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08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 1/20 AO2 Entrega 16 jun em 23:59 Pontos 6 Perguntas 10 Disponível 7 jun em 0:00 - 16 jun em 23:59 10 dias Limite de tempo Nenhum Instruções Histórico de tentativas Tentativa Tempo Pontuação MAIS RECENTE Tentativa 1 27 minutos 6 de 6 As respostas corretas estão ocultas. Pontuação deste teste: 6 de 6 Enviado 8 jun em 14:38 Esta tentativa levou 27 minutos. Importante: Caso você esteja realizando a atividade através do aplicativo "Canvas Student", é necessário que você clique em "FAZER O QUESTIONÁRIO", no final da página. 0,6 / 0,6 ptsPergunta 1 Leia o texto abaixo: Interpretar é a busca do sentido, tornar compreensível. Como a lei pode apresentar vários sentidos, há que se escolher um deles, pois só com um deles ela pode ser aplicada. Saber qual deva ser, no seu tipo abstrato, o sentido decisivo para o efeito da aplicação da lei, qual seja — dum modo geral — o ponto de vista em que o intérprete deve colocar-se para determinar o sentido legal prevalecente, eis aqui o primeiro e capital problema que a doutrina da interpretação das leis terá de resolver. (ANDRADE, 1987, p. 10) Applicare em seu sentido original aponta para a idéia de enroscar, juntar. No jargão jurídico aplicar é colocar a norma em contato com um https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488/history?version=1 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 2/20 referente objetivo, que são os fatos e atos (FERRAZ JÚNIOR, 2003, p. 485). (BROCHADO, Mariá. Apontamentos sobre hermenêutica jurídica. Revista Jurídica da Presidência, v. 13, n. 100, jul./set. 2011, pp. 227-261. Disponível em: https://revistajuridica.presidencia.gov.br/index.php/saj/article/view/155/148. Acesso em: 31 jul. 2019). Considerando o texto apresentado, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. A hermenêutica jurídica fixa o sentido e alcance das normas para aplicá-las às relações sociais, ocupando-se de interpretar apenas a lei. PORQUE Ao julgar, o juiz deve interpretar literalmente a lei, aplicando ao caso concreto a sua percepção pessoal sobre as normas jurídicas, de modo a definir com clareza sua incidência ao caso concreto. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições falsas. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a asserção II não é uma justificativa correta da asserção I. 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 3/20 Alternativa A: A resposta está correta, pois as duas asserções são falsas. A asserção I é falsa, pois a hermenêutica jurídica é a ciência que busca interpretar o Direito, revelando seu sentido e fixando o alcance das normas jurídicas; ela não se ocupa de interpretar apenas lei, ela também se ocupa de interpretar os fatos sociais, e seu objetivo é o de fornecer ao intérprete os parâmetros para a solução de casos concretos. A asserção II é falsa, pois, ao julgar, o juiz deve interpretar o Direito – e não a lei – para chegar ao verdadeiro sentido e alcance das normas jurídicas a serem aplicáveis ao caso concreto. O juiz não deve aplicar suas percepções pessoais ao caso concreto, mas sim, o Direito 0,6 / 0,6 ptsPergunta 2 Leia o texto abaixo: As normas jurídicas são normas de comportamento ou de organização que emanam do Estado ou por ele têm sua realização garantida. Pertencem, portanto, à ordem ética, que estabelece as leis do dever ser. Sua existência prende-se à necessidade de se estabelecer uma ordem que permita a vida em sociedade, evitando ou solucionando conflitos, garantindo a segurança nas relações sociais e jurídicas, promovendo a justiça, a segurança, o bem comum, com o que também garante a realização da liberdade, da igualdade e da paz social, os chamados valores fundamentais e consecutivos da axiologia jurídica. Seu objeto é, em suma, o comportamento das pessoas, que se visa disciplinar ou orientar de acordo com os valores fundamentais de cada grupo social. (AMARAL, Francisco. Direito Civil: introdução. 10 ed. revista e modificada. São Paulo: Saraiva Educação, 2018, p. 153). Os atributos da norma jurídica são os traços técnicos que as situam no ordenamento jurídico. Esses atributos são: a 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 4/20 Vigência, coercibilidade, abstratividade e eficácia Validade, vigência e eficácia Vigor, eficácia e imperatividade Validade, coercibilidade, vigor e eficácia Validade, vigência, vigor e eficácia Alternativa A: A alternativa está correta. Os atributos da norma jurídica são: validade, vigência, vigor e eficácia. Validade é o atributo que diz se uma norma é legal ou ilegal, constitucional ou inconstitucional. Vigência é um atributo temporal, e se refere ao momento em que a norma começa a produzir efeitos. Vigor é a capacidade que a norma tem de obrigar as pessoas e as autoridades, impondo comportamentos. Eficácia é o atributo que corresponde à verificação dos efeitos sociais da norma. 0,6 / 0,6 ptsPergunta 3 Leia o texto abaixo: O sinalagma é, na síntese de TRABUCCHI, o liame recíproco que existe em alguns contratos, entre a prestação e a contraprestação (obligatio ultro citroque). Contratos sinalagmáticos caracterizam-se pela circunstância de a prestação de cada uma das partes encontrar sua justificativa e seu fundamento na prestação da contraparte [do ut des, do ut facias, facio ut facias, facio ut des]. Essa ligação funcional entre as duas prestações – que assume relevância tanto no momento da conclusão do contrato [sinalagma genético] quanto no momento da sua execução [sinalagma funcional] – é típica dos contratos onerosos, nos quais, na dicção de MOTA PINTO, 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 5/20 “cada uma das prestações ou atribuições patrimoniais é o correspectivo (a contrapartida) da outra, pelo que, se cada parte obtém da outra uma vantagem, está a pagá-la com um sacrifício que é visto pelos sujeitos do negócio como correspondente”. (STF. Ações Diretas de Inconstitucionalidade 3105 e 3128. Voto do Ministro Eros Grau. Disponível em: http://www.stf.jus.br/noticias/imprensa/VotoGrauInativos.pdf. Acesso em: 30 jul. 2019) Considerando as informações apresentadas, avalie as afirmações a seguir: I- O sinalagma é fundamento de duas figuras jurídicas, quais sejam, a lesão e a revisão ou resolução do contrato por onerosidade excessiva. II - A lesão ocorre quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. III. Quando há quebra do sinalagma contratual, tornando excessivamente oneroso o cumprimento da obrigação por uma das partes, admite-se a revisão ou resolução judicial do contrato por onerosidade excessiva. É correto o que se afirma em: I, II e III II, apenas I, apenas II e III, apenas I e II, apenas 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 6/20 Alternativa A: A resposta está correta, pois todas as afirmações são verdadeiras. A afirmação I é verdadeira, pois o sinalagma corresponde ao princípio do equilíbrio econômico, e está previsto no Código Civil como fundamento de duas figuras jurídicas: a lesão e a revisão ou resolução do contrato por onerosidade excessiva.A afirmação II é verdadeira, pois a lesão está prevista no art. 157 do Código Civil: “ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta”. A afirmação III é verdadeira, pois quando há quebra do sinalagma contratual, ou seja, quando há desequilíbrio entre as prestações, a parte poderá requerer a revisão judicial do contrato naqueles casos em que ainda for possível manter o vínculo contratual, apenas modificando-se a prestação (arts. 317 e 479, CC), ou poderá requerer a resolução do contrato (arts. 317 e 478, CC). 0,6 / 0,6 ptsPergunta 4 Leia o texto abaixo: José adquiriu, sob a modalidade de arrendamento mercantil, um veículo novo cujo preço foi parcelado em 72 prestações de R$ 600,00, que pagava com os recursos provenientes do salário que recebia na empresa em que trabalhava. No entanto, José perdeu o emprego e sua situação financeira modificou-se, restando impossibilitado de pagar as parcelas do empréstimo. José, então, propôs ação judicial com base na teoria da imprevisão, pedindo a revisão do contrato de arrendamento mercantil para que o prazo se estendesse para 144 meses e, consequentemente, o valor da parcela fosse reduzido à metade, ou seja, R$ 300,00. O juiz negou o pedido. Considerando o texto apresentado, avalie as afirmações a seguir: 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 7/20 I - No contexto das relações de trabalho, o desemprego não pode ser considerado evento extraordinário e imprevisível que torna excessivamente oneroso o cumprimento do contrato, a ponto de permitir a sua revisão. II - No caso, a teoria da imprevisão não pode ser aplicada porque não basta a mera alteração na situação financeira de José, sendo necessário que ele não pudesse prever a mudança desse estado quando da celebração do contrato. III. Aplica-se ao caso em tela a cláusula rebus sic stantibus, pela qual as regras do contrato devem continuar a valer, desde que as condições de fato existentes no momento da assinatura do contrato continuem as mesmas. É correto o que se afirma apenas em: I I, II e III II e III II I e II 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 8/20 A resposta está correta, pois todas as afirmações são verdadeiras. A asserção I é verdadeira, pois o desemprego é fato do cotidiano que, no contexto das relações trabalhistas, é previsível, diante da possibilidade de demissão a qualquer momento. A asserção II é verdadeira, pois não basta a mera alteração nas circunstâncias de fato para justificar a quebra do contrato. Para se admitir a intervenção judicial no contrato, é essencial que as partes não pudessem prever a mudança desse estado quando de sua celebração e, no caso, o desemprego não é circunstância extraordinária e imprevisível. A asserção III é verdadeira, pois a teoria da imprevisão consiste na possibilidade de revisão judicial dos contratos quando ocorrem eventos extraordinários e imprevisíveis, tornando-se excessivamente oneroso o cumprimento da obrigação por uma das partes contratantes. A teoria da imprevisão é viabilizada pela aplicação da cláusula rebus sic stantibus, pela qual as regras do contrato devem continuar a valer, desde que as condições de fato existentes no momento da assinatura do contrato continuem as mesmas. 0,6 / 0,6 ptsPergunta 5 Leia o texto abaixo: A DPU (Defensoria Pública da União) elaborou uma nota técnica em que afirma que a portaria publicada nesta semana pelo ministro Sérgio Moro (da Justiça e Segurança Pública) sobre a deportação de “pessoa perigosa” viola a Constituição e legislações sobre o direito migratório. A análise, feita por coordenadores da DPU, afirma que a portaria 666/2019 fere diversos dispositivos da Constituição, da Lei de Migração (13.445/2017) e da Lei do Refúgio (9.474/1997). Segundo o 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 9/20 texto, ficam prejudicados em especial a garantia do devido processo legal no âmbito migratório, o contraditório e a ampla defesa. (…) O documento chama atenção para o fato de a portaria criar um novo mecanismo no direito migratório chamado de “deportação sumária”. Os técnicos afirmam que o instituto não existe no ordenamento brasileiro e permitirá, com base em portaria ministerial, que qualquer imigrante esteja sob risco de ser deportado a qualquer momento “sob alegações genéricas de periculosidade, por meio de um processo administrativo materialmente inexistente, sem a adequada possibilidade de defesa e produção de prova e sem qualquer vinculação com a regularidade, ou não, de sua situação migratória no País”. (O SUL. Portaria de Sergio Moro sobre a deportação de estrangeiros viola a Constituição, diz a Defensoria da União. Disponível em: http://www.osul.com.br/a-portaria-de-sergio-moro-sobre-a- deportacao-de-estrangeiros-viola-a-constituicao-diz-a-defensoria-da-uniao/. Acesso em: 31 jul. 2019). De acordo com o texto apresentado, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. A Portaria 666/2019 viola a Constituição Federal, em especial, os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. PORQUE Pelo princípio do devido processo legal, que compreende os princípios do contraditório e da ampla defesa, a parte de um processo tem direito à plenitude de defesa, consistente em conhecer as alegações relevantes do processo e contrapondo-se a elas, utilizar todos os meios jurídicos disponíveis para se defender, e produzir as provas que entende cabíveis. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a asserção II não é uma justificativa correta da asserção I. A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira. 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 10/20 A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. As asserções I e II são proposições falsas. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I. Alternativa A: A resposta está correta, pois as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I. De acordo com o texto apresentado, a Portaria 666/2019 viola a Constituição Federal, em especial, os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, pois esses princípios asseguram à parte envolvida em um processo que conheça as alegações em seu desfavor, contrapondo-se a elas, utilize todos os meios jurídicos disponíveis para se defender, e produza as provas que entende cabíveis, no que se chama de “plenitude de defesa”. Segundo a Defensoria da União, o instituto da “deportação sumária”, por não possibilitar ao imigrante a apresentação de defesa técnica por advogado e a produção de provas, viola os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa 0,6 / 0,6 ptsPergunta 6 Leia o texto abaixo: A senhora inofensiva com filho no colo vendendo cigarros na porta da rodoviária de Belo Horizonte, o ex-servente de pedreiro que agora oferece óculos sem procedência pelo centro da capital e o proprietário 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 11/20 de uma loja de produtos piratas podem ter histórias, idades e rendas diferentes. Mas todos eles e todos os demais que ganham a vida oferecendo bens e serviços sem prestar contas ou pagar impostos estão inseridos na chamada economia subterrânea. Juntos, sonegadores, vendedores de contrabando e de ligações irregulares de internet, televisãoa cabo, luz e água, traficantes de drogas e armas, entre outros trabalhadores informais e ilícitos, causaram uma perda R$ 1,173 trilhão aos cofres públicos e para a concorrência legal em 2018. (O TEMPO. Ilegalidade some com R$ 1,173 tri da renda do Brasil todo ano. Disponível em: https://www.otempo.com.br/economia/ilegalidade-some-com-r-1-173-tri-da-renda-do-brasil-todo- ano-1.2205995 (https://www.otempo.com.br/economia/ilegalidade-some-com-r-1-173-tri-da-renda-do- brasil-todo-ano-1.2205995) . Acesso em: 05 ago. 2019). Considerando as informações apresentadas, avalie as afirmações a seguir: I - A livre concorrência é um dos princípios da ordem econômica ao lado da livre iniciativa, mas com ela não se relaciona nem se confunde. II - A concorrência ilícita apresenta duas dimensões: concorrência desleal e infração contra a ordem econômica. III. A venda de produtos falsificados caracteriza concorrência desleal. É correto o que se afirma em: I e III, apenas II e III, apenas I e II, apenas II, apenas III, apenas https://www.otempo.com.br/economia/ilegalidade-some-com-r-1-173-tri-da-renda-do-brasil-todo-ano-1.2205995 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 12/20 Alternativa A: A resposta está correta, pois apenas as afirmações II e III são verdadeiras. A asserção I é falsa, pois a livre concorrência garante que cheguem ao mercado produtos e serviços com qualidade e preços razoáveis, sendo uma manifestação da livre iniciativa, com ela se relacionando e, muitas vezes, se confundindo. A asserção II é verdadeira, pois concorrência ilícita pode ocorrer através da prática de atos de concorrência desleal ou através de atos que configuram infração contra a ordem econômica. A asserção II é verdadeira, pois a venda de produtos falsificados está incluída nas condutas que atingem um concorrente in concreto, caracterizando a concorrência desleal. 0,6 / 0,6 ptsPergunta 7 Leia o texto abaixo: O Código Civil de 2002 trata, no seu Livro II, Título I, do “Direito de Empresa”. Desaparece a figura do comerciante, e surge a figura do empresário (da mesma forma, não se fala mais em sociedade comercial, mas em sociedade empresarial). A mudança, porém, está longe de se limitar a aspectos terminológicos. Ao disciplinar o direito de empresa, o direito brasileiro afasta-se, definitivamente, da ultrapassada teoria dos atos de comércio, e incorpora a teoria da empresa ao nosso ordenamento jurídico, adotando o conceito de empresarialidade para delimitar o âmbito de incidência do regime jurídico comercial. Não se fala mais em comerciante, como sendo aquele que pratica habitualmente atos de comércio. Fala-se agora em empresário, sendo este o que “exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços” (CC/02, art. 966). 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 13/20 (RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Direito Comercial ou Direito Empresarial? – Notas sobre a evolução do ius mercatorum. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php? id=887391. Acesso em: 29 jul. É obrigatória a inscrição do empresário ou da sociedade na Junta Comercial PORQUE O registro na Junta Comercial confere existência e regularidade à atividade empresarial, sendo que a principal sanção pela ausência de registro é a responsabilização ilimitada dos sócios pelas obrigações empresariais.2019). As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I. A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a asserção II não é uma justificativa correta da asserção I As asserções I e II são proposições falsas. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa. 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 14/20 Alternativa A: A alternativa está correta, pois as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa da I. A asserção I é verdadeira, pois a inscrição do empresário ou da sociedade na Junta Comercial é requisito obrigatório, pois é ele que dá existência legal à atividade empresária e confere a ela regularidade. A asserção II é verdadeira, pois a exploração de atividade econômica sem o devido registro sujeita o seu titular a várias sanções, dentre elas, a responsabilização ilimitada dos sócios pelas obrigações empresariais. 0,6 / 0,6 ptsPergunta 8 Leia o texto abaixo: Dona Maria trabalha como copeira na empresa XYZ Corporate há mais de 15 anos. Nos últimos 6 meses, o salário de Dona Maria foi pago em atraso, e houve rumores de que a empresa estava “mal das pernas”. Certo dia, Dona Maria chegou para trabalhar e encontrou a empresa fechada. Todos os funcionários estavam do lado de fora do prédio, sem poder entrar para trabalhar, e sem qualquer explicação a respeito do ocorrido. Nos dias que se seguiram, Dona Maria soube que a empresa foi encerrada na Junta Comercial, que os sócio-proprietários fugiram para o exterior sem pagar as verbas trabalhistas a que seus funcionários – incluindo Dona Maria – teriam direito, e que também havia pedido de decretação de falência da empresa formulado por seus credores. De acordo com o texto apresentado, avalie as afirmações a seguir: I - O encerramento irregular da empresa na Junta Comercial, sem o pagamento das verbas trabalhistas dos funcionários, configura fraude e abuso de direito, e autoriza a desconsideração da personalidade jurídica. II - Pelo princípio da autonomia patrimonial, é impossível os sócios responderem por dívidas assumidas pela sociedade, ainda que tenha havido fraude contra os credores. 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 15/20 III. Pelo princípio da subsidiariedade da responsabilidade dos sócios, os sócios apenas responderão pelas dívidas da sociedade após o esgotamento dos bens dela, e mesmo assim observando-se as limitações impostas pela lei. IV - O intuito da desconsideração da personalidade jurídica é considerar os bens dos sócios e da sociedade como uma universalidade que deve responder pelas dívidas da sociedade em caso de fraude ou abuso de direito. É correto o que se afirma em: I, II e III I, apenas II, apenas II e III, apenas I, II e IV, apenas 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 16/20 A resposta está correta, pois apenas as afirmações I, II e IV são verdadeiras. A asserção I é verdadeira, pois o encerramento irregular da empresa na Junta Comercial, sem o pagamento das verbas trabalhistas dos funcionários, configura fraude e abuso de direito, autorizando a desconsideração da personalidade jurídica, nos termos do art. 28 do Código de Defesa do Consumidor. A asserção II é falsa. Pelo princípio da autonomia patrimonial, os bens, direitos e obrigações da pessoa jurídica não se confundem com os dos seus sócios, porém, estes poderão ser responsabilizados depois de executados os bens da sociedade e se constatada a fraude ou abuso de direito. A asserção III é verdadeira, pois o princípio da subsidiariedade da responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais significa que, em caso de dívida assumida pela sociedade, os bens dos sócios apenas poderão ser executados após a execução dos bens da sociedade, e mesmo assim observando- se eventuais limitações impostas pela lei. Esse princípio é uma decorrência do princípio da autonomia patrimonial. A asserção IV é verdadeira, pois o intuito da desconsideração da personalidade jurídica é afastar a divisão existente entre os bens dos sócios e da empresa,considerando-os como uma universalidade de bens que deve responder pelas dívidas da sociedade assumidas pelos sócios com fraude ou abuso de direito. 0,6 / 0,6 ptsPergunta 9 Leia o texto abaixo: O trabalhador que já tiver o direito de se aposentar poderá utilizar as regras atuais mesmo que entre com pedido após a aprovação da reforma da Previdência. O relatório com as novas regras da aposentadoria deve ser discutido no plenário da Câmara nesta terça- 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 17/20 feira (9), com previsão de aprovação antes do dia 18, quando começa o recesso parlamentar. Quem cumpriu os requisitos para se aposentar pelas regras atuais está preservado pelo direito adquirido e não será afetado pela reforma da Previdência. Nesses casos, o trabalhador mantém o direito de se aposentar pelos critérios presentes, mesmo que Projeto de Emenda à Constituição da reforma entre em vigor. Isso vale para qualquer direito, porque a legislação, em tese, não pode retroagir, apenas ser aplicada a partir do momento em que passar a vigorar. “Essa é uma questão definida dentro do sistema judiciário. Durante a reforma da Previdência no fim dos anos 1990, houve uma controvérsia, mas o STF [Supremo Tribunal Federal] se posicionou na época sobre o assunto e determinou que o direito adquirido vale para quem tenha completado os requisitos nos termos da norma anterior. Não precisa ter feito o requerimento, basta ter completado o direito”, explica o mestre em direito constitucional Rodrigo Mello, professor de direito no Centro Universitário de Brasília (Uniceub). (R7. Quem tem já direito a se aposentar pode usar regra atual após reforma. Disponível em: https://noticias.r7.com/economia/quem-tem-ja-direito-a-se-aposentar-pode-usar-regra-atual-apos- reforma-08072019. Acesso em: 30 jul. 2019) O direito adquirido revela-se como uma faceta de qual princípio constitucional? Princípio da legalidade Princípio do devido processo legal Princípio do contraditório e da ampla defesa Princípio da segurança jurídica Princípio da proporcionalidade 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 18/20 A resposta está correta. O princípio da segurança jurídica está relacionado à sucessão das leis no tempo e no espaço, e está ligado à confiança que o cidadão tem de que as mudanças no ordenamento jurídico não irão afetar os direitos existentes quando da promulgação de uma nova lei, e é por isso que o inc. XXXVI do art. 5° da Constituição Federal determina que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. Se um direito não foi exercido e uma nova lei é promulgada, ele se transforma em direito adquirido, porque esse direito era exercitável e exigível à época da lei antiga, e a lei nova não prejudicá-lo. 0,6 / 0,6 ptsPergunta 10 Leia o texto abaixo: O juiz do Trabalho Marcio Jose Zebende, da 23ª vara de Belo Horizonte/MG, deixou de reconhecer o vínculo de emprego entre um motorista e empresa 99 Tecnologia Ltda., dona do aplicativo 99. Para o magistrado, a relação jurídica entre as partes não foi a de emprego, mas de autêntico trabalho autônomo. (…) O magistrado verificou que era o autor que escolhia o modo e a forma de execução do trabalho, decidindo a jornada e os dias em que iria ou não exercer o labor, podendo, até mesmo, trabalhar em plataformas concorrentes, como a Uber e Cabify. O julgador entendeu que ficou demonstrado que o motorista possuía um mínimo de capacidade econômica para suportar os riscos da atividade, inclusive com os gastos com a manutenção do veículo utilizado. "A meu ver, o reclamante livremente aderiu à reclamada, e, agora, busca simplesmente abjurar o ajuste, renegar o pactuado, renunciar a sua autonomia de vontade e ao seu consentimento contratual, e, contrariando o que vivenciou, vir bater às portas da Justiça do Trabalho para se transformar em uma mero empregado." 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 19/20 (MIGALHAS. Motorista não consegue vínculo empregatício com app 99. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI292763,41046- Motorista+nao+consegue+vinculo+empregaticio+com+app+99. Acesso em: 31 jul. 2019). De acordo com o texto apresentado, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. No caso acima transcrito, o juiz entendeu que o motorista renunciou à sua autonomia de vontade e ao consentimento contratual ao aderir ao serviço do aplicativo de transportes. PORQUE A autonomia da vontade compreende a liberdade de contratar em suas três dimensões: liberdade de contratar propriamente dita, liberdade de estipular o contrato e liberdade de determinar o conteúdo do contrato, enquanto o consentimento contratual dá origem ao contrato. A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I. As asserções I e II são proposições falsas. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a asserção II não é uma justificativa correta da asserção I. 08/06/2021 AO2: Princípios Jurídicos nas Organizações https://famonline.instructure.com/courses/13031/quizzes/47488 20/20 A resposta está correta, pois a proposição I é falsa, mas a II é verdadeira. A asserção I é falsa, pois o motorista exerceu sua autonomia da vontade e deu seu consentimento contratual ao aderir ao aplicativo de transportes, e o juiz entendeu que, ao pretender o reconhecimento do vínculo empregatício, o motorista está justamente querendo renunciar à autonomia da vontade e ao consentimento contratual. A asserção II é verdadeira, pois a autonomia da vontade compreende a liberdade de contratar em suas três dimensões: liberdade de contratar propriamente dita, liberdade de estipular o contrato e liberdade de determinar o conteúdo do contrato, e o consentimento contratual é o acordo de vontade entre as partes que dá origem ao contrato. Pontuação do teste: 6 de 6
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