mistura dietética. São equipamentos imprescindíveis às atividades diárias do aviário a máquina forrageira ou moinho para triturar os alimentos: balanças para pesagem, tanto das aves como dos ingredientes dietéticos; e o ovoscópio, para avaliar a qualidade dos ovos, principalmente no processo de incubação. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br29 Os principais procedimentos sanitários na criação de galinhas caipiras, envolvem a limpeza das instalações, estar atento à prevenção de doenças seguindo o calendário de aplicação de vacinas, além de cuidados constantes com a qualidade da comida e da água fornecida aos animais e com a destinação de seus excrementos. Esses cuidados formam um conjunto de práticas sanitárias no manejo de galinhas caipiras que proporcionam saúde e bem-estar aos animais e seus criadores. A ausência desses procedimentos pode prejudicar a qualidade da carne produzida, pois facilita a disseminação de doenças entre as aves. Para garantir condições sanitárias adequadas às galinhas caipiras, inicialmente, deve-se manter o ambiente de criação o mais limpo possível, providenciando higienizações sistemáticas das instalações e dos equipamentos, como bebedouros, comedouros e ninhos. Deve-se, também, buscar cumprir um calendário para cobertura vacinal, controlando as principais doenças viróticas, como a doença de Newcastle, Gumboro, Bronquite Infecciosa e a Bouba Aviária. O criador deve ainda estar atento para surtos epidêmicos e pandêmicoscomo o da Influenza Aviária, conhecida como a gripe do frango. Outro calendário que deve ser estabelecido é o de controle a ecto e endoparasitas para que seja diminuída a carga de carrapatos, piolhos e vermes nas aves. Outro cuidado é quanto à qualidade da comida e da água servida às aves, que não podem estar sujas ou contaminadas. Para isso, a limpeza dos comedouros e dos bebedouros precisa ser feita diariamente. A destinação de resíduos, excrementos e carcaças de animais mortos também merece atenção. SANIDADE5 https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br30 5.1 PRINCIPAIS DOENÇAS DAS GALINHA CAIPIRAS São muitas doenças que podem atacar um plantel de galinha caipira, e o que é pior, muitas delas apresentam sintomas absolutamente parecidos, o que torna o combate muito difícil. É de extrema importância ter sempre a presença de um médico veterinário que possa examinar as aves e fazer as indicações medicamentosas que forem necessárias. Só assim podemos combater as doenças das galinhas de forma eficaz. Veja as principais doenças que podem atacar seu aviários: Bouba aviária: É uma doença muito contagiosa, presente em muitos criatórios pelo Brasil e costuma vitimar muitas aves. Ela é conhecida popularmente como “caroço” ou “pipoca”, e normalmente ataca as aves de todas as idades. Na época do verão, elas se tornam mais presentes, em função da grande quantidade de mosquitos que transmitem o vírus da doença. Os sintomas mais frequentes são nódulos que aparecem nas barbelas, em torno dos olhos, bico e, também, por todo a crista. Em casos mais graves esses nódulos também aparecem na garganta das aves e esse problema causa na ave uma dificuldade de se alimentar e respirar, o que torna a doença ainda mais letal. Doença de Marek: É uma doença causada por um vírus que, normalmente, ataca as aves mais jovens do plantel. Ela afeta o sistema nervoso, pele e, também, o globo ocular dos pintinhos. As aves afetadas por essa doença, em sua maioria, sofrem por paralisia e prostração. Normalmente, causa uma mortalidade muito grande nos aviários. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br31 Salmonelose: Esta é uma doença que merece um cuidado especial, pois pode ser transmitida da ave para o ser humano. Normalmente, ataca as aves de todas as idades causando uma mortalidade muito alta. Tem sintomas muito parecidos com outras doenças causadas por bactérias, o que torna ainda mais difícil detectá-la e combate-la de forma eficaz. Doença de Newcastle: As aves afetadas por esta doença apresentam lesões no sistema respiratório, nervoso e digestivo. Os sintomas apresentados são: diarreia com sangue, espirros constantes, dificuldade de respirar, torcicolo, conjuntivite, paralisia das asas e pernas, baixa produção de ovos e mortes repentinas. Outras doenças: Existem mais um grande número de doenças que podem afetar a sua criação de galinha caipira, e das quais o criador deve proteger o seu plantel. Exemplos: Bronquite Infecciosa, Leucose Linfóide, Calibacilose, Micoplasmose, Encefalomielite Aviária, Coriza Infecciosa, Botulismo, Pausteurelose, Estafilocose, Ornitose, Barreliose, Tuberculose, Entero- hepatite, Aspergilose, Cocciodiose, Encefalomalácia Nutricional, Ascite, Micotoxicoses, Raquitismo, Diátese Exsudativa, Verminoses, Ectoparasitose e outros. Mas, vale ressaltar que se você aplicar as boas práticas de manejo em sua criação de galinha caipira, boa parte dessas doenças jamais chegarão em seu aviário. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br32 CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO6 As medidas de biossegurança garantem que os agentes infeccioso não ataquem o plantel antes da estimulação imunogênica. Essas medidas necessariamente têm que abranger todo o processo produtivo, desde reprodução, incubação, eclosão, crescimento das aves, abate, fabricação de ração e exposição dos produtos. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br33 A vacinação pode ser feita de forma coletiva (via água nos bebedouros / pulverização) ou individual (injeção ou gota ocular). Apesar do esforço para se vacinar todo o plantel, há casos de aves mal imunizadas, mesmo que tenham recebido dose eficiente. Outra causa é a baixa eficiência da dose do vírus vacinal. Os tipos de vacinas mais comuns são: vacina de vírus vivo (pouco utilizada), vacina atenuada e vacina inativa (morta). Dentre as vantagens da utilização de vacina atenuada, podem-se enumerar o baixo custo, possibilidade de vacinação coletiva, grande número de doses em pequeno volume, rápido início de imunidade e imunidade local precoce. No entanto, sempre podem ocorrer reações pós-vacinação, como difusão de algumas cepas, curta persistência de imunidade, possível interferência de anticorpos maternos e interferência de dois vírus do mesmo tropismo. FASE VIA PERÍODO Newcastle Ocular Mensal Bronquite Infecciosa Ocular Mensal Gumboro Ocular Mensal Bouba Aviária Punctura na asa 1ª semana de vida O criador pode utilizar alternativas medicamentosas como o fornecimento de caldas com cascas de plantas medicinais como o angico-preto (Anadenanthera macrocarpa), o jatobá (Hymenaea courbaril), o pau-ferro (Caesalpinia ferrea), o alho (allium sativum L.) e o limão (Citrus limon), para controle de doenças oportunistas transmitidas por bactérias. Podem também ser utilizadas como alternativas de vermífugos naturais as sementes de melancia, mamão, melão e perfilhos de bananeira. Para o controle de ectoparasitas, banhos com sabão e fumo (Nicotina tabacum) são medidas tidas como rotineiras. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br34 REPRODUÇÃO7 O sucesso reprodutivo de galinhas caipiras está diretamente relacionado ao estado nutricional e sanitário do plantel. Outros fatores como idade, porte, adaptação ao ambiente e relação macho/fêmea, também influenciam bastante nos resultados. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br35 As aves reprodutoras devem ser capazes de realizar bem as funções de produção de ovos, cobertura e fertilização. Para isto, necessitam ser saudáveis e receberem uma boa alimentação. O reprodutor bem alimentado será capaz de cobrir com naturalidade um grupo de doze matrizes sem que isso venha causar qualquer desgaste físico. E, para que consiga realizar tal missão, a ave terá que receber dieta balanceada e em quantidade suficiente, porém não excessiva, para que não se torne obesa e mantenha sua disposição física para realizar os saltos diários. Para a matriz, além do desgaste físico com a postura, tem-se o gasto de energia com a incubação, por meio de transferência de calor para os ovos. Com isso, torna-se imprescindível o aumento da densidade calórica da ração logo que se encerre o período de incubação. Tem também elevada importância a reposição proteica e a mineral, principalmente de cálcio e fósforo, que são usados na formações de casca de ovo. Ressalta-se que mesmo com a relação macho/fêmea de 1:12, a fertilidade dos ovos pode ser comprometida se houver mais de um reprodutor num único ambiente e se eles passarem a disputar as fêmeas.Pode ocorrer o domínio de um reprodutor sobre outros ou que algumas fêmeas não aceitem determinados machos devido às circunstâncias de porte e/ou comportamento. Se o criador optar por mais de um reprodutor por lote, recomenda-se que sejam da mesma idade e porte, e que, preferencialmente, tenham a mesma procedência ou passado algum tempo juntos antes de ser iniciada a vida reprodutiva. Em caso nos quais em que os machos apresentem pesos exagerados com relação às fêmeas, resultam em traumas físicos, da mesma forma que machos bem inferiores em termos de tamanho não conseguem uma cópula perfeita. Aves que apresentem obesidade não são recomendadas para a reprodução. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br36 Machos diminuem a libido e sentem dificuldade de copular, enquanto as fêmeas perdem exageradamente as reservas corporais no momento de postura e principalmente quando estão submetidas à incubação. Com a obesidade, diminuem o tamanho e o número dos ovos. A obesidade das fêmeas é percebida pela apalpação da região abdominal, principalmente próximo à cloaca. Deverão ser imediatamente descartadas as aves que apresentarem defeitos físicos, sinais de vícios ou taras e problemas sanitários, principalmente se esses foram capazes de infestar o plantel. As aves ativas, com bom escore corporal e idade entre 6 e 24 meses e que não estejam comprometendo o plantel em termos de consanguinidade ou em processo de seleção indesejável e improdutivo, devem ser mantidas. Pré-postura: a primeira pré-postura ocorre em aves com cerca de 22 semanas de vida. Em fêmeas reprodutivas, é a fase posterior ao choco e tem duração aproximada de 8 dias. Postura: essa etapa tem um período médio de 15 dias. Uma fêmea com boas condições nutricionais, sanitárias e de conforto apresenta postura de 10 a 15 ovos. Choco: nessa etapa ocorre a suspensão da postura e dura em torno de 21 dias. A ave apresenta comportamento mais agressivo, penas eriçadas, canto diferente e permanece mais tempo deitada no ninho ou em algum canto da instalação. Pós-choco: ocorre geralmente após o processo de eclosão e nascimento dos pintos ou quando o choco é interrompido. Na criação extensiva, é a época em que a fêmea passa conduzindo o grupo de pintos recém-nascidos, que pode ser interrompida e durar apenas 3 dias. ............ ............ ............ ............ https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br37 FASE FORMA DE INCUBAÇÃO NATURAL ARTIFICIAL Pré-postura (dias) 8 8 Postura (dias) 15 15 Choco (dias) 21 0 Pós-choco (dias) 3 3 Total (dias) 47 26 Nº de ciclo anuais 7 13 Aumentando o número de ciclos, o volume de postura e o número de crias nascidas serão também aumentados. O criador que optar pelo SACAC Familiar poderá utilizar as duas formas de incubação; natural e artificial, dependendo da finalidade e planejamento da sua criação. O processo de incubação é iniciado no momento da coleta dos ovos. Ao serem coletados diariamente, os ovos devem passar por uma limpeza rápida, de preferência usando-se um pano úmido, para remover toda matéria orgânica incrustada na casca. Em seguida marca-se com lápis grafite na casca a data de postura (dia/mês). Esse procedimento servirá para que o criador decida pela venda, consumo ou incubação do ovo no momento adequado. A coleta diária ou por mais de uma vez ao dia evita que se inicie o processo indesejável e precipitado de incubação, tendo em vista que o aquecimento do ovo ocorre quando outras matrizes estão sobre os mesmos, no momento da postura. O desenvolvimento embrionário uma vez iniciado, não poderá ser mais interrompido, sob pena da perda do ovo. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br38 O tamanho, o formato e as condições externas da casca servem de base para a decisão do criador sobre o destino do ovo. Tamanho exageradamente grande ou muito reduzido, formatos estranhos e rasuras na casca indicam que o ovo deve ser consumido ou vendido imediatamente. Um procedimento usual é a ovoscopia, que permite a observação mais detalhada da casca de ovo, presença de câmara de ar e de algum processo de desenvolvimento embrionário antecipado. O lote de ovos destinado à incubação deverá ser acondicionado em local arejado por, no máximo, 7 dias ou em ambiente refrigerado em temperatura em torno de 10 ºC, por um período não superior a 30 dias, desde que sejam virados pelo menos uma vez. A viragem dos ovos deve ser lenta, bastando apenas que a marcação com grafite (aquela que identifica a data da postura ou o lote) seja alternada com relação à parte superior da bandeja, para evitar que a gema cole na casca do ovo, pois, se isso acontecer, o ovo não poderá ser incubado. Na incubação natural, o cuidado mais importante é com a escolha da matriz, que deve ser apresentar habilidade materna e ausência de vícios ou taras. Além dessas qualidades, o tamanho da matriz, por sua relação com a capacidade de abrigar um maior número de ovos, o conforto, a segurança, o arejamento e as condições higiênicas do ninho, também são responsáveis pela alta de eclosibilidade. A quantidade de 12 a 15 ovos por matriz é a mais utilizada, para isso tem-se que levar em consideração tanto o tamanho das matrizes como o dos ovos. É importante observar que no modelo do SACAC Familiar existe, na área de reprodução, a zona de incubação. Tal separação tem o objetivo de evitar que outras matrizes em situação de postura misturem seus ovos com o que já se encontram em estágio de incubação. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br39 Esse fato provocará perdas indesejáveis, já que haverá eclosão dos ovos em estágio mais avançado de incubação e o consequente abandono do ninho pela matriz, interrompendo o processo nos ovos que continuarem no ninho. Ocorrências como a rejeição e trocas de ninhos são comuns. Alguns artifícios facilitam o manejo e a manutenção da ave no ninho, como o uso de tampas nos ninhos. O acompanhamento diário detecta problemas que possam ocorrer durante a incubação natural e que necessitem da intervenção do criador, tais como a rejeição e a troca de ninhos, que, se não detectados diariamente, podem resultar em perdas. A ovocospia é recomendada também durante o processo de incubação, principalmente após os primeiros 10 dias, quando já se pode observar o desenvolvimento ou não do pinto. Nos casos negativos, os ovos serão descartados. Bons resultados de incubação são alcançados quando as matrizes são devidamente alimentadas, por isso é recomendável o fornecimento diário em quantidade e qualidade de uma mistura dietética que supra principalmente o desgaste energético. Há casos de deficiência alimentar nos quais as matrizes, por questão de sobrevivência, consomem os próprios ovos. Perdas também ocorrem no momento da eclosão, tanto por dificuldades do pinto em romper a casca, como encaixe de cascas secas. Sempre se recomenda a retirada dessas cascas, pois elas podem servir de isca para formigas. Dentre as vantagens de se utilizar a incubação artificial, a que mais se destaca é a não-ocupação da matriz com o choco, o que resulta em maior número de ciclos reprodutivos anuais. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br40 Outra grandevantagem é poder programar o nascimento dos pintos para uma determinada época, podendo-se economizar em manejo e atender de forma mais criteriosa às demandas do mercado consumidor. Existem vários modelos de chocadeiras no mercado, desde as manuais às totalmente automatizadas, capazes de programar viragens e controlar temperatura e umidade por meio de termostatos e higroscópicos. As chocadeiras podem ainda ser dotadas de termômetros e reservatórios de água confeccionadas por material sintético, como fibra de vidro, plástico e acrílico, o que possibilita maior higienização. As tampas transparentes permitem uma melhor visão do processo de incubação, principalmente no momento da eclosão. Para se alcançar o sucesso desejado, o criador deve ter controle exato da postura, fertilidade e eclosão. Essas variáveis vão definir as necessidades de ajustes de manejo e de substituição de aves, equipamentos e máquinas. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br41 COMERCIALIZAÇÃO8 O principal marketing dos produtos caipiras (aves vivas, aves abatidas ou ovos) é o fornecimento de um produto mais saudável, com um sabor diferenciado. Como forma de promover o consumo, muitos produtores estão vendendo seus produtos em embalagens personalizadas, principalmente com desenhos que lembram a vida tranquila do campo e a necessidade de se consumir um produto mais saudável. 7.1 APROVEITAMENTO DE SUBPRODUTOS As fábricas de ração são as principais interessadas nos subprodutos do abate das aves. Penas, vísceras e o sangue podem ser utilizadas para a alimentação animal, desde que sejam corretamente processados. Os principais equipamentos utilizados nesse processamento são autoclaves e digestores, nos quais ocorrem a introdução indireta de vapor. As vísceras separadas são enviadas para a autoclave, onde é extraído o óleo – a água separada é encaminhada para o sistema de tratamento e, logo em seguida, para o sistema de esgoto. As vísceras são destinadas, juntamente com as penas e o sangue, para os digestores e para a fabricação de farinha. Após o cozimento, a farinha é secada, moída e embalada para comercialização. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br42 GOSTOU? E, QUER SABER MAIS? Esperamos que tenha gostado do E-book Sistema de Criação Alternativo de Galinhas Caipiras. Se você se interessou pelo assunto e quer saber mais sobre a criação alternativa de aves caipiras, conheça o Curso a Distância Criação de Frango e Galinha Caipira do CPT. (http://www.cpt.com.br/ cursos-avicultura/criacao-de-frango-e-galinha-caipira) Neste Curso, aprenda desde a escolha da ave mais indicada para a produção, até a classificação dos ovos, bem como os tipos de sistemas existentes e como deve ser realizado o manejo das poedeiras e do frango de corte. Até breve! https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ https://www.cpt.com.br/cursos-avicultura/criacao-de-frango-e-galinha-caipira?utm_source=ebook-galinha-caipira&utm_medium=ebook-galinha-caipira&utm_campaign=ebook-galinha-caipira (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br43 https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ https://www.cpt.com.br/cursos-avicultura?utm_source=ebook-galinha-caipira&utm_medium=ebook-galinha-caipira&utm_campaign=ebook-galinha-caipira (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br44 Fontes: Albino, Luiz Fernando T. Curso CPT Criação de Frango e Galinha Caipira. Viçosa – MG; CPT – Centro de Produções Técnicas, 2016. 401 p. RECOMEÇO NO BRASIL. História das Galinhas. Disponível em: <http://recomeconobrasil.blogspot.com.br/2015/08/historia-das-galinhas. html>. Acesso em 20 Dez. 2016. CRIATÓRIO PENINHA. Rhode Island Red. Disponível em: <http:// criatoriopeninha.blogspot.com.br/2008/09/rhode-island-red.html>. Acesso em 20 Dez. 2016 EMBRAPA. Sistema Alternativo de Criação de Galinhas Caipiras. Disponível em: <https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Ave/ SistemaAlternativoCriacaoGalinhaCaipira/Alimentacao.htm>. Acesso em 22 Dez. 2016. UBERABA. Criação de Frango Caipira. Disponível em: <http://www.uberaba. mg.gov.br/portal/acervo/agricultura/arquivos/criacao_de_frango_caipira.pdf> Acesso em 23 Dez. 2016. CAPRINO-OVINOCULTURA. Sanidade das Galinhas Caipiras. Disponível em: <http://www.caprino-ovinocultura.com.br/2010.2/index.php?option=com_cont ent&view=article&id=1109:sanidade-das-galinhas-caipiras&catid=34:pagina- inicial>. Acesso em 27 Dez. 2016. CRIAR GALINHA. Galinha Caipira. Disponível em: <http://www.criargalinha. com.br/sanidade/galinha-caipira/>. Acesso em 27 Dez. 2016. FAO. A Reprodução da Galinha. Disponível em: <http://coin.fao.org/coin-static/ cms/media/10/13449503469500/mdulo_8_-_irpc_-_reproduo_da_galinha_-_ album_seriado.pdf>. Acesso em 27 Dez. 2016. https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ (31) 9.9294-0024 31 3899 - 7000 CP Cursos cpt.com.br45 Centro de Produções Técnicas e Editora Ltda. Rua Doutor João Alfredo, 130 Bairro Ramos, Caixa Postal 1 36.570-254 - Viçosa - MG Tel.: (31) 3899-7000 www.cpt.com.br vendas@cpt.com.br Todos os direitos reservados Este exemplar é um BRINDE É PROIBIDA A VENDA DESTA OBRA https://www.facebook.com/capacitacaoprofissionalead/ https://www.youtube.com/channel/UCQ2g32Je5bEJsV9UyROb34A http://abre.ai/8KZ http://abre.ai/8KZ
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