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96 • Treinamento para utilização de produtos quí- micos. 4.12. Avaliação/Indicação dos Procedimentos de Segurança A avaliação deve ser realizada periodicamente, levando-se em conta todos os indicadores existentes na empresa, os quais devem ser respeitados, seus pa- râmetros e exigências legais. Os procedimentos devem ser adotados de for- ma constante, sendo através destes, que, em muitos casos, verificamos falhas, as quais podem se tornar ações para a eliminação de riscos e perigos. O Profissional da área de Segurança é parte fundamental neste processo, pois é ele, em mui- tos casos, que direta ou indiretamente irá minis- trar treinamentos. 97 • Elaborar procedimento de Segurança para içamento de carga; • Elaborar procedimento de utilização de EPIs; • Fixar o procedimento junto à máquina; • Auditar periodicamente os funcionários quan- to à ciência na aplicação dos procedimentos de segu- rança da máquina; • Depois de instalados todo sistema de seguran- ça para atender as exigências da NR-12, os profissio- nais devem passar por treinamento de como utilizar cada sistema. Após ministrar qualquer treinamento, é de extre- ma importância que o empregador faça uma avaliação para identificar se o conteúdo aplicado foi absorvido pelo empregado. Caso a nota seja inferior a média es- tipulada em procedimento da empresa, deverá o em- pregador reciclar este empregado de tal maneira que, ao final do treinamento, volte a reavaliar. As empresas vêm, periodicamente, destinan- do verbas para treinamento, seja por entender que é importante o empregador saber como aplicar as regras de segurança, ou seja, caso para aplicação da Norma Vigente. O empregado ao entender o funcionamento da máquina, estará interagindo de forma mais correta e preservando o equipamento. Ao longo do tempo, muitos dispositivos de máquinas foram alterados ou 98 eliminados pelo empregado, justamente por este não entender a real aplicação deste, no contexto produti- vo e de segurança. Em todos os segmentos industriais, podemos verificar máquinas e equipamentos de diversos tipos e modelos, os quais demandam cuidados específicos. Estes cuidados devem ser atrelados a uma Gestão de Segurança, para que sejam administrados de forma organizada e correta. 4.13. Complementos/Relatório do Auditor Como citado no item anterior, o sistema de Gestão de Segurança, hoje, não é uma recomendação às empre- sas e, sim, uma necessidade. Para que esta Gestão tenha uma sistemática de verificação de evolução é, extrema- mente, necessária a aplicação de auditorias por pessoas que possuam conhecimento e embasamento técnico. Ao implantar as melhorias em uma máquina ou equipamento, é necessário entender se os aspec- tos estão atendendo as necessidades e eliminando e/ ou amenizando riscos e perigos de forma adequada, para que posteriormente possa auditar as aplicações e usos destes dispositivos pelo empregado de forma correta. Veja, a seguir, alguns exemplos de auditoria. • Auditar periodicamente os funcionários quan- to à ciência na aplicação dos procedimentos de segu- rança da máquina; 99 • Auditar periodicamente a eficiência e eficácia do sistema de segurança existente na máquina. Após inserir as auditorias específicas em máqui- nas e equipamentos no sistema de gestão, deve-se ficar atento às mudanças tecnológicas, de lay out, de processo e produto na área fabril, para que sejam de- mandadas novas necessidades de implementação de dispositivos de segurança. Por mais que os processos evoluam, sempre haverá interação do ser humano, talvez em menor escala, porém nunca será abolido a mão de obra por completo. Isso significa que riscos de acidentes sempre estarão presentes. Devem-se resguardar as características de cada sistema de produção e as suas interfaces, para que sejam inseridos os processos de auditoria. Às vezes, linhas semelhantes em uma mesma empresa, podem ter características de segurança diferentes, só pelo simples fato de serem instalados em espaços diferen- tes. Fazer cópias de sistemas de auditorias de outras empresas e setores, e utilizá-los de forma fiel, pode acabar acarretando erros de interpretação, e má in- terpretação de riscos e perigos, e vir a expor os em- pregados a possíveis acidentes. 4.14. Laudos/Análises Adicionais Neste item, deve constar todo tipo de laudos, análises técnicas que possam, de certa maneira, dar 100 subsídios técnicos para complemento do laudo da NR-12. Existe um item que consta na NR-12 que são riscos adicionais, e, muitas vezes, são relegados ao segundo plano, pelos profissionais de segurança do trabalho e, em muitos casos, nem constam no Laudo da máquina ou equipamento. Este item demonstra, ainda, mais a necessidade de citar novamente o quanto é importante fazer um Sistema de Gestão de Segurança nas empresas. O cuidado deve ser grande ao relacionar os laudos adicionais, pois a falta de critério ao atender as exigências que constam em algum laudo, que foi citado, poderá comprometer o trabalho. Caso típico é o cronograma de ações do PPRA- PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS. Veja, a seguir, alguns exemplos de laudos que podem ser usados como apoio para dar aval e sus- tentação ao laudo de máquina e equipamento: • Laudo Elétrico; • Laudo Ergonômico. • Laudo PPRA – PROGRAMA DE PREVEN- ÇÃO DE RISCOS DE ACIDENTES. 4.15. Anotações Gerais Estas anotações devem ser colocadas, quando existe a necessidade de informações adicionais que não se enquadram em nenhum dos itens anteriores, 101 porém se julga necessária a informação da pessoa ou profissional que irá ler este documento. Veja o exemplo a seguir: • Programa BNDES Finame de Modernização de Máquinas e Equipamentos Instalados no País - BNDES Finame-Moderniza BK. 4.16. Conclusão Todo laudo deve possuir uma conclusão, pois é embasado em normas, procedimentos, exigências legais e características diferenciadas para comprovar ou demonstrar algo. Em relação às máquinas e equipamentos, esta conclusão deve ser muito direcionada, para que se possa enquadrar de forma correta, e ser o mais objeti- vo possível. Veja, a seguir, um exemplo de conclusão: Conforme verificado nestes documentos fo- ram encontrados diversos itens que não contem- plam as exigências contidas na NR-12; mas de- vido o alto teor de complexidade desta norma, devemos levar em consideração que todos os itens relatados neste documento para melhorias, serão apresentados a um Comitê, que irá definir a me- lhor forma de aplicá-los. Este Comitê, deve ser composto por profissionais de diversas áreas, tais como: Segurança do Trabalho, 102 Manutenção, Produção e representantes da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Os itens descritos, nesta Análise de Riscos, não esgotam o assunto, e qualquer informação ou situa- ção que possa levantar nossas condições de riscos, de- vem ser perioricamente verificadas e tomadas ações para neutralizá-los, adequá-los ou eliminá-los. Após a conclusão de todas as melhorias, será emitido Laudo Final (conforme modelo da página 48), validando a máquina como adequada aos itens proposto na NR-12 – SEGURANÇA NO TRABA- LHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. 4.17. Laudo Técnico de Vistoria e Responsabilidade Após cumprir todos os tópicos anteriores e, principalmente, sanar e ou adequar os riscos e perigos de forma controlada, conforme descrito no item ------, atendendo as exigências da NR- 12, o profissional de segurança que for respon- sável técnico pela elaboração deste documento, deve emitir LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA E RESPONSABILIDADE, acompanhado pela emissão de ART- ANOTAÇÃO DE RESPON- SABILIDADE TÉCNICA - CREA, dando aval a este documento de forma legal. O Laudo Técnico de Vistoria e Responsa- bilidade, somente tem validade legal, se houver 103 recolhimento da ART- ANOTAÇÃO DE RES- PONSABILIDADE TÉCNICA - CREA. Também deve constar neste documento final, que o Laudo está sendo emitido de acordo com as condiçõesdemonstradas, por foto, neste documen- to, e que qualquer mudança de: Lay-out, processos, dispositivos de segurança, modo de operação, siste- ma de transporte e outros que possam gerar riscos de acidentes, será passivo de novo laudo. A responsabilidade do profissional de Segu- rança ao emitir o Laudo final da máquina ou equi- pamento é muito grande, e tem que ser criterio- so, de tal maneira, que não seja passivo de dúbia interpretação, as recomendações e conclusões que constam no documento. O empregador entende que ao contratar uma empresa para emitir um laudo da máquina ou equi- pamento, se isenta que qualquer responsabilidade de acidentes que venham a ocorrer. Isto não é verda- de, pois a falta de aplicação dos dispositivos e a má interpretação dos riscos poderão levar tanto o em- pregador como a empresa, que emitiu o laudo, a ter responsabilidade solidária, arcando com os ônus do acidente, seja na esfera civil, como criminal. Portan- to, a necessidade de um trabalho com responsabili- dade e critério deve ser acompanhada pelo emprega- dor, através de sua área de segurança do trabalho, do começo ao fim. 104 Veja o exemplo/modelo do LAUDO, que a empresa deve possuir, após a conclusão das exigên- cias para atender a NR-12. LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA E RES- PONSABILIDADE N.º 0001/201x Solicitados pela empresa: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx LTDA e embasados na Vistoria Técnica por nós efetuada na máquina tor- noxxxxxxxx, abaixo mencionado, declaramos que o mesmo confere com as exigências da Norma Re- gulamentadora 12, conforme planta anexa, descrita no croqui constante no “requerimento” da empre- sa. Este laudo é exclusivo para o torno citado acima, não devendo ser extensivo a outras máquinas mesmo que similares. O TORNO XXXXXXXX - é com- posto de um total de n.º ___ de eixos, onde a carga está distribuída de forma a atender a legislação per- tinente. A máquina é constituída de uma peça única: -_________________, com peso de ______ tonela- das largura de _____ metros, altura de n.º _____ me- tros, fabricada pela empresa: XXXXXXX localizada na ____________________, município de ______, Estado de ______ país______. O peso bruto do equipamento resultante é de ____ toneladas. Declaramos, também, que o TORNO XXXXXXXXXXX, dispõe de potencial adequado, 105 condições de estabilidade e segurança, capacidade de tração, condições de frenagem, sinalização regula- mentar, na forma exigida na legislação complementar. São Paulo, ___de______ de_____. _______________________________ Nome: Engenheiro de Segurança do Trabalho CREA ART VINCULADA 106 Questões 1. Para que serve o Laudo de uma máquina ou equipamento? 2. Cite 3 tópicos que devem constar em um lau- do de máquina. 3. Simule um cálculo de Número de Classifica- ção de Perigo. 4. Cite dois tipos de laudos adicionais que po- dem ser descritos como material de apoio para ela- boração do documento. 5. Alguns treinamentos são quase que básicos na operação de máquinas? 109 Bibliografia Básica CASAL, J. Evaluation of the effects and con- sequences of major accidents in industrial plants. Amsterdam: Elsevier, 2008. DE CICCO, F. M. Custo de acidentes. São Paulo: Fundacentro, 1985. HOYOS, C.; ZIMOLONG, B. Occupational safety and accident prevention: behavioral stra- tegies and methods. Amsterdam: Elsevier, 1988. KLETZ, T. A. Lessons from disaster: how or- ganizations have no memory and accidents re- cur. Houston, Tex.: Gulf Pub. Co., 1993. ROUSSELET, E. S.; FALCÃO, C. A segu- rança na obra manual técnico de segurança do trabalho em edificações prediais. Rio de Janeiro: Interciência, 1999. ROWLINSON, S. M. Construction safety management systems. London: Spon Press. 2004.
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