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Fisiologia da lactação

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são glândulas exócrinas que produzem leite para a nutrição 
do recém-nascido. 
Possuem uma estrutura de ramificação mais complexa do que 
as demais glândulas da pele. 
Existem 3 grupos de mamíferos: monotremados, marsupiais 
e eutérios. 
A capacidade dos mamíferos nutrirem suas crias por meio 
da secreção do leite pelas glândulas mamárias durante o 
período inicial da vida pós-fetal tem dado a estes animais 
vantagens de sobrevivência. 
 
Morfologia e fisiologia da glândula mamária 
Várias características da glândula são compartilhadas entre 
os mamíferos, contudo, os três grupos de mamíferos diferem 
na complexidade da secreção e na estrutura anatômica da 
glândula. 
Monotremados: a glândula consiste em túbulos contorcidos 
que ficam embaixo da pele e na parte ventral da fêmea. 
Não há tetas ou mamilos para direcionar as secreções 
O leite escoa por ductos na superfície dos pelos maternos. 
Marsupiais: tem uma glândula mais complexa com tetas 
discretas. 
O filhote localiza a teta e a coloca na boca, o que faz com 
que a cavidade oral seja preenchida e mantém o filhote em 
uma única posição. 
Eutérios: possuem glândulas complexas que são redes de 
lobos agrupados em alvéolos, com ductos que terminam em 
uma teta externa. 
Ao contrário dos marsupiais, os filhotes de mamíferos 
eutérios podem se prender e desprender à vontade. 
A glândula mamária se origina, embrionariamente, a partir do 
espessamente linear bilateral do ectoderma ventolateral na 
parede abdominal, denominados de linhas lácteas ou cristas 
mamárias. 
Nelas se formam os botões mamários que dão origem a 
porção funcional da glândula mamárias. 
Já o parênquima (ou células secretoras de leite) da glândula 
mamária se desenvolve via proliferação de células epiteliais 
que surgem dos cordões mamários primários. 
As unidades secretoras de leite fundamentais da glândula 
mamárias são os alvéolos, estruturas ocas e circulares que 
são formadas por células epiteliais. 
O mamilo é a conexão externa para o sistema interno de 
secreção de leite. 
Nos machos, embora os mamilos geralmente se desenvolvam, 
os cordões mamários primários subjacentes não se 
desenvolvem em tecido glandular substancial. 
O crescimento ocorre nos ductos em relação ao 
comprimento, espessura e ramificação. Eventualmente, células 
se diferenciam para formar o esférico alvéolo lobular que 
sintetiza o leite. 
 
 
 
 
 
Ductos secretórios: drenam cada alvéolo independente e 
levam a ductos maiores conhecidos como ductos lactíferos. 
Esses ductos combinam-se para formar sistemas ductais 
maiores e, por fim, drenam para a cisterna glandular. 
A partir da cisterna glandular, o leite flui pela cisterna da teta 
e por seu canal até sair na teta. 
Duas camadas de epitélio cuboide recobrem todo o sistema 
ductal, a cisterna glandular e a cisterna da teta. 
A transição entre a cisterna da teta e canal da teta é um 
segmento conhecido como roseta de Fürstenberg, que é 
formada por dobras frouxas de epitélio colunar bilaminar, 
cada camada contendo várias pregas secundárias. 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem mostrando roseta de Füstenberg 
Entre as ordenhas ou os períodos de mamada, o leite é 
armazenado nos alvéolos e nas cisternas glandular e da teta.. 
Mamogênese 
Desenvolvimento e crescimento das glândulas mamárias. 
Ocorre durante diferentes épocas do ciclo reprodutivo, a 
começar no período pré-natal ou fetal e estendendo-se até 
o parto e, em algumas espécies, até os primeiros estágios da 
lactação. 
Caracteriza-se por uma interação singular entre tecidos de 
origem ectodérmica ou parênquima (células dos ductos 
lactíferos e do epitélio secretório) e os tecidos de origem 
mesodérmica ou estroma 
 células mioepiteliais, adipócitos, fibroblastos 
e células associadas aos sistemas vascular e imune. 
 
Lactogênese 
Início da lactação 
Processo de diferenciação, por meio do qual as células 
alveolares mamárias adquirem capacidade de secretar leite. 
Pode ser definido por um mecanismo em duas etapas: 
1° estágio: diferenciação enzimática e citológica parcial das 
células alveolares, que resulta na secreção de quantidades 
limitadas de leite. 
2° estágio: começa com a secreção copiosa do leite pouco 
antes do parto e, na maioria das espécies, estende-se por 
vários dias após o parto. 
O nível alto de progesterona no final da gestação impede a 
lactogênese 
A redução do nível desse hormônio pouco antes do parto 
permite que o complexo lactogênico inicie a diferenciação 
celular e a lactação. 
Galactopoese 
Período de manutenção da lactação 
Depende da preservação das contagens de células 
alveolares, da atividade sintética por célula e da eficácia do 
reflexo de ejeção do leite. 
Os hormônios envolvidos são os semelhantes aos que fazem 
parte do complexo lactogênico 
 O complexo PRL – glicocorticoide é 
responsável pela síntese e secreção do leite com a 
colaboração de outros hormônios. 
Embora todos os hormônios sejam importantes, a PRL é o 
regulador principal dos roedores, além do GH em muitas 
outras espécies. 
Desempenho da lactação 
Depois do parto, a produção do leite aumenta a uma taxa 
acelerada até alcançar o desempenho máximo e, em seguida, 
o volume diário de leite diminui progressivamente até o final 
da lactação. 
Essa curva de lactação é semelhante em todas as espécies, 
mas as diferenças principais estão relacionadas com a 
amplitude do pico e com a persistência e com a duração da 
lactação. 
Depois de alcançar o pico, a produção diária de leite diminui 
em consequência da redução de eficiência e da perda de 
parte das células secretórias, quase certamente por 
apoptose. 
A quantidade de leite produzida por uma vaca é função da 
quantidade de tecido no úbere e sua atividade secretora. 
.na síntese dos constituintes do leite, existem particularidade 
de acordo com a espécie. 
Para que haja uma intensa função das glândulas mamárias, 
é necessária uma alimentação completa qualitativa e 
quantitativa. 
O metabolismo das glândulas mamárias mantém estreita 
relação com o metabolismo corpóreo. 
Durante o período da lactação ocorrem variações da 
qualidade do leite. 
No inicio da lactação as glândulas mamárias secretam 
colostro, cuja quantidade é muito diferente da do leite que 
será secretado mais tarde. 
Após o início da lactação, o leite adquire, em poucos dias, a 
quantidade do leite autêntico. 
A quantidade do leite da vaca aumenta nas primeiras 
semanas e atinge em cerca de um ou dois meses seu máximo 
valor. 
A produção de leite apresenta variações com a espécie do 
indivíduo. 
Os fatores que exercem influência são: hereditariedade e 
alimentação. 
Fatores que influenciam na secreção láctea 
Idade dos animais: o número de células glandulares aumenta 
da primeira à quarta lactação. 
Uma nítida decadência da produção de leite ocorre com o 
aumento da idade. 
Doenças: mastite 
Fluxo sanguíneo: um fluxo sanguíneo intenso é condição para 
uma alta produção das glândulas mamárias. 
Sistema nervoso 
O crescimento mamário, lactogênese e lactação são 
processos de longa duração envolvendo dias ou meses 
 Neste caso, o sistema endócrino é o fator 
regulatório primário. O sistema nervoso é responsável por um 
controle rápido das funções corporais. 
Controle hormonal durante a mamogênese 
Estrógenos: crescimento do ducto mamário 
Progestágenos + estrógenos: crescimento lóbulo alveolar 
Prolactina: mudanças na forma dos receptores para 
estrógeno 
Hormônio lactogênico placentário: propriedades imunológicas 
Estruturalmente homólogo à prolactina e ao hormônio do 
crescimento (elevado durante a prenhes) 
Colostro 
Primeira secreção da glândula mamária após do parto. 
Fornece componentes importantes e, em alguns casos, 
essenciais à saúde e à sobrevivência do recém-nascido. 
Em comparação com o leite, a composição do colostro tem 
teores consideravelmente maiores de sólidos, proteínas e 
cinzas 
 Especialmentezinco, ferro, ácido fólico, colina, riboflavina 
e vitaminas A, E e B12. 
Algumas estimativas sugerem que ao nascer um bezerro 
tenha reservas de energias para cerca de 18h, caso não 
receba colostro. 
 
 
 
 
 
 Estímulos que liberam ocitocina que irá impulsionar a descida do leite

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