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Irrigação localizada


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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Irrigação localizada
Características do Método
A água é aplicada a taxas (vazões) reduzidas;
	A	água	é	aplicada	em	intervalos	frequentes	(reduzido turno de rega);
	A	água	é	aplicada	diretamente	na	região	do	sistema radicular da planta;
A água é aplicada via um sistema de baixa pressão.
Irrigação localizada
Método de irrigação no qual a água é aplicada na, sobre, ou sob a superfície, em uma área restrita da zona radicular do cultivo, em pequenas vazões e com alta frequência; de modo a manter um alto potencial matricial nesta região.
Gotejamento subsuperficial
Gotejamento superficial
Microaspersão
Irrigação localizada
		Gotejamento	Microaspersão
	Lançamento no Brasil	≈ 1972	≈ 1982
	Vazão (L/h)	2 - 10	20 - 150
	Forma de aplicação	Gota a gota	Spray ou pequenos jatos
	Cultivo mais
comuns	Café, tomate, morango, melão, pimenta, mamão, outras	Abacate, citros, banana, manga, uva, mamão, outras
Comparação	entre	os	dois	principais	sistemas	de	irrigação localizada.
Irrigação localizada
Vantagens do Método:
Maior eficiência no uso da água;
Os	sistemas	são	usualmente
semiautomatizados	ou
automatizados, necessitando de menos mão de obra para o manejo da irrigação;
Maior eficiência no controle fitossanitário;
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Vantagens do Método:
Otimização do uso do fertilizantes;
Adapta-se a diferentes tipos de solos e topografia;
	Pode ser usado com água salina ou em solos salinos, devido promover a translocação de sais, diminuição da concentração salina na região umedecida e evitar a queima de folhas.
Irrigação localizada
Desvantagens do Método:
Alto custo inicial;
Susceptibilidade ao entupimento;
Necessidade	de sistema de filtragem;
Inviável em água com alto níveis de ferro e carbonato;
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Componentes do Sistema
a)	Unidade de Controle (Cabeçal de Controle)
Conjunto moto-bomba;
Filtros	(areia,	tela	ou	discos ranhurados);
Injetor de produtos químicos (bomba, tanque, Venturi, etc...);
Conexões;	Válvulas	(reguladoras	de	pressão	e	de	vazão, válvulas métricas, válvulas anti-vácuo, etc.).
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Componentes do Sistema
b) Tubulação
Linha principal;
Linha secundária
	Linha	de	derivação	ou	de distribuição;
Linha lateral ou de irrigação.
Irrigação localizada
Filtragem da água de irrigação Areia:
Responsável pela eliminação de partículas grosseiras em suspensão, algas e viscosidades bacterianas, matéria orgânica, microorganismos e partículas coloidais.
Irrigação localizada
Eficientes	na	retenção	de	partículas,
porém
facilmente
obstruídos	por	matéria	orgânica.	São
responsáveis	pela
eliminação de impurezas menores que ultrapassam o filtro de areia, bem como partículas insolúveis advindas de fertilizantes.
Filtragem da água de irrigação
Tela ou disco:
Irrigação localizada
Irrigação localizada
Tipos de emissores
a) Gotejador - são peças construídas para permitir uma redução da pressão da água e diminuir a vazão a alguns litros por hora, de modo que a água atinja a planta em forma de gotas.
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Tipos de emissores
a) Gotejador - Quanto à conexão dos gotejadores na linha lateral, tem-se gotejadores conectados “sobre”, “na”, “no” prolongamento” da linha lateral, e embutido dentro da linha.
Irrigação localizada
Tipos de emissores
Gotejador – Tipos:
Gotejador de longo percurso (microtubos);
Irrigação localizada
Tipos de emissores
Gotejador – Tipos:
Gotejador de longo percurso (labirinto);
Irrigação localizada
Tipos de emissores
Gotejador – Tipos:
Gotejador tipo orifício;
Irrigação localizada
Tipos de emissores
Gotejador – Tipos:
Gotejador autocompensante;
Irrigação localizada
Tipos de emissores
Gotejador – Tipos:
Fita gotejadora.
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b) Microaspersor – Essas peças são semelhantes aos aspersores vistos anteriormente, porém seu tamanho reduzido faz com que lancem pequenos jatos de água na atmosfera.
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b) Microaspersor – São colocados sobre a linha de polietileno. Não molham, em geral toda superfície do solo, podendo-se aplicar a irrigação diretamente na região do solo explorada pelas raízes.
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c) Tubos porosos – São tubulações cujas paredes são porosas e a água passa do interior da tubulação para o exterior ao longo de toda a tubulação como se a mesma estivesse “suando”.
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d) Tubos perfurados – São tubos com orifícios feitos na própria parede do tubo com pequenos espaçamentos entre orifícios. Sendo assim, forma-se uma faixa molhada sobre a superfície do solo.
Irrigação localizada
Evapotranspiração na área sob irrigação localizada
ETcl  ET0 .	Kc . Ks . Kl
ET de referência (mm)
Cultura e sua fase de desenvolvimento
Freqüência de
molhamento
Forma de
molhamento
Lâmina líquida de irrigação (mm)
Kc médio
Kc final
Estabele- cimento
Desenvolvimento Vegetativo
Florescimento e Frutificação
Maturação
Os valores de Kc acompanham basicamente a área foliar da cultura. Culturas anuais o Kcini varia de 0,3 a 0,5, Kc médio de 0,8 a 1,2, e o Kc final de 0,4 a 0,7, dependendo do tipo de cultura.
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 	Limite Crítico - f
Solo saturado
Água de percolação
Limite Superior - CC
Água	disponível
Limite inferior - PMP
Água	não disponível
Ks = 1
Irrigação localizada
Irrigação localizada
Kl = Fator de correção devido à localização, em função da fase de desenvolvimento da cultura, do espaçamento, da área molhada e da área sombreada (kl ≤ 1, geralmente de 0,2 a 1,0).
Para a definição dos valores de Kl, existem diversas metodologias, destacando-se as propostas por Keller, Keller- Bliesner e Fereres.
Irrigação localizada
KELLER (1978) – Mais agressivo – olerícolas (espaçamento pequeno).

100 


100
	P	
P
kl 	 0,151
Irrigação localizada
FERERES (1981) – Culturas perenes Fruteiras (grandes espaçamentos ).
P  65%  kl  1
100
20%  P  65%  kl  1,09	P	 0,30
 0,10
100
P  20%  kl  1,94
P
Irrigação localizada
KELLER e BLIESNER (1990) –	Geral.
kl  0,1	P
P = PAM ou	PAS (sempre o maior).
PAS = Percentagem de Área Sombreada PAM = Percentagem de Área Molhada Observação:
O cálculo do PAM e do PAS é muito simples, basta dividir a área
molhada ou sombreada pela área total ;
Vamos ver os exemplos de cálculos posteriormente (irrigação localizada).
Irrigação localizada
Evapotranspiração na área sob irrigação localizada
ETc  ET0 .	Kc
≠
ETcl  ET0 .	Kc	. Kl
Irrigação localizada
Exercícios 1: Para a situação apresentada a seguir, calcule:
PAM
Kl
Etcl
Ia
Irrigação localizada
Cultura: café; Espaçamento: 3,8 x 0,75 m;
PAS = 50%;
Fase adulta: Kc = 0,9; ETo =	5,0 mm/dia; Irrigação: Gotejamento;
Vazão do emissor: 2,3 L/h;
Espaçamento entre emissores:0,75 m	(um por planta); Espaçamento entre linhas laterais: 3,80 m (uma linha por fileira);
Faixa molhada: 0,90 m.
Irrigação localizada
Solução:
Letra a)
PAM		Áreamolhada 100
3,8
PAM	 0,9 100  25%
Letra b)
Empregou-se o maior valor	entre PAS e PAM, No caso, PAS=50%, obtendo-se:
Observe que o valor indica que há uma redução de 29% na evapotranspiração do cafeeiro.
Kl  0,71
kl  0,1	50
Áreacultura
Irrigação localizada
Solução:
Letra c)
ETcl  Etc kl  ET0  Kc  Kl
ETcl  5,0  0,9  0,71  3,20mm / dia
Letra d)
3,8 0,75
IA  1 2,3	  0,81mm / h
àreaocupadapor planta
IA  Ngotejadores por planta  qgotejador
Irrigação localizada
Exercícios 2: Considere um plantio de laranja, irrigado por microaspersão. Calcule:
PAM
Kl
Etcl
Ia
Irrigação localizada
Cultura: Laranja; Espaçamento: 7,0 x 5,0 m;
PAS = 24%;
Fase: 3 anos e Kc = 0,6; ETo = 4,5 mm/dia; Irrigação: Microaspersão; Vazão do emissor: 31 L/h;
Um microaspersor por planta; Raio molhado: 2,1 m.
Irrigação localizada
Solução: Letra a)
100  40%
7,0 5,0
 (2,1)2
PAM 
Letra b)
Empregou-se o maior valor	entre PAS e PAM, No caso, PAM=40%, obtendo-se:
Kl  0,63
kl  0,1	40
Irrigação localizada
Solução:
Letra c)
ETcl  Etc kl  ET0  Kc  Kl
ETcl  4,5 0,6  0,63  1,70mm / dia
Letra d)
7,0 5,0
IA  1 31	  0,89mm / h
àreaocupadaporplant a
NMicroaspersorporplant a qmicroaspersor
IA 
Irrigação localizada
Lâmina de irrigação e turno de rega
No caso da irrigação localizada, alguns ajustes se fazem necessários , em função da possibilidade de não molhamento total da área. Assim, o cálculo da lâmina liquida de irrigação a ser aplicada é feito utilizando-se a equação a seguir:


	100	
CC	pm
loc
LLI	 	 	 Z  f  PAM 


	100	
CC
loc
LLI	 	  *  Z  PAM 
Irrigação localizada
Lâmina de irrigação e turno de rega
Lâmina bruta de irrigação:
Turno de rega ou intervalo entre irrigações:
Ea
	LLIloc
LBI
loc
ETcl
TR 	LLIloc
Irrigação localizada
Exercícios 3: Considerando o exercício 1, sabendo-se que o solo estava na capacidade de campo no dia anterior e que a eficiência de irrigação é de 90%, Calcule:
LLIloc
LBIloc
Tempo de irrigação (h)
Irrigação localizada
Solução:
Letra a)
LLIloc  ETcl  3,20mm / dia
Letra b)
loc
0,90
LBI	 3,20  3,55mm
Irrigação localizada
Solução: Letra c)
O tempo de irrigação seria de 4,39 horas, ou 4 horas e 23 minutos, para aplicar a lâmina necessária para a elevação do teor de água no solo a capacidade de campo.
IA
Ti  LBI loc
0,81
Ti  3,55  4,39h
Irrigação localizada
Exercícios 4: Considerando o exercício 2, sabendo-se que o solo tinha um déficit de 1,3 mm no dia anterior à medição da evapotranspiração e que a eficiência de irrigação é de 86%, Calcule:
LLIloc
LBIloc
Tempo de irrigação (h)
Irrigação localizada
Solução:
Letra a)
LLI loc  déficit  ETcl  1,3  (1,7 1dia)  3mm / dia
Letra b)
 3,48mm
0,86
3
LBI loc 
Irrigação localizada
Solução: Letra c)
O tempo de irrigação seria de 3,92 horas, ou 3 horas e 55 minutos, para aplicar a lâmina necessária para a elevação do teor de água no solo a capacidade de campo.
IA
Ti  LBI loc
0,89
Ti  3,48	 3,92h
MANTOVANI, E. C.; SALASSIER, B.; PALARETTI, L.F. Irrigação: princípios e
métodos; 3	ed., atual e ampl., Viçosa: Ed. UFV, 2012. 355p.
MIRANDA, J.H.; PIRES, R.C.M. Irrigação. Piracicaba, FUNEP, 2003. 703p.