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CURSO EXAMES LABORATORIAIS DOCENTE: ENF.ESP. NAYRA NUNES EXAMES LABORATORIAIS Durante o processo diagnóstico, após a história cuidadosa e o exame físico completo dos pacientes, na maioria das vezes é necessário informações mais precisas, que podem ser obtidas, como auxilio, através dos exames laboratoriais. OBJETIVOS • Estabelecer um diagnóstico • Monitorar o tratamento • Estabelecer um prognóstico • Determinar a posologia eficaz de um medicamento e evitar a toxidade. MÉTODOS DE COLHEITA DO SANGUE PUNÇÃO VENOSA PUNÇÃO ARTERIAL CUIDADOS PARA FAZER A COLHEITA ANTES • Identificar o paciente • Reunir todo o material e acessórios • Explicar o procedimento ao paciente • Se houver necessidade de jejum, verificar que esta exigência seja cumprida DURANTE • Colocar o paciente em posição adequada para fácil acesso da veia • Pedir ao paciente para cerrar o punho, a fim de distender as veias • Selecionar uma veia para punção venosa • Aplicar um torniquete alguns centímetros acima do local de punção • Limpar o local da punção venosa (em geral, com álcool isopropílico a 70%). Deixar secar. DURANTE • Efetuar a punção venosa introduzindo a agulha com o bisel para cima e formando um ângulo de 15º da pele • Se for utilizado um VACUTAINER, empurrar o tubo no suporte tão logo seja introduzido a agulha na veia. Quando o tubo estiver cheio, removê-lo. Outro tubo pode ser então inserido no suporte. • Se for utilizada uma seringa, puxar o êmbolo lentamente e de modo uniforme à medida que o sangue enche a seringa. Transferir o sangue para tubos com tampa de cor apropriada. • Liberar o torniquete quando o sangue começar a fluir. APÓS • Colocar um algodão sobre o local. Remover a agulha e aplicar pressão no local. • Misturar o sangue com os aditivos nos tubos homogeneizando suavemente os tubos. • Descartar apropriadamente os materiais contaminados, como agulhas, seringas e algodão. • Rotular cada frasco de sangue • Providenciar a entrega imediata da amostra de sangue ao laboratório. • Se o paciente estiver em jejum, retirar a restrição dietética. COMPLICAÇÕES POTENCIAIS • SANGRAMENTO • HEMATOMA • INFECÇÃO • TONTURA E DESMAIO EXAMES LABORATORIAIS USO ROTINEIRO HEMATOLÓGICO ▫ Hemograma ▫ Hematócrito ▫ Hemoglobina ▫ Leucograma ▫ Coagulograma TP - tempo de protrombina KTTP - tempo de tromboplastina Parcial Ativada Fibrinogênio Plaquetas BIOQUÍMICA ◼ Glicemia ◼ Eletrólitos ◼ Na, Cl, K, Ca, Ph ◼ Uréia ◼ Creatinina ◼ Lipoproteinas ◼ Colesterol total ◼ Triglicerídeos ◼ HDL ◼ LDL ◼ Proteinograma ◼ Albumina ◼ Globulinas HEMATOLÓGICO • Hemograma: mede as hemácias e leucócitos do sangue. • Hematócrito: mede a relação de hemácias (eritrócitos) para o plasma, a parte líquida do sangue. Homens: 42-52% Mulheres: 37-47% CHOQUES, QUEIMADURAS, DESIDRATAÇÃO HEMORRAGIAS E ANEMIAS Valores Críticos: «15% ou »60% • Hemoglobina: mede a quantidade total de eritrócitos no sangue, responsável pelo transporte do oxigênio e do dióxido de carbono para as células. Homens: 14-18 g/dl Mulheres: 12-16 g/dl DPOC, DESIDRATAÇÃO HEMORRAGIA, ANEMIAS, CA • Leucograma: •mede os leucócitos ou glóbulos brancos - diagnostica infecções, neoplasias, alergias ou imunossupressão. •Adulto/criança »2anos: 5000- 10000/mm3 LEUCOCITOSE: INFECÇÃO, NEOPLASIAS LEUCOPENIA: INSUFICIÊNCIA MEDULAR, IMUNOSSUPRESSÃO ▫ TP (tempo de protrombina) mede em segundos o percentual de atividade da cascata de coagulação. relaciona-se à função hepática e a Vitamina K pode ser usada para corrigir sangramentos ▫ KTTP (tempo de tromboplastina Parcial Ativada) mede em segundos também a coagulação serve de guia para a dose adequada de heparína ▫ Fibrinogênio - é a proteína precursora da Fibrina que formará a malha que molda o coágulo ▫ Plaquetas - são os trombocitos iniciam a formação do coágulo sua função é avaliada através do tempo de sangria ◼Coagulograma BIOQUÍMICA • Glicemia: mede o nível de açúcar no sangue. • Criança » 2 anos até idade adulta: 80-126 mg/dl • Valores críticos: « 40 e » 400 mg/dl • Lipoproteinas: são proteínas presentes no sangue com a função de transportar o colesterol, triglicerídeos e outras gorduras solúveis. • Colesterol total: avalia risco arteriosclerose • Triglicerídeos: mede níveis de carboidratos e/ou gorduras no sangue. • HDL: consiste predominantemente em proteínas, com pequena quantidade de colesterol. • LDL: lipoproteínas constituídas principalmente por colesterol BIOQUÍMICA • Proteinograma • Albumina: é responsável pela pressão oncótica plasmática (que é capacidade de manter os líquidos dentro dos vasos). • Globulinas: representam os anticorpos, proteínas de defesa produzidos pelo organismo. BIOQUÍMICA • Eletrólitos • Sódio - Na: estabelece o equilíbrio da água corporal • 135 - 146 mEq/L • Cloro – Cl: 90 -110mEq/L • Potássio K: 3,5 – 5,0 mEq/L • Magnésio - Mg: auxilia nos processos metabólicos • Fósforo Ph: compõe o osso junto com o Ca e é importante para força muscular • Cálcio - Ca: encontra-se depositado nos ossos BIOQUÍMICA PARA MEDIR AS FUNÇÕES DOS ORGÃOS • FUNÇÃO PANCREÁTICA ▫ Amilase e Lipase • FUNÇÃO HEPÁTICA ▫ Transaminases Glutâmico Oxalacética - TGO ▫ Transaminases Glutâmico Pirúvica - TGP ▫ Fosfatase Alcalina ▫ Bilirrubinas ▫ Gama Glutamiltraspeptidase (Gama-GT) BIOQUÍMICA PARA MEDIR AS FUNÇÕES DOS ORGÃOS FUNÇÃO RESPIRATÓRIA ▫ Gasometria Arterial EXAMES DE LÍQUIDOS ▫ Líquor ▫ Pleura ▫ Peritôneo BIOQUÍMICA PARA MEDIR AS FUNÇÕES DOS ORGÃOS CITOLOGIA TUMORAL • Biópsia SOROLOGIA • ELISA – Ensimaimunoensaio • HIV • VDRL • Sífilis BIOQUÍMICA PARA MEDIR AS FUNÇÕES DOS ORGÃOS FUNÇÃO RENAL ▫ Uréia Adulto: 10 – 20mg/dL ▫ Creatinina Homens: 0,6 – 1,2mg/dL Mulheres: 0,5 – 1,1mg/dL ▫ Exames de Urina: Qualitativo de Urina Urocultura DCE - Depuração de Creatinina Endógena GASOMETRIA ARTERIAL Dosagem dos gases sanguíneos Colheita: punção com ângulo 45º • PO2 – pressão de O2 dissolvido no plasma • 75 a 100 mmHg • PCO2 – pressão parcial do CO2 no sangue • 35 a 45 mmHg • Saturação O2 • 95 a 100% • HCO3 – Bicarbonato - 21 a 28 mEq/L • pH – 7,35 a 7,45 AZUL: coagulação (TP, KTTP, FIBRINOGÊNIO) – 4,5ml LILÁS: HEMOGRAMA, TIPAGEM – 3 a 5 ml VERMELHO ou amarelo: BIOQUÍMICA, IMUNOLOGIA PRETO: VSG BRANCO: LÍQUOR TEMPO DE COAGULAÇÃO: Acidente animais peçonhentos PUNÇÃO CRIANÇA E IDOSOS PUNÇÃO ARTERIAL PUNÇÃO VENOSA OUTROS EXAMES • EAS • UROCULTURA • DCE (depuração de creatinina endógena) • PARASITOLÓGICO • EXAME DE ESCARRO • AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE FERIDAS • HEMOCULTURA EXAME DE URINA EAS • lavar as mãos; • explicar ao paciente o que será feito • orientar o paciente a realizar higiene do períneo com água e sabão; • orientar o paciente a urinar no frasco; • orientar a desprezar o primeiro jato da urina e coletar o restante em frasco limpo (15 a 20ml); • rotular o frasco com unidade de internação, leito, nome do paciente, material coletado, data, hora da coleta e encaminhar imediatamente ao laboratório. EXAME DE URINA UROCULTURA • lavar as mãos; • explicar ao paciente o que será feito; • orientar o paciente a realizar higiene do períneo com água e sabão; • desprezar o primeiro jato da urina e coletar o restante (15 a 20ml); • cuidar para não contaminar a tampa do frasco; • rotular o frasco com unidade de internação, leito, nome do paciente, material coletado, data, hora da coleta e encaminhar imediatamente ao laboratório. Observações: • realizar sondagem vesical de alívio para coleta de urocultura, se o paciente tiver incontinência urinária. PACIENTE COM CATETERISMO VESICAL • pinçar, previamente, a sonda na via de escoamento da urina (dispositivo urokit) • lavar as mãos; • explicar ao paciente o que será feito; • preparar o material; • fazer a desinfecção da parte distal da sonda ou no local específico do tubo de drenagemcom algodão com álcool; • introduzir a agulha conectada na seringa, através do local apropriado; • aspirar 10ml de urina; • rotular a seringa rotular com unidade de internação, leito, nome do paciente, material coletado, data, hora da coleta e encaminhar imediatamente ao laboratório. EXAME DE URINA DCE - Depuração de Creatinina Endógena • desprezar a primeira urina, • marcar o horário • começar a coleta a partir da segunda urina até o mesmo horário do dia seguinte (24h). Coloração da urina • Urina quase incolor (cor-de-palha) ▫ grande ingestão de líquidos ▫ Diabetes ▫ Ingestão de álcool e cafeína ▫ Terapia com diurético ▫ Nervosismo ▫ Nefrite intesticial crônica • Urina cor-de-laranja (âmbar) ▫ febre,suor, ingestão reduzida de líquidos ou primeira amostra da manhã ▫ bilirrubina (espuma amarela quando agitada) ▫ ingestão de cenouras ou vitamina A ▫ Medicamentos do trato urinário como Pyridium Coloração da urina • Urina de cor verde - associada a infecção por pseudomona • Urina de cor rosa a vermelha - hemácias - mioglobina • Urina de cor marrom-escura ▫ hemácias oxidadas ▫ melanina • Urina turva - pode ser causada por hemácias • Urina leitosa - esta associada a gordura, muitos leucócitos ou fosfatos (não patológicos) • Urina de cor amarela com um tom marrom ou amarelo esverdeado - pode indicar bilirrubina na urina oxidada. • Existem outros fatores que interferem como alimentação, medicação.... EXAME DE FEZES EXAME PARASITOLÓGICO É o exame de fezes para pesquisa de parasitas Cuidados: colher fezes recém-eliminadas validade das fezes coletadas é de 12h à 24 h guardadas no refrigerador. EXAME DE FEZES PARASITOLÓGICO • lavar as mãos; • explicar ao paciente o que será feito; • orientar o paciente a evacuar na comadre; • oferecer papel higiênico e auxiliar na limpeza do períneo; • calçar as luvas; • retirar a comadre; • retirar com espátula um pouco de fezes e colocar no frasco; • rotular o frasco com unidade de internação, leito, nome do paciente, material coletado, data, hora da coleta e encaminhar imediatamente ao laboratório. EXAME DE ESCARRO - CULTURAL COLETA DE ESCARRO • explicar ao paciente o que será feito; • solicitar ao paciente para tossir e expectorar a secreção diretamente no frasco estéril; • rotular o frasco com unidade de internação, leito, nome do paciente, material coletado, data, hora da coleta e encaminhar imediatamente ao laboratório. Observação: • material coletado será adequado se for secreção brônquica (somente saliva invalida a análise); • o escarro deve ser coletado preferencialmente pela manhã após higiene oral. EXAME DE ESCARRO Cuidados: evitar a coleta em horários de refeições na coleta de 24h manter o frasco sempre refrigerado coletar antes do café da manhã paciente fumante coletar antes que o mesmo fume. EXAME DE ESCARRO - CULTURAL • lavar as mãos; • explicar ao paciente o que será feito; • calçar luvas de procedimento; • abrir o frasco estéril; • proceder a aspiração conforme técnica asséptica; • pinçar o silicone de modo que a secreção siga para o frasco estéril; • desconectar a sonda do silicone e fechar o frasco estéril; • retirar as luvas; • lavar as mãos; • rotular o frasco com nome, leito, unidade e material; • rotular o frasco com unidade de internação, leito, nome do paciente, material coletado, data, hora da coleta e encaminhar imediatamente ao laboratório. ASPIRAÇÃO TRAQUEAL CULTURAL DE FERIDAS ▫ É a avaliação microbiológica de feridas ▫ biópsia de tecido profundo ▫ coleta por aspirado com seringa e agulha. “O termo secreção da ferida não é apropriado como informação da origem do material coletado. O sítio anatômico específico e as informações adicionais (material da ferida superficial ou profunda) são extremamente valiosos para o laboratório, auxiliando na interpretação dos resultados (Ministério da Saúde, 2001, p.29) ”. TÉCNICA DE COLETA BIÓPSIA DE TECIDO • lavar a ferida com SF 0,9% morno • coletar amostra de 3 a 4 mm de tecido desvitalizado profundo • colocar num recipiente estéril rotulado com: nome do paciente, leito, setor, data, hora da coleta e sitio anatômico • enviar imediatamente ao laboratório • especificar no pedido o sítio anatômico do material enviado e informações adicionais: febre, uso de ATB, ferida profunda ou superficial. Cuidados básicos nos exames diagnósticos • Gerenciar o ambiente de teste e a eficácia do serviço usando uma abordagem colaborativa e de equipe. • Comunicar-se clara e eficazmente • Preparar o paciente • Seguir os padrões preconizados • Considerar cultura, gênero e diferenças de idade • Medir e avaliar os resultados • Tratar, monitorar e aconselhar sobre os resultados de teste anormal • Manter o registro dos testes apropriadamente ESTUDOS DE ANÁLISE DE LÍQUIDOS • Exame do líquido cefalorraquidiano • Amniocentese • Análise de secreção gástrica • Análise de sêmen • Análise do líquido do cisto mamário • Artrocentese • Paracentese • Pericardiocentese Cuidados durante os exames • Explicar o propósito, os benefícios e os riscos • Enfatizar a necessidade da cooperação do paciente • Avaliar contra-indicações ou impedimentos • Ajudar o paciente a relaxar • Posicionar adequadamente o paciente conforme o exame • Observar alterações neurológicas, nível de consciência, nas pupilas, temperatura, aumento da pressão arterial, irritabilidade, dormência e sensações de formigamento.... • Verificar o local da punção quanto a vazamento • Registrar a conclusão do procedimento. ESTUDOS MICROSCÓPICOS • Análise do corpúsculo de Barr • Biópsias • Citologia do escarro • Cultura de secreções • Esfregaços • Teste de Papanicolaou Cuidados com as amostras • Identificar as amostras de acordo com as informações: • nome, idade, sexo, nº de identificação hospitalar, nome do médico • Fonte da amostra (garganta, conjuntiva...) • Horário da coleta - horário da conclusão • Tipo de isolamento (respiratório, contato..) • Outras informações solicitadas • Evitar contaminação da amostra; manter técnica asséptica ou estéril quanto preciso Cuidados com as amostras • Conservação da amostra- entrega imediata Algumas podem ser refrigeradas • Quantidade da amostra - deve ser a maior possível • Coleta deve ser feita antes do uso de antibióticos • Escarro de preferência da primeira tosse produtiva da manhã em um recipiente estéril • Líquidos corporais estéreis, biópsias de tecido e material aspirado de lesões cutâneas são amostras aceitáveis para culturas bacterianas que devem ser mantidas em um meio de transporte neutro para evitar resecamento (não swab) INSTAGRAM: @consultório_humanizar Enf. Nayra Nunes (91)983480846
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