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PEDARN UNIVERSIDADE LÚRIO Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico Licenciatura em Arquitectura e Planeamento Físico Regime Laboral :: Nível IV :: Semestre VII TRABALHO PRATICO | Laboratório VII Planeamento Físico Docentes: Arqto. AMONE, Elso || Arqto. ARRISSANE, Abílio Nampula, Junho de 2019 PEDARN PEDARN Unilúrio | FAPF PEDARN, ELABORADO POR: LANGA, Lércio PINTO, Egas PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE 1 CAPÍTULO I ‖ DISPOSIÇÕES INICIAIS.............................................................................................................................................. 4 Introdução ............................................................................................................................................................................................ 4 Método ................................................................................................................................................................................................. 4 Conceitos .............................................................................................................................................................................................. 6 Justificativa ........................................................................................................................................................................................... 7 Âmbito .................................................................................................................................................................................................. 7 2 CAPÍTULO II ‖ ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO ...................................................................................................................... 9 Enquadramento Regional Norte .................................................................................................................................................... 9 Panorama Da Aquacultura Mundial ............................................................................................................................... 9 Panorama Regional Do Sector Aquículo ..................................................................................................................... 10 Síntese Das Analises ........................................................................................................................................................................ 12 Análise da Envolvente ...................................................................................................................................................... 13 Análise da Oferta .............................................................................................................................................................. 13 Análise da Demanda ........................................................................................................................................................ 14 Resultados da SWOT ........................................................................................................................................................ 14 Síntese De Oferta ............................................................................................................................................................................. 15 Posicionamento da Regiao Norte ................................................................................................................................................ 15 Posicionamento Da Região Norte De Moçambique ............................................................................................................... 16 3 CAPÍTULO III ‖ DEFINIÇÃO DE CENÁRIOS ................................................................................................................................... 18 Cenário Físico Ambiental ................................................................................................................................................................ 18 Aumento Do Fluxo De Navios E Da exploração petrolífera ................................................................................... 18 Deposito De Resíduos Sólidos Nos Mares .................................................................................................................. 18 A pratica do turismo de pesca ....................................................................................................................................... 18 Evolução Do Sector Aquículo Sem O Pedarn ........................................................................................................................... 18 Aposta Em Pesca Selvagem ........................................................................................................................................... 18 Desenvolvimento Do Mercado ...................................................................................................................................... 18 Aspectos Da Viabilidade Econômica Da Aquacultura ............................................................................................................. 19 Aquacultura vs pesca ....................................................................................................................................................... 19 4 CAPÍTULO IV ‖ VISÃO ESTRATÉGICA............................................................................................................................................ 21 Visão .................................................................................................................................................................................................... 21 Missão ................................................................................................................................................................................................. 21 PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE Metas ................................................................................................................................................................................................... 21 Objectivos do plano ....................................................................................................................................................................... 22 Objectivos Sociais ............................................................................................................................................................ 22 Objectivos Ambientais .................................................................................................................................................... 22 Objectivos Econômicos .................................................................................................................................................. 22 Pilares Estratégicas .......................................................................................................................................................................... 22 Promover A Competitividade Do Sector Num Quadro De Adequação Aos Recursos Disponíveis E Exploráveis .......................................................................................................................................................................................... 24 Reforçar, Inovar E Diversificar A Produção Aquícola .............................................................................................. 25 Melhorar O Acesso Ao Mercado, Cadeias De Abastecimento De Produtos Da Aquacultura Internacionalmente E Na Região. ..................................................................................................................................................26 Assegurar O Desenvolvimento Sustentado Territorial Da Região ....................................................................... 27 5 CAPÍTULO V ‖ ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO E PLANO DE ACÇÃO .........................................................................30 Princípios Orientadores ................................................................................................................................................................. 30 Áreas de intervenção prioritária .................................................................................................................................................. 30 6 BIBLIOGRAFIA CONSULTADAS ......................................................................................................................................................32 PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE ‖ A Estratégia para o PEDARN, assume o oceano como um vector de desenvolvimento assente, entre outras vertentes, na exploração dos recursos marinhos vivos e turismo pesqueiro visando, entre outros objectivos, reforçar o potencial económico do mar, aumentar o contributo para o Produto Interno Bruto e reforçar a capacidade científica e tecnológica nacional. A produção aquícola na África Austral tem vindo a crescer desde a década de 50, embora com algumas flutuações bastantes significativas. Em termos gerais, os recursos marinhos da região que são cruciais para as nações costeiras, designamente, África do Sul, Angola, Madagáscar, Maurícias, Moçambique, Namíbia, República Unida da Tanzânia e Seychelles são caracterizadas por pesca em águas frias. A aquacultura tem grande valor e potencial socioeconómico na região, mas permanece em grande parte subdesenvolvida. Diminuindo o fornecimento de pescado e produtos pesqueiros da captura selvagem e o aumento global da procura do peixe e dos produtos pesqueiros constitui um incentivo para aumentar a oferta através do desenvolvimento e promoção da aquacultura sustentável na região. Em todo o mundo, a aquacultura em provado ser um sucesso, evidenciado pelo aumento global na contribuição do peixe e produtos pesqueiros da aquacultura. É neste contexto que a região quer priorizar o desenvolvimento da aquacultura. Para a concretização clara e concisa do trabalho e para facilitar a sua posterior elaboração, baseou-se em quarto (4) fases, sendo estas: FASE 01: ELABORAÇÃO DO CANHOTO Elaborou-se a estrutura de trabalho que resultou no esboço canhoto do tipo de informação necessária para melhor delimitação do tema apresentado, subseguindo da formulação dos objectivos do trabalho. FASE 02: LEVANTAMENTO DE DADOS Esta fase reparte-se em dois (2) momentos: Dados Secundários Cingiu-se na colecta de informações bibliográficas, artigos, estes sendo digitais assim como físicos sob formas de mapas existentes e fotografias aéreas. Dados Primários (Visita de campo) Por meio de visitas de campo, consistiu no levantamento de dados por meio de fotografias e mapeamento de zonas de impactos do processo de urbanização. PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE FASE 03: ANÁLISE DE DADOS Com a compilação da informação recolhida através das pesquisas e dados colectados no campo, iniciou-se com as analises com vista a mensurar apenas a informação relevante, abordando também o diagnostico da situação actual com base nos dados congruentes. FASE 04: ELABORAÇÃO DO TRABALHO Com o processamento e junção da informação, iniciou-se o processo de compilação baseando na estrutura do trabalho e a conclusão como desfecho do trabalho pela percepção por parte do grupo. PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE PLANO: é uma descrição dos passos mais importantes a serem executados para o cumprimento da missão ou resolução do problema. ESTRATÉGIA: é uma palavra que vem do grego estrategos e significa “a arte do general”. Segundo o dicionário Aurélio, Estratégia é “a arte de aplicar os meios disponíveis ou explorar condições favoráveis com vista a objetivos específicos”. PLANO ESTRATÉGICO: refere-se o documento que resulta do processo de planeamento estratégico e que servira de guia para futuras direções, actividades, programas e acções. PLANEAMENTO ESTRATÉGICO: refere-se à análise de alternativas possíveis que são adoptadas para alcançar os grandes objetivos das organizações, condicionados a metas e acções estabelecidas com as agendas correspondentes, os propósitos, princípios e capacidades, visando uma vantagem em longo prazo. O PLANEAMENTO TÁCTICO: é o conjunto de tomada deliberada e sistemática de decisão sobre empreendimentos mais limitados, prazos mais curtos, áreas menos amplas e níveis mais baixos da hierarquia da organização. O PLANEAMENTO OPERACIONAL: é a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implementação de resultados específicos a serem alcançados pelas áreas funcionais da empresa. ECONOMIA: é o conjunto de actividades desenvolvidas pelos homens visando a produção, distribuição e o consumo de bens e serviços necessários à sobrevivência e à qualidade de vida. ACTIVIDADE: refere-se ao processo de identificar as acções específicas que deverão ser realizadas para que sejam produzidas as entregas previstas. AQUACULTURA: de acordo com a definição da FAO, significa a produção de organismos aquáticos incluindo peixe, moluscos, crustáceos e plantas aquáticas com certo tipo de intervenção no processo de criação para reforçar a produção, como a constituição regular de contingentes, a alimentação e a protecção em relação aos predadores. PLANTA AQUÁTICA: significa qualquer tipo de planta, algas ou organismos vegetais cultivados em águas doces ou no mar ou na praia; PEIXE: para os propósitos deste documento significa qualquer tipo de planta ou animal aquático quer na piscina ou não e todos moluscos, crustáceos, corais, esponjas, holotúrias ou outros equinodermos e répteis e inclui os seus ovos, larvas e todas formas juvenis de uma dada variedade de organismos vivos. PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE Uma vez que os níveis de captura do camarão e outras espécies nas águas marinhas atingiram o limite máximo contribuindo assim para a estagnação do volume de exportações destes produtos, tornou-se imperioso avaliar as potencialidades que o país possui para a prática da aquacultura com vista a incrementar o volume de exportações dos produtos do mar através desta. O desenvolvimento do Plano Estratégico da Aquacultura na região norte de Moçambique, irá permitir que a região do norte do país, alavanque o seu posicionamento no mercado de criação e exportação de pescado, identificando suas deficiências e utilizando de forma adequada os seus recursos físicos, hídricos e humanos. Sempre buscando melhorar as condições e preparando um diagnostico para solucionar os problemas da fraca demanda em equipamentos e actividades de turismo, aprimorando o desenvolvimento das suas actividades e alcançar os objectivos traçados pela organização. A aquacultura poderá ter um grande valor e potencial socioeconómico na região, diminuindo assim o fornecimento de pescado e produtos pesqueiros da captura selvagem, constitui um incentivo para melhorar a oferta através do desenvolvimento e promoção da aquacultura na região. Em todo o mundo, a aquacultura tem provado ser um sucesso, evidenciado pelo aumento global na contribuição do peixe e produtos pesqueiros da aquacultura nos últimos anos. É neste contexto que a região deve priorizar o desenvolvimento da aquacultura. O âmbito do PEDARN 2020 - 2030, têm em vista dar direcção estratégica para o rápido e ambientalmente responsável desenvolvimento da aquacultura na região norte de Moçambique, enquanto simultaneamente promovea salvaguarda da integridade ecológica dos ecossistemas aquáticos, conservando os recursos genéticos comuns e apoiando a manutenção da biossegurança regional aquática. As Estratégias e Plano de Acção Regional da Aquacultura, considera também a prática da aquacultura em pequena escala para melhorar o desenvolvimento das cadeias de valor transfronteiriço que possibilitam melhor a utilização dos recursos aquáticos e humanos a nível da região. PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE PEDARN PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE ‖ Moçambique tem o privilégio de toda a sua baia seja repleta de espécies marinhas diversas, porém para desenvolvimento dessa espécie de empreendimento é necessário zonas de águas profundas e climas tropicais próximo de continente, e em Moçambique já foram destacadas baias com grande potencial para a pratica da aquacultura, o caso das baias de Nampula, Zambeze e Cabo Delgado. Contudo para o caso de estudo será a baia de Nampula e a baia de Cabo delgado. A aquacultura em Moçambique é uma actividade relativamente nova, e é feita em pequena escala. A indústria aquícola consiste na produção de camarão marinho, algas marinhas e de peixes de água doce. As condições para o desenvolvimento da aquacultura no país compreendem um conjunto de recursos naturais, com destaque para espécies biológicas, rios, lagos e represas e uma costa com potencialidade para o desenvolvimento da aquacultura. Em Moçambique, não obstante, existirem recursos e potencialidades, a aquacultura tem ainda uma contribuição limitada para o desenvolvimento humano, e satisfação das necessidades permanente de segurança alimentar, alívio à pobreza e da má-nutrição. A produção mundial de pescado em 2018 foi de 178 milhões de toneladas, dos quais 136,2 milhões de toneladas foram utilizados no consumo humano (FAO, 2018). Desses 136milhões de toneladas, 69,6 milhões de toneladas (51,1%) tiveram origem na pesca, enquanto 66,6 milhões (48,9%) de toneladas tiveram origem na aquicultura. Quando comparamos o crescimento da aquicultura com outras fontes de produção de alimentos, vemos mais uma vez o quão importante é essa atividade. No período 2006/2018, a aquicultura cresceu 6,7% no mundo, enquanto no mesmo período a produção do milho cresceu 4,7%; a avicultura cresceu 3,3%; o trigo, 1,4%; a bovinicultura e o cultivo do arroz, 1,2%; a suinocultura, 1%; e a pesca decresceu 0,2%. (TON) China 41.108.306 Índia 4.209.415 Vietnam 3.085.500 Indonésia 3.067.660 Bangladesh 1.726.066 Noruega 1.321.119 Tailândia 1.233.877 PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE O sector das pescas, contribui-o sobre maneira no aumento do volume da produção global que registou um crescimento de 150 mil toneladas em 2012 para 313 mil toneladas no ano de 2018, facto que contribuiu também para o aumento da disponibilidade do pescado para o consumo humano. Dados disponíveis, mostram que o sector das pescas representa 4% das exportações globais do País, sendo o camarão, a kapenta e a gamba os maiores contribuintes para essa cifra, com uma contribuição de 3% para o PIB. Enquanto que a contribuição da aquacultura Pequena Escala, tiveram impacto imediato, onde de 2012 a 2018, aumentou significativamente a sua Produção de 60 para 409 toneladas. 2.1.2.1 Locais Potências Para a Prática da Aquacultura na Região Segundo o (Minsteio das Pescas, 2011), para a selecção de um local com potencial para o desenvolvimento da aquacultura, considerou-se que as ondas do mar e a corrente das águas não devem ser acentuadas de maneiras que destruam ou arrastem as estruturas das gaiolas, a profundidade mínima do local deve ser aproximadamente igual ou superior a 15 metros. Numa fase posterior, foram medidos outros parâmetros complementares, nomeadamente temperatura da água, salinidade, pH do solo, da água para confirmação definitiva das potencialidades destas zonas. A Tabela a baixo indica resumidamente as zonas seleccionadas com potencial para aquacultura marinha na região norte. 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 TON 60 120 200 190 217 352 409 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 TO N EL A D A S FONTE: Ministério de Pesca, 2019 PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE 68% 32% CABO DELGADO - 177753ha NAMPULA - 8534ha Tabela 1 Resumo das zonas seleccionadas para os diferentes tipos de aquacultura na Região Norte PALMA (Palma-Sede e Quionga) (Quirinde) Potencial para aquacultura em gaiolas Potencial para aquacultura de algas marinhas MOCIMBOA DA PRAIA (Ulo) (Luchete) (Malinde) Potencial para aquacultura em tanques de terra Potencial para aquacultura em tanques de terra Potencial para aquacultura em gaiolas MACOMIA (Nsano) Potencial para aquacultura de algas marinhas QUISSANGA Potencial para aquacultura em tanques de terra IBO Potencial para aquacultura em gaiolas PEMBA-Metuge Potencial para aquacultura em gaiolas MECUFI Potencial para aquacultura em tanques de terra MEMBA (P. Adm. Lúrio e Gueba) (Serissa e Niaca) Baixo-Pinda Potencial para aquacultura em tanques de terra Potencial para aquacultura em gaiolas Potencial para aquacultura de algas marinhas NACALA-A-VELHA (Racine) Potencial para aquacultura em gaiolas NACALA-PORTO (Mahelene) Potencial para mexilhão e manancial de mexilhão MOSSURIL (Matibane) (Lunga-Sede e Quissirua) Muangome e praia de Chocas-mar Potencial para aquacultura em gaiolas Potencial para aquacultura em gaiolas Potencial para aquacultura de algas marinhas ANGOCHE (Aube) (Nhamaponda) Potencial para aquacultura em gaiolas Potencial para aquacultura em tanques de terra As zonas com melhor potencial, para a pratica da aquacultura em gaiolas são somente 9, com uma área total de 186.288ha, que a província de Cabo Delgado tem 68% e a de Nampula com 32%, com uma perspectiva de uma produção de 20 toneladas por hectare (gaiola), e com produção total por ano de 3.725.760 toneladas por ano. Que pode nos possibilitar uma boa visibilidade nos grandes importadores mundiais de produtos marinhos. Gráfico 1 Balanço de área passível de praticar a aquacultura na região FONTE: Ministério de Pesca, 2011 PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE A maioria dos pontos fracos são vistos como desafios que devem ser superados pelo desenvolvimento e implementação de bom plano de acção. Muitas das ameaças também podem ser moderadas por meio da cooperação e planificação regional. No entanto, a conclusão geral tirada a partir da análise SWOT é que os pontos fortes e oportunidades para a aquacultura na região superam os pontos fracos e as ameaças. Condições climáticas e biofísicas propícias para a criação em viveiros duma variedade de espécies aquáticas; Amplo território aquático para exploração/criação de vários tipos de espécies marinhas; Óptima oferta da espécie marinha para os mercados a nível região e internacional; Potencial para o aumento da produção de elevada qualidade e de espécies muito valorizadas; Uma rica biodiversidade de potenciais espécies de aquacultura candidatas; Existência do Porto de Nacala, que pode facilitar o escoamento da produção. Número limitado do pessoal de investigação e de desenvolvimento formado de forma adequado; Fracas estruturas de apoio à pesquisa da aquacultura de pequena escala e de base comunitária; Projectos de investigação e desenvolvimento do governo mal concebidos; Fracos serviços de extensão para aquacultura de pequena escala; Falta de certas habilidades chave, por exemplo, serviços de veterinária; Fracos serviços de extensão para aquacultura de pequena escala e de base comunitária; Existência de um mercado nacional e mundial altamente deficitário em produtos da pescae seus derivados e com uma apetência crescente pelo consumo de pescado; Proximidade de insino superior de Curso de Formação Regional no domínio de aquacultura em instituições de ensino superior, na vizinha Tanzânia; Acesso à fontes de financiamento internacional; Inserção num espaço económico tecnologicamente desenvolvido e com potencial de inovação e valorização dos recursos humanos. PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE Forte concorrência por parte de países terceiros; Probabilidade de ocorrência de surtos de poluição ou de redução esporádica da qualidade da água decorrente de fatores climatéricos; Possibilidade de poluição aquática e ambiental, oriundos dos óleos de navios, depósitos de resíduos sólidos; Pesca/caça ilegal, não declarada e não regulamentada; A síntese da análise SWOT permite confirmar a existência de oportunidades suscetíveis de serem aproveitadas pelo setor, nomeadamente um elevado potencial de mercado aliado à possibilidade de aumento da produção aquícola nacional tendo em conta a disponibilidade de recursos hídricos apropriados e o domínio das tecnologias de produção. A dimensão do mercado dos produtos da pesca, que se perspetiva continue a crescer, constitui um enorme potencial para os produtos da aquacultura, mas haverá que ter em conta condições como: A adaptação proactiva dos produtos às preferências dos consumidores, tanto a nível nacional, como internacional; Uma criação diversificação que aposte na qualidade, produzindo diferente, nomeadamente produtos certificados e com um nível de demanda considerável; Uma melhor perceção e intervenção nos circuitos de comercialização, o que poderá exigir uma maior escala da oferta. A região tem um grande potencial, primeiro na variedade de recursos marinhos e na extensão oceânica, e também potencial na existência de grandes áreas para a pratica da aquacultura. Porém comparando a região e o mundo, é notável e podemos afirmar que a região tem oferecido pouco em relação a sua capacidade, por exemplo, a Zâmbia e a Tanzânia, são países vizinhos e tem mostrado um crescimento exponencial das suas produções. Nota se que a região tem uma vasta área que pode ser explorado ou aproveitado de muitas maneiras sustentáveis, há que frisar que a pesca e a actividade económica rentável e que torna como uma das bases de sustento para a população, com esta potencialidade há que pensar em um desenvolvimento territorial de modo que o produto produzido seja escoado para vários mercados nacionais e internacionais, e para que haja uma boa racionalização dos recursos. PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE Actualmente a demanda dos produtos vem aumentado gradualmente, porem a oferta não consegue responder a demanda do produto. Mas tempos futuros a procura pode aumentar devido a disponibilidade, quantidade e a qualidade de oferta. A produção global dos produtos da pesca, incluindo a aquacultura, irá continuar a aumentar, projetando a FAO um crescimento de 15% até 2021, crescimento que será suportado principalmente pelos produtos aquícolas. A Europa, principal mercado mundial para os produtos da pesca e da aquacultura, continuará a ser largamente deficitária no abastecimento do mercado interno, quer pela quebra que se tem verificado na captura, quer pela estagnação da produção aquícola que, agora, a Comissão Europeia pretende combater. A aposta em novas espécies aquícolas, que pode surgir dos resultados da investigação e da experimentação, continuará a ser incentivada, permitindo uma maior oferta e abertura de novos abrigos de mercados. , Face ao exposto e aos resultados da análise SWOT do sector, a estratégia de desenvolvimento passará pelos seguintes vectores de actuação: Contribuir para o desenvolvimento regional e local e, nessa base, para a diversificação das oportunidades de emprego e para a estabilidade económica e social das populações do litoral; Valorizar e dignificar o capital humano e as profissões do sector, bem como promover a melhoria da capacitação dos serviços e a competitividade das unidades de produção, através da inovação organizativa e funcional e da divulgação do conhecimento científico e técnico; Gerir melhor o uso dos recursos, diversificando as técnicas e métodos de produção e incentivando e promovendo a produção de qualidade; Compatibilizar, através de políticas verdadeiramente integradas, os diferentes usos da faixa costeira nacional, contribuindo activamente para um racional ordenamento e para uma gestão integrada dessas zonas; Incentivar a investigação científica, a valorização do saber tradicional e a inovação ao nível dos métodos, das tecnologias e da abertura de novos campos de actuação; PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE 1. Variedade de recursos que possam alavancar o empreendimento; 2. Aumento do mercado internacional e nacional; 3. Pesca/caça ilegal, não declarada e não regulamentada, expendido assim as espécies marinhas; 4. Fraca produtividade do sector aquícola, em pequena escala. N e u tr a liz a m N e u tr a liz a m 1-FORÇA 2-OPORTUNIDADE 3-AMEAÇA 4- FRAQUEZA REFORÇAM Agudizam INTERNO EXTERNO CONTEXTO A V A LI A Ç Ã O N E G A T IV A P O S E T IV A FE em causa: Adequar gestão FE Critico: Prioridade FE a vigiar: acompanhamento continuo FE desprezível: Não requer atenção Acção diferenciada aos Factores externos BAIXO MEDIO ALTO B A IX O M E D IO A LT O PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA N IV E L D E I M P A C T O PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE Centro das atenções viradas para a pesca em grande escala; Maior concentração de serviços turísticos; Dificuldade na promoção das actividades de modo a aumentar o nível de produtividade; Maior número navios e aberturas de empresas de exploração de petrolífera; Para a determinação do posicionamento da região norte, foram usados critérios como, infraestruturação, contributo para o PBI, actividades empreendedoras, turismo, implementação de grandes projectos, criatividade entre outros. Região que fica pra tráz (os agentes não abordam transformações pertinentes) Região muito dinâmica (tende a exceder-se no padrão de desenvolvimento) Região em declive (sem dinamismo e com pouca abertura a mudanças) Região com atitude inovadora (frustração da oferta urbana, agentes e cidadãos) Definir a resiliência da aquacultura às alterações climáticas na região; Apostar na diversificação de espécies e na oferta de novos produtos; Incentivar turismo cultural de pesca e gastronómico da região; Assegurar o desenvolvimento territorial sustentado. PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE PEDARN PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE ‖ Onde Poderíamos Estar???? Essas actividades causam tanto impacto directos como indirectos no ambiente marinho. Essas actividades transformam o ambiente físico ou podem causar danos expressivos directa, entre à fauna e flora. Portanto, imperativo que os empreendimentos actuais de navegação e exploratório de recursos minerais, sejam feitas com base em estudos prévios de detalhes sobre o meio ambiente, acompanhadas de campanhas de monitoramento. O deposito de resíduos é um dos principais factores que possa impedir a melhor reprodutividade marinha. E com isso é logo de antemão devem ser tomadas medidas de mitigação ou mesmo de resiliência a esses tipos de acto marinho. Não só a vida animal esta em risco, mas as plantas podem sofrer danos devido ao lançamento de lixo no oceano. São novas tendências,e tem sido uma das maiores apostas mundial. Esse turismo sido atraído exactamente por espécies marinhas raras. E isso pode fazer com a região perca os seus valores culturais devido a pesca turística. Com isso deve a pesca turística devem acontecer em épocas bem especificas, para que não atrapalhem a época de reprodutividade e crescimento das espécies. Pela tendência actual, verifica – se que há o aumento de pessoas a busca de sustento nos mares, mas ela é feita de forma descontrolada, por essa razão algumas espécies tem a tendência de sumirem. Ela é feita pela necessidade de renda imediata, mas de forma insustentável. Haverá um desequilíbrio tanto económico e produtivo, beneficiando os que tem melhores chances de acesso ao produto somente quem apresenta maior facilidade de compra. Fazendo com que o mercado seja dominado com a lei do mais forte da selva, com a procura da liderança do mercado a todo custo sem observando quais são os potenciais do mercado a sua volta. PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE Os produtos aquícolas enfrentam tradicionalmente uma grande competição com os produtos de origem pesqueira. Por outro lado, algumas vantagens pesam em favor dos primeiros, como a diminuição do problema da sazonalidade e o aumento das garantias de qualidade. Como se trata de produto oriundo de uma actividade agropecuária, é possível planear o povoamento e a despesca dos sistemas de produção, permitindo que o produto chegue vivo ou bastante fresco até o consumidor, nas feiras‐livres ou unidades de processamento. Entretanto, estas vantagens competitivas normalmente não podem ser capitalizadas pelos aquicultores familiares que, actuando de forma dispersa, na maioria dos casos, dispõe de uma pequena unidade de produção que sequer permite povoamentos e colheitas escalonados. PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE PEDARN PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE ‖ Inicialmente foi preciso definir uma visão de futuro, ou seja, um objetivo maior a ser perseguido colectivamente pelo setor. Definida, ela irá balizar acções práticas para o desenvolvimento deste setor, e também motivar formas de superação das dificuldades humanas, institucionais e financeiras para a sua implementação. A estratégia reconhece a natureza dividida da aquacultura na região e reconhece a importância de ambos os pequenos proprietários e da aquacultura comercial para o futuro desenvolvimento económico regional. Um ponto importante é identificar o momento oportuno para desenvolver e implementar uma estratégia e um plano de desenvolvimento. Com base nos elementos apresentados no diagnóstico atual da cadeia produtiva, fica evidente que o momento é adequado para a adoção de mudanças que permitirão que a Região atenda a uma oportunidade de mercado, com enormes benefícios econômicos e sociais, se todos os actores envolvidos com esta actividade somarem esforços na implementação do plano estratégico de longo prazo. A visão para o PEDARN, é de se tornar um líder de produtos de aquacultura produzidos de forma sustentável, que contribuem significativamente para o crescimento económico, desenvolvimento de infraestruturas, redução da pobreza, geração de oportunidades de emprego em toda a região, e garantir a sustentabilidade dos recursos e ambiental. Criar um sector da aquacultura sustentável, competitivo da região, apoiado por um plano estratégico plurianual definido através de uma abordagem participativa e adaptado ao contexto Moçambicano 1. Formação de um direcção da aquacultura; 2. Prover incentivos financeiros para produtores de pequena escala; 3. Facilitar o acesso às linhas de crédito para aumento da competitividade 4. Assegurar o desenvolvimento Territorial sustentado das zonas costeiras mais dependentes da pesca; 5. Incentivar Turismo Cultural de Pesca e Gastronómico da Região; 6. Melhoramento de infraestruturas para o escoamento de dos produtos; OBJECTIVOS E INSTRUMENTOS PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE Aumentar e diversificar a oferta de produtos da aquicultura nacional, tendo por base princípios de sustentabilidade, qualidade e quantidade, para satisfazer as necessidades de consumo e contribuir para o desenvolvimento local e para o fomento do emprego. Assegurar a participação dos produtores no processo de planeamento e gestão; Incluir os pequenos produtores no processo de evolução tecnológica da cadeia produtiva; Manutenção e ampliação dos resultados sociais já atingidos. Proteger a qualidade do ambiente marinho nas áreas de cultivo e regiões adjacentes; Melhoramento de infraestruturas para o escoamento de dos produtos; Obter certificações de qualidade e de sustentabilidade dos mariscos. Aumentar a produtividade e a lucratividade dos cultivos; Proporcionar um cenário favorável ao investimento privado; Atender novos e maiores mercados. O PEDARN segue, entre outros, as seguintes prioridades estratégicas: Promover a competitividade do sector num quadro de adequação aos recursos disponíveis e exploráveis; Reforçar, inovar e diversificar a produção aquícola; Melhorar o acesso ao mercado, cadeias de abastecimento de produtos da aquacultura internacionalmente e na região; Assegurar o desenvolvimento Territorial sustentado das zonas costeiras mais dependentes da pesca; PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE As intervenções necessárias ao alcance do objetivo estratégico para o setor da aquicultura na Região encontram-se agrupadas em quatro pilares, cada um dos quais com objetivos específicos e correspondentes ações e/ou projetos a implementar: Investimentos imateriais nos factores internos de competitividade. Instalar nos portos aquícolos meios que permitam minimizar impactes ambientais; Promover a valorização e qualificação dos profissionais do sector. Apostar na diversificação de espécies e na oferta de novos produtos; Estabelecer um Plano de Ordenamento da Actividade Aquícola; Privilegiar o cumprimento de normas ambientais. Melhorar e ordenar o Sistema viário e logística entres os grandes mercados; Definir a resiliência da aquacultura às alterações climáticas na região. Promover o nível de emprego através da manutenção ou criação de postos de trabalho preferencialmente nas actividades ligadas ao sector da aquacultura e ao mar; Incentivar a criação ou modernização de pequenas infraestruturas mesmo que não sejam relacionadas com a aquacultura, mas promovam o turismo, protecção do ambiente, património histórico; Incentivar Turismo Cultural de Pesca e Gastronómico da Região; PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE A questão que se coloca ao sector não é de encontrar formas de expandir a sua produção, mas antes de assegurar a sua competitividade e sustentabilidade através da respectiva estabilização e rendibilidade. Trata-se mais de produzir melhor – com menores custos e com mais qualidade -, do que aumentar a tonelagem das capturas; trata-se, igualmente, de garantir, para este sector, contribuir uma maior fatia na cadeia de valor como forma de assegurar a sua rentabilidade e a melhoria da qualidade de vida dos profissionais nela envolvidos, mas promovendo a respectiva sustentabilidade a prazo. Com vista à consecução de tais metas, identificaram-se as seguintes linhas de actuação prioritárias, a desenvolver pelos agentes públicos e privados do sector: Investimentos Imateriais nos Factores Internos de Competitividade Apoio a investimentos em factores intangíveis capazes de reforçar a competitividade das empresas do sector (formação inicial e contínua, gestão, comercialização, “marketing”, comunicações einformatização, qualidade, novas tecnologias, intercâmbio em matéria de investigação por parte dos cientistas); Instalar nos Portos Aquícolos Meios que Permitam Minimizar Impactos Ambientais Incluindo parques de recolha selectiva de resíduos sólidos, e a instalação de meios e sistemas para a armazenagem e para o tratamento de desperdícios e subprodutos e escoamento de efluentes, bem como a construção de Estacão de tratamento de agua residuais (ETAR’s); Promover a Valorização e Qualificação dos Profissionais do Sector Através da aposta na formação contínua, enquanto ambiente de valorização de competências e de actualização de saberes essenciais ao desempenho das profissões; consolidação dos mecanismos de suporte à entrada de novos profissionais no sector, através da formação; incremento da formação em alternância com o reforço da componente prática enquanto instrumento de valorização dos conhecimentos adquiridos; reforço dos mecanismos de suporte à formação tendo por base plataformas tecnológicas e ferramentas informáticas; reforço da dupla certificação enquanto elemento chave na valorização e qualificação dos profissionais; PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE O reforço desta actividade irá traduzir-se numa entrada no mercado de novas unidades, na diversificação para outras espécies mais competitivas, em acréscimos de produtividade que se deseja venham a reflectir-se num aumento do emprego neste sector. Com vista à conquista de tais metas, identificaram-se as seguintes linhas de actuação prioritárias a desenvolver pelos agentes públicos e privados do sector: Apostar na diversificação de espécies e na oferta de novos produtos Considerando que o reforço do posicionamento competitivo do sector passa pela diversificação para outras espécies, privilegiando aquelas em que as soluções técnicas para a sua produção à escala industrial conferem, à partida, boas perspectivas ao investimento. Esta diversificação, para além de aumentar a oferta, permite valorizar a produção e encontrar novos mercados. Importa ter em conta que os excessos de produção de espécies como a dourada e o robalo têm provocado desequilíbrios de exploração nas empresas de menor dimensão; Estabelecer um Plano de Ordenamento da Actividade Aquícola, em termos de ocupação territorial. Com a aprovação desse Plano prevê-se minimizar os eventuais conflitos com outros utilizadores com apetência pelos mesmos locais, compatibilizando os valores inerentes à preservação ambiental, designadamente protecção da avifauna e monitorização de efluentes, com os de uma prática aquícola sustentável. Genericamente, pode considerar-se que a Região oferece condições naturais propícias ao cultivo de algumas espécies. No entanto, alguma indefinição nos planos de gestão da orla costeira e das interacções com as áreas classificadas/protegidas, nomeadamente em zonas estuarinas, particularmente adequadas à produção aquícola, têm vindo a inviabilizar a concretização de intenções de investimento no sector e de desenvolvimento de algumas estruturas já existentes. Naturalmente que terá de conciliar-se a expectativa dos progressos que o sistema produtivo da aquicultura pode registar nas próximas décadas, com a necessidade de salvaguardar o cumprimento estrito de regras de produção respeitadoras do ambiente; PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE Privilegiar o cumprimento de normas ambientais Quer em termos das estruturas físicas, quer do uso de energias alternativas ou de tecnologias inovadoras, utilizando métodos de produção aquícola que concorram para a protecção e melhoria do ambiente e para a preservação da natureza; A aquicultura tem estado associada, muitas vezes injustificadamente, a efeitos ambientais negativos, com potenciais impactos na biodiversidade. Contudo, o trabalho que devem ser desenvolvidos terão subjacentes as preocupações nesta área. Pretende-se transmitir sinais claros de apoio à investigação e demonstração de novas tecnologias ambientais e energéticas para a adopção de soluções inovadoras, conducentes, nomeadamente, à maior utilização de energias renováveis, a acréscimos na eficiência energética, e à monitorização e controlo dos efluentes; A prioridade tem como objectivo, o rápido escoamento dos produtos aquícolo, conectando os vários núcleos de produção aquícola. Viu-se a necessidade também a necessidade de elaboração de estratégias com vista a resiliência para a rápida resposta a necessidade de abastecimentos de produtos aquícolos nos mercados. Melhorar e Ordenar o Sistema Viário e Logística entres os Grandes Mercados Para tal, será necessário conectar todos os polos de exportação (Portos) e venda (Mercados Internos), através da construção de novas redes viárias ou ferroviárias, e também na potencialização das vias existentes (reabilitando-as), que todo esse processo ira facilitar o escoamento dos produtos. Definir a Resiliência da Aquacultura às Alterações Climáticas na Região O aumento da resiliência da aquacultura compreende: Promover a piscicultura como meio alternativo a uma diminuição da quantidade de pescado e aumento da procura Regenerar mangais e implementar medidas de protecção de algas e ervas marinhas, dos corais e outras zonas de reprodução e alimentação do pescado Melhorar a qualidade de informação e capacidade da pesca de pequena escala Reforçar as medidas de controlo e gestão da actividade pesqueira garantindo o acesso a tecnologias limpas com vista a garantir a renovação e manutenção dos stocks. Avaliar as medidas internacionais de adaptação e mitigação sobre mudanças climáticas para a aquacultura e adaptá-las para a região PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE Pretende-se, assim, até 2038, manter ou aumentar o nível de emprego nas zonas mais dependentes de pesca através da criação de postos de trabalho, preferencialmente, nas actividades ligadas, directa ou indirectamente, ao sector das pescas ou ligadas ao mar. Promover o nível de emprego através da manutenção ou criação de postos de trabalho preferencialmente nas actividades ligadas ao sector da aquacultura e ao mar; Possibilitar o pluriemprego para os profissionais do sector, permitindo a prática e uma actividade complementar, nomeadamente no âmbito das actividades ligadas ao turismo. No caso, será necessário rever e adequar a regulamentação nacional relativa à actividade turístico-marítima. Criar postos de trabalho alternativos à aquacultura, através de investimentos que visem o desenvolvimento económico, social ou mesmo cultural, mas inseridos numa estratégia integrada multi-sectorial e territorial. Os objectivos quantificados para esta prioridade estratégica dependem dos trabalhos em curso relativamente à definição das zonas dependentes da pesca. Como base de trabalho equacionam-se os indicadores seguintes: Número de zonas dependentes da pesca, ou seja, cuja principal actividade esteja ligada ao sector das pescas; Percentagem da população envolvida nas zonas dependentes da pesca; Postos de trabalho criados para absorver o emprego liberto pela actividade pesqueira; Incentivar a criação ou modernização de pequenas infraestruturas mesmo que não sejam relacionadas com a aquacultura, mas promovam o turismo, protecção do ambiente, património histórico e natural; Os trabalhos devem ser planeados e organizados numa base multi-sectorial e regional/local e com a participação dos actores locais. A escolha entre as diferentes áreas de intervenção (turismo, aquicultura, feiras de peixe, lazer, conservação ambiental, cooperação nacional e transnacional …) deve ser equilibrada, e deve promover também a aquisição de competências (apelativas para os profissionais da pesca e para as gerações futuras). Não menos importante é o apoio a nível técnico/administrativo,necessário à preparação e execução da estratégia prevista, que deve constituir uma prioridade da Administração, bem como o apoio financeiro a projectos públicos e privados que se enquadrem nos planos de estratégia local e que poderão incluir: A diversificação ou reconversão das actividades; Investimentos que também contribuam para os objectivos das restantes prioridades estratégicas ao nível das comunidades mais dependentes da pesca. Os apoios financeiros deverão incentivar a criação ou modernização de pequenas infraestruturas que beneficiem as comunidades mais dependentes da pesca, nomeadamente as relacionadas com a pesca, turismo, protecção do PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE ambiente, valorização do património histórico e natural, e, ainda, a cooperação inter-regional e mesmo transnacional entre grupos das zonas de pesca, nomeadamente no âmbito da divulgação de boas práticas; Incentivar Turismo Cultural, de Pesca e Gastronómico da Região; O turismo de pesca poderá ser desenvolvido de acordo com as seguintes variáveis que devem ser observadas: Existência de espécies de peixes específicos de atratividade à pesca amadora; Infraestrutura básicas e de apoio para o turismo de pesca (banheiros, lojas de suprimentos de pesca, atracadores) Sustentabilidade da paisagem no entorno – respeito aos Aspectos ambientais e socioculturais; Promoção e comercialização do produto de turismo de pesca nos mercados nacionais e internacionais O turismo de pesca deve ser integrado não só nos locais onde tem grande potencial de produção aquícola, mas também em regiões onde apresenta boas ou grandes atratividade turística. Essas actividade vai consistir que o marisco pescado pelo turista, que ele possa levar para cozinhá-lo em um restaurante ou pode levar o mesmo pescado para casa de uma dona local para que o turista aprenda a culinária de como prepara o peixe conforme manda a cultura do local. No seguimento do turismo de pesca, a inventariação da oferta turística poderá ser apresentada de seguinte forma: Infraestruturas de apoio ao turismo – informações básicas atrativas, meios de acesso, comunicação, segurança, entre outros. Serviços e equipamentos turísticos – meios de hospedagem, restaurantes, agencias de viagem, transportes, entre outros; Atrativo turístico – praias, mangues, áreas de pesca esportiva e baias. Desta forma, é possível levantar informações que subsidiem a estruturação de destinos com foco no turismo de pesca, contribuindo assim, para o desenvolvimento sustentável das regiões e o fortalecimento do segmento. Quanto ao turismo gastronómico serão adoptadas as seguintes ideias: Deve ser desenvolvido um roteiro de diferentes lugares da região com diferentes formas de preparar o peixe; Os roteiros devem ter atenção aos eventos passiveis de acontecer em um determinado local da região costeira e, se os eventos não forem voltados principalmente a culinária, devem ser destacados cardápios presentes nos eventos que valorizam a gastronomia pesqueira; Deveram ser feitas parcerias com estabelecimentos gastronómicos da região; PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE PEDARN PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE ‖ O sucesso da implementação da estratégia baseia-se em diversas partes interessadas que desempenham as suas funções de forma activa. De igual modo importante e por uma questão de continuidade é que os responsáveis, em todos as localidades, designaram os pontos focais no domínio da aquacultura conectando as suas actividades ao turismo de pesca e gastronómico. A implementação eficaz exigirá uma forte cooperação, colaboração, coordenação e investimento através de uma gama de entidades com base numa abordagem bem estruturada e participativa. A execução da estratégia está alinhada com os objectivos específicos. Mais especificamente, serão aplicados os princípios orientadores seguintes: Valor acrescentado - as intervenções a serem lançadas a nível regional serão limitadas àquelas que visam aumentar claramente valor ou gerar soluções para iniciativas nacionais; Definição de Prioridades - O enfoque deve estar na realização realista de objectivos específicos, de acordo com as prioridades nacionais; Realismo, flexibilidade e pragmatismo são os fundamentos essenciais para a implementação da estratégia. Responsabilidade – as localidades da região e actores não estatais devem ser responsabilizados pelas suas decisões e acções. INVESTIMENTOS IMATERIAIS NOS FACTORES INTERNOS DE COMPETITIVIDADE Formação inicial e contínua, gestão, comercialização, “marketing”, comunicações e informatização, qualidade, novas tecnologias, intercâmbio em matéria de investigação por parte dos cientistas; APOSTAR NA DIVERSIFICAÇÃO DE ESPÉCIES E NA OFERTA DE NOVOS PRODUTOS Traduzir-se numa entrada no mercado de novas unidades, na diversificação para outras espécies mais competitivas, em acréscimos de produtividade que se deseja; MELHORAR E ORDENAR O SISTEMA VIÁRIO E LOGÍSTICA ENTRES OS GRANDES MERCADOS Concepção de novas vias, criação de feiras pesqueiras, potencialização do porto da a exportação de produtos pesqueiros; INCENTIVAR TURISMO CULTURAL, DE PESCA E GASTRONÓMICO DA REGIÃO Criação de Infraestruturas de apoio ao turismo, serviços e equipamentos turísticos de pesca, potencialização de praias, mangues, áreas de pesca esportiva e baias; PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE PROMOVER A COMPETITIVIDADE DO SECTOR P1.1. Investimentos imateriais nos factores internos de competitividade. P1.2. Instalar nos portos aquícolos, permitam minimizar impactos. P1.3. Promover a valorização e qualificação dos profissionais do sector. REFORÇAR, INOVAR E DIVERSIFICAR A PRODUÇÃO AQUÍCOLA P2.1. Apostar na diversificação de espécies e na oferta de novos produtos. P2.2. Estabelecer um Plano de Ordenamento da Actividade Aquícola. P2.3. Privilegiar o cumprimento de normas ambientais. MELHORAR O ACESSO AO MERCADO. P3.1. Melhorar e ordenar o Sistema viário e logística entres os grandes mercados. P3.2. Definir a resiliência da aquacultura às alterações climáticas na região. ASSEGURAR O DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL SUSTENTADO P4.1. Promover o nível de emprego através da criação de postos de trabalho. P4.2. Incentivar a criação ou modernização de pequenas infraestruturas. P4.3. Incentivar Turismo Cultural de Pesca e Gastronómico da Região. P1.1. P1.2. P1.3. P2.1. P2.2. P2.3. P3.1. P3.2. P4.1. P4.2. P4.3. NÍVEL DE IMPORTÂNCIA A B C 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 NÍVEL DE PRIORIDADES NÍVEL DE IMPORTÂNCIA A Alto NÍVEL DE PRIORIDADES 1 Alto B Médio 2 Médio C Baixo 3 Baixo PEDARN PLANO ESTRATÉGICO DE AQUACULTURA DA REGIÃO NORTE Avila, P. (2014). Strategic Plan for Aquaculture. Croatian: ZADAR. Joseph. (2013). National Strategic Plan for Aquaculture Development. California: Experts. Langa, C. (2017). POSICIONAMENTO DE MOÇAMBIQUE . Maputo: MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO. Minsteio das Pescas, d. (2011). Actualizacao de zonas pontenciais para aquacultura em mocambique. Maputo: Instituto Nacional de desenvolvimento de Aquacultura. Ngale, A. J. (2012). POPULAÇÃO E DESENVOLVIMENTO. Maputo. Omar, I. (2013). SHRIMP AQUACULTURE INDUSTRY IN MOZAMBIQUE. Maputo: Project. PEN. (2007). PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL. Aletejo: DGPA.
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