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Princípios e Práticas de Eletroterapia Estética Facial Aula 9: Microdermoabrasão: peeling de cristal e peeling de diamante Apresentação Nesta aula, estudaremos a microdermoabrasão, uma técnica segura de peeling para qualquer época do ano. Veremos também o peeling de cristal, seu histórico, de�nição, mecanismo de ação, técnica de aplicação, níveis de aplicação, profundidade do peeling, indicações e contraindicações. Analisaremos ainda o peeling de diamante, sua de�nição, mecanismo de ação, técnica de aplicação, precauções, tipos de ponteiras, indicações e contraindicações na estética facial. Objetivo Explicar a microdermoabrasão, seu mecanismo de ação, utilidades, indicações e contraindicações; Descrever o uso do peeling de cristal na estética facial, mecanismo de ação, técnica de aplicação, indicações e contraindicações; Descrever o uso do peeling de diamante na estética facial, mecanismo de ação, técnica de aplicação, indicações e contraindicações. Fonte: shutterstock Dermoabrasão Clique nos botões para ver as informações. A dermoabrasão como precursora da microdermoabrasão foi descrita por Macedo, em 1988. Ele a considerou um tipo de peeling radical em sua ação, já que o classi�cou como método “mecânico invasivo”. O autor descreveu a técnica como uma lixa acoplada a um torno, formando uma máquina que gira em alta velocidade e elimina, literalmente, toda a epiderme e, possivelmente a derme papilar, expondo, dessa forma, a derme reticular, propiciando o surgimento, em alguns dias, de uma nova camada epitelial. Alguns autores relataram que pacientes submetidos à dermoabrasão devem permanecer em casa por aproximadamente um mês, até que a crosta formada após a aplicação venha a cair e apresente uma pele renovada. Inicialmente, essa nova pele apresenta-se bastante �na e sensível, sendo contraindicada a exposição solar ou a aplicação de cosméticos, sem o devido acompanhamento médico. O uso de antibióticos é recomendável para evitar infecções. A dermoabrasão é contraindicada para pacientes de pele negra, pois, quanto mais ativos forem os melanócitos, maior será a probabilidade de a região �car manchada após o lixamento. Histórico A dermoabrasão é considerada ideal para as rugas super�ciais ao redor dos lábios e para eliminar cicatrizes de acne. Mas, por ser considerada um peeling profundo, somente pode ser usado por médicos, exigindo grande controle na aplicação. Tal procedimento sangra bastante, tornando-se imprescindível a anestesia local e grande perícia por parte do médico responsável. Seu resultado permite respostas duradouras. Segundo alguns autores, decorridos 10 a 15 dias, inicia-se o desprendimento das crostas formadas provenientes dessa terapêutica, surgindo, então, uma nova pele com coloração rosada e levemente edemaciada, proporcionando uma recuperação gradativa a cada dia subsequente. Os riscos de um procedimento cirúrgico ou de possíveis sequelas depressivas fazem os consultórios médicos de Dermatologia, Cirurgia Plástica ou Medicina Estética optarem, em casos especí�cos, pela microdermoabrasão em substituição à técnica de dermoabrasão. Descrição Similaridades Fonte: shutterstock Comparativamente, a microdermoabrasão apresenta-se como uma técnica de ação mais super�cial. Segundo Sabatovich et al., sua profundidade poderá atingir até a camada espinhosa, aumentando a nutrição epidérmica por meio do estímulo dérmico. Embora essa a�rmativa seja prudente, a camada do epitélio a ser atingida dependerá diretamente da técnica de aplicação, da potência estabelecida no equipamento e do número de vezes em que ocorrerá a erosão sobre uma mesma região, não se descartando a possibilidade de uma invasão na camada germinativa da epiderme ou mesmo na derme papilar. Entendemos, por isso, que as grandes diferenças entre dermoabrasão e microdermoabrasão são a profundidade de ação, a recuperação tecidual e os riscos após o lixamento. Microdermoabrasão mecânica AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte?do online Clique nos botões para ver as informações. Esta técnica surgiu na Itália em 1985 e se tornou uma das mais populares formas de desgaste super�cial da pele. Por volta de 1995 os primeiros aparelhos surgiram no mercado norte-americano (GRIMES, 2005). Atualmente há diversos modelos de microdermoabrasão que são utilizados em clínicas de estética, clínicas médicas e spas. (STANDARD, 2011). Histórico A microdermoabrasão apresenta-se como uma técnica de esfoliação não cirúrgica, passível de controle e que pode ser executada de forma não invasiva. Normalmente, pode ser praticada por médico dermatologista ou esteticista, ou, ainda, por alguma outra pro�ssão da saúde com especialização em estética ou dermato funcional, por suas formações acadêmicas e pós-graduações especí�cas. O procedimento pode ser realizado por um esteticista por meio de um aparelho especí�co ou de cremes especí�cos. Normalmente, são necessárias de 5 a 12 sessões, dependendo do objetivo do tratamento, cada uma com duração média de 30 minutos, para que se tenha o resultado desejado. Conceito Tipos Os principais tipos de microdermoabrasão são: Peeling de cristal É utilizado um pequeno aparelho que combina a pressão negativa em uma parte com sucção. É associada também a pressão positiva com o jateamento de microcristais de óxido de alumínio. Peeling de diamante É utilizada uma ponteira acoplada em um aparelho de vácuo (pressão negativa), associada com uma ponteira com lixas diamantadas. Equipamento Clique no botão acima. Embora não existam, ainda, pesquisas e estudos concluídos sobre a microdermoabrasão, a prática terapêutica demonstra que seu manuseio consiste na aplicação direta sobre a pele, por meio de um equipamento mecânico gerador de pressão negativa e pressão positiva simultâneas, em que são utilizados microgrânulos de óxido de alumínio (ou outro material similar - 100 a 140 micras), quimicamente inertes, jateados pela pressão positiva sobre a superfície cutânea numa velocidade passível de controle, provocando erosão nas camadas da epiderme, sendo, ao mesmo tempo, sugados pela pressão negativa, tanto os resquícios dos microcristais como células córneas em disjunção. Os equipamentos utilizados para a prática da microdermoabrasão devem possuir um botão de ajuste que permita maior ou menor quantidade no jateamento dos microcristais de óxido de alumínio. Outro tipo de equipamento utilizado na prática de microdermoabrasão é composto por uma manopla com diferentes ponteiras diamantadas de granulometrias diferentes, denominado peeling de diamantes. Nessa prática, só obtemos a pressão negativa (também ajustável), proporcionando que a pele seja suavemente sugada pela manopla, sendo o lixamento efetuado por meio dos movimentos executados pelo terapeuta, que manterá contato direto dessa manopla com a pele (os terminais diamantados podem variar de 50 a 200 micras, e quanto maior a micragem utilizada, mais invasiva será a abrasão) (BORGES, 2010). A ponteira da cânula é um acessório que direciona os microcristais jateados da manopla do aparelho e que faz contato terminal com a região epidérmica. Deve ser descartável, já que ela é de plástico e se mantém em contato direto com a pele do paciente. Preferencialmente, tais ponteiras devem ser transparentes, possibilitando ao terapeuta a visualização da erosão desejada. Os microcristais de óxido de alumínio nunca poderão ser reutilizados. Embora sejam raros, tais procedimentos previnem possíveis contaminações. Efeitos Podemos concluir que qualquer procedimento de peeling promoverá o incremento nessa mitose celular, o que proporciona uma renovação epitelial mais acelerada, evitando o excesso no depósito de células córneas e a sua permanência por um período mais prolongado. Técnica de aplicação Clique no botão acima. Alguns procedimentos são necessários para que tenhamos êxito na utilização da microdermoabrasão: Devemos ajustar o botão de pressão positiva do equipamento, a �m de permitir maior ou menor saídados microgrânulos de óxido de alumínio. Quanto maior o ajuste, maior será o jateamento dos microgrânulos sobre a região tratada. Normalmente, o relógio do manovacuômetro dos equipamentos de microdermoabrasão atinge uma pressão de até 700mmHg. Utilizando a cânula terminal, executamos procedimentos de varredura sobre a pele (manter a região de tratamento sob estiramento), limpando o excesso dos microcristais com chumaço de gaze seca. Como técnica de aplicação, promovemos a varredura no sentido das linhas de Langer e, se necessário, complementamos com movimentos em “xadrez”, atingindo assim toda a região. O paciente deve ser bem-acomodado em decúbito e, quando o procedimento for executado na face, a cabeceira da maca deverá ser reclinada. Seus olhos deverão ser mantidos fechados e, sobre eles, uma compressa de gaze embebida em soro �siológico. É indispensável, por parte do pro�ssional, o uso de luvas e máscara descartáveis, além de óculos protetores e lupa de pala. As áreas mais comuns para a aplicação da microdermoabrasão são a face, os braços e os antebraços, o dorso das mãos, a região da musculatura dorsal e ventral (trapézio e peitorais), os glúteos e a região supratrocanteriana e infratrocanteriana. Como cuidado especial por parte dos pro�ssionais de estética, sugerimos, como medida de precaução, não atingir o tecido conjuntivo, evitando sangramentos não compatíveis com sua atuação terapêutica (técnica dermatoinvasiva). Já os médicos especializados poderão proceder em um nível de pele mais inferior, associando, inclusive, peelings químicos para casos de dermatoses mais profundas. Cada sessão de microdermoabrasão tem a duração aproximada de 10 a 30 minutos, dependendo da extensão da área de tratamento, podendo levar até 80 minutos quando associada à antissepsia básica, hidratação, máscara cosmética hidratante e fotoproteção. A quantidade e o intervalo das sessões poderão variar, dependendo do problema a ser tratado. Contudo, estudos indicam que com 4 aplicações, uma vez por semana, já temos resultados extraordinários, podendo atingir de 6 a 12 aplicações em média, aumentando o intervalo de acordo com a resposta obtida, sempre avaliando caso a caso. A manutenção deverá ser mensal, e, posteriormente, bimestral. O uso de �ltro ou bloqueador solar, indicado para cada tonalidade de pele, diuturnamente, torna-se imprescindível. Baseados em relatos de experiência e estudos de caso, rati�camos que os resultados obtidos são realmente surpreendentes e bastante duradouros. É visível o a�namento do tecido epitelial já na primeira aplicação, o que pode ser comprovado por diagnóstico por meio da luz de Wood, ou câmera de dermatoscopia (proporciona a visualização aumentada do epitélio em até duzentas vezes). Logo, dependendo do tipo de pele e afecção estética a ser tratada, assim como da habilidade do pro�ssional, os efeitos podem ser observados já na primeira aplicação. Indicações Atenuação das rugas. Aceleração do processo de renovação celular. A�namento da pele. Atenuação de cicatrizes de acne. Clareamento de manchas da epiderme. Tratamento de foliculite. Estimulação da proliferação de colágeno e elastina. Contraindicações É contraindicado em lesões tegumentares seguidas de processos in�amatórios na pele. Indivíduos que têm alergia ao óxido de alumínio, pacientes que fazem uso de ácidos ou cosméticos que contenham ácidos não devem fazer uso da técnica. Evitar aplicar a técnica em pessoas que possuem telangiectasias, rosácea e hemangioma (GUIRRO e GUIRRO, 2002). O uso inadequado da microdermoabrasão pode trazer danos como hipopigmentação e hiperpigmentação e sensibilização da pele. O cliente tem de estar ciente que precisa abster-se da luz solar e utilizar protetor solar. A técnica não deve ser utilizada para remoção de tatuagens (STANDARD, 2011). É necessária atenção especial em peles com fototipo elevado, pois podem apresentar hiperpigmentação (BORGES, 2006). O uso do tratamento com microdermoabrasão pode causar incômodo, por ser um método que promove abrasão, e pode apresentar eritema, o que sugere precaução durante e após o procedimento e sempre deve ser realizado por pro�ssionais habilitados (GORZONI, 2011). Fonte: shutterstock Peeling de cristal AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte?do online Clique nos botões para ver as informações. Os jatos de microcristais são expulsos (pressão positiva) por meio da alta velocidade e da pressão, descompactando as células das camadas mais super�ciais da epiderme e, ao mesmo tempo, aspirando os resíduos celulares e o excesso dos microcristais. Por não apresentar relatos álgicos, desde que realizado corretamente, tal procedimento não necessita de anestesia ou de qualquer tipo de sedação. De�nição O peeling de cristal é uma microdermoabrasão, ou seja, uma esfoliação realizada mecanicamente na pele com o objetivo de remover marcas e melhorar o aspecto da pele, tratando cravos, manchas, rugas e estrias corporais. Objetivo Mecanismo de ação Clique no botão acima. Borges ainda salienta (2006) que a reação abrasiva estimula a produção de colágeno e elastina, que são responsáveis pela estrutura e elasticidade da pele. A sucção a vácuo comprime os músculos faciais, causando efeito de lifting momentâneo. A aplicação da microdermoabrasão induz a estimulação da neocolagênese, ou seja, ativa os �broblastos a produzirem novas �bras de colágeno. Ocorre a renovação celular e promove o a�namento da camada córnea (KEDE e SABATOVICH, 2004). A microdermoabrasão é muito super�cial, ou seja, atinge somente as camadas super�ciais da epiderme que serão eliminadas, promovendo aceleração da mitose celular e consequente renovação epitelial pelo incremento da síntese proteica, ocorrida na camada subjacente e estimulando a neovascularização regional que não deve ultrapassar o limite hemorrágico (GUIRRO e GUIRRO, 2002). De acordo com Standard (2011), o mecanismo do vácuo estimula o metabolismo das células e circulação, proporcionando textura �na e saudável por meio do incremento de proteínas de colágeno, elastina e reticulina. Para Guirro e Guirro (2002), os efeitos �siológicos ocorrem por meio do a�namento do tecido epitelial e de uma neovascularização com aumento na colagênese, promovendo, assim, a atenuação das linhas de expressão. A técnica é usada para atenuar as ritides por meio de esfoliação da epiderme e das papilas dérmicas, tornando a pele elástica e suave (MAIO, 2011). Descrição da técnica A técnica de microdermoabrasão é realizada por meio do jateamento de cristais de óxido de alumínio por manobras com uma caneta especial sobre a superfície da pele. Uma caneta está conectada a dois tubos (mangueiras). Um tubo (mangueira) está ligado ao depósito de cristais de óxido de alumínio. O outro tubo (mangueira) está ligado a uma bomba de vácuo. A caneta projeta os cristais de óxido de alumínio sobre a pele e aspira ao mesmo tempo os cristais projetados e fragmentos da pele. A aspiração impede a dispersão de cristais para áreas vizinhas. Durante a aplicação da técnica, deve-se observar a pressão positiva desejada, porque seu ajuste estará diretamente proporcional ao jateamento dos microcristais de óxido de alumínio. Portanto, a pressão ideal dependerá de fatores como a sensibilidade cutânea e o tipo de pele (lipídica e alípica), pois o seu manuvacuômetro atinge até 700 mmHg. Porém, deve-se começar o procedimento com ajuste de potência menor do que 200 mmHg e ir aumentando conforme a avaliação da pele e condições do paciente (BORGES, 2006). Para obter melhor resultado, é recomendado estirar a pele e realizar os movimentos de varredura com a caneta. Também podem ser executados movimentos como vai e vem, xadrez e círculos. Os movimentos têm de ser passados lentamente e, quando em maior quantidade na mesma região, proporcionará o tipo de abrasão desejada (MAIO, 2011). Seguindo a mesma linha de raciocínio, Borges (2006) enfatiza que o paciente deve estar acomodado, deitado em decúbito dorsal, com os olhos fechados. É extremamenteimportante que o pro�ssional faça uso de luvas e máscaras descartáveis e óculos protetores. Cada sessão tem duração de 10 a 30 minutos, dependendo da extensão da área a ser tratada (GUERRA e BURKLE, 2009). Atenção Em concordância com Maio (2011), são necessários, no mínimo, de 4 a 10 sessões, para se obter resultados notáveis e satisfatórios. A aplicação da técnica pode ser realizada uma vez por semana. Sua aplicação é rápida e indolor, sem efeitos colaterais relevantes (KEDE e SABATOVICH, 2004). Profundidade do peeling Existem duas opções durante o peeling de cristal: 1 Manter uma esfoliação leve da epiderme. 2 Realizar o procedimento de maneira mais intensa, chegando até a derme super�cial (que �ca abaixo da epiderme, a primeira camada da pele). O principal benefício do método mais profundo é a associação com princípios ativos. Chegando na derme super�cial são colocados os ativos que considerados necessários, como: 1 Células-tronco vegetais 2 Hidratantes 3 Máscara de colágeno 4 Tensores 5 Vitamina C A permeabilidade dos cosméticos é muito maior nessa camada da pele, garantindo resultados mais visíveis. Fonte: shutterstock Peeling de diamante O Peeling de diamante é um tratamento de renovação celular realizado por meio da microdermoabrasão da pele, em que é usada uma caneta a vácuo com ponteira de diamante que desliza sobre a pele promovendo uma esfoliação super�cial. A esfoliação abrasiva é controlada e possui várias espessuras, de acordo com a região tratada e com o estado da pele, promovendo um peeling leve de forma a refazer a superfície da pele, renovando as células, reduzindo as rugas �nas, diminuindo os poros dilatados, a oleosidade e a acne. AtenÁ„o! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conte?do online Clique nos botões para ver as informações. É um tratamento estético que faz uma esfoliação mecânica, também conhecido como microdermoabrasão. Funciona retirando as células mortas da camada mais super�cial da pele, contribuindo para a renovação celular, melhorando a �rmeza, elasticidade e viço da pele. De�nição A�nar a camada córnea. Estimular a renovação celular. Melhorar o viço e clareamento da epiderme. Reduzir a aspereza da epiderme. Desobstruir os poros e óstios. Estimular a produção de colágeno e elastina. Suavizar as rugas. Benefícios Mecanismo de ação De acordo com Borges (2010), o peeling de diamante é uma técnica de esfoliação não cirúrgica. Sua ação promove o desenvolvimento da mitose celular �siológica, que proporcionará uma renovação epitelial mais rápida, provocada pela microdermoabrasão. Isso possibilita efeitos como o clareamento das camadas mais super�ciais da epiderme. O equipamento exercido na prática do peeling de diamante é composto por um cabo curto ou manopla com diferentes ponteiras diamantadas de granulometrias distintas, que proporciona uma pressão negativa (ajustável) e possibilita que a pele seja suavemente sugada pela manopla. Com isso, a esfoliação acontecerá por meio dos movimentos efetuados pelo terapeuta, que continuará o contato direto da manopla com a pele (BORGES, 2010). Ponteiras Clique no botão acima. As ponteiras diamantadas podem variar de 50 a 200 micras. Pode-se entender que quanto maior for a micragem utilizada, mais invasiva será a abrasão. Será a pressão utilizada pelo pro�ssional que determinará a profundidade da abrasão, e quanto maior a pressão maior a profundidade. A aplicação da técnica é similar à do peeling de cristal (BORGES, 2006). Dessa maneira, pode-se considerar microdermoabrasão todo procedimento físico de abrasão que respeite o limite da epiderme (MAIO, 2011). Técnica de aplicação O método consiste em uma microdermoabrasão super�cial, em que é usada uma ponteira de diamante que desliza sobre a pele promovendo uma esfoliação. O principal objetivo é refazer a superfície da pele, reduzindo as rugas �nas e diminuindo os poros dilatados. O tratamento age de maneira suave e progressiva, podendo ser usado em todos os tipos de pele, inclusive nas morenas e bronzeadas. Clique nos botões para ver as informações. Seguindo os mesmos princípios da dermoabrasão descritos por alguns autores e considerando-se a sua prática clínica em diversos consultórios e gabinetes de estética especializados, a “raspagem” da pele efetuada pela microdermoabrasão está indicada nas seguintes situações clínicas: 1. Pré-cirúrgico estético (ritidoplastia, rinoplastia) Tem grande importância durante e após o processo cirúrgico. Proporciona maior a�namento do tecido epitelial, aumentando a qualidade na elasticidade e a hidratação do tecido pelo incremento da síntese proteica. 2. Pré-tratamento de revitalização Diminuição da impedância da pele, facilitando a terapêutica proposta, e incrementando o aporte sanguíneo. A�namento dos corneócitos (camada córnea em disjunção e camada córnea compacta), permitindo a passagem e a penetração de determinados ativos indicados, dando ênfase a uma das principais funções da pele que é a absorção/permeação. 3. Rugas �nas Conhecido nos EUA como efeito lunch peel (peeling da hora do almoço). Esse “apelido” surgiu pelo curto espaço de tempo que é necessário para sua aplicação, o que incentivou as mulheres americanas a procurarem essa terapêutica em seus intervalos de almoço, no decorrer do expediente pro�ssional. Para essa indicação, a resposta ocorre por meio do a�namento do tecido epitelial e de uma neovascularização com considerável aumento na colagênese e, consequentemente, atenuação das marcas de expressão mais visíveis. 4. Peles lipídicas Diminui o calibre dos óstios, controlando o processo de exacerbação sebácea e possível manifestação acneiforme. 5. Discromias difusas e circunscritas, hipercrômicas e hipocrômicas e fotoenvelhecimento Colabora para o clareamento epitelial, pela ação esfoliativa sobre a capa córnea da epiderme. Exerce ação de incremento local em casos de hipopigmentação, induzindo a formação melânica. Atua, ainda, como agente de adsorção de melanina pré-formada na epiderme. �. Sequelas de acne Permite o nivelamento tecidual, pelo lixamento de suas extremidades e incremento proteico na região depressiva. Esse efeito é alcançado devastando-se a borda da cicatriz, tornando-a suavemente inclinada e atingindo o seu centro para uma considerável estimulação proteica. O resultado é a sensação de uma pele renovada, visivelmente mais delgada e suave ao tato. 7. Queloides, cicatrizes hipertró�cas, extremidades e centro de cicatrizes hipotró�cas Apresentam indicação relativa devido à sensibilidade pré-existente. Visa a promover o nivelamento e o clareamento epitelial. �. Foliculite Favorece a diminuição do excesso de células compactadas e ceratinizadas da capa córnea da epiderme, permitindo a expulsão do �lamento derivado do folículo piloso, o que controla o processo in�amatório comum nesse tipo de afecção. 9. Hiperqueratose Indicação Descompactação das camadas super�ciais da epiderme com a�namento do tecido epitelial. A microdermoabrasão está contraindicada nas lesões tegumentares acompanhadas de processo in�amatório. Algumas precauções devem ser levadas em conta, como: Evitar a exposição solar 48 horas antes e após cada sessão. Controlar, com uso de cosméticos ou cosmecêuticos à base de ácidos, uma grande sensibilização epidérmica, exceto sob indicação e rigoroso acompanhamento médico ou �sioterapêutico. Usar qualquer técnica de peeling ou de produtos ceratolíticos concomitantemente às sessões de microdermoabrasão sem a prévia indicação e o prévio acompanhamento do pro�ssional responsável. Evitar excesso na erosão que possa atingir a camada mais inferior da epiderme (basal ou germinativa), precavendo- se de um possível processo invasivo que venha a atingir o tecido conjuntivo, sendo este incompatível com a terapêutica �sioterápica. Manter cuidados especiais nas peles negras para que não ocorra excesso de abrasão, evitando o surgimento de uma discromia indesejada; grande fragilidade capilar (telangiectasias/couperrose);hemangiomas; sensibilidades ou alergias. Contraindicação A quantidade e o intervalo das sessões variam, dependendo do problema a ser tratado. É possível observar que com quatro aplicações, uma por semana, já há ótimos resultados. A quantidade e o intervalo das sessões variam, dependendo do problema a ser tratado. É possível observar que com quatro aplicações, uma por semana, já há ótimos resultados. Pode-se atingir 6 a 12 aplicações, em média, aumentando o intervalo de acordo com a resposta obtida, sempre avaliando caso a caso. A manutenção deverá ser mensal, e posteriormente, bimestral. Como vimos, o uso de �ltro ou bloqueador solar, indicado para cada tonalidade de pele, diuturnamente, torna-se imprescindível. Número de sessões Peeling de cristal x peeling de diamante Clique no botão acima. Peeling de cristal x peeling de diamante Para �nalizar a nossa aula, vamos revisar alguns pontos, mas, agora, focando na diferença entre eles: Peeling de diamante É realizado com uma ponteira de caneta e uma lixa diamantada, aspirando impurezas da pele, atingindo somente a epiderme. O método é mais indicado para peles mais novas e sensíveis, que não necessitam de uma esfoliação abrasiva. Não causa dor nem vermelhidão. É ideal para hidratar e acabar com as marcas deixadas pelos comedões e pústulas no rosto. Pode ser feito também no pescoço, colo e costas. O número de sessões recomendadas varia de acordo com o estado da pele. Para algumas, três são su�cientes. Para outras, podem ser necessárias 10 ou mais. Peeling de cristal É feito com uma ponteira que, aplicada sobre a pele, libera e aspira os cristais (óxido de alumínio) pelo próprio equipamento a vácuo. Ele é recomendado para peles mais maduras e que precisam de uma esfoliação mais profunda. O peeling de cristal é um pouco dolorido, pode ocorrer uma leve queimação, chegando a provocar vermelhidões na pele. É ideal para remover manchas provocadas pelo sol e cicatrizes de acnes. Ele pode ser realizado de 1 a 2 vezes por semana e a quantidade de sessões necessárias variarão conforme o estado da pele, mas os resultados podem começar a ser vistos logo ao �m da primeira sessão. Geralmente recomenda-se no mínimo 3 sessões. Para ambos os métodos não existem riscos, desde que seja feito com as devidas precauções, que, como vimos, são: Evitar exposição solar 48 horas antes e após cada sessão. Controlar o uso de cosméticos à base de ácido. Não usar outras técnicas de peelings ou produtos com ácido. Não fazer esfoliação excessiva. Atividades 1. O que é microdermoabrasão e quais são os tipos mais utilizados? 2. O que é peeling de cristal? 3. Quais os cuidados realizados depois da aplicação do peeling de cristal? 4. Qual a relação entre a ponteira do peeling de diamante e a abrasão realizada na pele? NotasReferências AGNE, Jones Eduardo. Eletrotermofototerapia. 1. ed. Santa Maria: O Autor. 2013. BORGES, Fábio dos Santos. Dermato-Funcional: modalidade terapêutica nas disfunções estéticas. 2. ed. São Paulo: Phorte Editora Ltda., 2010. PEREIRA, M. F. L. Eletroterapia: no tratamento estético. 1. ed. São Paulo: Difusão, 2014. Próxima aula Peeling Ultrassônico – propriedades e uso na estética facial. Explore mais Pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Em caso de dúvidas, converse com seu professor online por meio dos recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem.
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