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Semiologia INTRODUÇÃO SEMIOLGIA – AULA 01 Semiologia é a arte de extrair de seu paciente, dados e elementos que permitam emitir, com segurança, um diagnostico e um prognóstico a fim de subsidiar o tratamento a ser instituído. • Investigação e estudo dos sinais e sintomas do paciente, é avaliada clinicamente pelo profissional de enfermagem. • É a identificação dos problemas de enfermagem. CONCEITOS IMPORTANTES • Sinal: é toda a manifestação de uma doença que o profissional de saúde pode evidenciar de forma objetiva. Comprovado pelo exame físico. • Sintomas: fenômeno físico ou mental que causa queixas, sendo um estado subjetivo. • Saúde: estado de total bem estar físico, mental e social. • Doença: alteração na saúde, no equilíbrio dos seres vivos. • Síndrome: conjunto de sinais e sintomas típicos, lesões e modificações funcionais e bioquímicas que ocorrem associadamente e que podem ser determinadas por diferentes causas. • Patognomônico: o sinal e sintoma caracteriza e dá especificidade a uma doença, ou seja, sua presença permite fazer o diagnóstico da doença. • Prodrômico: o sinal e sintoma que antecedem a doença ou estado fisiológico, ou seja, é genérico, como uma febre isolada. • Diagnostico: é o reconhecimento de uma enfermidade por duas manifestações clínicas. • Prognóstico: é a prevenção da evolução e prováveis consequências de uma doença. EXAME CLÍNICO ANAMNESE: Conjunto de informações colhidas junto ao próprio doente ou através de outras pessoas sobre seus antecedentes, história e detalhes de uma doença. EXAME FISICO: levantamento das condições globais do paciente, tanto físicas como psicológica no sentido de buscar informações significativas para subsidia a assistência PROCESSO DE ENFERMAGEM X SAE • Processo de enfermagem: é uma ferramenta metodológica utilizada para tornas a assistência de enfermagem sistemática, organizada em fases, com o objetivo de orientar o cuidado profissional de enfermagem, de promover a qualidade do cuidado prestado. • Sistematização da assistência de enfermagem: é o que organiza o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do PE. Existem diversas formas de sistematizar (organizar/ordenar) a assistência, para torna-la segura, por exemplo: Os protocolos, a escala de funcionários diária, os fluxos, o processo de enfermagem são formas de sistematizar/ organizar a assistência de enfermagem. AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM É o processo deliberado, sistemático e continuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença, para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado; e de verificação de necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do processo de enfermagem. REGISTRO – EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM A execução do processo de enfermagem deve ser registrada formalmente, evolvendo: a) Um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença b) Os diagnósticos de enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença. c) As ações ou intervenções de enfermagem realizada face aos diagnósticos de enfermagem identificados. d) Os resultados alcançados como consequências das ações ou intervenções de enfermagem realizadas. A documentação do paciente (prontuário) e os demais documentos inerentes ao processo de cuidados enfermagem (livros de ocorrência, relatórios, etc.) constituem a finalização do processo de cuidar do paciente. • Trazem maior visibilidade a profissão • Permitem o planejamento da assistência • Refletem a produtividade da equipe • Permitem que sejam feitas estatísticas de atendimento • Servem de fonte de consulta para inspeção da auditoria de enfermagem • São provas cabais da jornada de trabalho, e ainda poderão servir para a defesa ou incriminação de profissionais de saúde. ENTREVISTA DE ENFERMAGEM – AULA 2 FATORES QUE INTERFEREM: • Comunicação verbal • Comunicação não verbal • Ambiente interno • Ambiente externo A coleta de dados se constitui a primeira etapa do processo de enfermagem, estabelecer o contato com o cliente, desenvolver o relacionamento terapêutico, levanta dados para identificar os pontos fortes e os problemas de saúde da pessoa e serve de ponte para a etapa seguinte da coleta de dados: o exame físico. a anamnese coleta dados subjetivos, o que a pessoa diz sobre si mesma, essa é a primeira e a melhor chance que a pessoa tem de lhe dizer como ela percebe estar o seu estado de saúde. ENTREVISTA Objetivos da entrevista de enfermagem: estabelecer contato, desenvolver um relacionamento caracterizado pela confiança mútua, levantar dados importantes que irão guiar a assistência. Entrevista compreensiva: proporcionar a compreensão de como é a pessoa, como o paciente encara o processo saúde doença, perspectivas do paciente em relação ao cuidado, como o paciente pode participar do plano de cuidados estabelecido pelo enfermeiro. Exige habilidades do enfermeiro: • Saber ouvir e entender • Saber explorar os dados que o paciente traz • Demonstrar interesse e conhecimento • Receptivo e estabelecer comunicação com o paciente (a vontade para responder as perguntas) Fatores que interferem na coleta de dados comunicação não verbal • Habilidades técnicas e interpessoais (qualidade da execução) • Conhecimento • Crenças e valores • Referencial teóricos-filosófico • Habilidade de relacionamento interpessoal MÉTODO CLÍNICO – AULA 3 O exame clínico é uma junção da anamnese + exame físico. Exame físico: é o conjunto de técnicas e manobras utilizadas por diferentes profissionais de saúde para diagnosticar alguma anormalidade. • Inspeção • Palpação • Percussão • Ausculta Para a realização do exame físico devemos empregar os sentidos, como visão, taro e a audição. Além destes o olfato também é um sentindo muito importante para obtenção de dados. • Hálito cetônico: cetoacidose diabética • Hálito alcoólico: • Hálito de maçã estragada: coma hepático • Halitose: má higiene. ETAPAS DO EXAME FÍSICO 1. Após a anamnese 2. Sentido céfalo-caudal 3. Conhecimento de fisiologia e anatomia 4. Cuidar do ambiente do exame: boa iluminação, mínimo possível de ruídos e ambiente confortável. 5. Preservar a intimidade do cliente 6. Ética e preservação do método clínico, como o sigilo profissional e orientação do cliente. 7. Preservar regiões dolorosas. INSPEÇÃO Ela deve ser tanto panorâmica quanto localizada, deve inspecionar os segmentos corporais, presença de dismorfias e distúrbios de desenvolvimento, lesões etc. A inspeção pode ser estática quando se observa os contornos anatômicos, ou dinâmica, quando o foco da atenção está nos movimentos próprios do segmento inspecionado. Estática: nota-se o tórax em tonel, pouca presença de pelos, pele integra sem presença de cicatrizes ou lesões. Sem abaulamentos ou retrações, cianose presente Dinâmica: respiração com amplitude profunda, arrítmica, uso de musculatura acessória, triagem intercostal. TIPOS DE INSPEÇÃO: • Panorâmica: fornecer maior abrangência do campo visual. • Tangencial: ângulo e visão no mesmo nível da estrutura. PALPAÇÃO Pode ser superficial ou profunda. Tipos de palpação. • Palpação com a mão espalmada: identifica a temperatura da pele. • Palpação com a mão sobreposta: quando deseja evidenciar aumento de vísceras mais profundas, como o baço. • Digitopressão: sinal de cacifo, verificar a circulação cutânea do local. • Pinça: avaliar turgor da pele. • Puntipressão: avaliarsensibilidade dolorosa. • Vitropressão: distingue eritema de purpura. o Eritema: vermelhidão desaparece o Púrpura: vermelhidão permanece. • Fricção com algodão: detecção de sensibilidade. PERCUSSÃO Podemos fazer a percussão abdominal e tórax, pode ser direta, digito-digital, punho-percussão e piparote. Na região do tórax temos os seguintes sons: • Claro pulmonar: normal • Som maciço: presença de massa sólida • Timpânico: gases Na região abdominal temos os seguintes sons: • Maciço: regiões desprovidas de ar como fígado, transmite a sensação de dureza e resistência. • Submaciço: é a presença de ar em pequena quantidade que lhe confere essa característica peculiar. • Timpânico: regiões que contem ar, como estômago, sensação obtida é a de elasticidade. AUSCULTA O estetoscópio pode ser usado também em vasos (artérias ou veias), para verificar a presença de sopros. Podem-se auscultar as carótidas em busca de sopros. Nos pulmões podem-se auscultar suas anormalidades, como os ruídos adventícios, que são roncos, sibilos, estertores finos e grossos. No coração, auscultam-se as bulhas consideradas normais e suas alterações para reconhecer sopros ou outros ruídos. No abdome, é possível auscultar os ruídos normais dos intestinos, denominados de hidroaéreos. SINAIS VITAIS – AULA 5 PULSO o pulso corresponde ao movimento de contração e expansão de uma artéria, também chamada de batimentos cardíacos, geralmente verificamos o pulso na artéria radial, temporal, femoral, carótida e dorsal dos pés. A frequência normal do ser humano caria de 60 a 100 BPM, podendo varias dependendo de paciente para paciente. Outros locais de verificação: • Apical • Ulnar • Cubital • Tibial posterior Pulso normocárdio: Batimento cardíaco normal Pulso rítmico: intervalos entre os batimentos iguais Pulso Arrítmico: intervalos desiguais Pulso dicrótico: impressão de dois batimentos Taquicardia ou taquisfigmia: FC acima do normal Bradicardia ou bradisfigmia: FC baixo do normal Pulso filiforme: redução da força ou do volume do pulso periférico. PRESSÃO ARTERIAL RESPIRAÇÃO É a troca de gazes entre o organismo e o meio ambiente, consiste no ato de inspirar e expirar, absorvendo O² e eliminando CO². a frequência varia entre lactentes, crianças e adultos. • Lactentes: entre 30 a 40 por minuto • Crianças: entre 20 a 25 por minuto • Adulto: entre 16 a 20 por minuto Terminologia Taquipneia: respiração acelerada Bradipnéia: respiração lenta Apnéia: ausência da respiração, parada respiratória Dispneia: falta de ar Ortopnéia: dificuldade de respirar quando esta deitado. Eupnéia: respiração normal. EXAME NEUROLÓGICO – AULA 6 o objetivo da avalição neurológica conduzida pelo enfermeiro compreende a realização do exame neurológico inicial na admissão do paciente, identificação de disfunções no sistema nervoso, determinação dos efeitos dessas disfunções na vida diária do indivíduo, e a detecção de situações de risco de vida. o sistema nervoso central é constituído por encéfalo ( cérebro, cerebelo, tronco encefálico) e medula espinhal. ANAMNESE É perguntado sobre o inicio da doença, modo de instalação e evolução cronológica dos sintomas, exames e tratamentos realizados, antecedentes pessoais que será abordado os dados referentes a condição de habitação e alimentação (avitaminoses), vícios, trabalho e condições emocionais (histeria), e antecedentes familiares, devemos questionar sobre patologias hereditárias, como esclerose tuberosa, degeneração muscular progressiva, etc. AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL Para essa avaliação, utiliza-se o Mini-mental state examination ( mini-exame do estado mental (MEEM)) universalmente adotado e de fácil aplicação. A pontuação normal deve estar entre 27 a 30. Pontuações abaixo de 23 são consideradas anormais. E por fim o paciente deve desenhar essa imagem a cima. AVALIAÇÃO DO NIVEL DE CONSCIÊNCIA Existem inúmeros termos para descrever alterações no nível de consciência. • Lúcido • Letárgico – sonolência • Torporoso – diminuição da sensibilidade • Coma A escala de coma de Glasgow (ECG) tem sido amplamente utilizada para determinar e avaliar a profundidade e a duração do coma e prognosticar a evolução dos pacientes com ou sem trauma cranioencefálico. A avaliação tanto da função e do dano cerebral quanto da evolução do novel de consciente é feita com base em três indicadores. Para que possamos observar a evolução do paciente a cada anotação, mais uma vez, facilitando o entendimento do próximo profissional a respeito do nível de saúde do paciente. AVALIAÇÃO PUPILAR O exame das pupilas deve ser realizado observando- se o diâmetro, simetria e a reação à luz, na avaliação das pupilas, deve-se sempre comparar uma pupila com a outra, o diâmetro é mentido pelo sistema nervoso autônomo sendo que o simpático dilata a pupila (midríase) e o parassimpático contrai (miose) FUNÇÃO MOTORA E TÔNUS MUSCULAR Observa-se se os movimentos são realizados em toda a sua amplitude. • Alterações: hipotonia, hipertonia, paresia. o Hipertonia: consiste em um aumento anormal do tônus muscular e da redução da sua capacidade de estiramento (aumento da rigidez) o Hipotonia: é uma condição do qual o tônus muscular está anormalmente baixo, geralmente envolvendo redução da força muscular. Paresia facial: é a perda dos movimentos da face ocasionada por problemas nos nervos. Associados ou não à hiperacúsia, xeroftalmia, perda do paladar nos 2/3 anteriores da língua. COORDENAÇÃO • Prova dedo-nariz, movimentos alternados • Ataxia, dismetria. FORÇA MUSCULAR A avaliação da função motora mede a força dos membros superiores e inferiores, com a finalidade de verificar a dependência ou independência do paciente para realizar atividades diárias. Durante a avaliação, um membro é sempre comparado com o seu par contralateral; a técnica utilizada para a avaliação da força muscular depende do nível de consciência do paciente. AVALIAÇÃO DOS NERVOS CRANIANOS I – OLFATÓRIO Sensação olfativa Alterações: • Hiposmia: redução do olfato • Anosmia: ausência do olfato • Cacosmia sensação olfativa desagradável na ausência de qualquer substância capaz de originar odor. II – ÓPTICO Acuidade visual, campo visual e fundoscopia Alterações: • Hemianopsia: ausência da visão em metade do campo visual de cada olho • Ambliopia: diminuição da acuidade visual • Amaurose: perda total da visão III- OCULOMOTOR; IV-TROCLEAR; VI-ABDUCENTE Motilidade dos globos oculares É observada a presença de queda da pálpebra superior (ptose) e os reflexos pupilares. É testada a capacidade de movimentar o olho além da linha média, seja espontaneamente ou enquanto o individuo fixa um alvo. V – TRIGÊMEO Sensação facial, reflexo córneo e mastigação; • São testada a sensação de áreas afetadas da face e a fraqueza ou paralisia dos músculos que controlam a capacidade da mandíbula da cerrar os dentes. • Reflexo córneopalpebral VIII – NERVO FACIAL Avaliar a simetria dos movimentos faciais, enquanto o paciente sorri, assobia, eleva as sobrancelhas. Alterações: • Hemiparesia facial • Paralisia da face • Desvio da boca VIII – VESTIBULOCOCLEAR Sensibilidade auditiva Percepção do movimento e equilíbrio Alterações: sinal de romberg (desequilíbrio do corpo), hipoacusia (diminuição da audição), desvio lateral durante a marcha. IX – GLOSSOFARÍNGEO; X – VAGO Avaliar a sensibilidade gustativa do terço posterior da língua, reflexo de deglutição e de vômito. Alteração: ausência ou assimetria do palato mole, disfagia. XI – ACESSÓRIO Movimento do trapézio e rotação da cabeça, observara presença de fraqueza ou atrofia dos músculos do pescoço. XII – HIPOGLOSSO Observar simetria e posição da língua Alterações: atrofia, tremores, presença de desvio. REFLEXOS Resposta do organismo a um estimulo de qualquer natureza. Alterações: espasmo clônico, hiperreflexia, hhiporreflexia, sinal positivo de babinski. ESPASMOS CLÔNICOS Espasmo é a contração muscular involuntária, súbita, anormal e geralmente acompanhado de uma dor localizada e enrijecimento prolongado do músculo (espasmo tônico) ou uma séria de contrações muscular involuntárias alternando com relaxamento (espasmo clônico) SINAL DE BABINSKI O termo sinal de babinski refere-se ao sinal do reflexo plantar patológico, quando há a extensão d hálux (1° dedo do pé). A presença do reflexo (extensão do hálux) é uma reação normal em crianças ate anos de idade. Em adultos indica lesão neurológica (medula espinhal ou cérebro) HIPERREFLEXIA OU HIPORREFLEXIA Hiperreflexia: é definido como reflexos muito ativos ou responsivos em excesso Hiporreflexia: diminuição fraqueza dos reflexos do corpo humano. EXAME FISICO DE CABEÇA E PESCOÇO – AULA 7 Para a realização do exame físico de cabeça e pescoço, o profissional deve iniciar, de preferência, pela cabeça utilizando as técnicas de inspeção e palpação. CABEÇA De começo deve ser observada a posição da cabeça do paciente, que deve estar ereta e em perfeito equilíbrio, sem movimentos involuntários. As alterações na postura, com inclinação para a frente ou para trás, pode exemplo, podem indicar doenças do pescoço ou das meninges. CRÂNIO Deve observar o seu tamanho, que varia de acordo com a idade e o biótipo. Alterações como micro ou macrocefalia devem ser verificadas. Microcefalia: PC = ou menor a 32 cm no nascimento Macrocefalia: PC = ou maior a 35 cm no nascimento FORMAS DO CRÂNIO INSPEÇÃO E PALPAÇÃO DO CRÂNIO Identificar anomalias: tumores, tumefações, bossa e hematomas. FACE na propedêutica da face é importante observar alterações na coloração da pele, como palidez, cianose ou icterícia. As manchas localizadas podem caracterizar doenças como: eritema nas regiões malares, produzido por lúpus eritematoso. EXAME DOS OLHOS Madarose: perda de pelos nos cílios e sobrancelhas Triquiase: cílios invertidos Exoftalmias: protrusão do globo ocular Unilateral: tumores oculares ou retro-oculares Bilateral: hipertireoidismo Enofitalmia: globo ocular afundado e diminuição da fenda palpebral. CONJUNTIVA: • Normalmente são róseas com presença de rede vascular • Pálidas: anemias • Amarelas: icterícia • Hiperemia: conjuntivite, traumatismo, alergia, glaucoma. ESCLERÓTICA, CÓRNEA E CRISTALINO. • Catarata: cristalino opaco, aparecem a olho nu com áreas esbranquiçadas no interior da pupila. • Pterígio: espessamento triangular da conjuntiva que cresce na superfície externa da córnea. PUPILAS • Normal: arredondadas, levemente ovaladas, localização central. • Midríase: pupila dilatada • Miose: pupila contraídas • Anisocoria: pipilas de tamanhos desigual EXAME DO NARIZ • Inspeção: evidenciar deformidades • Rinofima: afecção do nariz que se caracteriza por um aspecto inchado, bulboso e grosseiro, causado por uma infiltração granulomatosa originada pela progressão de acne rosácea. • Observar batimentos de asas de nariz – inspiração • Observar corrimentos nasais. BOCA busca de ulceras aftosas: alergia, predisposição genética, deficiência nutricionais, distúrbios hematológicos e infecciosos, traumas e estresse. • Nódulos não neoplásicos • Lesões de herpes: vesículas e bolhas dolorosas • Avaliação de odor. LINGUA Analisar os parâmetros: posição (medianeira), tamanho (pequena), cor (róseo-avermelhada), text. GARGANTA Observação de amigdalas • Quando infeccioso • Tumores. PAVILHÃO AURICULAR Inspecionar • Alterações congênitas (forma e implantação) • Cor do lóbulo da orelha (cianose) • lesões inflamatórias ou micóticas • corpo estranhos • secreções apêndice pré-auricular • microtia é uma deformidade congênita, na qual o pavilhão auricular (orelha externa) é subdesenvolvido. • uma orelha completamente subdesenvolvida é referida como anotia. EXAME DO PESCOÇO Nos processos inflamatórios agudo das meninges a musculatura posterior do pescoço se contrai, causando rigidez da nuca, sinal propedêutico importante para diagnostico. Na inspeção do pescoço, é importante atentar-se à presença de cicatrizes, cianose e ingurgitamento de veias jugulares e verificar se há aumento das glândulas parótidas ou submaxilares. A glândula tireoide, localizada na região anteromedial do pescoço não costuma ser visível, nem palpável. A tireoide deve ser palpada para avaliação do seu tamanho, forma, consistência, sensibilidade, mobilidade e volume da tireoide pode revelar nódulo ou bócio, indicando disfunção da glândula. As veias jugulares normalmente não são visíveis, podendo apresentar ligeiro ingurgitamento na posição supina, que deve desaparecer no decúbito de 30°. A estase jugular (ingurgitamento das veias do pescoço) bilateral, que não desaparece na posição sentada, pode indicar insuficiência cardíaca. O exame da carótida deve ser feito por meio da palpação com os dedos indicador e médio da mesma mão, sempre comparativamente. • Devem-se palpar os linfonodos da região cervical, utilizando-se os dedos indicador e médio, movendo a pele para cima sobre os tecidos subjacentes • Para verificar a presença de gânglios submentoneanos, é preciso palpar com os dedos de uma das mãos, deixando a outra mão sob a cabeça EXAME FISÍCO DO SIST. RESPIRATORIO – AULA 8 O trato respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: • Nariz externo • Cavidade nasal • Faringe • Laringe • E parte superior da traqueia O trato respiratório inferior consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: • Parte inferior da traqueia • Brônquios • Bronquíolos • Alvéolos • Pulmões As camadas da pleura e os músculos que formam a cavidade torácica também fazem parte do trato respiratório inferior. DISPNEIA Dificuldade respiratória Pacientes: falta de ar, sufocação, aperto no peito, perda de fôlego ou respiração curta. A dispneia súbita, sem causa aparente, pode advir de pneumotórax espontâneo, embolia pulmonar ou infarto do miocárdio. ANAMNENE: • Surge quando se movimenta ? • Repouso ou realiza atividade física? • leve ou moderada ? • psicogênica: estado de ansiedade, depressão e alta emotividade podem levar a queixas como folego curto. TOSSE É uma resposta reflexa a estimulo irritantes na laringe, na traqueia ou nos brônquios. • Processo inflamatórios (hiperemia, edema e secreções) • Mecânicos (poeira, corpo estranho), químico (gases irritantes) • Térmicos (ar quente ou frio demais) EXPECTORAÇÃO Escarro é a substância expelida pela tosse. Maior produção pode indicar bronquite, pneumonia, e embolia pulmonar. HEMOPTISE Expectoração de sangue pela boca proveniente de ruptura dos vasos brônquicos (hemorragia brônquica) ou ruptura dos capilares ou transudação de sangue. As principais causas são: bronquiectasias neoplasias e tuberculose. • Sangue proveniente dos pulmões, em geral, é vermelho-vivo, com algumas porções espumosas. Contudo, se estiver no pulmão por tempo prolongado, pode se tornar vermelho escuro ou acastanhado. DOR TORÁCICA Manifesta-se por uma queimação, constante e persistente (retroesternal), ou de forma aguda, com uma pontada que se acentua com o movimento e a inspiração profunda (dor pleurítica) • Febre, tosse e expectoração (que podem indicar pneumonia ouperda de peso) • Fadiga e tosse persistente (que podem indicar tuberculose ou neoplasia) • Pós-operatório imediato ou tardio de cirurgia de grande porte (que pode indicar embolia pulmonar) ROUQUIDÃO Alterações da laringe e das cordas vocais, podem ser provenientes, também, de tumor pulmonar ou de aneurisma da aorta, que lesionam o nervo laríngeo, ocasionando paralisia da corda vocal. • Tosse, dispneia e produção de escarro • Doenças respiratórias progressivas (tuberculose, bronquite, asma, pneumonia, infecções de vias superiores) • Alergias (alimentos, medicamentos, polen, fumaça, gases, poeira, pelo de animais, mofo, cheiros fortes) • Imunização (contra pneumonia e influenza) • Tabagismo, alcoolismo e uso de drogas. EXAME DE TÓRAX Para o exame da região anterior, o paciente deve estar deitado em decúbito dorsal, no exame do tórax posterior o paciente deve estar em posição sentada, com os braços cruzados sobre a região anterior e de preferência com as mãos nos ombros. Essa posição afasta as escápulas, aumentando a área de acesso aos campos pulmonares TÉCNICAS • Inspeção • Palpação • Percussão • Ausculta INSPEÇÃO ESTÁTICA Podemos observar as condições da pele (coloração, hidratação, cicatrizes e lesões), pelos e sua distribuição, presença de circulação colateral e abaulamentos e retrações. Formas: chato, barril, infundibiliforme. Dedos e as unhas: podemos observar manchas de fumo. Branqueamento digital é uma anormalidade na qual as falanges distais e as unhas apresentam o formato de bulbo. Ainda que possa ser uma característica genética, comumente esta relacionado a cardiopatias, doenças respiratórias, doenças articulares e cirrose hepática. INSPEÇÃO DINÂMICA OBSERVAR A DINÂMICA RESPIRATÓRIA Tipo respiratório x ritmo respiratório Tipo respiratório: observa-se atentamente a movimentação do tórax e abdome, com o objetivo de reconhecer em que regiões os movimentos são mais amplos. • Abdominal: principalmente em homens • Torácica: principalmente em mulheres • Toracoabdominal: • Ortopnéia: dificuldade de respirar na posição deitada • Taquipneia: respiração rápida e superficial. • Platipnéia: dificuldade de respirar na posição ereta, com melhora do ritmo respiratório na posição deitada, comum em pneumectómica • Bradipnéia: respiração lenta e superficial. Pode ser secundaria ao coma diabético e a depressão do centro respiratório, devido ao aumento da pressão intracraniana e a intoxicação exógena. • Apneia: ausência de movimento respiratório. • Hiperpneia: respiração rápida e profunda que é fisiológica após exercício intenso, por ansiedade, acidose metabólica ou lesões neurológicas. • Trepopnéia: paciente se sente mais confortável para respirar em decúbito lateral. • Cheyne-stokes: dispneia periódica, corresponde a períodos de respiração lenta e superficial que gradualmente vai se tornando rápida e profunda, alternando períodos de apneia – IC, AVE. • BIOT (atáxia): caracteriza-se por ser irregular. As incursões respiratórias podem ser algumas vezes lentas, algumas vezes rápidas, algumas vezes superficiais ou algumas vezes profundas, cessando por curtos períodos – meningite. PALPAÇÃO frêmito toracovocal: FTV menos = obstrução brônquica barreira = liquido (d.pleural), ar(pneumotórax) FTV mais = condensação. Expansibilidade: as causas mais comuns de diminuição unilateral da expansão torácica incluem doenças fibrótica do pulmão ou da pleura subjacente, derrame pleural, pneumotórax, pneumonia lobar, dor pleurítica. Quanto à diminuição bilateral nos ápices, as causas incluem processo infeccioso ou cicatricial. Diminuição bilateral basal pode indicar gravidez, ascite, obesidade grave ou derrame pleural bilateral. PERCUSSÃO Realiza-se a percussão digito-digital do tórax em localizações simétricas, dos ápices em direção às bases; primeiro, em um dos lados do tórax e em seguida no outro no mesmo nível. O examinador é capaz de avaliar três elementos: características dos ruídos respiratórios, presença de ruídos adventícios e característica da voz falada e sussurrada. AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR A principal função do aparelho cardiovascular é levar aos tecidos sangue oxigenado e nutrientes, além dos hormônios, e transportar o sangue com dióxido de carbono (CO²) e metabólitos, para que seja novamente depurado e iniciado o processo de arterialização. Esse sistema é composto pelo coração e pelos vasos, que formam a grande e a pequena circulação. Os sinais e sintomas das doenças cardiovasculares podem se originar no próprio coração ou em outros órgãos que sofram a repercussão do mau funcionamento desse órgão, tais como pulmões, rins e cérebro. A avaliação do sistema cardiovascular deve ser realizada a partir de dados obtidos na anamnese do paciente, no exame físico e em outros recursos diagnósticos. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM História atual da doença: análise completa dos seguintes sinais e sintomas: • Dor torácica (precordialgia) • Náuseas e vômitos • Dispneia • Edemas • Palpitações • Fadiga • Variações de PA e FC • Sincope/tonturas • Tosse e hemoptise • Nictúria • Cianose • Dor nas extremidades e parestesias DISPNÉIA: insuficiência cardíaca DOR TORÁCICA: insuficiência coronariana SINCOPE E PALPITAÇÃO: arritmias ATRITO PERICÁRDICO: pericardite SOPRO: valvulopatias Parâmetros de avaliação: perguntas a serem feitas em uma avaliação de sintomas; • Inicio dos sintomas • Ocasiões que desencadeia o sintoma • Duração: continua ou intermitente • Tipo de dor: região, intensidade e irradiação • Tratamento anteriores • Clínico: medicamentoso • Cirúrgico • Procedimentos invasivos: Ex: cateterismo. • Implante de dispositivo: Ex: marca-passo FATORES DE RISCO: Não controláveis: idade, hereditariedade, sexo e etnia. Modificáveis, tratáveis ou controláveis: tabagismo, colesterol elevado, HAS, sedentarismo, obesidade e DM. Contributivos: estresse e consumo excessivo de álcool. INSPEÇÃO Exame físico geral • Como o paciente encontra-se no leito? Está confortável ? • Qual sua posição ? • Está em decúbito dorsal, em posição ortostática ou sentado? • Parece tranquilo ou inquieto ? • Apresenta sinais claros de desconforto respiratório (dispneia) ou cansaço ao responder perguntas ? • Verificar pressão arterial • Características do pulso • Frequência cardíaca • Peso e o volume de diurese em determinado tempo. Avaliação do funcionamento do sistema cardiovascular. OS DADOS ANTROPOMÉTRICOS: • Peso • Altura • Circunferência abdominal e relação cintura- quadril. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DO PACIENTE: • Sobrepeso e a obesidade podem representar um fator de risco cardíaco • Perda ponderal, um agravamento da condição cardíaca (insuficiência cardíaca) CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL E RELÇAO CINTURA-QUADRIL Gordura • Subcutânea: distribuída por todo organismo • Visceral: acumulada no abdome. o Produzir hormônios que alteram a circulação e a inflamação, além de aumentar a resistência a insulina e o aparecimento de aterosclerose. RELAÇÃO CINTURA – QUADRIL Risco cardiovascular: • Homem: superior a 0,90 • Mulher: superior a 0,85 TURGÊNCIA JUGULAR Insuficiência cardíaca, indica alterações de pressão e volume dentro do átrio direito. As veias jugulares externas são mais superficiais e mais visíveis bilateralmente acima da clavícula, próximas à inserção dos músculos esternocleidomastódeos. A jugular interna fica mais próximas às carótidas e menos acessíveis. CIANOSE Cor azulada ou acinzentada, evidencia-se geralmente ao redor dos lábios, na ponta donariz, nos lobos das orelhas e nas extremidades das mãos e dos pés (no leito ungueal e nas polpas digitais) Insuficiência cardíaca descompensada, especialmente insuficiência ventricular esquerda impedindo a troca de CO² por oxigênio O² ao nível pulmonar e diminuindo, por sua vez, ao nível capilar. INSPEÇÃO ESTÁTICA Tórax: será verificado, cicatrizes, deformidades. Tórax cariniforme (pectus corinatum) raquitismo na infância: o esterno é proeminente e as costelas horizontalizadas, resultando em um tórax que se assemelha ao de aves. Tórax infundiforme (pectus excavarum) congênito INSPEÇÃO DINÂMICA/PALPAÇÃO Precórdio: tangencial e frontal • Ictus cordis: impacto da ponta do coração a cada sístole ventricular. Visualizado (ou não) e celeridade. PALPAÇÃO PULSO Corresponde ao movimento de contração e expansão de uma artéria, também chamada de batimentos cardíacos, geralmente verifica o pulso nas artérias radial, temporal, femural, carótida e dorsal dos pés. • não verificar o pulso usando o polegar, para não confundir a pulsação com a do paciente. Convencionalmente, a frequência normal de um ser humano varia de 60 a 100 bpm, podendo sofrer variações de acordo com o estado do paciente. EDEMAS • verificação nos membros inferiores (sinal de godet) • indicação de insuficiência ventricular direita (IVD) • a medida do edema também é feita por meio da escala de cruzes ( de + a ++++) em pacientes cardiopatas: • aparece durante todo o dia • região sacral em paciente acamados, além do edema de pálpebras • a temperatura no local é baixa – vasoconstrição. AVALIAÇÃO DE PERFUSÃO PERIFÉRICA Teste de enchimento capilar e da coloração das extremidades fornece indícios para a avaliação da função ventricular esquerda e do débito cardíaco. consiste em comprimir a polpa do dedo contra a unha ate esta ficar branca e liberar a pressão. A recoloração em cerca de 2 a 3 segundo. PALPAÇÃO FRÊMITOS Na palpação do Precórdio, pode-se verificar, ainda a presença de frêmitos, que representam o fluxo turbulento de sangue pelas valvas cardíacas, os frêmitos são percebidos como vibrações finas, semelhantes as vibrações observadas na “garganta de um gato miando”. Eles são a tradução palpável dos sopros cardíacos. a pesquisa dos frêmitos deve ser feita com a mão espalmada sobre o Precórdio, usando de referência, a palma da mão para melhor sentir as vibrações. AUSCULTA É o método que oferece informações acerca dos sons cardíacos, que são chamados de bulhas cardíacas, do enchimento ventricular e do fluxo sanguíneo pelas valvas cardíacas, bem como do ritmo. Realizada em paciente relaxado e com o Precórdio descoberto, realizada em pontos do tórax onde é captado o ruído das valvas. Essas áreas, chamadas de focos de ausculta são: • foco mitral, que corresponde ao choque de ponta e está localizado no cruzamento do quinto espaço intercostal esquerdo com a linha hemiclavicular. • foco tricúspide, localizado na base do apêndice xifoide • foco aórtico, que fica no segundo espaço intercostal à direita, junto ao esterno • foco pulmonar, no segundo espaço intercostal à esquerda, junto ao esterno BULHAS CARDÍACAS A primeira bulha cardíaca (B1) esta ligada ao fechamento das valvas mitral e tricúspide (valvas atrioventriculares [AVs]): ela marca o início da sístole. É mais audível com o diafragma do estetoscópio colocado sobre do ápice do coração (foco mitral) e no foco tricúspide. A B1 resulta do fechamento abrupto das valvas AVs, o que causa certa turbulência do sangue e vibração de estruturas dos ventrículos. A segunda bulha (B2) guarda uma relação com o fechamento das valvas pulmonar e aórtica (semilunares), colocado sobre a base do coração no segundo espaço intercostal direto, na região paresternal (foco aórtico): final da sístole e início da diástole (enchimento ventricular) PRESSÃO ARTERIAL EXAME FÍSICO DO SISTEMA DIGESTORIO – AULA10 Os órgãos que compõem esse sistema têm funções especificas, como a mastigação, ingestão, digestão e absorção dos alimentos, e eliminação dos resíduos e substâncias não aproveitados. PREPARO DO AMBIENTE • preparo do ambiente: a unidade de internação, consultório, iluminação, ventilação, e privacidade do paciente. • Preparo do material: balança, estetoscópio, fita métrica, relógio com marcador de segundos, régua, caneta marcadora e dois travesseiros. • Preparo do paciente: solicita ao paciente que esvazie a bexiga, posição mais adequada para o exame é o decúbito dorsal, com os braços estendidos ao longo do corpo e com um travesseiro pequeno colocado sob a cabeça e outro sob os joelhos, para permitir o relaxamento da musculatura do abdome. ANAMNESE • Habito alimentar: numero de refeições diárias, tipo de alimentos ingeridos, restrições alimentares culturais, uso de suplementos etc. • Alteração de peso: peso corporal habitual, se houve aumento ou não, se foi em muito ou pouco tempo. • Sialorreia ou ptialismo: frequência e fatores desencadeantes da produção excessiva de saliva. • Soluço: inicio e evolução do sintoma, relação com a ingestão de alimentos. • Disfagia: inicio e evolução da dificuldade para deglutir, sensação de alivio após a ingestão de água sobre o bolo alimentar e a regurgitação dos alimentos durante ou após as refeições • Pirose ou azia: se a queimação retroesternal é continua ou intermitente se irradia para o pescoço e abdome superior, se há relação com ingestão de algum alimento específico. • Náuseas: intensidade, frequência, fatores desencadeantes (odores, ingestão de determinados alimentos) • Vômitos: frequência, quantidade, característica, fatores desencadeantes, presença de sangue vivo ou digerido (hematêmese) • Dispepsia: início e frequência do desconforto na região alta do abdome, relação com a ingestão de determinados tipos ou quantidade de alimentos e o que proporciona alivio (medicamento, repouso, atividade) • Habito intestinal: frequência e consistência das evacuações intestinais. Dar o máximo de informações possíveis. • Dor: tipo ( aguda, em pontada, em cólica ou em queimação), característica (superficial ou profunda ou intermitente), intensidade, propagação para outras regiões, sinais e sintomas associados. • Antecedentes pessoais: presença de ulceras pépticas, problemas de vesícula biliar, apendicite, hérnia e/ou cirurgia anteriores, hipertensão, alcoolismo, uso de medicações que alteram o funcionamento gastrointestinal como antibióticos e anti-inflamatórios. • Antecedentes familiares: presença de antecedentes familiares de doenças gastrointestinal, como câncer. TOPOGRAFIA MÉTODOS PROPEDÊUTICOS OBEDECENDO À SEQUÊNCIA INSPEÇÃO Estática: • Alterações de forma • Abaulamentos, retrações, cicatrizes • Pelos e anexos • Dilatação venosas Dinâmica • Tipo respiratório • Movimentos peristálticos • Pulsações • Hérnias INSPEÇÃO ESTÁTICA – ALTERAÇÕES DE FORMA Abdome plano e simétrico: padrão normal Abdome globoso Aumento predominante do diâmetro anteroposterior. obesidade: acúmulo de tecido gorduroso na parede e na cavidade abdominal meteorismo: gases dentro das vísceras ocas ou distensão patológica peneumoperitôneo megacolon: doença de chagas presença de liquido dentro da cavidade abdominal (ascite) abdome pendular ou “em avental”, obesidade intensa, com flacidez muscular da parede abdominal, o que faz com que esta se projete para ambos os lados. abdome escavado perda de reservas calóricas, comum em pessoas muito emagrecidas e caquéticas, neste caso, há um afundamento ou depressão da parede anteriorquando a pessoa está em posição supina, deixando bem visível as saliências das cristas ilíacas, da sínfise púbica e dos rebordos costais. CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL Medida com a fita métrica e usando a linha da cicatriz umbilical como ponto de referência, a comparação com as medidas subsequentes ou periódicas confere objetividade na descrição da forma e do contorno abdominal CICATRIZ UMBILICAL Normalmente esta localizada na linha média e é invertida, observa sinais inflamação, ou hérnia. As condições como gestão, ascite ou algumas massas vizinhas podem causar a protrusão do umbigo. No exame pede-se elevação da cabeça e dos ombros do paciente (deitado), pois, com essa manobra, a protrusão torna-se mais evidente. PELE A pele da parede do abdome possui superfície lisa e uniforme, de coloração homogênea. Observada: • Integridade e presença de cicatrizes, manchas, trajetos venosos dilatados e estrias. • As estrias podem ocorrer devido à gestação, aumento excessivo de peso ou à presença de ascite • Veias dilatadas, espacialmente na área periumbilical, estão frequentemente relacionadas ao aumento de pressão do sistema de veia porta. • Equimoses o Sinal de cullen: equimose periumbilical: gravidez ectópica e pancreatite aguda. o Sinal de gray-turner: equimose em flancos: pancreatite aguda • Avaliação de turgor, deve-se pinçar suavemente uma prega de pele com os dedos polegar e indicador e, em seguida libera-a, verificando seu retorno, o qual se normal deve ser imediato INSPEÇÃO – ALTERAÇÕES LOCALIZADAS Hérnias: escape parcial ou total de um ou mais órgãos por um orifício que se abriu por má formação ou enfraquecimento nas camadas de tecido protetoras dos órgãos internos do abdome. INSPEÇÃO DINÂMICA Movimentos peristálticos • Podem ser visualizados em indivíduos magros, podem geralmente indicar obstrução com hiperperistaltismo • Pulsações AUSCULTA Após a inspeção e antes da percussão e palpação; Objetivos: • avaliação dos ruídos intestinais, denominados de ruídos hidroaéreos, que são decorrentes dos movimentos peristálticos e deslocamento de ar e líquidos ao longo das alças intestinais. Normal • ruído hidroaéreo • estalidos e gorgolejos (sons de água) • frequência – 5 a 34 por minuto • 1-2 pontos de pesquisa em ambos hemiabdomes, por 1 minuto. Técnica: iniciar a ausculta abdominal pelo quadrante inferior direito, aplicando leve pressão e identificando a presença e qualidade do ruído intestinais. Devem ser descritos quanto a frequência e intensidade. • Intensidade: ruídos hidroaéreos normais, hipoativos ou hiperativos. o Ruídos hipoativos: ocorrem em distúrbios eletrolíticos, em pós- operatório de cirurgia abdominal, no íleo paralitico, na peritonite, na isquemia do colón e na obstrução intestinal avançada, podendo esta inaudível. o Ruídos hiperativos: são altos, sonoros, em gargarejo que refletem hipermotilidade e acompanham quadros de diarreia, uso de laxantes ou na fase inicial da obstrução intestinal. • O peristaltismo prolongado e intenso (sentido quando o estomago ronca) é chamado de borborigmo. PERCUSSÃO A percussão direta ou indireta do abdome auxilia na determinação do tamanho e da localização de vísceras solidas e na avaliação da presença de gases, líquidos e massas. • Técnica habitual (digito-digital) A percussão direta: é realizada utilizando-se uma das mãos, ou os dedos, a fim de estimular diretamente a parede do abdome por meio de tapas. Percussão indireta (digito-digital): inicia-se levemente a percussão no quadrante superior direito, prosseguindo-se pelos demais quadrantes no sentido horário, ate percorrer todos os quadrantes do abdome. Sons da percussão digito-digital Observações: • Abdome distendido: apresenta hipertimpanismo difuso (possibilidade de uma obstrução intestinal). • Atenção as áreas extensas de macicez. Sugestivas de massas ou de órgãos aumentados, que irão dirigir a palpação subsequente • na ocorrência de ascite, recomendando-se o teste da onda liquida (piparote) PALPAÇÃO A palpação do abdome auxilia na determinação do tamanho, forma, posição e sensibilidade da maioria dos órgãos, além da identificação de massas e acumulo de fluidos. • Superficial x profunda o Paciente em decúbito dorsal, confortável, com pernas e braços estendidos. o Os quatro quadrantes devem ser palpados em sentido horário, reservando-se para o final o exame aquelas áreas previamente mencionadas como dolorosas ou sensíveis PALPAÇÃO SUPERFICIAL Mão despalmada, pressiona-se de forma delicada a superfície do abdome, em aproximadamente 1 cm, com movimentos suaves em sentido horário. PALPAÇÃO PROFUNDA É usada para delimitar mais precisamente os órgãos abdominais e detectar massas menos evidentes. Técnica: a parede do abdome é deprimida em profundidade (aprox. 5 cm) a cada expiração, procurando perceber, com maior pressão dos dedos, tamanho, forma, mobilidade e pulsação de órgãos ou massas. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS Pesquisa do sinal de descompressão brusca dolorosa. Técnica: aplica-se com os dedos uma compressão lenta e profunda no abdome para, então, subitamente suspender a mão soltando a parede do abdome. Queixa de dor intensa e aguda, descrita como focada, causada pelo rebote das estruturas internas contra um peritônio inflamado, decorrente de apendicite aguda, colecistite aguda, pancreatite, diverticulite ou lesão peritoneal. sinal de Blumberg: descompressão dolorosa (indica processo inflamatório à nível do peritônio) sinal de rovsing: deslocamento de ar para o ceco à partir do colo esquerdo, positivo na apendicite aguda. Sinal de Murphy (colecistite, colelitíase): inspiração profunda acompanhada de compressão dolorosa do ponto cístico. Sinal de Giordano: punho-percussão lombar dolorosa na área de projeção renal O exame do fígado detecta alterações no seu tamanho, superfície, consistência e sensibilidade. Baço: se o contorno do baço for sentido, esse achado indica que a víscera pode estar aumentada, neste caso não é recomendado persistir na palpação, devido ao risco de ruptura do baço
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