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Estudo fitoquimico Pariri

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ARRABIDAEA CHICA: ESTUDO FITOQUÍMICO
ARRABIDAEA CHICA: PHYTOCHEMICAL STUDY
SILVA, Amanda Mônica Araújo(¹); PINHEIRO, Anne Elen Cardoso (2); PRADO, Thamires Santos(3) 
1Acadêmica de Farmácia do Instituto Florence de Ensino Superior. Email: amandamonicaasilva@hotmail.com
2Acadêmica de Farmácia do Instituto Florence de Ensino Superior. Email: annepinheiro76@gmail.com
3Acadêmica de Farmácia do Instituto Florence de Ensino Superior. Email: thamy.res@hotmail.com
1
RESUMO 
O uso de plantas medicinais vem acompanhando a evolução do homem, através dos tempos. Neste sentido, é importante lembrar que o Ministério da Saúde brasileiro, nos últimos anos, busca estimular a inserção das práticas complementares de cuidado no sistema oficial de saúde. Dentre as diversas espécies que compõem o RENAFITO* e RENISUS**, escolheu-se para estudo fitoquímico a Arrabidaea chica. Este presente estudo teve como objetivo avaliar a A. chica e identificar as classes de compostos orgânicos presentes no extrato obtido da mesma, utilizando as folhas do vegetal. As classes de metabólitos secundários identificadas comprovam o potencial medicinal da planta, principalmente como anti-inflamatória e cicatrizante.
Palavras-Chave: A. chica, estudo fitoquímico, etnobotânico. 
ABSTRACT 
The use of medicinal plants has been following the evolution of man, through the ages. In this sense, it is important to remember that the Brazilian Ministry of Health, in recent years, seeks to encourage the insertion of complementary care practices in the official health system. Among the several species that make up RENAFITO * and RENISUS **, it was chosen for phytochemical study of Arrabidaea chica. This study aimed to evaluate A. chica and to identify the classes of organic compounds present in the extract obtained using the leaves of the plant. The classes of secondary metabolites identified prove the medicinal potential of the plant, mainly as anti-inflammatory and healing.
Key words: A. chica, phytochemical study, ethnobotanical.
1 - INTRODUÇÃO 
O uso de remédios à base de ervas remonta às tribos primitivas em que as mulheres se encarregavam de extrair das plantas os princípios ativos para utilizá-los na cura das doenças. À medida que os povos dessa época se tornaram mais habilitados em suprir as suas necessidades de sobrevivência, estabeleceram-se papéis sociais específicos para os membros da comunidade em que viviam. O primeiro desses papéis foi o de curandeiro. Esse personagem desenvolveu um repertório de substâncias secretas que guardava com zelo, transmitindo-o, seletivamente, a iniciados bem preparados (Simon, 2001). As plantas medicinais podem ser utilizadas popularmente de diversas maneiras, na forma de infusos, decoctos ou macerados, sendo os chás as formas mais utilizadas. As substâncias naturais extraídas dos vegetais são utilizadas para o tratamento de diversas enfermidades, demonstrando-se como uma manifestação do homem para compreender e aproveitar a natureza (Azevedo, 2008). Dados da literatura indicam que cerca de 80% das pessoas utilizam plantas para tratamento de suas enfermidades, sendo que a maioria da população de baixa renda recorre às plantas medicinais como única fonte terapêutica (Yunes e Calixto, 2001). Dessa forma, os fitoterápicos são considerados uma modalidade de terapia complementar ou alternativa em saúde (Marliére et al, 2008).
O uso de plantas medicinais vem acompanhando a evolução do homem, através dos tempos. As primitivas civilizações cedo se aperceberam da existência, ao lado das plantas comestíveis, de outras dotas de maior ou menor toxicidade que, ao serem experimentadas no combate à doença, revelaram, embora empiricamente, o seu potencial curativo (CUNHA, 2010).
Ainda de acordo com CUNHA 2010, a partir do final do século passado, com o isolamento dos constituintes dotados de ação farmacológica, entra-se numa nova fase da utilização cientifica das plantas medicinais, com a substituição progressiva destas e dos seus extratos, pelos compostos reconhecidos como responsáveis pela sua ação farmacológica.
Neste sentido, é importante lembrar que o Ministério da Saúde brasileiro, nos últimos anos, busca estimular a inserção da práticas complementares de cuidado no sistema oficial de saúde. Destaca-se a implementação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) (Brasil, 2006) e a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) (Brasil, 2006), ambas no ano de 2006, e que visam estimular o acesso às práticas complementares e às plantas medicinais, para o cuidado em saúde, de forma eficaz e segura.
Dentre as diversas espécies que compõem o RENAFITO* e RENISUS**, escolheu-se para estudo fitoquímico a Arrabidaea chica, que é conhecida popularmente como cajuru, carajirú, crajirú, cipó-pau, pariri, cipó-cruz (Cronquist, 1988; Grenand et al., 1987; Pauletti et al., 2003). 
Popularmente o chá das folhas é indicado para inflamação, anemia, cólicas intestinais, regulação da menstruação, diarréias entre outros. Estudos recentes comprovam sua atividade anti-oxidante e cicatrizante in vivo e in vitro, além de atividades antifúngicas contra Trichophytonmentagrophytes*** e do efeito tripanocida.
A. chica é composta de antocianinas, substâncias muito polares responsáveis pelas cores atrativas das folhas, flores e frutos. O pigmento vermelho do crajiru, chamada de a 3-desoxiantocianidina é chamada carajurina. Suas folhas quando submetidas à fermentação fornecem matéria corante vermelho-escuro ou vermelho-tijolo, isômero do ácido anísiaco, insolúvel na água e solúvel no álcool e no óleo, utilizada pelos índios para pintura do corpo e utensílios.
A maceração é o nome dado a uma operação física que consiste em retirar ou extrair de um corpo, certas substâncias que são consideradas princípios ativos. Esses princípios ativos podem ser posteriormente utilizados com certas finalidades, quer farmacológicas, quer químicas.
É normalmente feita, moendo previamente o corpo ou substância a macerar, seguido-se a utilização de um solvente para extração do ou dos princípios ativos.
O processo não leva ao esgotamento do princípio ativo devido a saturação do líquido extrator e equilíbrio difusional entre o meio extrator e o interior da célula vegetal. A técnica é geralmente simples e muito utilizada na preparação de tinturas mães em homeopatia e tinturas oficiais. A extração é feita a frio, em que a droga vegetal deve entrar em contado com o liquido extrator de 6 horas a 10 dias com agitação esporádica do recipiente.
Sendo assim, este presente estudo teve como objetivo avaliar a A. chica e identificar as classes de compostos orgânicos presentes no extrato obtido da mesma, utilizando as folhas do vegetal.
2 – MATERIAIS E MÉTODOS
	Partes aéreas de A. chica foram coletadas, pesadas e a partir das folhas secas e moídas foi obtido o extrato bruto por maceração a frio em etanol.
Então, foram pesadas 18,483 gramas de A. chica, na proporção 1:10 utilizou-se 740 mL do solvente, no que resultou após o processo de filtração 670 mL de solução de extrato.
Dando seguimento, foram feitos os testes de rendimento, testes fitoquímicos afim de identificar fenóis e taninos, antocianidinas, antocianinas, catequinas, flavonas, flavonides, cumarinas, triterpenos e esteróides, saponinas e alcalóides.
Foram pesados em triplicatas os béquer’s vazios, anotando o peso deles vazios, em seguida pipetou-se 3 mL do extrato onde foram colocados em banho-maria até sua secagem, pesou-se novamente os béquer’s para poder descobrir o seu rendimento e porcentagem do mesmo.
Para possíveis identificação de fenóis e taninos, em 3 mL da amostra em tubo de ensaio adicionou-se 3 gotas de cloreto férrico (FeCl3).
Cálculo de rendimento:
O rendimento é uma proporção entre o resultado obtido e os meios que tenham sido usados para o efeito.
Teste para flavonóides, antocianinas, antocianidina
Flavonóides São polifenóis, presentes em relativa abundância entre os metabólitos secundários de vegetais. Dois núcleos aromáticos contendo substituintes hidroxiladose/ou derivados funcionais . Amplamente distribuídos no reino vegetal, facilmente encontrados em vegetais, frutas, legumes, sementes, grãos, nozes, chá e alimentos como o vinho tinto, chocolate, etc. Mais de 8000 flavonóides já foram identificados em plantas e variam quanto ao tipo e quanto a quantidade.
Tomou-se 3 tubos numerados de 1 à 3, com 3 ml de extrato em cada. Um tubo será acidificado com HCL 0,1 N PH 3, o segundo tubo alcalinizado NAOH 0,1 N, em PH 8,5 e o terceiro tubo PH 11, para possíveis observações na mudança de coloração. 
Teste para Triterpenos e esteróides
Formam uma diversificada classe de substâncias naturais, ou metabólitos secundários de origem vegetal, especialmente das coníferas, de fórmula química geral (C5H8)n .
Tradicionalmente eram considerados como derivados do 2-metil-butadieno, mais conhecido como isopreno,uma molécula com5 átomos de carbono ou unidade C5. A utilização da então chamada regra do isopreno permitiu classificá-los e estudá-los num primeiro momento, quando inúmeros terpenos foram isolados a partir de plantas superiores, muitos deles com valor comercial. Atualmente sabe-se que terpenos com aroma agradável são extraídos de essências de plantas, outros são a base de medicamentos convencionais ou as plantas que os contém são fitoterápicos, alguns são precursores de vitaminas e outros inseticidas.
Dentre uma das classes dos terpenos estão os triterpenos, que também ocorrem em certas resinas e outros possuem atividades biológicas importantes. Ainda são precursores de fitoesteróis, como o estigmasterol, o α- e o β-sitosterol. Osfitoesteróis possuem 28 ou 29 átomos de carbono, ao contrário daqueles esteróides animais, com 27. Outros triterpenos e fitoesteróis, quando ligados a pequenas cadeias de açúcar (oses), são denominados saponinas, e possuem ações biológicas interessantes, além da propriedade espumante de alguns. Alguns fitoesteróis podem ainda originar alcalóides esteroidais, como aqueles presentes em espécies do gênero Solanum (Solanaceae), como o tomate e a jurubeba. Triterpenos ainda podem originar heterosídeos cardiotônicos, uma classe especial de substância empregada na medicina, como a digoxina, empregada no tratamento de insuficiência cardíaca congestiva. Finalmente, triterpenos em animais ainda podem originar ácidos biliares e vitamina D, além dos hormônios esteroidais.
 Para identificação de triterpenos e esteróides , utilizou-se 5 mL de clorofórmio em 3 ml de amostra e também 1 mL de anidrido acético e 3 gotas de ácido sulfúrico concentrado.
Teste para alcalóides
Alcalóides é uma grande família de mais de 15.000 metabólitos secundários eles compartilham três características: eles são solúveis em água, contendo, pelo menos, uma átomo de azoto na molécula, e exibem atividade biológica. A maioria são Heterocyclic embora alguns sejam compostos de azoto (cíclicos) alifáticos como a mescalina ou colchicina, por exemplo. Eles são encontrados em 20% plantas aproximadamente vasculares, principalmente dicotiledôneas herbáceas.
Para obter o resíduo seco, colocou-se 10 ml da solução extrativa em béquer e levou-se em banho-maria, para evaporação do solvente, em seguida adicinou-se 20 ml de HCL 0,1 N, macerou-se bem, filtrando-se e lavando para os 3(três) tubos de ensaio numerados. Em cada tubo foram colocados um reagente específico: reagente de DRAGENDORFF, MAYER e HAGER respectivamente.
Teste para Taninos e Fenóis
Taninos são compostos fenólicos poliméricos que se ligam a proteínas desnaturação. Nome Taninos vem da antiga prática de usar extratos de plantas para converter pele de couro de animais (no curtimento, ligam-se a colagénio aumentando a sua resistência ao calor, água e microorganismos). Categorias: taninos condensados e taninos hidrolisáveis. Taninos condensados são unidades de polímero de flavonóides ligados por ligações C-C, que não pode ser hidrolisados, mas oxidados por um ácido forte para se obter antocianidinas. Taninos hidroliseis são polímeros heterogêneos contendo ácidos fenólicos, ácido gálico e açúcares, especialmente simples; são mais condensados pequenos e mais facilmente hidrolisadas.
Fenóis, no contexto de metabolismo, os aminoácidos aromáticos podem ser dirigida tanto o primário e o metabolismo secundário. Plantas sintetizam uma variedade de produtos secundários que contêm um grupo fenol. Estes substâncias são conhecidas como fenólicos, polifenóis ou fenilpropanoides e derivam todos de fenol, um anel aromático com um grupo hidroxila. Do ponto de vista da estrutura química, eles são um grupo muito diverso, é variando de moléculas simples, tais como os ácidos fenólicos para polímeros complexos, tais como taninos e lignina. No grupo de pigmentos são também os flavonóides Muitos destes produtos estão envolvidos em interações planta-herbívoro.
Para este teste adicionou-se 4 ml do extrato em um tubo de ensaio e juntou-se 3 gotas da solução alcoólica de cloreto férrico. Agitou-se e observou-se os resultados.
Teste para Cumarinas
As cumarinas são uma vasta família de lactoras, mais do que 1500 identificada em mais de 800 espécies de plantas que atuam como agentes anti-microbianos e como inibidores de germinação. Alguns irão mostrar fototoxicidade contra insetos depois de ser ativado por luz UV, a ação bloqueando a transcrição e a reparação do ADN, provocando a morte celular.
Colocou-se em papel não fluorescente (papel de filtro), dois pontos extrato hidroalcoolico, com auxilio de um capilar, até formar um círculo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro e deixou-se secar.
Em um dos pontos adicionou-se uma gota de Hidróxido de Potássio alcoolico 1N. Cubriou-se parcialmente as manchas com papel opaco. Levou-se para camêra de UV (Luz ultravioleta) por 3 minutos. Após esse tempo descobriu-se as manchas e observou-se se houve emissão de fluorescência na mancha alcalinizada.
Teste para saponinas
As saponinas ou saponosídeos são glicosídeos do metabolismo secundário vegetal, caracterizados pela formação de espuma, tendo propriedades de detergentes e surfactantes. São compostos formados por uma parte hidrofílica e uma parte lipofílica. Na identificação laboratorial de presença saponinas podem ser realizados os testes de hemólise sanguínea (in vitro).
Os glicosídeos saponosídicos têm este nome devido ao fato de formarem espuma abundante quando agitados com água (do latim sapo = sabão). Têm gosto amargo e acre e os medicamentos que os contêm geralmente são esternutatórios (provocam espirros)  e irritantes para as mucosas.
São compostos não nitrogenados que se dissolvem em água originando soluções afrógenas (espumantes), por diminuição da tensão superficial do líquido. Apresentam ainda as propriedades de emulsionar óleos e de produzir hemólise. Esta última deve-se à capacidade do glicosídeo de se combinar com as moléculas de colesterol presentes na membrana dos eritrócitos, perturbando o equilíbrio interno-externo e promovendo a ruptura da célula com consequente liberação da hemoglobina.
Quimicamente, constituem um grupo heterogêneo, sendo classificados em glicosídeos saponosídicos do tipo esteroide (p.ex., hecogenina) e do tipo triterpênico (p.ex., ácido glicirretínico).
Em um resíduo seco insolúvel em clorofórmio dissolveu-se 10 ml de água destilada e filtrou-se a solução em um tubo de ensaio, tampou-se e agitou-se fortemente o tubo com a solução por 3 (três) minutos, com a finalidade de observar a formação ou não de espuma.
Para realização dos testes descritos à cima, utilizou-se a metodologia de MATOS (2009), com exceção do teste para cumarinas, que foi utilizada a de MATOS (1997).
3 – RESULTADOS / DISCUSSÃO 
Tabela 1: Cálculo de rendimento extrativo
	Cálculo de rendimento %
18,483	 100%
12,58	 X
X= 68,26 %
 A tabela 1, retrata o cálculo de rendimento extrativo A.chica,as folhas e os galhos secos 18,483g de extrato vegetal, após o processo de extração obtivemos um rendimento de 12,58% de solução de extrato.
Pesou-se 3 béqueres vazios, anotando seus respectivos valores, em seguida foi adicionado 3 ml da solução extrativa em seguida nos béqueres,levou-se em banho-maria até retirar totalmente a umidade da solução do extrato, após secar, foram pesados em triplicata novamente e tiramos a média dos respectivos valores.
Logo em seguida, subtraímos os valores dos béqueres cheios - béqueres vazios, retirando uma média, que será usada para saber quanto rendeu a solução extrativa.
	Metabólitos secundários
	Extratos
	Fenóis/Taninos
	+++
	Flavonoides
	-
	Cumarinas
	+
	Triterpenos/Esteroides
	+++
	Saponinas
	+++
	Alcaloides
	-
Tabela 2: Resultados fitoquímicos da solução A. 
chica. 
Legenda: (-): Não detectado; (+): Fracamente positivo; (++): Moderadamente positivo; (+++) Fortemente positivo.
A prospecção fitoquímica dos produtos naturais de origem vegetal tem como objetivo verificar, de forma qualitativa, a presença dos metabólitos secundários na composição química do extrato elaborado (MATOS, 2009).
Doenças como o câncer, esclerose múltipla, arteroesclerose estão relacionadas à presença excessiva de radicais livres. Nesse contexto, vários taninos possuem a ação de capturar radicais livres e transformá-los em radicais estáveis, promovendo assim um efeito quimiopreventivo no processo de carcinogênese, sendo esse efeito contrariado por alguns grupos de pesquisa (MONTEIRO et al., 2005).
A abordagem fitoquímica da solução indicou a presença de classes químicas tais como: Fenóis/ taninos, cumarinas,triterpenos e saponinas.
A.chica é utilizada na medicina popular como antiflamatória e adstringente e para várias doenças como: cólicas intestinais, diarréias, anemias e enfermidades da pele.
Os fenóis são sólidos em condições ambientes, com exceção do m-cresol, que é líquido. Eles são incolores e pouco solúveis ou insolúveis em água, mas são solúveis em bases.
Uma das aplicações principais dos fenóis é como antissépticos e germicidas. Isso ocorre porque eles conseguem coagular as proteínas dos organismos das bactérias.
Tanino tem atividade antitumoral, antiviral, hormonal, antioxidante e antiinflamatória. Na indústria, o tanino é usado na pele de gado para evitar o efeito de putrefação, transformando em couro para ser usado na confecção de bolsas, sapatos e botas. Em estações de tratamento de água, usa-se taninos com sulfato de alumínio para a floculação das impurezas que precipitam para o fundo do tanque, facilitando a limpeza
 As cumarinas tem atividade antimicrobiana,antiviral, anti-inflamatória, antiepasmodico e antioxidante.
Por possuírem odor são utilizadas como odorizante na indústria de cosméticos e de produtos de limpeza.
FERREIRA et al. (2013), em estudo feito por meio da prospecção química dos extratos da planta foi possível detectar as seguintes classes de metabólitos secundários: triterpenos, esteroides, saponinas, taninos, fenóis e flavonóides.
FERREIRA et al. (2013), diz que ação cicatrizante e anti-inflamatória dos chás da planta pode estar relacionada à presença de triterpenos, flavonoides e saponinas encontradas no extrato.
Sendo que a única controvérsia encontrada se comparado os dois estudos foi à ausência de flavonóides.
4- CONCLUSÃO
	As classes de metabólitos secundários identificadas comprovam o potencial medicinal da planta, principalmente como anti-inflamatória e cicatrizante.
A continuidade deste estudo, por meio de técnicas fitoquímicas e testes toxicológicos torna-se importante para possível produção de um fitoterápico.
As aulas laboratoriais foram de grande importância para adquirir conhecimento e agregar conhecimento em relação à teoria com a prática, enriquecendo assim os conhecimentos em relação aos testes realizados.
REFERÊNCIAS
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