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Feridas e coberturas

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ANATOMIA E FISIOLOGIA 
A pele, que é o maior sistema orgânico do corpo, é essencial para a vida humana. Ela 
forma uma barreira entre os órgãos internos e o ambiente externo e participa em 
numerosas funções orgânicas vitais. A pele é contínua com a mucosa nas aberturas 
externas dos sistemas digestório, respiratório e urogenital. 
 
Pele e epiderme 
• A epiderme é a camada mais externa de células epiteliais estratificadas, composta 
predominantemente de queratinócitos. 
• A epiderme é composta de cinco camadas distintas, que, da mais interna para a mais 
externa, são: o estrato germinativo (basal), estrato espinhoso, estrato granuloso, o 
estrato lúcido e o estrato córneo. 
• A epiderme é avascularizada. 
• As características da epiderme variam em diferentes áreas do corpo. É mais espessa 
nas palmas das mãos e nas plantas dos pés e contém quantidades aumentadas de 
queratina. A espessura da epiderme pode aumentar com o uso, podendo resultar 
em calosidades nas mãos ou em calos que se formam nos pés. 
• A junção da epiderme com a derme é uma área de muitas ondulações e sulcos, 
conhecida como cristas interpapilares. Essa junção fixa a epiderme à derme e 
possibilita a troca livre de nutrientes essenciais entre as duas camadas. 
• A epiderme possui células próprias: queratinócitos, melanócitos, células de 
Langerhans e células de Merkel 
• Queratinócitos: são as células mais numerosas da epiderme. São células que realizam a 
produção de queratina. As células mortas contêm grandes quantidades de queratina, uma 
proteína fibrosa insolúvel que forma a barreira externa da pele e que tem a capacidade de 
repelir patógenos e evitar a perda excessiva de líquidos a partir do corpo. A queratina é o 
principal ingrediente de endurecimento dos pelos e das unhas. 
• Melanócitos: são células especiais da epiderme, que estão envolvidos principalmente na 
produção do pigmento melanina, que confere à pele e aos pelos a sua coloração. A cor da 
pele escurece, à medida que o conteúdo de melanina aumenta. Grande parte da pele das 
pessoas de cor escura e as áreas mais escuras da pele nas pessoas de pele clara (p. ex., o 
mamilo) contêm quantidades maiores desse pigmento. Ao contrário dos queratinócitos, os 
melanócitos não se multiplicam. 
• As células de Langerhans: desempenhem um papel significativo nas reações cutâneas do 
sistema imune. Essas células acessórias do sistema imune aferente processam os antígenos 
invasores e os transportam até o sistema linfático para ativar os linfócitos T. 
As células de Merkel: são receptores que transmitem os estímulos ao axônio por meio de uma sinapse 
química. São consideradas mediadoras da sensação do tato. Estas células são encontradas em regiões da 
pele sem pelos, como extremidades distais dos dedos, lábios, gengivas e também na bainha externa do 
folículo piloso. 
Camada Córnea: é constituída por células mortas, sem núcleo e 
completamente achatadas em forma de lâminas. Nesta camada ocorre 
o desprendimento constante dos queratinócitos e consequentemente 
uma renovação constante da epiderme. 
Camada basal: é a camada mais profunda da epiderme que faz contato 
direto com a derme. É formada por uma única fileira de células 
prismáticas. É a camada onde ocorre intensa divisão celular, responsável 
pela renovação da epiderme, fornecendo células para substituir as que 
são perdidas na camada córnea 
 
Tecido subcutâneo / Hipoderme 
• O tecido subcutâneo ou hipoderme é a camada mais interna da pele. 
• Consiste principalmente em tecido adiposo, que proporciona um acolchoamento 
entre as camadas cutâneas, os músculos e os ossos. 
• Promove a mobilidade da pele, modela os contornos do corpo e o isola. 
• O tecido adiposo é depositado e distribuído de acordo com o sexo da pessoa e 
contribui, em parte, para a diferença na forma do corpo entre homens e mulheres. 
• A alimentação excessiva resulta em depósito aumentado de gordura abaixo da 
pele. 
Os tecidos subcutâneos e a quantidade de gordura depositada constituem fatores 
importantes na regulação da temperatura corporal. 
 
 
A camada lúcida: é constituída por uma fina camada de células achatadas, cujos 
núcleos celulares apresentam sinais de degeneração e existem poucas organelas 
citoplasmáticas. Estas células estão parcialmente preenchidas por 
Nem todas as regiões do corpo possuem esta camada 
Camada granulosa: é caracterizada pela presença de células poligonais com núcleo 
central, achatadas, com a presença de grânulos de queratina no citoplasma. Na 
camada granulosa os queratinócitos encontram-se menos hidratados, achatados e 
com maior produção de queratina. 
Camada espinhosa: é formada por de células cuboides ou ligeiramente achatadas, 
com núcleo central e pequenas expansões no citoplasma que dá o aspecto 
espinhoso. Os queratinócitos continuam produzindo queratina e apresentam-se 
ligeiramente achatados e unidos entre si, permanecendo na camada espinhosa por 
aproximadamente 26 a 42 dias. 
 
Processo cicatricial (reparo de lesões) 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS 
• Nutrição 
• Perfusão Tecidual (Oxigenação) 
• Infecção / Inflamação 
• Idade (Idoso) 
• Impacto psicossocial 
• Comorbidades / Insuficiências Vasculares 
• Extensão e local da ferida • Obesidade 
• Terapia imunossupressora 
Complicações da Cicatrização das Feridas 
• Hemorragia 
• Infecção (e a segunda infecção mais comumente associada aos 
cuidados de saúde) 
• Deiscência (separação parcial ou total das camadas da ferida; 
frequentemente envolve feridas cirúrgicas abdominais e ocorre depois 
de tensão súbita) 
• Evisceração (protrusão dos órgãos viscerais através da abertura da 
ferida) 
• Fístula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• 
• Processo de Cicatrização das Feridas 
 
Primeira Intenção Segunda Intenção Terceira Intenção 
• As bordas da lesão estão 
justapostas 
• São aproximadas 
cirurgicamente 
(asséptica) 
• Pouca perda de tecido 
• Baixo risco de infecção 
• Ocorre cicatrização 
rapidamente 
• Não há visualização do 
tecido de granulação 
• Perda de tecido 
• Ferida aberta 
• Ocorre cicatrização mais 
lentamente 
• Não é possível 
aproximação das bordas 
• Maior o risco de infecção 
• Acontece aproximação 
das bordas depois de 
uma reparação inicial do 
leito da ferida 
• Ferida aberta tratada e 
posteriormente suturada 
• Infecção 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS 
QUANTO A EVOLUÇÃO 
• Agudas: são as feridas recentes e que estão nas camadas mais próximas à superfície (epiderme 
e derme). São normalmente causadas por fatores externos, como traumas biológicos, químicos 
ou físicos. Elas podem ainda serem causadas por cirurgias – neste caso, se não tratadas de forma 
adequada, podem ser transformar em crônicas. 
• Crônicas: são as feridas cujo cicatrização demora mais do que o esperado, levando o tecido a 
demorar para se restabelecer, porque atingem camadas mais profundas, além das camadas mais 
externas, que são a epiderme e a derme. São, normalmente, causadas por fatores internos como 
infecções ou doenças vasculares ou metabólicas. Outro motivo pode transformá-las em crônicas: 
a falta de cuidados adequados, que as deixam expostas a organismo externos e acabam 
complicando a cicatrização. 
CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS 
AGENTE CAUSAL 
• Feridas Cirúrgicas: São normalmente causadas de forma premeditada e se originam 
de algum tratamento específico. Devem ser feitas de forma asséptica (livre de 
contaminação), e empregando os cuidados corretos, através de profissionais da área 
médica. 
• Feridas Patológicas: São as resultantes de fatores sistêmicos: deficiências proteicas 
ou doenças pré-existentes, como Diabetes Melito (DM) e Hipertensão Arterial 
Sistêmica (HAS). O pé diabético é um exemplo de ferida patológica. 
• Feridas Traumáticas 
• Laceração: quando o tecido é esmagado por um excesso de pressão, apresentam 
margens irregularescom mais de um ângulo. 
• Escoriação: é uma lesão que ocorre na epiderme (superfície da primeira camada da 
pele), em que o tecido é retirado. 
CLASSIFICAÇÃO DE FERIDAS 
AGENTE CAUSAL 
• Corte ou incisão: quando é causada por algum tipo de lâmina - faca ou bisturi, por 
exemplo. 
• Contusão: produzidos por objeto rombo e caracterizados por traumatismo de partes 
moles, hemorragia e edema, sem ruptura da pele. Agentes: pau, pedra, soco. 
• Corto-contusos: ocorre uma lesão de formato irregular, com diversos segmentos 
ulcerados, perda de tecidos, bordas irregulares e possíveis áreas de equimoses e 
hematomas. Agentes: machado. 
• Avulsão: ocorrem por forças de cisalhamento e fricção, resultando em destruição e 
perda tecidual e a amputação é a situação mais frequente. 
Perfuração: são as feridas causadas pela perfuração em um ou em vários tecidos, 
como a causada por armas de fogo. Há predomínio da profundidade sobre a 
extensão na superfície. 
• Feridas por agentes químicos e físicos 
Classificação de feridas GRAU DE CONTAMINAÇÃO 
• Limpas: aquela produzida voluntariamente no ato cirúrgico, em local passível de 
assepsia ideal e condições apropriadas, não contendo microrganismos patogênicos. 
• Limpas-contaminadas: São feridas ocorridas no ambiente doméstico ou feridas 
cirúrgicas que atingem tratos respiratórios, digestivo, urinário e genital. 
• Contaminadas: São consideradas contaminadas, aquelas feridas acidentais com mais 
de seis horas de trauma ou que tiveram contato com substâncias contaminadas como 
terra e fezes. São exemplos as cirurgias que não respeitaram a técnica asséptica. Não 
há sinais flogísticos. 
• Infectadas: são aquelas em que houve a proliferação de microrganismos, levando a 
um processo infeccioso, de início localizado, mas que pode sob determinadas 
condições, estender-se aos tecidos vizinhos, formar novos focos a distância ou 
generalizar-se por todo o organismo. Possui sinais flogísticos. 
FATORES DE RISCO PARA DESENVOLVIMENTO DE LPP 
• Comprometimento da Percepção Sensorial 
• Comprometimento da Mobilidade 
• Alteração do Nível de Consciência 
• Cisalhamento 
• Fricção 
• Umidade 
• Incontinência 
• Segundo o NPUAP, a expressão LPP descreve de forma mais precisa esse 
tipo de lesão, tanto na pele intacta como na pele ulcerada. 
• No sistema prévio do NPUAP, o Estágio 1 e a Lesão Tissular Profunda 
descreviam lesões em pele intacta enquanto as outras categorias 
descreviam lesões abertas. Isso causava confusão porque a definição de 
cada um dos estágios referia-se à úlcera por pressão. 
• Além dessa mudança, na nova proposta, os algarismos arábicos passam 
a ser empregados na nomenclatura dos estágios ao invés dos romanos. 
• O termo “suspeita” foi removido da categoria diagnóstica Lesão Tissular 
Profunda. 
• Durante o encontro do NPUAP, outras definições de lesões por pressão 
foram acordadas e adicionadas: Lesão por Pressão Relacionada a 
Dispositivo Médico e Lesão por Pressão em Membrana 
• Lesão por Pressão: 
Lesão por pressão é um dano localizado na pele e/ou 
tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma 
proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivo 
médico ou a outro artefato. A lesão pode se apresentar em 
pele íntegra ou como úlcera aberta e pode ser dolorosa. A 
lesão ocorre como resultado da pressão intensa e/ou
 prolongada em combinação com o 
cisalhamento. A tolerância do tecido mole à pressão e ao 
cisalhamento pode também ser afetada pelo microclima, nutrição, perfusão, 
comorbidades e pela sua condição. 
• Lesão por Pressão Estágio 1: Pele íntegra com 
eritema que não embranquece 
Pele íntegra com área localizada de eritema que 
não embranquece e que pode parecer diferente em 
pele de cor escura. 
Presença de eritema que embranquece ou mudanças na 
sensibilidade, temperatura ou consistência 
(endurecimento) podem preceder as mudanças 
visuais. 
Mudanças na cor não incluem descoloração 
púrpura ou castanha; essas podem indicar dano 
tissular profundo. 
• Lesão por Pressão Estágio 2: Perda da pele em sua espessura 
parcial com exposição da derme 
Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme. 
O leito da ferida é viável, de coloração rosa ou vermelha, úmido e 
pode também apresentar-se como uma bolha intacta (preenchida 
com exsudato seroso) ou rompida. 
O tecido adiposo e tecidos profundos não são visíveis. 
Tecido de granulação, esfacelo e escara não estão presentes. 
Essas lesões geralmente resultam de microclima inadequado e 
cisalhamento da pele na região da pélvis e no calcâneo. 
Esse estágio não deve ser usado para descrever as lesões de pele 
associadas à umidade, incluindo a dermatite associada à incontinência 
(DAI), a dermatite intertriginosa, a lesão de pele associada a adesivos 
médicos ou as feridas traumáticas (lesões por fricção, queimaduras, 
abrasões). 
• Lesão por Pressão Estágio 3: Perda da pele em sua espessura 
total 
Perda da pele em sua espessura total na qual a gordura é visível 
e, frequentemente, tecido de granulação e epíbole (lesão com 
bordas enroladas) estão presentes. 
Esfacelo e /ou escara pode estar visível. 
A profundidade do dano tissular varia conforme a localização anatômica; áreas 
com adiposidade significativa podem desenvolver lesões 
profundas. 
Podem ocorrer descolamento e túneis. 
Não há exposição de fáscia, músculo, tendão, ligamento, 
cartilagem e/ou osso. Quando o esfacelo ou escara prejudica a 
identificação da extensão da perda tissular, deve-se classificá-la 
como Lesão por Pressão Não 
Classificável. 
• Lesão por pressão Estágio 4: Perda da pele em sua espessura 
total e perda tissular 
Perda da pele em sua espessura total e perda tissular com 
exposição ou palpação direta da fáscia, músculo, tendão, ligamento, 
cartilagem ou osso. 
Esfacelo e /ou escara pode estar visível. 
Epíbole (lesão com bordas enroladas), descolamento e/ou túneis 
ocorrem frequentemente. 
A profundidade varia conforme a localização 
anatômica. 
Quando o esfacelo ou escara prejudica
 a identificação da extensão da perda tissular, deve-se 
classificá-la como Lesão por Pressão Não Classificável. 
Lesão por Pressão Não Classificável: Perda da pele 
em sua espessura total e perda tissular não visível. 
Perda da pele em sua espessura total e perda 
tissular na qual a extensão do dano não pode ser 
confirmada porque está encoberta pelo esfacelo ou 
escara. 
Ao ser removido (esfacelo ou escara), Lesão por 
Pressão em Estágio 3 ou Estágio 4 ficará aparente. 
Escara estável (isto é, seca, aderente, sem eritema 
ou flutuação) em membro isquêmico ou no calcâneo 
não deve ser removida. 
• Lesão por Pressão Tissular Profunda: descoloração vermelho escura, marrom ou púrpura, 
persistente e que não embranquece. 
Pele intacta ou não, com área localizada e persistente de descoloração vermelha escura, marrom ou púrpura 
que não embranquece ou separação epidérmica que mostra lesão com leito escurecido ou 
bolha com exsudato sanguinolento. 
Dor e mudança na temperatura frequentemente precedem as alterações de coloração 
da pele. 
A descoloração pode apresentar-se diferente em pessoas com pele de tonalidade mais 
escura. 
Essa lesão resulta de pressão intensa e/ou prolongada e de cisalhamento na interface 
osso-músculo. A ferida pode evoluir rapidamente e revelar a extensão atual da lesão tissular ou resolver sem 
perda tissular. 
Quando tecido necrótico, tecido subcutâneo, tecido de granulação, fáscia, 
músculo ou outras estruturas subjacentes estão visíveis, isso indica lesão por pressão 
com perda total de tecido (Lesão por Pressão Não Classificável ou Estágio 3 ou 
Estágio 4). Não se deve utilizar a categoria Lesão por Pressão Tissular Profunda (LPTP) 
para descrever condições vasculares, traumáticas, neuropáticas ou dermatológicas. 
Definições adicionais: 
Lesão por Pressão Relacionada a Dispositivo Médico 
Essa terminologia descreve a etiologia da lesão. A Lesão por Pressão 
Relacionada a Dispositivo Médicoresulta do uso de 
dispositivos criados e aplicados para fins diagnósticos e 
terapêuticos. A lesão por pressão resultante geralmente 
apresenta o padrão ou forma do dispositivo. Essa lesão deve 
ser categorizada usando o sistema de classificação de lesões 
por pressão. 
Definições adicionais: 
Lesão por Pressão em Membranas Mucosas 
• A lesão por pressão em membranas mucosas é encontrada 
quando há histórico de uso de dispositivos médicos no local do 
dano. Devido à anatomia do tecido, essas lesões não podem ser 
categorizadas. 
AVALIAÇÃO CLÍNICA DA LESÃO 
 
• Avaliar o nível de dor do paciente; 
• Determinar se o paciente é alérgico a agentes tópicos; 
• Identificar as razões para ocorrência de LPP, para controla-las ou eliminá-las; 
• Revisar prescrição médica e/ou de enfermagem acerca da medicação 
prescrita; 
• Avaliar as feridas do paciente utilizando parâmetros, e manter sua avaliação; 
• Observar fatores que afetam a cicatrização da ferida como infecção, baixa 
perfusão tissular e imunossupressão; 
• Avaliar o estado nutricional; 
• Avaliar o grau de compreensão do paciente e dos familiares a cerca das 
características das úlceras e dos objetivos do tratamento; 
AVALIAÇÃO CLÍNICA DA LESÃO Parâmetros 
para avaliação 
▪ Localização da ferida 
▪ Estágio da ferida 
▪ Tamanho da ferida (comprimento, largura e profundidade) 
▪ Presença de descolamento, sinos e túneis 
▪ Condição do leito da ferida 
▪ Volume de exsudato 
▪ Condição da pele adjacente da ferida 
▪ Bordas da ferida 
▪ Presença de dor 
CARACTERIZAÇÃ DO LEITO DA FERIDA 
➢ Tecido cicatrizado: aquele completamente recoberto com epitélio. 
➢ Tecido epitelial: róseo ou brilhante, que se desenvolve a partir das bordas, ou como 
“ilhas” na superfície da lesão (feridas superficiais). 
➢ Tecido de granulação: tecido de coloração rósea ou vermelha, aparência brilhante, 
úmida e granulosa (a cicatrização inicia-se com tecido de granulação róseo-pálido até 
tornar-se vermelho-vivo). 
➢ Tecido de hipergranulação: proliferação excessiva de células de granulação acima da 
superfície da ferida. 
➢ Tecido de neovascularização: formação de novos vasos sanguíneos na fase de 
granulação. 
➢ Neovascularização insuficiente: rompimento de vasos pequenos e malformados. 
CARACTERIZAÇÃ DO LEITO DA FERIDA 
➢ Tecido desvitalizado: tecidos sem vida que devem ser removidos. São eles: esfacelo: tecido de coloração amarela ou 
branca que adere ao leito da ferida e apresenta-se como cordões ou crostas grossas, podendo, ainda, ser mucinoso e 
necrótico; escara: de coloração preta, marrom ou castanha, adere firmemente ao leito ou às bordas da ferida. 
➢ Borda da lesão: descrita como regular e irregular, pode estar elevada, aderida e descolada. 
➢ Sinais de infecção: eritema, calor, edema, dor e endurecimento. 
➢ Exsudato: secreção serosa resultante de processo inflamatório. 
• A quantidade pode ser relatada em cruzes: ausente: (0); pequena: (+); moderada: (++); intensa: (+++). 
• Pode não apresentar odor, ou ter um odor desagradável, adocicado ou pútrido. 
• É classificado nos seguintes tipos: 
• Seroso: drenagem clara, de plasma aquoso. 
• Sanguinolento: cor de sangue vivo. 
• Serossanguinolento: plasma com hemácias. 
• Purulento: drenagem espessa, com leucócitos e organismos vivos ou mortos, de cor amarela, verde ou marrom. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escalas de Avaliação de Feridas 
Escala de Braden 
✓ Avaliação de 06 domínios: 
percepção sensorial, umidade, 
atividade, mobilidade, 
nutrição e fricção e 
cisalhamento 
✓ Quanto menor a pontuação 
maior o risco para LPP 
Escalas de Avaliação de Feridas Escala de 
Norton 
✓ Avaliação de 05 domínios: 
condições físicas, condições 
mentais, atividades, mobilidade e 
continência. 
✓ Quanto menor a pontuação maior o 
risco para LPP 
 
Ambiente saudável na ferida 
• Impedir e tratar a infecção; 
• Limpar a ferida; 
• Remover tecido não viável; 
• Controlar exsudato; 
• Manter a ferida em um ambiente úmido; • Proteger a 
ferida; 
✓ O desbridamento é a remoção do tecido necrótico não viável 
para livrar a úlcera da infecção, permitir a visualização do leito 
da ferida, e fornecer uma base limpa necessária para a 
cicatrização 
✓ Os métodos de desbridamento incluem mecânico, autolítico, 
químico e cortante/cirúrgico. 
FINALIDADE DO CURATIVO 
• Proteger a ferida da contaminação por microorganismos; 
• Auxilia na hemostasia; 
• Promove cicatrização por absorver a drenagem e desbridamento 
da ferida; 
• Sustenta ou fornece uma tala ao local da ferida; 
• Protege os pacientes da visão da ferida; 
• Promove o isolamento térmico da superfície da ferida; • 
Proporciona um ambiente úmido; 
COBERTURAS 
FILME TRANSPARENTE ➢ Indicações: 
Feridas superficiais com pouco exsudato; Proteção da pele contra atrito e fricção; Favorece 
desbridamento autolitico; Ulceras por pressão em estagio I ou II. 
➢ Contra Indicações: 
Feridas infectadas; Feridas com túnel; Descolamento ou de espessura total; Feridas com 
exsudato moderado a intenso; Queimaduras. 
➢ Vantagens 
Fácil de aplicar e remover sem causar dano a pele periferida; Possibilita a visualização da 
ferida; Impermeável; Cria um ambiente úmido que amolece esfacelos e escaras finas. Serve 
como barreira contra líquidos e bactérias externos. 
➢ Desvantagens 
Pode causar maceração cutânea; Pode não aderir a áreas úmidas; Pode causar laceração 
cutânea (lesão por fricção) se removido inadequadamente. 
➢ Troca 
A cada 24 – 72 horas. Se usado para facilitar desbridamento autolitico, a cada 24 horas. 
COBERTUR
AS HIDROCOLOIDES ➢ Indicações: 
Feridas com exsudato mínimo a moderado; Ulceras por pressão de estagio I-IV; Pode ser 
usado em combinação com pó absorvente ou alginato. 
➢ Contra Indicações: 
Queimaduras de terceiro grau; Feridas infectadas; Úlceras arteriais ou diabéticas. Feridas 
com escara seca; Feridas com exposição óssea ou tendão; 
➢ Vantagens 
Disponíveis em diversos tamanhos; Facilita o desbridamento autolitico; Impermeável a 
líquidos/bactérias. Isolamento térmico. Fácil de aplicar e de remover. 
➢ Desvantagens 
Potencial para maceração ao redor da ferida se deixado no lugar por muito tempo; 
Exsudato com frequência confundido com pus/infecção. Adesivo possivelmente muito 
agressivo para pele frágil. 
➢ Troca 
A cada 3 – 5 dias. 
COBERTURAS 
HIDROGEL 
➢ Indicações: 
Ferida seca a moderada exsudação, com ou sem tecido de granulação, limpa; Feridas 
superficiais ou profundas; Feridas com descolamentos; Feridas necróticas. 
➢ Contra Indicações: 
Queimaduras de terceiro grau.; Feridas com exsudato abundante. 
➢ Vantagens 
Facilita a autólise. Adapta-se a ferida. 
➢ Desvantagens 
Potencial de maceração. 
➢ Troca 
Diariamente, se placas de adesivo ou preenchimentos da ferida não forem usados; 
Ate 3 vezes por semana, com placas de coberturas adesivas. 
COBERTURAS 
ALGINATO 
➢ Indicações: 
Feridas com exsudato moderado a intenso; Feridas de espessura total com tuneis; Feridas de 
espessura parcial e total; Ulceras de perna, áreas doadoras de tecido, feridas traumáticas. 
➢ Contra Indicações: 
Queimaduras de terceiro grau; Feridas sem exsudato; Feridas necróticas secas. 
➢ Vantagens 
Não aderente; Não oclusivo; Pode ser utilizado para preenchimento de espaços mortos em 
descolamentos, sinos e tuneis; Promove desbridamento autolitico em feridas exsudativas; 
Altamente absorvente. 
➢ Desvantagens 
Mais dispendioso do que a gaze ou compressas de gaze; Não pratico para feridas extensas; Material 
gelificado possivelmente confundido com purulência. 
➢ Troca 
A cada 24 horas; Compactar a ferida sem forca; Dispor os curativos em camadas em uma ferida 
profunda. 
COBERTURAS 
CURATIVOS DE 
ESPUMA 
➢ Indicações: 
Feridas com exsudato moderado a intenso; Feridas de espessura parcial ou total; Ulceras 
por pressão em estágios II-IV. 
➢ Contra Indicações: 
Queimadurasde terceiro grau; Feridas com tuneis, feridas com sinos; cautela em feridas 
infectadas. 
➢ Vantagens 
Altamente absorvente, enquanto mantem um ambiente úmido na ferida; Pode ser usado 
com outros curativos (filmes, absorventes). Não aderente ao leito da ferida. 
➢ Desvantagens 
Espumas não adesivas demandam um curativo secundário. Possível maceração da pele ao 
redor da ferida se deixado durante muito tempo 
➢ Troca 
Ate 3 vezes por semana; Uma vez por dia, quando usando preenchimento de espuma na 
ferida. 
COBERTURAS 
CARVÃO ATIVADO COM PRATA 
➢ Indicações 
• Feridas com odor fétido; Ferida com moderado a grande quantidade 
de exsudato; 
➢ Contra Indicações 
• Feridas secas; Queimaduras; Áreas de exposição óssea ou de tendões; 
➢ Desvantagem 
• Necessita de cobertura secundária 
➢ Troca 
• Diária, cobertura secundária permeável; Conforme saturação 
cobertura secundária semipermeável.; 
COBERTURAS 
PAPAÍNA 
➢ Indicações 
Desbridamento enzimático de feridas necróticas ou esfacelo; Granulação 
(depende da concentração); 2% - feridas de granulação; 4%-6% - feridas com 
necrose de liquefação; 
10% - feridas com necrose de coagulação (seca) 
➢ Contra Indicações 
Hipersensibilidade a papaína 
➢ Desvantagens 
Maceração de borda dependendo da concentração utilizada 
➢ Troca 
Diária 
COBERTURAS COLAGENASE 
➢ Indicações 
Desbridamento enzimático de feridas com tecidos 
necróticos secos ou liquefeitos bem aderidos; ➢ Contra 
Indicações 
Hipersensibilidade a papaína 
➢ Troca 
Diária 
COBERTURAS ÁCIDO GRAXO ESSENCIAL - AGE 
➢ Indicações 
Pele íntegra; Leito de feridas sem tecido desvitalizado; Tecido de 
granulação; Hidratação da pele; UPP estágio I e II. 
➢ Contra Indicações 
Feridas infectadas; Exsudativas 
➢ Troca 
Diária

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