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155242ª PROVA PSICOPATOLOGIA I

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Rua 1º de Maio nº 22 35/N • Bairro Primavera
Teresina – PI • Brasil - Fone: (86) 2107-2200
Site:www.faespi.com.br
	Faculdade de Ensino 
Superior do
Piauí • FAESPI
	
2º INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM – 4º BLOCO
	I
	Identificação da Prova
	Curso
		REGISTRO QUANTITATIVO
	CRITÉRIOS
	VALOR ATRIBUÍDO
	VALOR OBTIDO
	Avaliação
	6,0
	
	Atividades
	4,0
	
	
	
	
	TOTAL
	10,0
	
	Bacharelado em Psicologia
	
	Disciplina
	
	Psicopatologia I 
	
	Professor(a)
	
	Profa. Me. Thaisa da Silva Fonseca.
	
	Aluno(a)
	 MARIA DO CARMO BEZERRA MACIEL BEDARD	Data: ___19__/__05__/___2021_
	
	
	
	II
	Orientações para responder às questões da prova
	1. Leia atenciosamente todas as questões da prova antes de responder.
2. A prova possui três questões objetivas e duas questões dissertativas.
3. As questões deverão ser respondidas individualmente, podendo ser realizada consulta para as respostas, desde que indicada a fonte, de forma ética, evidenciando a construção/elaboração pessoal da resposta fundamentada nos conteúdos estudados no período.
4. A extensão das respostas será de no mínimo cinco linhas digitadas no seguinte formato: Arial 12, espaçamento 1,5. Ou ainda, escrita a próprio punho com ortografia legível e sem rasuras, com caneta azul ou preta.
5. A prova deverá ser anexada na plataforma GFLEX no dia 19/05/2021 (quarta-feira).
6. O valor das questões está expresso ao lado de cada item.
1) Há duas visões principais sobre o diagnóstico psicopatológico: a que afirma que o diagnóstico em saúde mental não tem valor algum e a que defende o diagnóstico em saúde mental (DALGALARRONDO, 2019). Apresente três argumentos que podem ser utilizados para defender o diagnóstico em saúde mental (1,5)’				A título introdutório, cabe-me estruturar o percurso de minhas observações, optando por demonstrar a complexidade e dialeticidade do diagnóstico psicopatológico.
 Alguns autores humanistas e da corrente antipsiquiatria, filósofos, psicólogos, sociólogos, juristas, etc. costumam criticar radicalmente o diagnóstico em psicopatologia, enfatizando apenas a dimensão estigmatizante e excludente que o psicodiagnóstico oportuniza, na maioria dos casos. Consideram que o diagnóstico pode trazer inúmeros malefícios indiretos, como exclusões, humilhações, sofrimentos morais, afetivos, políticos, econômicos e até mesmo uma espécie de “morte social”, dependendo da época, do lugar, do contexto familiar, social, religioso ou político em que se encontra o sujeito que recebe o diagnóstico. Não é exagero dizer-se que certas patologias ultrapassam a ciência que pode diagnosticá-las e curá-las. Aproveito para refletir e indagar-me sobre os efeitos, para o sujeito e para a ciência, de um diagnóstico psicopatológico que causa uma verdadeira ruptura entre o doente, a lei, a família e a sociedade, em que, o diagnóstico não tem relação direta ou contribuição para a erradicação da patologia, mas sob o argumento de segurança à sociedade, destrói o doente. A estigmatização, inevitável, irá trazer inúmeros malefícios indiretos, como exclusões, humilhações, sofrimentos morais, afetivos, políticos, econômicos e até mesmo uma espécie de “morte social”, dependendo da época, do contexto familiar, social, religioso ou político em que se encontra o sujeito que recebe o diagnóstico. Não é exagero dizer-se que certas patologias ultrapassam a ciência que pode diagnosticá-las e curá-las. Em primeiro lugar, é uma patologia-tabú, moral, jurídico, social, ético, de longo alcance. Em segundo lugar, parece que,, em termos de “cura” o diagnóstico em si, não contribui muito, pelo menos, nos moldes éticos e dos direitos humanos, pois a possibilidade de se tratar da pedofilia com castração química, é de uma violência psicossocial inominável, com efeitos jurídicos e econômicos, familiares e contra os direitos humanos.
Além do mais, o diagnóstico psicopatológico, embora busque amparo científico, segundo 
Dalgalarrondo, a ciência psicopatologia, “não é um tema consensual”. 
. Em primeiro lugar, é uma patologia-tabú moral, jurídico, social, ético, de longo alcance. Em segundo lugar, parece que, em termos de “cura” o diagnóstico em si, não contribui muito, pelo menos, nos moldes éticos e dos direitos humanos, pois.
Além do mais, a própria ciência psicopatologia, embora busque amparo científico, segundo Jean Piaget Campbell (1986), que define a psicopatologia ;
(...) Como o ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença ou transtorno mental – suas causas, as mudanças estruturais e funcionais associadas a ela e suas formas de manifestação. Entretanto, nem todo estudo psicopatológico segue a rigor os ditames de uma “ciência dura”, “ciência sensu strictu”. A psicopatologia, em acepção mais ampla, pode ser definida como o conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano. É um conhecimento que se esforça por ser sistemático, elucidativo e desmistificante
Nessa perspectiva, os argumentos acima expostos retratam a discordância frente ao diagnóstico psicopatológico, por considera-lo nocivo eticamente, social, jurídica e politicamente desintegrador e excludente, sem as reais compensações ao doente.. 
Entretanto, embora reconheça a possibilidade de prejuízos sociais, jurídicos, familiares, etc. Consideramos o diagnóstico psicopatológico, um “mapa mental”, caracterológico, sistêmico e complexo dos fenômenos típicos e atípicos que revela alterações face aos parâmetros de saúde mental e do que se convencionou chamar de normalidade psíquicossocial; dito de outra forma, o diagnóstico é necessário e útil, por possibilitar a categorização de um dado estado, geralmente patológico, anormal ou disfuncional em relação aos padrões considerados sadios, normais e saudáveis. 
Por envolver aspectos médicos, psicológicos, sociais, culturais, políticos, jurídicos, éticos,etc; o diagnóstico é um fenômeno hipercomplexo e com efeitos positivos e necessários, pois identifica o (s) problemas ou psicopatologias e tem sido fundamental para a escolha do tratamento, dos procedimentos e da diminuição dos riscos para o paciente e para a sociedade. Como ciência, a psicopatologia rejeita as influências sociais, políticas, econômicas ou jurídicas, seguindo os paradigmas da neutralidade, objetividade e relevância científica.
																																									
2) Sobre os princípios do diagnóstico psicopatológico, julgue os itens a seguir. (1,0): 
 																																																																																																																																																																																																																																																
I. No diagnóstico psicopatológico, não deve ser dada importância à observação do curso do transtorno, ou seja, ao padrão evolutivo do quadro clínico. 
II. O diagnóstico de um transtorno psiquiátrico é baseado somente nos dados clínicos (dosagens laboratoriais, tomografia, ressonância magnética, eletroencefalograma, testes psicológicos e neuropsicológicos). 
III. Em Psicopatologia, há sintomas patognomônicos, ou seja, um único sintoma que seja totalmente característico de determinado transtorno mental.  
IV. No diagnóstico psicopatológico, deve-se manter duas linhas paralelas de raciocínio: uma linha diagnóstica, baseada fundamentalmente na cuidadosa descrição evolutiva e atual dos sintomas que de fato o paciente apresenta; e uma linha etiológica, que busca, na totalidade dos dados biológicos, psicológicos e sociais, uma formulação hipotética plausível sobre os possíveis fatores etiológicos envolvidos no caso. 
V. O diagnóstico psicopatológico deve ser sempre pluridimensional, ou seja, deve-se considerar várias dimensões clínicas e psicossociais para uma formulação diagnóstica completa.
É correto o que se afirma em:
a. II e III, apenas.
b. IV, apenas.
c. IV e V, apenas.
d. I e V, apenas.
e. I, II, III, IV e V.
 
3) Os dados obtidos em uma entrevista podem estar subestimados ou superestimados. (DALGALARRONDO, 2019). Com base nessa afirmação, apresente a diferença entresimulação e dissimulação. (1,5)
Os problemas psicopatológicos envolvem múltiplos sofrimentos subjetivos e objetivos, pessoais, sociais e muitas vezes, políticos. O tênue limite entre o normal e o patológico, suas alternâncias e ambiguidades constituem fatores que tornam mais complexa a pesquisa na área da psicopatologia, quer no contexto de investigação compreensiva e globalizante para estabelecimento de diagnóstico, consultas de acompanhamento, tratamento ou avaliação estágios terapêuticos, são relações humanas e envolvem sentimentos, afetos, identificações e processos conscientes e inconscientes, tanto do paciente, como do terapeuta. Empatia, confiança, medo das consequências, estigmatização do sofrimento emocional e psíquico, resistências ou contratransferências vão constituir desafios ao psicólogo e psiquiatra e demandar desses profissionais, conhecimentos técnicos, científicos, experiência e manejo clínico, fundamentais à confiabilidade dos dados obtidos.
Nesse contexto, a Simulação compreende a tentativa de representação nos moldes “teatrais”, criativa, voluntária, consciente e planejada de fazer crer ao psicoterapeuta algum sintoma ou conjunto de sintomas para adquirir um diagnóstico de doença ou psicopatologia incapacitante parcial ou totalmente, temporária ou incurável, visando vantagens pessoais diretas ou indiretas, emocionais ou pecuniárias.
A dissimulação envolve outras formas de “representação” ou negação de uma doença ou sintomas que lhes causem prejuízos emocionais, sociais, financeiros, etc. Delgararrondo, (apud Lewis), afirma que, “em psicopatologia, um aspecto característico da clínica é que parte dos pacientes, apesar de apresentar sintomas graves que comprometem profundamente suas vidas, não os reconhece como tal”. .Muitas vezes, declarar um sofrimento pode parecer ao doente, estar provocando uma perda maior. Imaginemos um militar que deseja promoção a um cargo que exija um exame psicotécnico e uma avaliação psíquica, pois requer capacidade de decisão, equilíbrio e liderança. Entretanto, esse militar reconhece que tem péssimo estado emocional e psíquico, sofre muito, atormentado cotidianamente com delírios de perseguição, terror noturno, insônia e medos injustificados. Ele sabe que um diagnóstico desfavorável às suas pretensões trarão consequências nefastas, e busca dissimular seu real estado psicológico. Na mesma intervenção, a competência técnico-científica, maturidade, sensibilidade e ética do profissional da saúde mental, irá reverter o quadro de dissimulação, e objetivamente, diagnosticar sua doença, para o tratamento necessário, compreendendo “que a simulação é, por definição, um ato voluntário e consciente, não se incluindo aqui os sintomas psicogênicos (como paralisia conversiva) sem base orgânica, mas com suas raízes em processos e conflitos inconscientes”.
4) A técnica e a habilidade em realizar entrevistas são atributos fundamentais e insubstituíveis do profissional de saúde mental. Assinale a alternativa correta sobre os aspectos da entrevista com o paciente (1,0). 
 
a. O entrevistador deve estabelecer uma relação de muita proximidade e intimidade com o paciente. 
b.  A quantidade de tempo com o paciente é mais importante do que a qualidade da atenção que lhe é oferecida. 
c. O profissional nunca pode quebrar o sigilo de uma entrevista, mesmo que o paciente esteja em situação de risco. 
d. A entrevista em Psicopatologia deve apresentar tanto uma dimensão longitudinal (histórica, temporal) como uma dimensão transversal (momentânea, atual) da vida do paciente. 
e. O entrevistador deve dar preferência a perguntas direcionadas e fechadas, que permitam que o paciente responda com um “sim” ou com um “não”.  
5) Sobre as alterações da consciência, assinale a alternativa correta (1,0): 
 
a. A consciência pode se alterar tanto por processos fisiológicos, normais (sono, perda abrupta da consciência), como por processos patológicos (sonho, delirium).  
b. Em diversos quadros neurológicos e psicopatológicos, o nível de consciência diminui de forma progressiva, desde o estado normal, vigil, até o estado de coma, grau mais profundo de rebaixamento do nível de consciência, no qual não é possível qualquer atividade voluntária consciente. 
c. A síncope se caracteriza por perda parcial e rápida da consciência, geralmente com visão borrada, palidez da face, suor frio, vertigens e perda parcial e momentânea do tônus muscular dos membros, com ou sem queda do corpo ao chão.  
d. A lipotimia diz respeito a vários quadros com rebaixamento leve a moderado do nível de consciência, acompanhados de desorientação temporoespacial, dificuldade de concentração, perplexidade, ansiedade em graus variáveis, discurso ilógico e/ou confuso, etc., que oscila muito ao longo do dia.  
e. O estado crepuscular é uma alteração da consciência na qual, paralelamente à turvação da consciência, o indivíduo entra em um estado semelhante a um sonho muito vívido. Em geral, predomina a atividade alucinatória visual intensa com caráter cênico e fantástico. Há carga emocional marcante na experiência onírica, com angústia, terror ou pavor. 
Boa prova!

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