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Semiologia Veterinária - Caderno de Apoio

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Semiologia 
Veterinária 
IDENTIFICAÇÃO, ANAMNESE, EXAME CLÍCO, PARÂMETROS E ETC. 
 
 
 
CYNTHIA LORENA DO NASCIMENTO SILVA. 
JUAZEIRO DO NORTE/CE - 2019 
Sumário 
 
INTRODUÇÃO À SEMIOLOGIA 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
SISTEMA CIRCULATÓRIO 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
SISTEMA REPRODUTOR 
SISTEMA URINÁRIO 
SISTEMA NERVOSO 
SISTEMA LOCOMOTOR 
SEMIOLOGIA DA PELE 
 
 
 
 
 
Semiologia Veterinária 
INSPEÇÃO: Utilizando o sentido da visão, esse procedimento de exame se 
inicia antes mesmo da anamnese, sendo o mais antigo método de exploração 
clínica e um dos mais importantes. Por meio da inspeção, investigam-se a 
superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em contato 
com o exterior. A inspeção pode ser dividida em: 
 Panorâmica: quando o animal é visualizado como um todo (condição 
corporal); 
 Localizada: atentando-se para alterações em uma determinada 
região do corpo; 
 Direta: sendo a visão o principal meio utilizado pelo clínico; 
 Indireta: feita com o auxílio de aparelhos, 
PALPAÇÃO: É a utilização do sentido tátil ou da força muscular, usando-se as 
mãos, as pontas dos dedos, o punho, ou até instrumentos, para melhor 
determinar as características de um sistema orgânico ou da área explorada. 
 Tipos de consistência de determinadas estruturas: 
o Mole: quando a estrutura reassume seu formato normal 
após cessar a aplicação de pressão à mesma(tecido 
adiposo); 
o Firme: quando a estrutura, ao ser pressionada, oferece 
resistência, mas acaba cedendo e voltando ao normal ao 
final da pressão (fígado, músculo); 
o Dura: quando a estrutura não cede, por mais forte que 
seja a pressão (ossose alguns tecidos tumorais); 
o Pastosa: quando uma estrutura cede facilmente à pressão 
e permanece a impressão do objeto que a pressionava, 
mesmo quando cessada (edema: sinal de Godet positivo); 
o Flutuante: determinada pelo acúmulo de líquidos, tais 
como sangue, soro, pus ou urina, em uma estrutura ou 
região; resulta em um movimento ondulante, mediante a 
aplicação de pressão alternada. Se o líquido estiver muito 
comprimido, pode não haver ondulações; 
o Crepitante: observada quando determinado tecido contém 
ar ou gás em seu interior. À palpação, a sensação é de 
movimentação de bolhas gasosas; é facilmente verificada 
nos casos de enfisema subcutâneo. 
AUSCULTAÇÃO: A auscultação consiste na avaliação dos ruídos que os 
diferentes órgãos produzem espontaneamente, sendo esta a principal 
diferença entre auscultação e percussão, na qual os sons são produzidos pelo 
examinador, a fim de se obter uma resposta sonora. 
 Tipos de ruídos detectados na auscultação: 
o Aéreos: quando ocorrem pela movimentação de massas 
gasosas (movimentos inspiratórios: passagem de ar pelas 
vias respiratórias); 
o Hidroaéreos: causados pela movimentação de massas 
gasosas em um meio líquido (borborigmo intestinal); 
o Líquidos: produzidos pela movimentação de massas 
líquidas em uma estrutura (sopro anêmico); 
o Sólidos: devem-se ao atrito de duas superfícies sólidas 
rugosas, como o esfregar de duas folhas de papel (roce 
pericárdico nas pericardites). 
PERCUSSÃO: Trata-se de um método físico de exame, em que, por meio de 
pequenos golpes ou batidas, aplicados em determinada parte do corpo, torna-
se possível obter informações sobre a condição dos tecidos adjacentes e, 
mais particularmente, das porções mais profundas. 
 Três tipos fundamentais de som: 
o Claro: se o órgão percutido contiver ar que possa se 
movimentar, produz um som de média intensidade, duração 
e ressonância; 
o Timpânico: os órgãos ocos, com grandes cavidades 
repletas de ar ou gás e com as paredes semidistendidas, 
produzem um som de maior intensidade e ressonância, que 
varia conforme a pressão do ar ou gás contido, como se 
fosse um tambor a percutir; 
o Maciço: as regiões compactas, desprovidas 
completamente de ar, produzem um som de pouca 
ressonância, curta duração e fraca intensidade, chamado 
de mate ou maciço. 
OLFAÇÃO: A técnica de olfação é simples, sendo necessária apenas a 
aproximação razoável da área do animal a ser examinada. Para analisar o 
odor do ar expirado, aproxima-se a mão, em formato de concha, das fossas 
nasais do animal e desvia-se o ar expirado para o nariz do examinador, 
individualizando-o. 
O exame clínico é constituído basicamente dos seguintes procedimentos: 
 Identificação do(s) animal(is) (resenha) 
 Investigação da história do animal (anamnese); 
 Exame físico: 
o Geral: avaliação do estado geral do animal (atitude, 
comportamento, estado nutricional, estado de hidratação, 
coloração de mucosas, exame de linfonodos etc.) 
parâmetros vitais (frequência cardíaca, frequência 
respiratória, temperatura, movimentos ruminais e/ou 
cecais); 
o Especial: exame físico direcionado ao(s) sistema(s) 
envolvido(s); 
 Solicitação e interpretação dos exames subsidiários (caso 
necessário); 
 Diagnóstico e prognóstico; 
 Tratamento (resolução do problema). 
EXAME FÍSICO GERAL OU DE ROTINA: 
Um exame físico envolve a observação do aspecto geral do animal fazendo a 
auscultação e palpação. Deve-se observar ou inspecionar: 
 Andar do animal; 
 Estado de consciência e alerta; 
 Condição geral do corpo do animal, ou seja, se o animal tem um 
peso corporal adequado; 
 A pelagem (à procura de secura excessiva, oleosidade excessiva, a 
prova da caspa, queda excessiva ou perda de pelo anormal); 
 A pele (à procura de oleosidade, ressecamento, caspa, caroços ou 
inchaços, áreas de espessamento anormal, etc); 
 Os olhos (procurando vermelhidão, secreção, evidência de 
lacrimejamento excessivo, caroços anormais ou inchaços nas 
pálpebras, nebulosidade, ou quaisquer outras anormalidades); 
 As orelhas (se tem presença de secreção, espessamento, perda de 
pelo, ou quaisquer outros sinais de problemas); 
 O nariz e a face (à procura de simetria, respiração com ruídos ou 
secreções, se existem problemas relacionados com dobras da pele 
ou outros problemas aparentes); 
 Boca e os dentes (à procura de tártaro, doença periodontal, dentes 
de leite retidos, dentes quebrados, salivação excessiva, manchas ao 
redor dos lábios, úlceras em torno da boca, etc); 
 O coração (ouvindo batimentos cardíacos anormais, ritmo cardíaco 
ou sopros cardíacos); 
 Os pulmões (ouvir a evidência de aumento ou diminuição sons 
respiratórios); 
 O pulso (em função dos resultados da auscultação, pode-se ouvir 
simultaneamente o peito e apalpar o pulso nas patas traseiras); 
 Os linfonodos na região da cabeça, pescoço e pernas traseiras 
(procurando inchaço ou dor); 
 As patas (à procura de evidências de claudicação, problemas 
musculares, problemas nervosos, problemas com as patas ou unhas 
dos pés, etc); 
 O abdómen (sentir nas áreas da bexiga, rins, fígado, intestino, baço 
e do estômago, de modo a avaliar se tais órgãos estão em 
conformação normal ou anormal, e se houver qualquer evidência 
subtil de desconforto). 
ESTIMATIVA DA DESIDRATAÇÃO POR MEIO DA AVALIAÇÃO FÍSICA DO 
ANIMAL: 
 Diminuição do peso corporal: Até 5% (não aparente); 
 Parâmetros observados: 
o Diminuição da elasticidade da pele discreta ou sem 
alteração; 
o Enoftalmia (afundamento do globo ocular) ausente ou 
muito discreta; 
o Estado geral sem alteração ou levemente alterado; 
o Apetite preservado/sucção geralmente presente; 
o Animal alerta e em posição quadrupedal. 
 Diminuição do peso corporal: Entre 6 e 8% (leve); 
 Parâmetros observados: 
o Diminuição da elasticidade da pele (de 2 a 4 s); 
o Enoftalmia (afundamento do globo ocular) leve; 
o Animal ainda alerta 
 Diminuição do peso corporal: Entre 8 e 10% (moderada); 
 Parâmetros observados: 
o Diminuição da elasticidade da pele (6 a 10 s); 
o Enoftalmia (afundamento do globo ocular) evidente; 
o Diminuição dos reflexos palpebrais; 
o Diminuição da temperatura das extremidades dos 
membros, de orelhas e focinho; 
o Mucosas secas;o Animal se mantém em posição quadrupedal e/ou em 
decúbito esternal; 
o Apatia de intensidade variável. 
 Diminuição do peso corporal: Entre 10 e 12% (grave); 
 Parâmetros observados: 
o Diminuição marcante da elasticidade da pele (> 10 s); 
o Enoftalmia (afundamento do globo ocular) intensa; 
o Extremidades, orelhas e focinho frios; 
o Tônus muscular baixo ou ausente; 
o Mucosas ressecadas; 
o Reflexos muito baixos ou ausentes; 
o Decúbito lateral; 
o Apatia intensa; 
 Diminuição do peso corporal: > 12% (gravíssima); 
 Parâmetros observados: 
o Possível óbito; 
VALORES NORMAIS DA TEMPERATURA CORPORAL EM ANIMAIS: 
 Espécie: Cães 
 Idade/Temperatura retal (°C): 
o Jovens: ± 38,5; 
o Adultos: 37,5 a 39,2 
 Espécie: Gatos 
 Idade/Temperatura retal (°C): 37,8 a 39,2 
 Espécie: Equinos 
 Idade/Temperatura retal (°C): 
o Jovens: 37,2 a 38,9 
o Adultos: 37,5 a 38,5 
 Espécie: Bovinos 
 Idade/Temperatura retal (°C): 
o Jovens: 38,5 a 39,5 
o Adultos: 37,8 a 39,2 
 Espécie: Caprinos 
 Idade/Temperatura retal (°C): 
o Jovens: 38,8 a 40,2 
o Adultos: 38,6 a 40 
 Espécie: Ovinos 
 Idade/Temperatura retal (°C): 
o Jovens: 39 a 40 
o Adultos: 38,5 a 40 
AVALIAÇÃO DO TEMPO DE PREENCHIMENTO CAPILAR: 
 Animal sadio: 1 a 2 s 
 Animal desidratado: 2 a 4 s 
 Animal gravemente desidratado: > 5 s 
ALTERAÇÕES DE COLORAÇÃO DAS MUCOSAS COM SEUS PRINCIPAIS 
SIGNIFICADOS E CAUSAS: 
 Denominação: Pálida 
 Coloração: Esbranquiçada 
 Significado: Anemia 
 Principais causas: 
o Ecto e endoparasitose; 
o Hemorragias/choque hipovolêmico; 
o Aplasia medular; 
o Insuficiência renal; 
o Falência circulatória periférica. 
 Denominação: Congesta ou hiperêmica 
 Coloração: Avermelhada 
 Significado: Alta permeabilidade vascular 
 Principais causas: 
o Inflamação e/ou infecção local; 
o Septicemia/bacteriemia; 
o Febre; 
o Congestão pulmonar; 
o Endocardite 
o Pericardite traumática. 
 Denominação: Cianótica 
 Coloração: Azulada 
 Significado: Distúrbio na hematose 
 Principais causas: 
o Anafilaxia; 
o Obstrução das vias respiratórias; 
o Edema pulmonar; 
o Insuficiência cardíaca congestiva; 
o Pneumopatias; 
o Exposição ao frio. 
 Denominação: Ictérica 
 Coloração: Amarelada 
 Significado: Hiperbilirrubinemia 
 Principais causas: 
o Estase biliar (obstrução); 
o Anemia hemolítica imune; 
o Isoeritrólise neonatal; 
o Anemia hemolítica microangiopática; 
 Babesiose; 
 Anaplasmose; 
 Hemobartonelose 
o Hepatite tóxica e/ou Infecciosa. 
GRAU DE DIFICULDADE (–) OU DE FACILIDADE (+) À PALPAÇÃO DOS 
PRINCIPAIS LINFONODOS EXAMINÁVEIS NAS DIFERENTES ESPÉCIES 
DOMÉSTICAS: 
 Espécie: Cães 
 Linfonodos: 
o Mandibulares: relativamente fácil; 
o Pré-escapulares: relativamente fácil; 
o Subilíacos: não existem; 
o Poplíteos: relativamente fácil; 
o Mamários: de difícil palpação; 
o Inguinais: relativamente fácil; 
 Espécie: Gatos 
 Linfonodos: 
o Mandibulares: relativamente fácil; 
o Pré-escapulares: não tão fácil; 
o Subilíacos: não existem; 
o Poplíteos: relativamente fácil; 
o Mamários: de difícil palpação; 
o Inguinais: não tão fácil; 
 Espécie: Equinos 
 Linfonodos: 
o Mandibulares: não tão fácil 
o Pré-escapulares: de difícil palpação; 
o Subilíacos: não tão fácil; 
o Poplíteos: 
o Mamários: não existem; 
o Inguinais: de difícil palpação; 
 Espécie: Ruminantes 
 Linfonodos: 
o Mandibulares: não tão fácil; 
o Pré-escapulares: relativamente fácil; 
o Subilíacos: relativamente fácil; 
o Poplíteos: de difícil palpação; 
o Mamários: não tão fácil; 
o Inguinais: de difícil palpação. 
OBSERVAÇÃO: 
 LINFONODOS EXAMINÁVEIS NA ROTINA CLÍNICA: 
o Mandibulares ou maxilares; 
o Cervicais superficiais ou pré-escapulares; 
o Subilíacos (pré-femorais ou pré-crurais); 
o Poplíteos; 
o Mamários; 
o Inguinais superficiais ou escrotais. 
CLASSIFICAÇÃO DA FEBRE DE ACORDO COM O GRAU DE ELEVAÇÃO DA 
TEMPERATURA: 
 Espécie: Equinos 
 Tipo: 
o Febrícula: 38 a 39°C 
o Febre mediana: 39,1 a 40°C 
o Febre alta: 40,1 a 41°C 
o Febre muito alta: > 41°C 
 Espécie: Bovinos 
 Tipo: 
o Febrícula: 39,5 a 40°C 
o Febre mediana: 40,1 a 41°C 
o Febre alta: 41,1 a 42°C 
o Febre muito alta: > 42°C 
 Espécie: Cães 
 Tipo: 
o Febrícula: 39,3 a 40°C 
o Febre mediana: 40,1 a 41°C 
o Febre alta: 41 a 41,5°C 
o Febre muito alta: > 41,5°C 
 
 
 
Sistema Digestório 
 RUMINANTES: 
CARACTERÍSTICA DA RUMINAÇÃO: 
 Espécie: Bovinos 
 Características: 
o Número de ruminações/dia: 4 a 20 
o Tempo diário de ruminação (h): 4 a 9 
o Duração de cada ruminação (min): 40 a 50 
o Movimentos mastigatórios/min: 50 a 70 
o Duração da mastigação por bolo alimentar (s): 53 
 Espécie: Caprinos e Ovinos 
 Características: 
o Número de ruminações/dia: 15 
o Tempo diário de ruminação (h): 8 a 10 
o Duração de cada ruminação (min): Até 120 
o Movimentos mastigatórios/min: 70 a 100 
o Duração da mastigação por bolo alimentar (s): 61 a 70 
OBSERVAÇÃO: 
 CAUSAS DA REDUÇÃO OU AUSÊNCIA DE RUMINAÇÃO: 
o Hipomotilidade ou atonia rumenal; 
o Depressão do sistema nervoso central; 
o Dor; 
o Dano mecânico ao retículo (peritonite). 
SEQUÊNCIA DO EXAME CLÍNICO DO SISTEMA DIGESTÓRIO DE RUMINANTES: 
 Identificação do paciente: 
o Raça; Idade; Sexo; Procedência. 
 Anamnese: 
o Emagrecimento; Tempo de evolução; Tipo de alimentação; 
Características macroscópicas das fezes. 
 Exame físico geral: 
o Condição nutricional; Comportamento e postura (se 
possível, durante alimentação e defecação); Estado dos 
pelos e pele; Tipo de respiração; Assimetria abdominal, 
gemidos; Corrimentos (boca, ânus etc.); Coloração de 
mucosas; Linfonodos; Parâmetros vitais (temperatura 
corporal, frequência cardíaca, frequência respiratória, 
frequência dos ruídos ruminais). 
 Exame físico específico: 
o Natureza das contrações ruminais; Grau de preenchimento 
e consistência do conteúdo ruminal; Sons anormais 
(metálicos, maciço, rechaço etc.); Dor na região abdominal 
anterior (xifoide); Apetite; Mastigação; Deglutição; 
Defecação; e etc. 
 Exames complementares: 
o Exame dos líquidos ruminal e peritoneal; Laparotomia; 
Ferroscopia; Fezes; Hemograma; Bioquímico; e etc. 
 EQUINOS: 
 
SINAIS DE DOR ABDOMINAL OBSERVADOS NA INSPEÇÃO DE UM CAVALO 
COM CÓLICA: 
 Escavar o chão; 
 Bater com a pata no chão; 
 Olhar para o flanco; 
 Mexer na água com o focinho; 
 Escoicear o abdome e morder o flanco; 
 Rolar e Sentar; 
 Sudorese intensa; 
 Hiperexcitabilidade/depressão. 
SEQUÊNCIA DO EXAME CLÍNICO DO SISTEMA DIGESTÓRIO DE EQUINOS: 
 Identificação do paciente: 
o Idade; Sexo; e etc; 
 Anamnese: 
o Manejo e alimentação; Controle parasitário; Início do 
processo; Características da crise; Manifestações de 
episódios anteriores; Tratamentos anteriores; Defecação e 
micção; Ingestão hídrica; Prenhez; 
 Exame físico geral: 
o Inspeção: 
 Atitude, comportamento, aparência externa e 
formato do abdômen; Ocorrência de mímica de 
dor (rolar, cavar, olhar para os flancos etc.); 
Grau e tipo da dor; 
o Parâmetros vitais: 
 Temperatura retal; Frequência cardíaca; 
Frequência respiratória; Pulso; 
o Coloração de mucosas e tempo de preenchimento capilar; 
o Estado de hidratação. 
 Exame físico específico: 
o Exame da boca e do esôfago; Exame do abdome (palpação 
externa, percussão, auscultação); Exames 
complementares; Sondagem nasogástrica Paracentese 
abdominal; Palpação retal; Hematócrito; Proteína total; 
Radiologia; Ultrassonografia; Endoscopia. 
CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE DOR: 
 Leve: Sem alterações circulatórias; Manifestações discretas; 
 Moderada: Alterações respiratórias; Cavar, deitar, rolar; 
 Grave: Sudorese intensa; Alterações circulatórias; Rolar, jogar-se. 
CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE DOR: 
 Tipo: Contínua 
 Causa: Isquemia; Distenção exagerada de alça. 
 Consequência: Diminuição do limiar de dor da fibra nervosa; Alçacom pequena capacidade de distensão (ID eestômago) – indica o 
local do processo. 
 Tipo: Intermitente 
 Causa: Distenção gradual da alça; 
 Consequência: Alça com grande capacidade de distensão – 
geralmente processos obstrutivos do IG. 
 CÃES E GATOS: 
SEQUÊNCIA DE EXAME CLÍNICO DO SISTEMA DIGESTÓRIO DE PEQUENOS 
ANIMAIS: 
 Identificação do paciente: 
o Data da consulta, nome, espécie, raça, sexo, idade; Nome e 
endereço do proprietário; Procedência. 
 Anamnese: 
o Informações sobre o paciente; Informações sobre o 
ambiente; Informações sobre a dieta; Informações sobre 
os sinais clínicos. 
 Exame físico geral: 
o Condição corporal; Peso; Temperatura; Comportamento, 
atitude e postura; Ritmo cardiorrespiratório; Secreções 
(nasais, oculares, anais); Coloração de mucosas; 
Conformação e simetria abdominal. 
 Exame físico específico: 
o Avaliação e localização dos sinais clínicos específicos: 
vômito, diarreia, regurgitação, constipação intestinal etc; 
Palpação abdominal: epi, meso e hipogástrio; Percussão 
abdominal; Ausculta. 
 Exames complementares: 
o Laboratoriais (hemograma, perfil bioquímico); 
Parasitológico; Exame de líquidos peritoneais; Imagem 
(radiográfica simples e contrastada, ultrassonográfica, 
endoscopia com biopsia; Laparotomia exploratória com 
biopsia). 
 
GLOSSÁRIO DE SINAIS E SINTOMAS PRIMÁRIOS DO SISTEMA DIGESTÓRIO: 
 Halitose: Cheiro anormal ou desagradável no hálito; 
 Disfagia: Dificuldade de deglutição; 
 Odinofagia: Deglutição dolorosa; 
 Regurgitação: Movimento passivo e retrógrado de material 
ingerido; 
 Vômito: Ejeção ativa de conteúdo gástrico e, ocasionalmente, 
intestinal, pela boca; 
 Apetite seletivo ou caprichoso: Interesse ou ingestão apenas de 
alimentos com alta palatabilidade; 
 Apetite pervertido: Hábito de ingerir material não alimentício; 
 Inapetência: Interesse parcial ou diminuído pelo alimento; 
 Coprofagia: Hábito de ingerir fezes; 
 Anorexia: Desinteresse total por alimento (ausência de fome); 
 Diarreia: Aumento anormal de frequência, fluidez ou volume de 
fezes; 
 Hematêmese: Existência de sangue no vômito; 
 Melena: Existência de sangue digerido nas fezes; 
 Hematoquezia: Existência de sangue vivo na superfície das fezes; 
 Disquezia: Dor ao defecar; 
 Constipação intestinal: Retenção fecal; 
 Obstipação: Retenção fecal grave, intratável clinicamente; 
 Tenesmo: Dificuldade ou ineficácia para defecar ou urinar; 
 Icterícia: Coloração amarelada de mucosas e esclera em virtude da 
deposição de pigmentos biliares; 
 
PRINCIPAIS OBSERVAÇÕES A SEREM FEITAS NO EXAME DA CAVIDADE 
ORAL: 
 Hálito: normal, odor ácido ou azedo (possível má digestão); urêmico 
(doença renal); pútrido (resíduos alimentares, cáries, gastrite etc.); 
odor de maçã verde (cetoacidose); 
 Mucosa oral: coloração, umidade, lesões (ulcerações), corpos 
estranhos, massas; 
 Gengivas: inflamação, ulceração, corpos estranhos ou massas; 
 Dentes: posicionamento, oclusão, coloração, qualidade do esmalte, 
fraturas ou cálculos (tártaro); 
 Língua: mobilidade, consistência, lesões, massas, corpo estranho na 
base da língua; 
 Palato duro ou mole: lesões, corpos estranhos, palato mole 
excessivamente longo, fissura palatina; 
 Faringe e tonsilas: inflamação, secreção purulenta, massas, corpos 
estranhos, simetria. 
IDENTIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS DURANTE A PALPAÇÃO: 
 Epigástrio: intestino delgado, fígado (quando aumentado), estômago 
(quando distendido); 
 Mesogástrio: intestino delgado, intestino grosso, linfonodos 
mesentéricos (quando aumentados), rins (especialmente em felinos), 
baço, estômago (quando distendido); 
 Hipogástrio: intestino delgado, colo descendente ou reto, útero 
(quando distendido), bexiga (quando moderadamente distendida), 
próstata (quando muito aumentada). 
Sistema Circulatório 
VALORES NORMAIS DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM ANIMAIS ADULTOS: 
 Espécie/adultos: Cães 
o Batimentos cardíacos/min: 60 a 160 
 Espécie/adultos: Gatos 
o Batimentos cardíacos/min: 120 a 240 
 Espécie/adultos: Equinos 
o Batimentos cardíacos/min: 28 a 40 
 Espécie/adultos: Bovinos 
o Batimentos cardíacos/min: 60 a 80 
 Espécie/adultos: Caprinos 
o Batimentos cardíacos/min: 95 a 120 
 Espécie/adultos: Ovinos 
o Batimentos cardíacos/min: 90 a 115 
 
SEQUÊNCIA DO EXAME CLÍNICO DO SISTEMA CIRCULATÓRIO EM ANIMAIS 
DE GRANDE PORTE: 
 Identificação do paciente: 
Principalmente espécie, raça, idade, sexo e uso: relacioná-los com as 
principais doenças cardiovasculares para cada item da identificação do 
animal; 
 
 Anamnese: 
o Histórico atual: Queixa principal (sinais e sintomas); 
Evolução clínica da doença atual; Animais contactantes; 
Manejos nutricional e higiênico-sanitário; Condicionamento 
físico do animal e carga de trabalho; Medicamentos (dose e 
frequência) utilizados e resultados obtidos. 
o Histórico pregresso: Doenças anteriores e quadros clínicos 
semelhantes já ocorridos? 
 Exame físico geral e especial: 
o Inspeção: Avaliação de atitudes relacionadas com 
distúrbios cardiovasculares; Observação de anormalidades 
anatômicas e funcionais; Coloração de mucosas e 
avaliação do tempo de reperfusão capilar 
o Palpação: Avaliação do choque de ponta; Avaliação do pulso 
arterial; Detecção de frêmitos; Detecção de edemas. 
o Ausculta: Avaliação de frequência e ritmo cardíacos e 
respiratórios; Detecção de ruí dos normais e anormais: 
patológicos ou não; Detecção de bloqueios e 
desdobramentos. 
o Percussão: Determinação de área cardíaca 
 Exames complementares: 
o Eletrocardiográfico; Mensuração de frequência e ritmo 
cardíacos; Avaliação das ondas P e T, do complexo QRS; 
Detecção de arritmias, bloqueios AV. 
o Ultrassonográfico (Ecocardiografia e Eco-Doppler): 
Avaliação cardíaca, valvar e vascular; Avaliação anatômica 
e funcional do sistema circulatório. 
o Laboratoriais: Avaliação de: CK e LDH (para as isoenzimas 
cardíacas), SDH, AST e arginase (avaliação hepática); ureia 
e creatinina (avaliação renal). 
o Fonocardiograma: Avaliação das bulhas cardíacas. 
LOCALIZAÇÃO DOS FOCOS DE AUSCULTAÇÃO EM EQUINOS E RUMINANTES: 
 Espécie: Bovina 
 Focos de auscultação cardíaca: 
o Pulmonar: 3º EIC esquerdo 
o Aórtico: 4º EIC esquerdo 
o Mitral: 4º EIC esquerdo 
o Tricúspide: 3º ou 4º EIC direito 
 Espécie: Equina 
 Focos de auscultação cardíaca: 
o Pulmonar: 3º EIC esquerdo 
o Aórtico: 4º EIC esquerdo 
o Mitral: 4º ou 5º EIC esquerdo 
o Tricúspide: 3º ou 4º EIC direito 
 Espécie: Caprina 
 Focos de auscultação cardíaca: 
o Pulmonar: 3º EIC esquerdo 
o Aórtico: 4º EIC esquerdo 
o Mitral: 5º EIC esquerdo 
o Tricúspide: 3º ou 4º EIC direito 
 Espécie: Ovina 
 Focos de auscultação cardíaca: 
o Pulmonar: 3º EIC esquerdo 
o Aórtico: 4º EIC esquerdo 
o Mitral: 5º EIC esquerdo 
o Tricúspide: 3º ou 4º EIC direito 
FREQUÊNCIAS DE PULSO EM EQUINOS E RUMINANTES POR FAIXA ETÁRIA: 
 Espécie: Equina 
 Faixa etária/ Frequência (nº de pulsos/min): 
o Neonato: 80 a 120 
o Jovem: 30 a 50 
o Adulto: 28 a 44 
 Espécie: Caprina 
 Faixa etária/ Frequência (nº de pulsos/min): 
o Adulto: 95 a 120 
 Espécie: Bovina 
 Faixa etária/ Frequência (nº de pulsos/min): 
o Neonato: 90 a 120 
o Jovem: 70 a 100 
o Adulto: 60 a 80 
 Espécie: Ovina 
 Faixa etária/ Frequência (nº de pulsos/min): 
o Adulto: 90 a 115 
 
 
 
Sistema Respiratório 
VALORES NORMAIS DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA EM ANIMAIS ADULTOS: 
 Espécie/adultos: Cães 
o Movimentos respiratórios/min: 18 a 36 
 Espécie/adultos Gatos: 
o Movimentos respiratórios/min: 20 a 40 
 Espécie/adultos: Equinos 
o Movimentos respiratórios/min: 8 a 16 
 Espécie/adultos: Bovinos 
o Movimentos respiratórios/min: 10 a 30 
 Espécie/adultos: Caprinos 
o Movimentos respiratórios/min: 20 a 30 
 Espécie/adultos: Ovinos 
o Movimentos respiratórios/min: 20 a 30 
LIMITES POSTERIORES DE PERCUSSÃO DA ÁREA PULMONAR NOS ANIMAIS 
DOMÉSTICOS: Espécie: Equinos 
 Localização: Linha ilíaca: 17º EIC | Linha isquiática: 14º EIC | Linha 
do encontro: 10º EIC 
 Espécie: Ruminantes 
 Localização: Linha ilíaca: 12º EIC | Linha isquiática: 11º EIC | Linha 
do encontro: 8º EIC 
Sistema Reprodutor 
SEQUÊNCIA DO EXAME CLÍNICO DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO: 
 Identificação ou resenha: 
o Raça, Espécie, Idade, Eventuais Particularidades; 
 Anamnese: 
o Primípara, Plurípara; 
 Exame físico: condição nutricional; 
o Geral: Corrimento Coloração de mucosas, linfonodos; 
o Parâmetros vitais: temperatura corporal, frequências 
cardíaca, respiratória e dos ruídos ruminais; 
o Específico: Distensão e tensão abdominal; Formato e 
dilatação da vulva; Aumentos de volume, cicatrizes; 
 Exame retal; 
 Exames complementares: dosagem hormonal, exames 
microbiológicos e sorológicos, exames citológico e histológico 
DURAÇÃO MÉDIA DA GESTAÇÃO EM ANIMAIS (EM DIAS): 
 Vacas: 273 a 296 
 Éguas: 327 a 357 
 Ovelhas: 140 a 155 
 Porcas: 111 a 116 
 Cabras: 148 a 156 
 Cadelas: 60 a 63 
 Gatas: 56 a 65 
TEMPO MÉDIO DE DESCIDA DOS TESTÍCULOS PARA A BOLSA TESTICULAR: 
 Garanhão: 9 a 11 meses de gestação; 
 Touro: até 4 meses de gestação; 
 Carneiro: 80 dias de gestação; 
 Cão: 5 dias após o nascimento; 
 Gato: 2 a 5 dias após o nascimento. 
VOLUME MÉDIO DE SÊMEN OBTIDO EM ESPÉCIES DOMÉSTICAS: 
 Espécie/Volume (m l): 
 Bovina: 0,5 a 20; 
 Equina: 30 a 340; 
 Ovina: 0,5 a 3; 
 Caprina: 0,2 a 2,5; 
 Canina: 2 a 35; 
 Suína: 100 a 500. 
 
 
 
 
 
 
Sistema Urinário 
ITENS IMPORTANTES PARA A ANAMNESE ESPECÍFICA DO TRATO URINÁRIO: 
 Itens investigados/Aspectos enfocados: 
o Urina: Volume em cada micção, aspecto (coloração, 
transparência/turvação, presença de material sólido ou 
semissólido, viscosidade, presença de sangue; 
o Micção: Frequência (número de vezes e intervalo), tipo 
(postura à micção, sinais de dificuldade, sinais de dor ou 
desconforto, tenesmo, incontinência); 
o Ingestão de água: Frequência e volume; 
o Doença urinária: Histórico completo de doenças do trato 
urinário (com ou sem conclusão diagnóstica), incluindo 
tratamentos feitos; 
o Sinais relacionados com outros órgãos: Detalhamento 
de informações referentes às manifestações que possam 
ter relação com as causas ou consequências da afecção 
urinária em curso. 
SEQUÊNCIA DE EXAME CLÍNICO DO SISTEMA URINÁRIO: 
 Resenha; 
 Anamnese; 
 Exame físico Geral: 
o Peso corporal, temperatura, frequência de pulso e 
respiratória, mucosas (coloração e estado dos vasos), 
grau de hidratação; Boca (úlceras, alterações da língua, 
inserção dos dentes, aumento maxilar, hálito urêmico); 
 Exame geral dos demais órgãos e sistemas; 
 Exame específico: 
 Rins: 
o Ambos são palpáveis? 
o Tamanho, simetria e posição? 
o Forma, contorno e consistência? 
o Dor? 
 Bexiga: 
o Posição 
o Tamanho, formato, consistência? 
o Cálculos ou massas palpáveis? 
o Espessura da parede? 
o Dor? 
 Próstata (importante em cães): 
o Posição, tamanho, simetria, consistência? 
o Dor? 
 Uretra dos machos: 
o Meato urinário Secreção uretral ou prepucial? 
o Tamanho, formato e consistência das porções palpáveis? 
o Anormalidades periuretrais? 
 Micção: 
o Frequência? 
o Disúria? 
o Retenção? 
o Incontinência? 
 Exames complementares: 
o Urinálise; Cateterização vesical; Técnicas para diagnóstico 
por imagem; Provas de função renal; Biopsia. 
FREQUÊNCIA NORMAL DE MICÇÕES EM 24 H PARA ADULTOS: 
 Equinos e bovinos: 5 a 7 vezes; 
 Ovinos e caprinos: 1 a 4 vezes; 
 Cães: Muito variável; 
 Cadelas: 2 a 4 vezes; 
 Gatos: 2 a 4 vezes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Nervoso 
OBJETIVOS DO EXAME NEUROLÓGICO: 
 Confirmar se há problema neurológico: 
o Este animal apresenta anormalidades neurológicas? 
 Localização da lesão: 
o Em caso afirmativo, qual é o local mais provável? 
 Estabelecer uma lista de diagnósticos diferenciais: 
o Quais são os diagnósticos diferenciais mais prováveis para 
lesões neste local? 
 Associar as informações relativas à identificação do animal 
(idade, espécie), evolução dos sinais clínicos e informações 
epidemiológicas; 
 Prognóstico, tratamento e prevenção: 
o Qual é o prognóstico? O tratamento é possível e viável 
economicamente? Como prevenir a ocorrência desta 
enfermidade em outros animais do rebanho? 
ETAPAS DO EXAME NEUROLÓGICO: 
 Identificação e anamnese; 
 Exame físico; 
 Identificação dos sinais; 
 Interpretação das informações; 
 Localização das lesões; 
 Diagnósticos diferenciais; 
 Exames complementares; 
 Diagnóstico Prognóstico; 
 Tratamento; 
 Recomendações. 
PRINCIPAIS INFORMAÇÕES QUE DEVEM SER OBTIDAS NA ANAMNESE: 
 Início dos sinais clínicos; 
 Evolução; 
 Principais anormalidades observadas; 
 Alimentação; 
 Vacinação; 
 Tratamentos realizados; 
 Doenças anteriores; 
 Número de animais acometidos; 
 Ambiente e tratamento dos animais; 
 Número de mortes. 
 
 
 
N° NOME EMERGÊNCIA PRIN. FUNÇÃO 
I Olfatório Telencefalo Olfação 
II Óptico Diencefalo Visão 
III Oculo-motor Mesencefalo Motricidade Somática 
IV Troclear Mesencefalo Motricidade Somática 
V Trigêmio Ponte Motricidade e Sensibilidade Somática 
VI Abducente Bulbo/Ponte Motricidade Somática 
VII Facial Bulbo/Ponte Motricidade Somática e Gustação 
VIII Acústico-vestibular Bulbo Audição/Equilíbrio 
IX Glossofaríngeo Bulbo Motricidade e Sensibilidade Somática 
X Vago Bulbo Motricidade e Sensibilidade Visceral 
XI Acessório Bulbo e Medula Motricidade Somática 
XII Hipoglosso Bulbo Motricidade Somática 
SEGMENTO MEDULAR, NERVO ENVOLVIDO E RESPOSTA ESPERADA PARA 
CADA REFLEXO AVALIADO: 
 Reflexo: Reflexo carporradial 
o Segmento medular: C6-T2 
o Nervo envolvido: Radial 
o Resposta observada: Extensão do carpo 
 Reflexo: Reflexo bicipital 
o Segmento medular: C7-C8 
o Nervo envolvido: Musculocutâneo 
o Resposta observada: Flexão da articulação 
umerorradioulnar 
 Reflexo: Reflexo tricipital 
o Segmento medular: C7-T1 
o Nervo envolvido: Radial 
o Resposta observada: Extensão da articulação 
umerorradioulnar 
 Reflexo: Reflexo flexor torácico 
o Segmento medular: C6-T2 
o Nervo envolvido: Axilar, musculocutâneo, 
o mediano e ulnar 
o Resposta observada: Contração e retirada do membro 
femorotibial 
 Reflexo: Reflexo patelar 
o Segmento medular: L4-L5 
o Nervo envolvido: Femoral 
o Resposta observada: Extensão da articulação 
 Reflexo: Reflexo tibial cranial 
o Segmento medular: L6-S1 
o Nervo envolvido: Fibular 
o Resposta observada: Flexão do tarso 
 Reflexo: Reflexo gastrocnêmio 
o Segmento medular: L5-S3 
o Nervo envolvido: Ciático e tibial 
o Resposta observada: Contração do músculo 
gastrocnêmio e extensão do tarso 
 Reflexo: Reflexo isquiático 
o Segmento medular: L5-S2 
o Nervo envolvido: Ciático 
o Resposta observada: Abdução 
 Reflexo: Reflexo flexor pélvico 
o Segmento medular: L5-S3 
o Nervo envolvido: Ciático 
o Resposta observada: Retirada do membro 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Locomotor 
 BOVINOS: 
SEQUÊNCIA DE EXAME CLÍNICO DO APARELHO LOCOMOTOR DE BOVINOS: 
 Identificação do animal: 
o Raça, idade, sexo, procedência; 
 Anamnese: 
o Sistema de produção utilizado na propriedade; 
o Produção diária de leite de vaca 
o Quantidade e qualidade da alimentação fornecida 
o Tipo de manejo 
o Ocorrência de doenças infecciosas 
o Duração da claudicação 
o Tipo e intensidade da claudicação 
o Tratamentos realizados 
o Resultados obtidos com os tratamentos 
 Exame físico geral: 
o Frequência cardíaca 
o Frequência respiratória 
o Coloração das membranas mucosas 
o Turgor da pele 
o Auscultação pulmonar, cardíaca e do trato digestório 
o Palpação de linfonodos 
 Exame físico específico: 
o Inspeção em posição quadrupedal 
o Inspeção em movimento 
o Contenção física e/ou medicamentosa 
o Limpeza dosdígitos 
o Inspeção e palpação do espaço interdigital 
o Pinçamento dos cascos 
o Palpação dos ossos, articulações, tendões e músculos 
o Bloqueios anestésicos 
 Exames complementaes: 
o Hemograma, líquido sinovial, raios X e 
ultrassonografia 
CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE CLAUDICAÇÃO: 
 Escore: 0 
o Anormalidade de andamento: Ausente 
o Descrição: Anormalidade de andamento não visível ao 
caminhar; animal não relutante em caminhar; 
 Escore: 1 
o Anormalidade de andamento: Leve 
o Descrição: Variação leve no andamento ao caminhar; 
incluindo andamento assimétrico intermitente leve e 
pequena restrição bilateral ou quadrilateral em 
movimentos livres; 
 Escore: 2 
o Anormalidade de andamento: Moderado 
o Descrição: Assimetria moderada no andamento e 
consistente ou andamento simétrico, mas anormal, porém 
hábil para caminhar; 
 Escore: 3 
o Anormalidade de andamento Grave: 
o Descrição: Andamento variando de assimetria marcante a 
grave anormalidade simétrica; 
 Escore: 4 
o Anormalidade de andamento: Imobilidade 
o Descrição: Decúbito. 
 EQUINOS: 
RESUMO DE PERGUNTAS IMPORTANTES NA ANAMNESE: 
 Nome, número e/ou registro; 
 Início da claudicação; 
 Duração dos sinais clínicos; 
 Se a claudicação teve aparecimento súbito ou gradativo; 
 Se a causa da claudicação é conhecida ou se há relato de 
trauma; 
 Evolução da claudicação; 
 Se o grau de claudicação se altera durante o período de 
trabalho; 
 Se o proprietário notou aumento de volume ou alteração na 
postura do animal; 
 Se o animal foi casqueado ou ferrado recentemente. 
INFLUÊNCIA DA ATIVIDADE ESPORTIVA NA CLAUDICAÇÃO: 
 Modalidade: Corrida 
 Fatores predisponentes: 
o Animais jovens 
o Alta velocidade 
o Estresse 
o Fadiga 
 Lesões: 
o Fraturas por estresse 
o Tendinite do flexor digital superficial 
o Desmite do suspensor do boleto 
o Fraturas de carpo e sesamoides proximais 
 Modalidade: Salto 
 Fatores predisponentes: 
o Alto impacto após o salto 
o Obstáculo 
 Lesões: 
o Síndrome do navicular 
o Tendinites 
o Fraturas de carpo 
 Modalidade: Polo 
 Fatores predisponentes: 
o Ferraduras com rampão 
o Rápidos movimentos de giro 
 Lesões: 
o Fraturas de sesamoide proximal e I falang 
 Modalidade: Enduro 
 Fatores predisponentes: 
o Percursos de longa distância 
o Pisos duros ou com pedregulhos 
o Fadiga 
 Lesões: 
o Miosites 
o Osteíte podal 
o Lesões no casco 
o Laminites 
o Fraturas por estresse 
 Modalidade: Apartação 
 Fatores predisponentes: 
o Balanço e giro sobre os membros posteriores com força e 
torque 
o Batidas intermitentes com os membros anteriores 
 Lesões: 
o Contusão de sola nos membros anteriores 
o Fraturas em I e II falanges 
o Artrite e esparavão no tarso 
o Gonites 
 Modalidade: Tambor e laço 
 Fatores predisponentes: 
o Velocidade e giro 
o Torque e twist 
 Lesões: 
o Artrite no boleto (sinovite, capsulite) 
o Fratura de III falange 
o Síndrome do navicular 
o Exostoses nas falanges 
o Desmites 
 Modalidade: Rédeas 
 Fatores predisponentes: 
o Influência do treinador e treinamento sobre o tipo de 
problema apresentado 
o Esbarro 
 Lesões: 
o Tendinites 
o Tendossinovites 
o Miopatia fibrótica 
o Osteoartrite tarsal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Semiologia da Pele 
A pele é o maior órgão de um organismo – aquele que determina as formas, 
dá características às raças e mantém o recobrimento piloso, tão nobre em 
algumas espécies que, por décadas, e ainda hoje, queremos usá-las ou imitá-
las como vestimenta. Trata-se da barreira anatômica e fisiológica entre o 
organismo e o meio ambiente, promovendo proteção contra lesões físicas, 
químicas e microbiológicas. É sensível ao calor, ao frio, à dor, ao prurido e à 
pressão. 
OBSERVAÇÃO: 
O pH da pele tem fundamental importância na escolha de um xampu destinado 
à higienização ou nos ditos xampus terapêuticos. Um xampu é considerado 
neutro quando tem o mesmo pH da pele. 
BARREIRA CUTÂNEA: Se considerarmos a epiderme, mais especificamente a 
camada córnea, como um muro, teremos, no lugar de tijolos, corneó citos, e, 
no lugar de cimento, lipídios. Fica claro observarmos que um muro bom é 
aquele com bons tijolos e bom cimento, ambos na proporção ideal. Havendo 
qualquer falha em um dos dois elementos, o muro pode ruir. 
HIPERPIGMENTAÇÃO: Observando as ações do a-MSH na epiderme, pode-se 
compreender melhor o fato de grande parte das dermatopatias inflamatórias 
crônicas apresentar-se hiperpigmentada. Além dos melanócitos, existem 
outras células dendríticas na epiderme, as células de Langerhans. 
MUCINA: O aumento da mucina, um mucopolissacarídio da derme, confere aos 
cães da raça Sharpei sua aparência pregueada. 
A SAÚDE E OS PELOS: A assertiva: “...o pelo reflete o estado de saú de de um 
animal...” fica facilmente explicável quando observamos todos os fatores que 
podem interferir no ciclo dos pelos. Da mesma maneira, entende-se melhor 
por que os quadros hormonais estão frequentemente associados a falhas 
(alopecia) no recobrimento piloso. 
SEQUÊNCIA DO EXAME SEMIOLOGICO DA PELE: 
 Identificação: 
o Identificação etária 
o Identificação sexual 
o Identificação racial 
o Coloração do pelame 
 Anamnese: 
o Queixa principal 
 Tempo de evolução? 
 Início do quadro? 
 Tratamentos efetuados? 
 Consequência do tratamento efetuado? 
o Antecedentes 
 Início do quadro e tempo de evolução 
 Tratamentos já efetuados e suas consequências 
 Periodicidade 
 Ambiente, manejo e hábitos 
 Contactantes 
 Ectoparasitas 
o Prurido 
 Avaliação da presença do prurido 
 Intensidade do prurido 
 Manifestação do prurido 
 Localização do prurido 
 Sintomas relacionados com outros órgãos 
 Exame Físico 
o Palpação 
o Olfação 
o Inspeção direta 
o Inspeção indireta 
 Exames Complementares: 
o Teste da fita adesiva 
o Exame direto do pelame 
o Tricograma 
o Parasitológico de raspado cutâneo 
o Exame micológico 
o Citologia 
o Biopsia e exame histopatológico 
COÇA OU NÃO? 
Muitas vezes, os animais se coçam sem que isso seja um problema; basta que 
o veterinário observe a si mesmo e concluirá que algumas regiões do corpo 
realmente coçam no decorrer de um dia. Deve-se diferenciar esse prurido 
considerado fisiológico daquele dito patológico. Quando o animal se coça 
acima de 30% do tempo disponível ou mais, considera-se um caso de prurido 
patológico. 
 
QUADROS SEMELHANTES: 
Na abordagem do quadro, sempre deve ser levado em consideração que as 
manifestações de prurido representam reações autotraumáticas do animal, 
oferecendo um padrão parecido de lesões de pele, independentemente da 
etiologia do processo pruriginoso, dando relativo sentido à frase: “Em 
dermatologia, os quadros são muito parecidos”. 
 
CARACTERÍSTICA LESÃO 
MODIFICAÇÕES DE COR Eritema 
Púrpura 
Mácula/Mancha 
LESÕES SÓLIDAS Pápula/Placa 
Nódulo/Turmor/Cisto 
Vegetações/Verrucosidades 
LESÕES PREENCHIDAS POR 
LÍQUIDOS 
Vesículas/Bolhas 
Pústula 
 
CARACTERÍSTICA LESÃO 
PRODUÇÕES ANORMAIS Colarete epidérmico 
Crosta 
PERDA DE SUBSTÂNCIAS Erosão/Escoriação 
CONSERVAÇÃO DA INTEGRIDADE 
DA SUPERFÍCIE CUTÂNEA 
Esclerose 
Atrofia 
Liquenificação 
Hiperpigmentação 
 
CARACTERÍSTICA LESÃO 
PRODUÇÃO ANORMAL DE CERATINA Escama 
Comedão/Cisto Folicular 
Cilindro Folicular 
PERDA DE SUBSTÂNCIAS OU DE 
PELOS 
Alopecia 
Úlcera 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Glossário Semiológico 
 Saúde: estado do indivíduo cujas funções orgânicas, físicas e 
mentais estão em situação normal; estado do que é sadio ou são. 
 Doença: evento biológico caracterizado por alterações anatômicas, 
fisiológicas ou bioquímicas, isoladas ou associadas. 
 Enema (clister): administração de líquidos pelo reto, para fim 
terapêutico ou diagnóstico. 
 Prematuro: recém-nascido com perío do gestacional mais curto 
que o normal para a espécie. 
 Dismaturo:animal nascido a termo, porém com pequeno tamanho 
e/ou peso. 
 Mastite: processo inflamatório da glândula mamária. 
 Espermatocele: distensão do epidídimo com acúmulo de esperma. 
 Hematocele: extravasamento e acúmulo de sangue na cavidade da 
túnica vaginal. 
 Hidrocele: acúmulo de líquido no saco da túnica vaginal 
Monorquidismo: existência de um único testículo no escroto; 
chamado, também, de criptorquidismo unilateral. 
 Orquite: inflamação do(s) testículo(s). 
 Orquiocele: tumor ou herniação completa de um testículo. 
 Orquiopatia: processo patológico do testículo. 
 Balanite: inflamação da glande peniana. 
 Balanopostite: inflamação simultânea da glande e da mucosa 
prepucial. 
 Fimose: incapacidade de exteriorização do pênis, em virtude do 
alongamento ou estenose do prepúcio. 
 Frênulo persistente: permanência anormal de tecido conjuntivo 
entre a glande do pênis e o prepúcio. 
 Hipospadia: abertura da uretra ventralmente ao pênis e 
caudalmente ao orifício uretral normal. 
 Postite: inflamação do prepúcio. 
 Acinesia: ausência de motilidade. 
 Aspermia: ausência de ejaculado. 
 Astenospermia: debilidade de movimentação do espermatozoide. 
 Azoospermia: ausência de espermatozoides no ejaculado. 
 Hemospermia: ocorrência de sangue no ejaculado. 
 Necrospermia: ejaculado com a totalidade ou quase todos os 
espermatozoides mortos. 
 Oligospermia: pequeno volume de ejaculado. 
 Oligozoospermia: número baixo de espermatozoides no ejaculado. 
 Piospermia: existência de piócitos no ejaculado. 
 Teratospermia: apresentações teratológicas do espermatozoide. 
 
 
 
 
 
 
Anotações 
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