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ANATOMIA E FISIOLOGIA A pele, que é o maior sistema orgânico do corpo, é essencial para a vida humana. Ela forma uma barreira entre os órgãos internos e o ambiente externo e participa em numerosas funções orgânicas vitais. A pele é contínua com a mucosa nas aberturas externas dos sistemas digestório, respiratório e urogenital. Pele e epiderme • A epiderme é a camada mais externa de células epiteliais estratificadas, composta predominantemente de queratinócitos. • A epiderme é composta de cinco camadas distintas, que, da mais interna para a mais externa, são: o estrato germinativo (basal), estrato espinhoso, estrato granuloso, o estrato lúcido e o estrato córneo. • A epiderme é avascularizada. • As características da epiderme variam em diferentes áreas do corpo. É mais espessa nas palmas das mãos e nas plantas dos pés e contém quantidades aumentadas de queratina. A espessura da epiderme pode aumentar com o uso, podendo resultar em calosidades nas mãos ou em calos que se formam nos pés. • A junção da epiderme com a derme é uma área de muitas ondulações e sulcos, conhecida como cristas interpapilares. Essa junção fixa a epiderme à derme e possibilita a troca livre de nutrientes essenciais entre as duas camadas. • A epiderme possui células próprias: queratinócitos, melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel • Queratinócitos: são as células mais numerosas da epiderme. São células que realizam a produção de queratina. As células mortas contêm grandes quantidades de queratina, uma proteína fibrosa insolúvel que forma a barreira externa da pele e que tem a capacidade de repelir patógenos e evitar a perda excessiva de líquidos a partir do corpo. A queratina é o principal ingrediente de endurecimento dos pelos e das unhas. • Melanócitos: são células especiais da epiderme, que estão envolvidos principalmente na produção do pigmento melanina, que confere à pele e aos pelos a sua coloração. A cor da pele escurece, à medida que o conteúdo de melanina aumenta. Grande parte da pele das pessoas de cor escura e as áreas mais escuras da pele nas pessoas de pele clara (p. ex., o mamilo) contêm quantidades maiores desse pigmento. Ao contrário dos queratinócitos, os melanócitos não se multiplicam. • As células de Langerhans: desempenhem um papel significativo nas reações cutâneas do sistema imune. Essas células acessórias do sistema imune aferente processam os antígenos invasores e os transportam até o sistema linfático para ativar os linfócitos T. As células de Merkel: são receptores que transmitem os estímulos ao axônio por meio de uma sinapse química. São consideradas mediadoras da sensação do tato. Estas células são encontradas em regiões da pele sem pelos, como extremidades distais dos dedos, lábios, gengivas e também na bainha externa do folículo piloso. Camada Córnea: é constituída por células mortas, sem núcleo e completamente achatadas em forma de lâminas. Nesta camada ocorre o desprendimento constante dos queratinócitos e consequentemente uma renovação constante da epiderme. Camada basal: é a camada mais profunda da epiderme que faz contato direto com a derme. É formada por uma única fileira de células prismáticas. É a camada onde ocorre intensa divisão celular, responsável pela renovação da epiderme, fornecendo células para substituir as que são perdidas na camada córnea Tecido subcutâneo / Hipoderme • O tecido subcutâneo ou hipoderme é a camada mais interna da pele. • Consiste principalmente em tecido adiposo, que proporciona um acolchoamento entre as camadas cutâneas, os músculos e os ossos. • Promove a mobilidade da pele, modela os contornos do corpo e o isola. • O tecido adiposo é depositado e distribuído de acordo com o sexo da pessoa e contribui, em parte, para a diferença na forma do corpo entre homens e mulheres. • A alimentação excessiva resulta em depósito aumentado de gordura abaixo da pele. Os tecidos subcutâneos e a quantidade de gordura depositada constituem fatores importantes na regulação da temperatura corporal. A camada lúcida: é constituída por uma fina camada de células achatadas, cujos núcleos celulares apresentam sinais de degeneração e existem poucas organelas citoplasmáticas. Estas células estão parcialmente preenchidas por Nem todas as regiões do corpo possuem esta camada Camada granulosa: é caracterizada pela presença de células poligonais com núcleo central, achatadas, com a presença de grânulos de queratina no citoplasma. Na camada granulosa os queratinócitos encontram-se menos hidratados, achatados e com maior produção de queratina. Camada espinhosa: é formada por de células cuboides ou ligeiramente achatadas, com núcleo central e pequenas expansões no citoplasma que dá o aspecto espinhoso. Os queratinócitos continuam produzindo queratina e apresentam-se ligeiramente achatados e unidos entre si, permanecendo na camada espinhosa por aproximadamente 26 a 42 dias. Processo cicatricial (reparo de lesões) FATORES QUE INFLUENCIAM NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS • Nutrição • Perfusão Tecidual (Oxigenação) • Infecção / Inflamação • Idade (Idoso) • Impacto psicossocial • Comorbidades / Insuficiências Vasculares • Extensão e local da ferida • Obesidade • Terapia imunossupressora Complicações da Cicatrização das Feridas • Hemorragia • Infecção (e a segunda infecção mais comumente associada aos cuidados de saúde) • Deiscência (separação parcial ou total das camadas da ferida; frequentemente envolve feridas cirúrgicas abdominais e ocorre depois de tensão súbita) • Evisceração (protrusão dos órgãos viscerais através da abertura da ferida) • Fístula • • • • • • • • • • • • • • • • • • Processo de Cicatrização das Feridas Primeira Intenção Segunda Intenção Terceira Intenção • As bordas da lesão estão justapostas • São aproximadas cirurgicamente (asséptica) • Pouca perda de tecido • Baixo risco de infecção • Ocorre cicatrização rapidamente • Não há visualização do tecido de granulação • Perda de tecido • Ferida aberta • Ocorre cicatrização mais lentamente • Não é possível aproximação das bordas • Maior o risco de infecção • Acontece aproximação das bordas depois de uma reparação inicial do leito da ferida • Ferida aberta tratada e posteriormente suturada • Infecção CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS QUANTO A EVOLUÇÃO • Agudas: são as feridas recentes e que estão nas camadas mais próximas à superfície (epiderme e derme). São normalmente causadas por fatores externos, como traumas biológicos, químicos ou físicos. Elas podem ainda serem causadas por cirurgias – neste caso, se não tratadas de forma adequada, podem ser transformar em crônicas. • Crônicas: são as feridas cujo cicatrização demora mais do que o esperado, levando o tecido a demorar para se restabelecer, porque atingem camadas mais profundas, além das camadas mais externas, que são a epiderme e a derme. São, normalmente, causadas por fatores internos como infecções ou doenças vasculares ou metabólicas. Outro motivo pode transformá-las em crônicas: a falta de cuidados adequados, que as deixam expostas a organismo externos e acabam complicando a cicatrização. CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS AGENTE CAUSAL • Feridas Cirúrgicas: São normalmente causadas de forma premeditada e se originam de algum tratamento específico. Devem ser feitas de forma asséptica (livre de contaminação), e empregando os cuidados corretos, através de profissionais da área médica. • Feridas Patológicas: São as resultantes de fatores sistêmicos: deficiências proteicas ou doenças pré-existentes, como Diabetes Melito (DM) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). O pé diabético é um exemplo de ferida patológica. • Feridas Traumáticas • Laceração: quando o tecido é esmagado por um excesso de pressão, apresentam margens irregularescom mais de um ângulo. • Escoriação: é uma lesão que ocorre na epiderme (superfície da primeira camada da pele), em que o tecido é retirado. CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS AGENTE CAUSAL • Corte ou incisão: quando é causada por algum tipo de lâmina - faca ou bisturi, por exemplo. • Contusão: produzidos por objeto rombo e caracterizados por traumatismo de partes moles, hemorragia e edema, sem ruptura da pele. Agentes: pau, pedra, soco. • Corto-contusos: ocorre uma lesão de formato irregular, com diversos segmentos ulcerados, perda de tecidos, bordas irregulares e possíveis áreas de equimoses e hematomas. Agentes: machado. • Avulsão: ocorrem por forças de cisalhamento e fricção, resultando em destruição e perda tecidual e a amputação é a situação mais frequente. Perfuração: são as feridas causadas pela perfuração em um ou em vários tecidos, como a causada por armas de fogo. Há predomínio da profundidade sobre a extensão na superfície. • Feridas por agentes químicos e físicos Classificação de feridas GRAU DE CONTAMINAÇÃO • Limpas: aquela produzida voluntariamente no ato cirúrgico, em local passível de assepsia ideal e condições apropriadas, não contendo microrganismos patogênicos. • Limpas-contaminadas: São feridas ocorridas no ambiente doméstico ou feridas cirúrgicas que atingem tratos respiratórios, digestivo, urinário e genital. • Contaminadas: São consideradas contaminadas, aquelas feridas acidentais com mais de seis horas de trauma ou que tiveram contato com substâncias contaminadas como terra e fezes. São exemplos as cirurgias que não respeitaram a técnica asséptica. Não há sinais flogísticos. • Infectadas: são aquelas em que houve a proliferação de microrganismos, levando a um processo infeccioso, de início localizado, mas que pode sob determinadas condições, estender-se aos tecidos vizinhos, formar novos focos a distância ou generalizar-se por todo o organismo. Possui sinais flogísticos. FATORES DE RISCO PARA DESENVOLVIMENTO DE LPP • Comprometimento da Percepção Sensorial • Comprometimento da Mobilidade • Alteração do Nível de Consciência • Cisalhamento • Fricção • Umidade • Incontinência • Segundo o NPUAP, a expressão LPP descreve de forma mais precisa esse tipo de lesão, tanto na pele intacta como na pele ulcerada. • No sistema prévio do NPUAP, o Estágio 1 e a Lesão Tissular Profunda descreviam lesões em pele intacta enquanto as outras categorias descreviam lesões abertas. Isso causava confusão porque a definição de cada um dos estágios referia-se à úlcera por pressão. • Além dessa mudança, na nova proposta, os algarismos arábicos passam a ser empregados na nomenclatura dos estágios ao invés dos romanos. • O termo “suspeita” foi removido da categoria diagnóstica Lesão Tissular Profunda. • Durante o encontro do NPUAP, outras definições de lesões por pressão foram acordadas e adicionadas: Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico e Lesão por Pressão em Membrana • Lesão por Pressão: Lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo médico ou a outro artefato. A lesão pode se apresentar em pele íntegra ou como úlcera aberta e pode ser dolorosa. A lesão ocorre como resultado da pressão intensa e/ou prolongada em combinação com o cisalhamento. A tolerância do tecido mole à pressão e ao cisalhamento pode também ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, comorbidades e pela sua condição. • Lesão por Pressão Estágio 1: Pele íntegra com eritema que não embranquece Pele íntegra com área localizada de eritema que não embranquece e que pode parecer diferente em pele de cor escura. Presença de eritema que embranquece ou mudanças na sensibilidade, temperatura ou consistência (endurecimento) podem preceder as mudanças visuais. Mudanças na cor não incluem descoloração púrpura ou castanha; essas podem indicar dano tissular profundo. • Lesão por Pressão Estágio 2: Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme. O leito da ferida é viável, de coloração rosa ou vermelha, úmido e pode também apresentar-se como uma bolha intacta (preenchida com exsudato seroso) ou rompida. O tecido adiposo e tecidos profundos não são visíveis. Tecido de granulação, esfacelo e escara não estão presentes. Essas lesões geralmente resultam de microclima inadequado e cisalhamento da pele na região da pélvis e no calcâneo. Esse estágio não deve ser usado para descrever as lesões de pele associadas à umidade, incluindo a dermatite associada à incontinência (DAI), a dermatite intertriginosa, a lesão de pele associada a adesivos médicos ou as feridas traumáticas (lesões por fricção, queimaduras, abrasões). • Lesão por Pressão Estágio 3: Perda da pele em sua espessura total Perda da pele em sua espessura total na qual a gordura é visível e, frequentemente, tecido de granulação e epíbole (lesão com bordas enroladas) estão presentes. Esfacelo e /ou escara pode estar visível. A profundidade do dano tissular varia conforme a localização anatômica; áreas com adiposidade significativa podem desenvolver lesões profundas. Podem ocorrer descolamento e túneis. Não há exposição de fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem e/ou osso. Quando o esfacelo ou escara prejudica a identificação da extensão da perda tissular, deve-se classificá-la como Lesão por Pressão Não Classificável. • Lesão por pressão Estágio 4: Perda da pele em sua espessura total e perda tissular Perda da pele em sua espessura total e perda tissular com exposição ou palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso. Esfacelo e /ou escara pode estar visível. Epíbole (lesão com bordas enroladas), descolamento e/ou túneis ocorrem frequentemente. A profundidade varia conforme a localização anatômica. Quando o esfacelo ou escara prejudica a identificação da extensão da perda tissular, deve-se classificá-la como Lesão por Pressão Não Classificável. Lesão por Pressão Não Classificável: Perda da pele em sua espessura total e perda tissular não visível. Perda da pele em sua espessura total e perda tissular na qual a extensão do dano não pode ser confirmada porque está encoberta pelo esfacelo ou escara. Ao ser removido (esfacelo ou escara), Lesão por Pressão em Estágio 3 ou Estágio 4 ficará aparente. Escara estável (isto é, seca, aderente, sem eritema ou flutuação) em membro isquêmico ou no calcâneo não deve ser removida. • Lesão por Pressão Tissular Profunda: descoloração vermelho escura, marrom ou púrpura, persistente e que não embranquece. Pele intacta ou não, com área localizada e persistente de descoloração vermelha escura, marrom ou púrpura que não embranquece ou separação epidérmica que mostra lesão com leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento. Dor e mudança na temperatura frequentemente precedem as alterações de coloração da pele. A descoloração pode apresentar-se diferente em pessoas com pele de tonalidade mais escura. Essa lesão resulta de pressão intensa e/ou prolongada e de cisalhamento na interface osso-músculo. A ferida pode evoluir rapidamente e revelar a extensão atual da lesão tissular ou resolver sem perda tissular. Quando tecido necrótico, tecido subcutâneo, tecido de granulação, fáscia, músculo ou outras estruturas subjacentes estão visíveis, isso indica lesão por pressão com perda total de tecido (Lesão por Pressão Não Classificável ou Estágio 3 ou Estágio 4). Não se deve utilizar a categoria Lesão por Pressão Tissular Profunda (LPTP) para descrever condições vasculares, traumáticas, neuropáticas ou dermatológicas. Definições adicionais: Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico Essa terminologia descreve a etiologia da lesão. A Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médicoresulta do uso de dispositivos criados e aplicados para fins diagnósticos e terapêuticos. A lesão por pressão resultante geralmente apresenta o padrão ou forma do dispositivo. Essa lesão deve ser categorizada usando o sistema de classificação de lesões por pressão. Definições adicionais: Lesão por Pressão em Membranas Mucosas • A lesão por pressão em membranas mucosas é encontrada quando há histórico de uso de dispositivos médicos no local do dano. Devido à anatomia do tecido, essas lesões não podem ser categorizadas. AVALIAÇÃO CLÍNICA DA LESÃO • Avaliar o nível de dor do paciente; • Determinar se o paciente é alérgico a agentes tópicos; • Identificar as razões para ocorrência de LPP, para controla-las ou eliminá-las; • Revisar prescrição médica e/ou de enfermagem acerca da medicação prescrita; • Avaliar as feridas do paciente utilizando parâmetros, e manter sua avaliação; • Observar fatores que afetam a cicatrização da ferida como infecção, baixa perfusão tissular e imunossupressão; • Avaliar o estado nutricional; • Avaliar o grau de compreensão do paciente e dos familiares a cerca das características das úlceras e dos objetivos do tratamento; AVALIAÇÃO CLÍNICA DA LESÃO Parâmetros para avaliação ▪ Localização da ferida ▪ Estágio da ferida ▪ Tamanho da ferida (comprimento, largura e profundidade) ▪ Presença de descolamento, sinos e túneis ▪ Condição do leito da ferida ▪ Volume de exsudato ▪ Condição da pele adjacente da ferida ▪ Bordas da ferida ▪ Presença de dor CARACTERIZAÇÃ DO LEITO DA FERIDA ➢ Tecido cicatrizado: aquele completamente recoberto com epitélio. ➢ Tecido epitelial: róseo ou brilhante, que se desenvolve a partir das bordas, ou como “ilhas” na superfície da lesão (feridas superficiais). ➢ Tecido de granulação: tecido de coloração rósea ou vermelha, aparência brilhante, úmida e granulosa (a cicatrização inicia-se com tecido de granulação róseo-pálido até tornar-se vermelho-vivo). ➢ Tecido de hipergranulação: proliferação excessiva de células de granulação acima da superfície da ferida. ➢ Tecido de neovascularização: formação de novos vasos sanguíneos na fase de granulação. ➢ Neovascularização insuficiente: rompimento de vasos pequenos e malformados. CARACTERIZAÇÃ DO LEITO DA FERIDA ➢ Tecido desvitalizado: tecidos sem vida que devem ser removidos. São eles: esfacelo: tecido de coloração amarela ou branca que adere ao leito da ferida e apresenta-se como cordões ou crostas grossas, podendo, ainda, ser mucinoso e necrótico; escara: de coloração preta, marrom ou castanha, adere firmemente ao leito ou às bordas da ferida. ➢ Borda da lesão: descrita como regular e irregular, pode estar elevada, aderida e descolada. ➢ Sinais de infecção: eritema, calor, edema, dor e endurecimento. ➢ Exsudato: secreção serosa resultante de processo inflamatório. • A quantidade pode ser relatada em cruzes: ausente: (0); pequena: (+); moderada: (++); intensa: (+++). • Pode não apresentar odor, ou ter um odor desagradável, adocicado ou pútrido. • É classificado nos seguintes tipos: • Seroso: drenagem clara, de plasma aquoso. • Sanguinolento: cor de sangue vivo. • Serossanguinolento: plasma com hemácias. • Purulento: drenagem espessa, com leucócitos e organismos vivos ou mortos, de cor amarela, verde ou marrom. Escalas de Avaliação de Feridas Escala de Braden ✓ Avaliação de 06 domínios: percepção sensorial, umidade, atividade, mobilidade, nutrição e fricção e cisalhamento ✓ Quanto menor a pontuação maior o risco para LPP Escalas de Avaliação de Feridas Escala de Norton ✓ Avaliação de 05 domínios: condições físicas, condições mentais, atividades, mobilidade e continência. ✓ Quanto menor a pontuação maior o risco para LPP Ambiente saudável na ferida • Impedir e tratar a infecção; • Limpar a ferida; • Remover tecido não viável; • Controlar exsudato; • Manter a ferida em um ambiente úmido; • Proteger a ferida; ✓ O desbridamento é a remoção do tecido necrótico não viável para livrar a úlcera da infecção, permitir a visualização do leito da ferida, e fornecer uma base limpa necessária para a cicatrização ✓ Os métodos de desbridamento incluem mecânico, autolítico, químico e cortante/cirúrgico. FINALIDADE DO CURATIVO • Proteger a ferida da contaminação por microorganismos; • Auxilia na hemostasia; • Promove cicatrização por absorver a drenagem e desbridamento da ferida; • Sustenta ou fornece uma tala ao local da ferida; • Protege os pacientes da visão da ferida; • Promove o isolamento térmico da superfície da ferida; • Proporciona um ambiente úmido; COBERTURAS FILME TRANSPARENTE ➢ Indicações: Feridas superficiais com pouco exsudato; Proteção da pele contra atrito e fricção; Favorece desbridamento autolitico; Ulceras por pressão em estagio I ou II. ➢ Contra Indicações: Feridas infectadas; Feridas com túnel; Descolamento ou de espessura total; Feridas com exsudato moderado a intenso; Queimaduras. ➢ Vantagens Fácil de aplicar e remover sem causar dano a pele periferida; Possibilita a visualização da ferida; Impermeável; Cria um ambiente úmido que amolece esfacelos e escaras finas. Serve como barreira contra líquidos e bactérias externos. ➢ Desvantagens Pode causar maceração cutânea; Pode não aderir a áreas úmidas; Pode causar laceração cutânea (lesão por fricção) se removido inadequadamente. ➢ Troca A cada 24 – 72 horas. Se usado para facilitar desbridamento autolitico, a cada 24 horas. COBERTUR AS HIDROCOLOIDES ➢ Indicações: Feridas com exsudato mínimo a moderado; Ulceras por pressão de estagio I-IV; Pode ser usado em combinação com pó absorvente ou alginato. ➢ Contra Indicações: Queimaduras de terceiro grau; Feridas infectadas; Úlceras arteriais ou diabéticas. Feridas com escara seca; Feridas com exposição óssea ou tendão; ➢ Vantagens Disponíveis em diversos tamanhos; Facilita o desbridamento autolitico; Impermeável a líquidos/bactérias. Isolamento térmico. Fácil de aplicar e de remover. ➢ Desvantagens Potencial para maceração ao redor da ferida se deixado no lugar por muito tempo; Exsudato com frequência confundido com pus/infecção. Adesivo possivelmente muito agressivo para pele frágil. ➢ Troca A cada 3 – 5 dias. COBERTURAS HIDROGEL ➢ Indicações: Ferida seca a moderada exsudação, com ou sem tecido de granulação, limpa; Feridas superficiais ou profundas; Feridas com descolamentos; Feridas necróticas. ➢ Contra Indicações: Queimaduras de terceiro grau.; Feridas com exsudato abundante. ➢ Vantagens Facilita a autólise. Adapta-se a ferida. ➢ Desvantagens Potencial de maceração. ➢ Troca Diariamente, se placas de adesivo ou preenchimentos da ferida não forem usados; Ate 3 vezes por semana, com placas de coberturas adesivas. COBERTURAS ALGINATO ➢ Indicações: Feridas com exsudato moderado a intenso; Feridas de espessura total com tuneis; Feridas de espessura parcial e total; Ulceras de perna, áreas doadoras de tecido, feridas traumáticas. ➢ Contra Indicações: Queimaduras de terceiro grau; Feridas sem exsudato; Feridas necróticas secas. ➢ Vantagens Não aderente; Não oclusivo; Pode ser utilizado para preenchimento de espaços mortos em descolamentos, sinos e tuneis; Promove desbridamento autolitico em feridas exsudativas; Altamente absorvente. ➢ Desvantagens Mais dispendioso do que a gaze ou compressas de gaze; Não pratico para feridas extensas; Material gelificado possivelmente confundido com purulência. ➢ Troca A cada 24 horas; Compactar a ferida sem forca; Dispor os curativos em camadas em uma ferida profunda. COBERTURAS CURATIVOS DE ESPUMA ➢ Indicações: Feridas com exsudato moderado a intenso; Feridas de espessura parcial ou total; Ulceras por pressão em estágios II-IV. ➢ Contra Indicações: Queimadurasde terceiro grau; Feridas com tuneis, feridas com sinos; cautela em feridas infectadas. ➢ Vantagens Altamente absorvente, enquanto mantem um ambiente úmido na ferida; Pode ser usado com outros curativos (filmes, absorventes). Não aderente ao leito da ferida. ➢ Desvantagens Espumas não adesivas demandam um curativo secundário. Possível maceração da pele ao redor da ferida se deixado durante muito tempo ➢ Troca Ate 3 vezes por semana; Uma vez por dia, quando usando preenchimento de espuma na ferida. COBERTURAS CARVÃO ATIVADO COM PRATA ➢ Indicações • Feridas com odor fétido; Ferida com moderado a grande quantidade de exsudato; ➢ Contra Indicações • Feridas secas; Queimaduras; Áreas de exposição óssea ou de tendões; ➢ Desvantagem • Necessita de cobertura secundária ➢ Troca • Diária, cobertura secundária permeável; Conforme saturação cobertura secundária semipermeável.; COBERTURAS PAPAÍNA ➢ Indicações Desbridamento enzimático de feridas necróticas ou esfacelo; Granulação (depende da concentração); 2% - feridas de granulação; 4%-6% - feridas com necrose de liquefação; 10% - feridas com necrose de coagulação (seca) ➢ Contra Indicações Hipersensibilidade a papaína ➢ Desvantagens Maceração de borda dependendo da concentração utilizada ➢ Troca Diária COBERTURAS COLAGENASE ➢ Indicações Desbridamento enzimático de feridas com tecidos necróticos secos ou liquefeitos bem aderidos; ➢ Contra Indicações Hipersensibilidade a papaína ➢ Troca Diária COBERTURAS ÁCIDO GRAXO ESSENCIAL - AGE ➢ Indicações Pele íntegra; Leito de feridas sem tecido desvitalizado; Tecido de granulação; Hidratação da pele; UPP estágio I e II. ➢ Contra Indicações Feridas infectadas; Exsudativas ➢ Troca Diária
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