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Ordem Cetacea | @bgs_isa6 1 Ordem Cetacea e Sirenia Ordem Cetacea Subordem Mysticeti Baleias verdadeiras (possuem placas queratinizadas na cavidade oral, chamadas barbatanas) Baleia jubarte Baleia franca do Sul Subordem Odontoceti Possuem dentes Orca Golfinho rotador Boto cinza Características Totalmente dependentes do meio aquático: adaptações Corpo alongado e hidrodinâmico: membros torácicos → nadadeiras peitorais Nadadeira caudal: propulsão Nadadeira dorsal: estabilização do nado Olhos: córneas adaptadas para visão embaixo da agua Pele lisa, sem glândulas, sem queratina e sem pelos Espessa camada de gordura na pele: funções → reserva de energia, flutuabilidade, barreira à perda de calor Misticetos: 2 orifícios respiratórios Odontocetos: um único orifício respiratório Orifício respiratório ou espiráculo → inala e exala o ar. É controlado por musculatura voluntária Estômago dividido em três compartimentos Rins: lobulados, compostos por unidades funcionais independentes – reniculi Presença de fenda mamaria por onde a fêmea esguicha o leite na boca do filhote Gestação varia de 10 a 17 meses Nasce apenas um filhote, raramente 2 Intervalo entre as crias varia de 1 a 7 anos, cachalotes filhotes podem mamar por 7 a 8 anos (fêmeas) e até 13 anos (machos) Baleias: ciclo de migração → águas frias para alimentação. Águas quentes → reprodução Inteligência dos golfinhos Devido à complexidade de suas estruturas sociais, dos seus sistemas de comunicação e das características morfológicas e fisiológicas de seu cérebro, os golfinhos são considerados animais muito inteligentes Proporcionalmente, em relação ao peso e volume do tamanho do animal, o cérebro do golfinho rotador é o terceiro maior, com cerca de 1,5kg, sendo que o cérebro humano é o sexto O córtex associativo do golfinho, a parte do cérebro humano especializada no pensamento abstrato e conceitual, é maior que a do ser humano Ecolocalização ou Ecolocação Sistema de orientação e localização Através dele, sons de alta frequência, inaudíveis ao ouvido humano, são produzidos pela vibração dos dutos de ar dirigidos para o meio externo através do “melão” (protuberância na parte frontal da cabeça) que atua no direcionamento das ondas sonoras e altera a frequência e o comprimento delas Quando os sons atingem um objetivo, o eco retorna ao golfinho, que os capta pela mandíbula e pelo ouvido, estes são transmitidos ao cérebro, que os analisa quanto à localização, forma, textura e constituição Os golfinhos usam a Ecolocação para localizar um objeto, detectar sutis diferenças nos objetos, desorientar cardumes de peixes ou dividir o cardume Espécies de baleias Baleia jubarte (Megaptera novaeangliae) Período de visita ao Brasil: anualmente, nos meses de inverno e primavera (julho a novembro, principalmente em setembro e outubro na Bahia) Expectativa de vida: de 45 a 50 anos Comprimento: em média 15m (adulto), e 4m (filhotes) Peso: em média 30 toneladas Alimentação: Krill Ordem Cetacea | @bgs_isa6 2 Baleia franca (Eubalaena australis) Período de visita ao Brasil: migram para águas brasileiras (Santa Catarina) anualmente entre os meses de julho a novembro. Tempo de gestação: 12 meses Expectativa de vida: 70 anos Comprimento: 15m (adultos) e 4m (filhotes) Peso: de 50 mil a 80 mil kg Alimentação: Krill e Copépodes Baleia de Bryde (Balaenoptera edeni) Período de visita ao Brasil: migram nos meses de primavera e verão (de setembro a março em São Paulo) Tempo de gestação: 11 meses Expectativa de vida: de 50 a 70 anos Comprimento: 15,5m (adultos) e 3,5m (filhotes) Peso: em média 16 mil kg Alimentação: peixes que formam cardumes e, em alguns locais, plânctons e crustáceos Baleia minky comum (Balaenoptera acutorostrata) Período de visita ao Brasil: anualmente, entre outono e primavera, principalmente entre junho e setembro. Expectativa de vida: 47 anos Peso: em média 9,2 mil kg Comprimento: de 6 a 7m (adultos) e 2,8m (filhotes) Alimentação: plâncton e peixes de diversas espécies Baleia azul (Megaptera novaeangliae) Maior baleia do mundo Expectativa de vida: até 80 anos Comprimento: 24 a 25 metros Peso: em média 100 a 120 toneladas Alimentação: Krill (em média 4 milhões por dia) Filhotes nascem com cerca de 2,5 toneladas e 7 metros. Mamam cerca de 380 a 570 litros de leite por dia Período de gestação: 10 a 12 meses Espécies de golfinhos Boto cinza (Sotalia guianensis) Distribuição: águas costeiras entre Santa Catarina e Amapá Pode se deslocar em grupos de 2 a 90 indivíduos, com agregações de centenas sendo observadas Geram um filhote após cada gestação de provavelmente 9 a 11 meses Alimentam-se principalmente de peixes e de lulas, podendo ingerir camarões também Golfinho rotador (Stenella longirostris) Distribuem-se desde as águas do nordeste brasileiro até o litoral paranaense No arquipélago de Fernando de Noronha, podem ser facilmente observados ao longo de todos os meses do ano Alimentam-se principalmente de peixes e lulas Boto cor de rosa (Inia geoffrensis) Ocorre em toda a Bacia Amazônica no Brasil, Colômbia, Guiana, Equador, Peru e Bolívia Chegam a 2,8m na idade adulta e apresentam coloração rosa e acinzentada Deslocam-se sozinhos ou em pequenos grupos Alimentam-se principalmente de peixes Geram apenas um filhote após cerca de 10 meses Orca (Orsinus orca) Ocorrem ao longo da costa brasileira em águas mais afastadas da costa. Porém, talvez em função de deslocamento e/ou falta de recursos alimentares, desde 1996 elas vêm sendo frequentemente observadas no litoral do RJ e no litoral norte de SP Os machos podem chegar a 9,8m e as fêmeas a 8,5m Geram apenas um filhote após cerca de 16 meses de gestação Alimentação: pinguins, lobos e leões marinhos, focas e pequenos golfinhos Ordem Cetacea | @bgs_isa6 3 Encalhe de cetáceos Protocolo de conduta para encalhes de mamíferos aquáticos Marine mammals ashore Protocolo de necropsia de baleias franca Protocolo de encalhe de baleia franca Sempre emergência Exposição ao sol: queimaduras, desidratação, hipertermia e edema pulmonar Estrutura óssea não adaptada para suportar o peso fora da água (ferimentos na pele) Sempre tentar monitorar após o desencalhe pois pode haver reincidência Caça de baleias Em 1985: acordo internacional assinado proibindo a caça comercial de baleias Porém países como Japão, Noruega e Islândia não cessaram tal atividade Doenças infecciosas Morbillivirus Surtos com alta mortalidade Encalhe em massa Sinais clínicos: perda de massa corporal, dificuldade respiratória (dispneia), úlceras na boca, alterações comportamentais Vírus causa imunossupressão, predisposição a infecções secundárias Eutanásia Parâmetros Perda de pele extensa Temperatura acima de 42°C Fraturas importantes (nadadeiras), hemorragias extensas Perda de sinais da mandíbula Métodos Tiro com arma de fogo, explosivos Sangria, medicamentoso Medicamentos Sedação com Midazolam ou acepromazina Barbitúricos (Pentobarbital – não tem no brasil, tiopental + cloreto de potássio), etorfina Filhote de baleia jubarte de 4m: 13mL de Midazolam IM e 80mL de tiopental intratorácico Uso de agulhas manufaturadas Ordem Sirenia Características Assemelha-se às baleias, corpo fusiforme Nadadeira caudal achatada São herbívoros monogástricos Família Trichechidae: peixe boi da Amazônia, peixe boi marinho, peixeboi africano Família Dugongidae: dugongo Lábios superiores desenvolvidos e preênsis (apreensão e manipulação do alimento) Presença de dentes molares que são substituídos continuamente Presença de pelos sensoriais distribuídos ao longo do corpo Orifícios nasais abrem quando sobem à superfície Peixe boi marinho (Trichechus manatus) Habita águas marinhas costeiras quentes, estuários Herbívoros (algas e capim agulha) Populações: Flórida, Golfo do México, Costa nordeste da América do Sul (Brasil e Guianas) Possuem unhas nas nadadeiras Cativeiro> dieta com algas marinhas e capim agulha, frutas e verduras Peixe boi da Amazônia (Trichechus inunguis) Rios e lagos da bacia Amazônica Pode medir 3m de comprimento e pesar 450kg Taxa metabólica baixa (cerca de 1/3 dos outros mamíferos) Tempo de passagem alimentar: 5 a 9 dias Peixe boi americano (Trichechus senegalensis) Ocorre na costa oeste da África Espécie pouco estudada Herbívoros Dugongo (Dugongo dugon) Habitam costa oeste da África até a Austrália Herbívoros Cauda em formato igual baleia Ordem Cetacea | @bgs_isa6 4 Doenças não infecciosas Distúrbios gastrointestinais Problema comum em cativeiro Evoluem para septicemia, choque e óbito Sinais clínicos: diarreia, constipação intestinal, cólicas, hiporexia e desidratação Reposição de fluido: sonda orogástrica ou retal São sensíveis a mudanças bruscas na alimentação Colisão com embarcações Emalhe em rede de pesca Lesões por linhas de amarração na nadadeira caudal ou peitoral Filhotes órfãos Doenças infecciosas e parasitárias Cryptosporidium spp. Eimeria trichechi Sorologia para Toxoplasma gondii e Brucella
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