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DIREITO EMPRESARIAL I Karen Rosendo de Almeida Leite Graduada em Direito pela UEA; Pós-graduada em Gestão pela FACCAT/RS; Mestre em Direito Ambiental pela UEA; Karen.leite@uninorte.com.br Quem sou eu? 66 HORAS; 1 AULA POR SEMANA; MAIS OU MENOS 20 ENCONTROS; SOBRE NOSSOS ENCONTROS VAMOS AGORA A UMA BREVE APRESENTAÇÃO DO PLANO DE ENSINO E DOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO, CALENDÁRIO, TRABALHOS E ETC. PLANO DE ENSINO ASPECTOS INTRODUTÓRIOS, CONCEITOS, ELEMENTOS ESSENCIAIS;FORMAÇÃO HISTÓRICA, FONTES, O DIREITO EMPRESARIAL BRASILEIRO E CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE EMPRESARIAL; DIREITOS E DEVERES DOS SÓCIOS E RESOLUÇÃO DA SOCIEDADE. RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS. O EMPRESÁRIO: REQUISITOS E IMPEDIMENTOS/OBRIGAÇÕES/PREPOSTO. EIRELI. ATIVIDADES NEGOCIAIS NÃO EMPRESARIAIS/ ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO E EXERCÍCIO DE EMPRESA/ PRESSUPOSTOS CONSTITUCIONAIS DO REGIME EMPRESARIAL. Conteúdo Programático 5 A ADMINISTRAÇÃO DA SOCIEDADE DE PESSOAS. FORMAS DE EXERCÍCIO. DEVERES DO ADMINISTRADOR. SUBSTITUIÇÃO. PODERES. ABUSO DE PODERES GERENCIAIS. REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESA MERCANTIL NOME EMPRESARIAL. ESCRITURAÇÃO/LIVROS E SEU VALOR PROBATÓRIO / INATIVIDADE/ IRREGULARIDADE. ESCRITURAÇÃO: PEQUENAS EMPRESAS, DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DIFERENCIADAS, SOCIDADES DE GRANDE PORTE. O ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL. DIREITO DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL. O EMPRESÁRIO E O DIREITO DO CONSUMIDOR. CONTRATO SOCIAL: ELEMENTOS COMUNS E ESPECÍFICOS. CLASSIFICAÇÃO DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. SOCIEDADE SIMPLES E SOCIEDADES NÃO PERSONIFICADAS. SOCIEDADE EM NOME COLETIVO E SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES. SOCIEDADE DE CAPITAL E INDÚSTRIA. SOCIEDADE LIMITADA. SOCIEDADE ANÔNIMA. SOCIEDADE EM COMANDITA POR AÇÕES. GRUPO DE SOCIEDADES CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Manual de Direito Empresarial - 7ª Ed. 2017 Negrão,Ricardo Direito Empresarial Esquematizado - 7ª Ed. 2017 Ramos,André Luiz Santa Cruz Direito Empresarial Esquematizado - 4ª Ed. 2017 Lenza, Pedro / Chagas, Edilson Enedino Das Bibliografia sugerida Atividade 1 Avaliação contínua Toda aula faremos uma atividade escrita individual (serão ao todo 10 atividades – cada uma vale 0,5) quem fizer todas as atividades estará dispensado da avaliação parcial da 2ª are Quem perder as atividades pode fazer a avaliação parcial 9 1ª AVALIAÇÃO INDIVIDUAL –14 DE ABRIL 2ª CHAMADA- 28 DE ABRIL 2ª avaliação individual –16 de junho PROVA FINAL- 23 de junho avaliações 10 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS CONCEITO DE DIREITO EMPRESARIAL FONTES O DIREITO COMERCIAL BRASILEIRO O DIREITO EMPRESARIAL BRASILEIRO O NOVO CPC E O DIREITO EMPRESARIAL O DIREITO DE EMPRESA NO CC DE 2002 CONSTITUIÇAO DAS SOCIEDADES: REQUISITOS COMUNS e REQUISITOS ESPECÍFICOS Atividade avaliativa 1 Temas da aula de hoje 11 TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO O comércio foi historicamente se intensicando, em função dos navegadores e das feiras; Com a proliferação da atividade mercantil, o Direito Comercial evoluiu; Inicialmente eram apenas regras sistematizadas pelos comerciantes associados em corporações de ofício; Posteriormente coube ao próprio Estado Nacional que se formou na Idade Moderna a sistematização das regras comerciais; ASPECTOS INTRODUTÓRIOS TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO Conforme os Estados editam suas leis, as Corporações de ofício perdem força e desaparecem; O Direito Comercial deixa de ser consetudinário e corporativo e passa a ser um direito posto e aplicado pelo Estado; O direito que se aplicava apenas pelos comerciantes e para os comerciante passa a ser imposto a todos os cidadãos; O direito privado passou-se a dividir-se entre direito civil e direito comercial e era necessário estabelecer um critério que delimitasse o âmbito de incidência do Direito Comercial. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO Assim, originou-se no direito francês a teoria dos atos de comércio que tinha dentre suas funções essenciais atribuir, a quem praticasse determinados atos de comércio, a qualidade de comerciante, submetendo-se as regras do Código Comercial; Existiam determinados atos, considerados atos de comércio, e as relações jurídicas que envolvessem esses atos eram reguladas pelo Código Comercial; ASPECTOS INTRODUTÓRIOS TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO O legislador definia que atos seriam considerados mercancia; Nessa fase, a mercantilidade, que era considerada antes qualidade do sujeito da relação jurídica (o Direito Comercial era aplicado aos membros das corporações de ofício) passa a ser definida pelo objeto da relação jurídica (o ato de comércio). A teoria francesa dos atos de comércio foi adotada por quase todas as codificações oitocentistas, inclusiva a do Brasil (Código Comercial de 1850); ASPECTOS INTRODUTÓRIOS TEORIA DA EMPRESA Com o passar dos anos as atividades econômicas foram tornando-se cada vez mais complexas e a teoria dos atos de comércio não era mais suficiente a nortear a disciplina jurídica do comércio; Dessa forma, foi necessário criar um novo critério para delimitar a abrangência do regime jurídico comercial, que abarcasse por exemplo a prestação de serviços, as atividades rurais, a negociação de bens imóveis. Nesse contexto, o direito comercial passou por nova reformulação, o seu marco histórico, foi o Código Civil italiano de 1942 que adotou a teoria da empresa. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS TEORIA DA EMPRESA À luz dessa teoria, o direito comercial passa a ser chamado de Direito Empresarial e desvia seu foco do binômio ato de comércio/comerciante para focar no binômio empresa/empresário; O Direito Comercial deixa de lado um regime jurídico que se voltava exclusivamente para a mercancia e passou a disciplinar toda e qualquer atividade econômica, desde que voltada para produção ou circulação de bens ou de serviços exercidas com profissionalismo. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS TEORIA DA EMPRESA O Direito Empresarial assim pressupõe a definição de empresa e empresário. O Direito Empresarial é o regime jurídico especial voltado para a disciplina da atividade econômica organizada (empresa) e daqueles que exercem essas atividades (empresários). Empresa é a atividade; Empresário é quem exerce essa atividade; ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 18 CONCEITOS Empresa é uma atividade econômica (com intuito lucrativo) organizada (diversos fatores como capital, mão de obra, insumos e tecnologia), voltada para produção ou circulação de bens ou serviços. Empresário é quem exerce a empresa (a atividade econômica organizada) e o faz de modo profissional, ou seja, com habitualidade e assumindo o risco do negócio – possibilidade de lucro e prejuízo). ASPECTOS INTRODUTÓRIOS Importa mencionar que essa unificação do Direito Privado feita no Código Italiano é meramente formal, o Direito Empresarial continua um ramo autônomo e independente contendo seu regime jurídico específico. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS O Direito Empresarial como ramo jurídico específico, que disciplina a atividade econômica (empresa) e aqueles que a exercem (empresários) possui características que o distinguem do Direito Civil, tais como o cosmopolitismo (o comércio é fator de integração entre povos e países, inclusive havendo normas internacionais que disciplinam); a onerosidade (caráter econômico e especulativo das atividades mercantis, intuito de lucro é intrínseco a própria atividade empresarial); o informalismo (o dinamismo da atividade pede meios ágeis e flexíveis para exercício da atividade); o fragmentismo (o Direito Empresarial possui uma série de sub-ramos com características específicas, como direito falimentar, cambiário e etc); a elasticidade (o direito empresarial permanece em constante mudança adequando-se a realidade das atividades econômicas). ASPECTOS INTRODUTÓRIOS Importa destacar que com a edição do Código Italiano o Direito Empresarial deixou de ser o Direito do Comerciante ou dos atos de Comércio, para ser o direito da empresa (qualquer atividade econômica organizada) e alcançar uma gama maior de relações jurídicas.ASPECTOS INTRODUTÓRIOS Até a promulgação do Código Civil de 2002 a legislação brasileira, em matéria mercantil, regia-se pela teoria dos atos do comércio, o Novo Código de 2002 adotou a teoria da Empresa para caracterizar os atos empresariais. Assim é empresarial a atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens e serviços e será empresário aquele que exercer profissionalmente essa atividade. DIREITO BRASILEIRO As atividades excluídas do conceito são aquelas exercidas pessoalmente pelo profissional intelectual, pelo escritor ou pelo artista e pelo exercente de atividade rural que optar por não registrar-se na junta comercial (aprofundaremos o assunto nas próximas aulas). Ao se constituírem elementos de empresa exploradas por terceiros que administra e coordena essas atividades, serão necessariamente empresariais. DIREITO BRASILEIRO São empresariais as atividades que tenham as 3 características: Economicidade – envolvem produção ou circulação de riquezas; Organização – compreende trabalho, tecnologia, insumos e capital; Profissionalidade – atividade não eventual e assunção em nome próprio os riscos da empresa. DIREITO BRASILEIRO SOCIEDADES Embora o art. 44 do CC inclua sociedade como pessoa jurídica nem toda sociedade possui personalidade jurídica, é o que ocorre com as sociedades em comum e sociedades em conta de participação. ASPECTOS INTRODUTÓRIOS OBRIGADA PELA ATENÇÃO!
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