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AULA 9

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Cartogra�a Básica
Aula 9: Estudos ambientais e escala cartográ�ca
Apresentação
Os produtos cartográ�cos, como mapas, plantas e desenhos são essenciais para prover e sintetizar informações em
qualquer estudo ambiental. Nos mapeamentos, um problema muito comum é a identi�cação da melhor escala a ser
apresentada nos estudos ambientais.
Nesta aula, veremos que cada etapa do estudo e cada tipo de análise ambiental pode requerer uma escala de trabalho
própria. Mas, é consenso que as escalas maiores possibilitam maior detalhe da informação, ao passo que as escalas
menores, embora diminuam o tempo e o custo para o levantamento dos dados, generalizam e agrupam a informação.
Você sabe escolher a escala de um mapeamento? Consegue entender a evolução do imageamento por satélite? Sabe o
que são curvas de nível? Vamos aprender tudo isso, em nossa aula.
Objetivo
Relacionar mapeamentos e escala de trabalho;
Discutir a evolução e a prática de imagens de satélite;
Interpretar cartas topográ�cas.
 Fonte: shutterstock
 Mapeamentos e escala de trabalho
Qualquer análise ambiental depende da elaboração de um diagnóstico da situação, no sentido de se buscar soluções para
um problema especí�co. E o desenvolvimento desse tipo de análise precisa de mapeamentos que atendam aos objetivos
propostos. Então, qual escala utilizar?
Se você pretende desenvolver estudos ambientais, como aqueles associados ao licenciamento ambiental ou até mesmo
análise de atributos do ambiente, é importante saber quais tipos de mapas que cobrem a sua área de estudo estão
disponíveis. 
É fundamental, também, elaborar uma base cartográ�ca que represente a área estudada e a utilização de fotogra�as
aéreas e imagens de satélite é uma necessidade.
Se você não tomar cuidado com a escala de trabalho, poderá, eventualmente, perder informações importantes, utilizando
um mapa pouco detalhado. Por outro lado, pode-se detalhar demasiadamente um mapa que não precisa desse nível de
informação.
"Mapas são essenciais para a representação da maioria
das informações produzidas ou compiladas pelos estudos
de base."
SANCHEZ, 2006 , p. 230.
Torres, Marques Neto e Menezes (2012) a�rmam que, para a Geogra�a, em geral, as feições mostradas em uma carta
topográ�ca podem ser divididas em três grupos:
Feições de relevo
Incluem montanhas, planaltos,
planícies, depressões, vales e
formas semelhantes,
percebidas pelo arranjo das
curvas de nível.
Feições de drenagem
Produzidas pelas águas
super�ciais, incluindo lagos,
barragens, rios, canais,
pântanos e formas
semelhantes.
Título
Incluem todas aquelas feições
derivadas do trabalho do
homem, tais como estradas,
cidades, áreas de cultivo, uso
de solo e pastagem, limites de
propriedades, entre outros
atributos.
Projetos lineares, como aqueles para construção de linhas férreas ou linhas de transmissão podem ter escala pequena,
porque cobrem extensas áreas (escala 1:100.000).
Clique nos botões para ver as informações.
Por sua vez, mapas pontuais, como aqueles que representam a Área de In�uência Direta de Pequenas Centrais
Hidrelétricas (PCHs), aterros sanitários ou empreendimentos urbanísticos devem ter o diagnóstico ambiental
apresentado em escalas com mais detalhes, como 1:10.000 ou 1:50.000 ou até mesmo maiores.
Exemplo de mapeamento em escala pequena 
No processo de licenciamento da Linha de Transmissão
(LT) Xingu/Estreito, houve a necessidade de se estudar
toda a área de in�uência da implantação e operação da
LT, que deveria ter uma extensão de 2.086,9km, passando
por quatro estados (Pará, Tocantins, Goiás e Minas
Gerais). 
Para demonstrar as dez unidades de conservação que
estariam presentes na área de in�uência do
empreendimento, foi elaborado um mapeamento em
escala pequena, como você observa na �gura.
 Mapa de Localização das Unidades de Conservação no projeto da Linha de
Transmissão (LT) Corrente Contínua (CC) Xingu/Estreito. BMTE (2014).
Vamos ver outro exemplo, agora do Estudo de Impacto Ambiental para a Ampliação do Aterro Sanitário, localizado
no Município de São Pedro da Aldeia, onde o diagnóstico ambiental precisava apresentar a localização, em escala de
detalhe, do futuro aterro sanitário e de sua área diretamente afetada, que será utilizada, no futuro, como ampliação
do aterro.
Com atenção, é possível observar as diferenças de cobertura vegetal. Em hachurado, é a área do aterro. Em
vermelho, está a área de in�uência direta. Ao sul, veri�que a presença de uma pedreira, onde o relevo é mais
ondulado.
De acordo com Sanchez (2008), nem sempre dispomos de bases cartográ�cas o�ciais nas escalas requeridas. 
  
Muitos países fazem seus levantamentos básicos em escala de 1:50.000, mas, no Brasil, essa realidade só é possível
de ser observada nas grandes capitais. 
 
Os mapas na escala 1:10.000 e 1:25.000 podem ser encontrados nos municípios do Rio de Janeiro e São Paulo.
Exemplo de escala de detalhe 
 Mapa de influência direta do empreendimento. DAGR (2015).
E quando não há muitos dados sobre a área de estudo?
Em projetos privados, os empreendedores investem na produção cartográ�ca, a partir de restituições de fotogra�as
aéreas ou imagens de satélite.
Nos dias de hoje, é mais barata a utilização de imagens de satélite com escala de detalhe ou semidetalhada, que possa
ser utilizada como base planialtimétrica.
Você sabia que a maior parte das empresas que comercializam
imagens de satélite já as entregam georreferenciadas ?1
Veja as imagens de satélite de antes e depois da ruptura das barragens de contenção de rejeitos da mineradora Samarco
S.A, na Vila de Bento Rodrigues, em Mariana.
 
 Imagem de satélite mostra a barragem do Fundão e o bairro de Bento Rodrigues, em Mariana (MG) - 8.out.2014 (Reprodução/Google Earth)
Saiba mais
Será que a escolha da escala de trabalho pode ser de acordo com o faro geográ�co do técnico?
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0082/aula9.html
Santos (2004) diz que a escolha das escalas espaciais em planejamento é intuitiva e obedece ao bom senso do
coordenador e sua equipe multidisciplinar. 
É sempre bom lembrar-se de que cada elemento da equipe pode trabalhar com escala cartográ�ca de maneira diferente e
o cruzamento das informações só é possível graças às técnicas de geoprocessamento.
Para um trabalho de hidrelétrica, o embasamento geológico é muito importante, uma vez que não pode ocorrer tremores
que possam causar danos à estrutura física do empreendimento, com risco de rompê-lo e causar inundações a
jusante .2
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Qual a escala de trabalho para os diferentes estudos?
Em seu trabalho, Cendrero (1989) ressaltou aspectos bem pragmáticos para a tomada de decisão sobre o assunto:
A escolha da escala depende do tipo de planejamento? O seu trabalho é um estudo geológico? É socioeconômico? É
levantamento vegetacional?
Cendrero (1989) nos oferece uma dica importante, presente na �gura a seguir. Observe que, neste caso, o autor de�niu o
nível macro para planejamento do tipo econômico e ecológico que, de forma geral, visariam ao desenvolvimento, à
identi�cação de grandes impactos e à avaliação dos recursos naturais existentes.
Naqueles planejamentos ligados à avaliação das potencialidades de uso e proposição de zoneamento deveriam ser
usadas escalas meso. E, no caso da análise micro, seria legal utilizar em zoneamento detalhado, em nível municipal, como
é o caso dos planos diretores.
1 Quantidade de informações ou detalhamento que se quer evidenciar no estudo.
2 A extensão espacial da informação que se quer mostrar.
3 A adequabilidade de uma determinada base cartográ�ca conforme os objetivos especí�cos.
4 A quantidade de tempo disponíveis e os recursos que se dispõem para mapeamentos.
Econômico e Ecológico Zoneamentos Planos Diretores
Macro Meso Micro
< 1:500.000 1:250.000 a 1:25.000 > 1:10.000
Reconhecimento Semidetalhada Detalhada
 Relação entre o nível, representação gráfica e tipos de escalas. Cendrero(1989)
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0082/aula9.html
Por sua vez, Santos (2004) aponta que alguns planejadores selecionam uma variedade de escalas, reunindo informações,
compartimentação e unidades políticas. 
Veja, no quadro, a seguir, a relação entre abrangência territorial e escalas adotadas em planejamento.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Território Planejado Escala Adotada
Território Nacional 1:5.000 a 1:500.000
Área de influência regional 1:1.000 a 1:250.000
Área da bacia hidrográfica 1:1.000 a 1:5.000
Área de influência indireta ou área afetada indiretamente por impactos 1:100.000 a 1:50.000
Área de influência direta ou área diretamente afetada por impactos 1:50.000 a 1:5.000
Área de ação estratégica 1:500.000 a 1:10.000
Limites Municipais 1:100.000 a 1:50.000
Raios de ação 1:100.000 a 1:2.000
Corredores 1:25.000 a 1:2.000
Áreas de reassentamento 1:25.000 a 1:2.000
 Relações de comum ocorrência no Brasil entre abrangência territorial e escalas adotadas em planejamento. Santos (2004)
Embora não possa haver uma regra universal, é importante que, durante o
planejamento dos estudos de base, a escala de realização de
levantamentos e a escala de representação sejam pensadas com
cuidado.
Evolução e prática de imagens de satélite
Atividade
1. (AMAZUL – 2015)
A escala cartográ�ca é um importante elemento presente nos mapas, sendo utilizada para representar a relação de
proporção entre a área real e a sua representação.
Assinale a alternativa que apresenta a(s) escala(s) recomendada(s) para representação de desenhos de plantas, cortes e
fachadas de projetos executivos arquitetônicos residenciais.
a) Escala 1:500.000
b) Escala 1:175.000.000
c) Escala 1:50
d) Escala 1:280.000
e)Escala 1:1.000.000
Segundo Figueiredo (2005), o desenvolvimento das
práticas de sensoriamento remoto, que usa as imagens
de satélite, é resultante de um esforço multidisciplinar,
onde físicos, engenheiros, geocientistas e especialistas
em computação e mecânica foram essenciais.
A técnica é quase que totalmente alimentada por
imagens obtidas por meio da tecnologia dos satélites
orbitais.
Os avanços tecnológicos na produção de um satélite
têm sido espetaculares, nos últimos anos, fruto de
grandes investimentos na área. 
Se antes, as imagens eram de baixa qualidade digital e
somente permitia a visualização em escala pequena,
hoje, os satélites “enxergam” alvos e retratam-nos em
escala de detalhe.
 Imagem de satélite do Vale do Silício – São Francisco. (Fonte: Shutterstock)
Clique nos botões para ver as informações.
Os Estados Unidos, através da NASA, uma das maiores captadoras de imagens recebidas por seus satélites. Até
hoje, a NASA concentra investimentos no conhecimento aeroespacial.
Qual foi o primeiro país a dar signi�cado às imagens de satélite? 
Google Earth
No Brasil, o principal órgão que atua nesta área é o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). 
Na verdade, o país está entre as nações que possuem tecnologia para a construção de satélites de sensoriamento
remoto.
O Satélite Sino-brasileiro de Recursos Terrestres foi construído em parceria com a China e suas imagens são
disponibilizadas gratuitamente pela Internet, através do portal do INPE.
E no Brasil? 
3
Hoje, imagens de satélite são utilizadas nas aplicações
mais variadas, como meio ambiente, vegetação,
agricultura, mineração e geologia, clima, planejamento
urbano e regional etc. 
Porém, de�nitivamente, foi o Google Earth que
popularizou as imagens de satélite. Nele os usuários
podem explorar gratuitamente imagens de todo o planeta.
 (Fonte: Shutterstock)
Saiba mais
Faça seu teste. Entre no maps <https://www.google.com.br/maps> e, no canto inferior esquerdo, clique na imagem de
satélite. 
Se o seu computador tiver o GPS ativado, poderá ver os arredores de sua casa. Caso isso não seja possível
automaticamente, basta digitar o seu endereço, no espaço disponível.
De acordo com Steffen (2011), o uso de imagens de satélite para observação da Terra é uma forma competente e
econômica de coletar os dados necessários para monitorar e modelar estes fenômenos, especialmente em países de
grande extensão territorial, como o Brasil.
Através de softwares dedicados exclusivamente para tratamento de
imagens, pode-se gerar imagens com diferentes composições de cores,
ampliações de partes das imagens e classi�cações temáticas dos
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0082/aula9.html
https://www.google.com.br/maps
objetos nelas identi�cados, obtendo-se, assim, produtos como mapas
temáticos que são usados para estudos de geologia, vegetação, uso do
solo, relevo, agricultura, rede de drenagem, inundações, entre outros.
Clique nos botões para ver as informações.
Composições coloridas
Há outro ponto positivo. As imagens de satélite podem ser adquiridas em composições coloridas, onde a mistura de
cores equivalente a uma fotogra�a normal, tal como você observou nas imagens anteriores. 
Imagine que você tenha que pesquisar como evoluiu o desmatamento em seu município ou área de trabalho? 
Para isso, você pode utilizar duas imagens de satélites de anos diferentes e fazer a comparação, por meio da
interpretação das imagens, em escala de detalhe. 
Veja duas imagens do Distrito Federal, dos anos de 1984 e 2018. Compare as diferenças. 
Atente para os locais onde tem estrela. Você cai reparar que houve grande adensamento populacional, nos últimos
trinta e poucos anos.
Já ouviu falar em Rio Verde, em Goiás?  Sabia que é o município mais rico em produção agropecuária do Brasil?
O município é conhecido como capital do agronegócio e o segmento de produção de carnes é a sua especialidade.
No último censo demográ�co, realizado pelo IBGE, em 2010, a população tinha 176.424 habitantes e, agora, as
estimativas do órgão (IBGE, 2018) dizem que a população, em 2018, estariam em 229.651.
Diante desse espetacular crescimento demográ�co, é natural que você imagine que sua expressão espacial seja na
forma de expansão da malha urbana do município.  Então, constate essa realidade, na �gura, a seguir, que mostra a
comparação da área urbana da cidade de Rio Verde, entre 1984 e 2018.
Exemplo de Google Earth 
 Imagens de satélite do Distrito Federal de 1984 e 2018. Adaptado de Google Earth.
 Imagens de satélite de Rio Verde de 1984 e 2018. Adaptado de Google Earth.
Repare nas feições com vermelho mais forte, que formam uma vegetação de grande porte. O restante dos tipos vegetacionais
estão com uma variação de vermelho/rosa.
Porém, também podem receber tratamentos especiais
para evidenciar um elemento natural, como o lançamento
de e�uentes domésticos, rochas ou vegetações
especí�cas.
Além disso, programas de computador permitem
manipular (processar) as imagens para salientar ou
esconder determinado aspecto. Também há a
possibilidade de tomar imagens em diferentes épocas do
ano, para destacar aspectos de sazonalidade.
Veja esta imagem falsa cor do satélite GaoFen 2 (GF-2),
em um trecho do município de Juti, em Mato Grosso do
Sul. 
 Imagem de satélite falsa-cor do satélite GaoFen 2. TTG (2018)
 Produtos do sensoriamento remoto
Os produtos do sensoriamento remoto, quando apresentados sobre áreas especí�cas ou sobre um contexto mais
regional:
Permitem diagnósticos e�cientes;
Propõem soluções de baixo custo; e
Criam alternativas inteligentes para os desa�os enfrentados face às mudanças aceleradas que observamos em
nosso território.
Para Steffen (2011), os dados de sensoriamento remoto têm se mostrado extremamente úteis para estudos e
levantamentos de recursos naturais, principalmente por causa dos motivos a seguir:
Sua visão sinótica, que permite ver
grandes extensões de área em uma
mesma imagem.
Sua resolução espectral que permite a
obtenção de informações sobre um alvo
na natureza em distintas regiões do
espectro, acrescentando assim uma
in�nidade de informações sobre o
estado dele.
Sua resolução temporal que permite a
coleta de informações em diferentes
épocas do ano eem anos distintos, o
que facilita os estudos dinâmicos de
uma região.
Sua resolução espacial, que possibilita a
obtenção de informações em diferentes
escalas, desde as regionais até locais,
sendo este um grande recurso para
estudos abrangendo desde escalas
continentais, regiões até um quarteirão.
A vantagem do sensoriamento remoto por satélite é que as informações
são adquiridas na forma digital ou fotográ�ca e podem ser atualizadas
devido à característica de repetitividade de aquisição das imagens.
 Curvas de nível e cartas topográ�caso
A carta topográ�ca é um documento cartográ�co que representa, em escala, um recorte espacial, onde estão presentes
acidentes naturais e arti�ciais da superfície. 
Quais são os detalhes representados?
Estão presentes na �gura abaixo. Veja:
Naturais
Elementos existentes na natureza, como
os rios, mares, lagos, montanhas, serras
etc.
Arti�ciais
Elementos criados pelo homem, como
represas, estradas, pontes, edi�cações
etc.
"No mapeamento topográ�co, os detalhes
planialtimétricos, que incluem aspectos naturais e arti�ciais
de uma região, possibilitam a determinação de altitudes
por meio de curvas de nível, a avaliação de direções e
distâncias e a localização de detalhes com grau de
precisão compatível com a escala."
TORRES, MARQUES NETO & MENEZES, 2012, p. 152.
Saiba mais
Você sabe o que é uma curva de nível?
É o lugar onde os pontos de mesma altura são ligados, por este motivo, formando uma linha, chamada de altimétrica. 
Você já parou para pensar como representar o relevo em um cartograma? Onde estão as áreas com maior declividade?
Onde estão as áreas mais altas?
Planaltos e planícies podem ser identi�cados, a partir de uma carta topográ�ca.
Observe, na imagem, a projeção vertical das curvas de
nível que permite a abstração tridimensional do relevo.
Cada curva representa uma altitude de 20m até 80m,
então, dê atenção à projeção de cada curva dessa,
formando o relevo. 
Você já sabe que a altitude de 80m é mais distante do
solo do que aquela de 20m. E mais! Quanto mais
afastadas as curvas de nível, menor é a declividade, isto é,
menos íngreme é o terreno, veri�que no trecho B.
Ao contrário, quanto mais próximas as curvas, maior é a
declividade do local. Veri�que no trecho A.
 Projeção das curvas de nível. Pena (2018).
Clique nos botões para ver as informações.
Em A, está uma carta topográ�ca, em escala de detalhe, onde as curvas de nível estão em marrom claro, com uma
numeração, representando a altitude. 
Em azul, você veri�ca a Serra do Quitungo, com topos de morros de 261,8m, 233,9m, 243,1m e assim por diante. Em
geomorfologia, chamamos esse conjunto de morros alinhados de “morraria”.  
Em roxo, você observa uma importante linha de transporte, a avenida Brasil, que corta toda a cidade do Rio de
Janeiro. Repare que ela não é muito cortada por curvas de nível, ou seja, ela está assentada em um local plano. 
Na parte mais ao sul, na seta laranja, está outro conjunto de morros, representados pela Serra do Taquaral, onde os
topos de morros têm 84,9m e 91,9m. Com cotas altimétricas menores do que o Quitungo, não é mesmo? 
Por �m, em verde claro, você observa a união de dois rios, Guandu do Sena (nome escondido) e Guarajuba, que
formam o Rio da Prata do Mendanha (nome escondido). 
Novamente, dê atenção às poucas curvas de nível que cortam os cursos d´água, exatamente, porque eles estão
cortando uma ampla planície, onde o relevo é mais horizontalizado.
O item B, da �gura, é uma representação em três dimensões da carta topográ�ca, elaborada a partir do software
gratuito Google Earth.
Observe, novamente, a organização do relevo e acompanhe as setas coloridas e suas reais correspondências com a
�gura A.
carta topográ�ca, com escala de 1:10.000, demonstrando um trecho do Maciço do Gericinó-
Mendanha, no Rio de Janeiro. 
 Comparação entre Planta Topográfica e Imagens de Satélite. PCRJ (2000a) e adaptado de Google Earth.
Saiba mais
Você já observou uma planta topográ�ca de perto?
Repare na numeração, que indica a altitude das curvas e também na proximidade das curvas, uma das outras. 
Quando mais próximas, mais é a declividade do relevo, enquanto que curvas mais separadas, demonstram declividades
mais acentuadas ou até mesmo áreas horizontalizadas.   
Clique nos botões para ver as informações.
É um importante ponto turístico da cidade do Rio de Janeiro e muitos aventureiros e apaixonados por trilha buscam
subir no pico, como demonstração de gosto por esportes.
A encosta é íngreme, ou seja, há forte declividade, embora o seu topo seja plano. As curvas de nível são bem juntas,
demonstrando a forte declividade, enquanto que o topo conta com poucas curvas, o que demonstra o quanto ele
apresenta contornos mais planos.
Geógrafos e geomorfólogos entendem que a interpretação de uma carta topográ�ca é essencial para compreender o
relevo de um determinado recorte espacial.
Você conhece a Pedra da Gávea? 
 Curvas de nível nas proximidades da Pedra da Gávea. PCRJ (2000b)
Atividade
2. Leia o texto a seguir:
“A cartogra�a não é uma ciência nem uma arte, mas é, sem dúvida alguma, um método cientí�co que se destina a
expressar fatos e fenômenos observados na superfície da Terra, e, por extensão, na de outros astros, por meio de
simbologia própria.” (OLIVEIRA, C. Curso de Cartogra�a Moderna. Rio de Janeiro: IBGE, 1988)
A respeito de cartogra�a básica e escala cartográ�ca, julgue os itens a seguir.
I. A escala de 1:50.000 é maior do que a escala de 1:250.000, por ser mais detalhada.
II. A escala 1:850.000 é menor do que a escala 1:10.000, por se ser mais detalhada.
III. A escala 1:25.000 é maior do que a escala 1:250.000, por cobrir uma área maior.
Agora selecione a alternativa que apresenta a(s) opção(ões) CORRETA(S):
a) Apenas I
b) I e II
c) I e III
d)Apenas III
e) II e III
3. Mapas são essenciais para a representação da maioria das informações produzidas ou compiladas pelos estudos
ambientais. Sobre a relação entre estudos ambientais e mapeamento, qual das opções abaixo é considerada INCORRETA?
a) É fundamental levar em consideração a quantidade de informações ou detalhamento que se quer evidenciar no estudo.
b) Elementos importantes nos estudos ambientais fazem a adequação da escala aos objetivos da pesquisa.
c) A escala mais adequada a determinado estudo ambiental depende do tipo de projeto analisado.
d) Projetos retos (ou lineares), como estradas ou linhas de transmissão, podem ter escala pequena, porque cobrem extensas áreas.
e) Empreendimentos como Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e aterros sanitários devem ter o diagnóstico ambiental
apresentado em escalas com o mínimo de detalhes.
4. Um levantamento planialtimétrico possibilita a representação do relevo por meio das curvas de nível. Sobre um
mapeamento cartográ�co, aponte a a�rmativa CORRETA.
a) Duas curvas de nível de cotas diferentes podem se cruzar.
b) Terrenos inclinados apresentam curvas de nível mais espaçadas.
c) Uma elevação ocorre quando o valor das cotas das curvas de nível diminui da parte externa para o interior.
d) As curvas de nível conectam pontos de cotas iguais, portanto, não podem ser tangentes entre si.
e) Para inclinações íngremes, as curvas de nível ficarão próximas umas das outras, enquanto para áreas relativamente planas elas
serão bastante espaçadas.
Notas
Georreferenciamento1
é o nome que se dá ao procedimento de amarração de pontos conhecidos e perfeitamente identi�cáveis na imagem a um
sistema de coordenadas geográ�cas (SANCHEZ, 2008).
"A jusante"2
indica o lado de baixo, o lado da foz de um rio. A foz é o lado mais "a jusante" de um rio.
Sino-brasileiro3
Relativo, ou pertencente, à China e ao Brasil.
Antiguidade Clássica 5
Período da história da Europa que se estende aproximadamente do século VIII a.C. e vai até a queda do Império Romano do
Ocidente no século V d.C.
Referências
BRASIL. Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE). Relatório de Impacto Ambiental da Linha de Transmissão (LT) Corrente
Contínua (CC) Xingu/Estreito.Rio de Janeiro: BMTE, 2014. 
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística (IBGE). Cidades: Rio Verde (GO). Disponível em:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/rio-verde/panorama <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/rio-verde/panorama> . Acesso
em: 17 maio 2019. 
BRASIL. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro (PCRJ). Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos. Planta Topográ�ca
286F, em escala 1:10.000. Levantamento Aerofotogramétrico. Data do Voo: maio a julho de 1999. Data da Edição: 2000b. 
CENDRERO, Antonio. Mapping and valuation of coastal áreas for pianning. Amsterdan: Ocean and Shorline Management,
1989.
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/rio-verde/panorama
DAGR. Dois Arcos Gestão de Resíduos. Estudo de Impacto Ambiental para a Ampliação do Aterro Sanitário localizado no
Município de São Pedro da Aldeia. São Pedro da Aldeia: DAGR, 2015.
FIGUEIREDO, Divino. Conceitos Básicos de Sensoriamento Remoto. Brasília: Companhia Nacional de Abastecimento - CONAB,
2005.
PENA, Rodolfo Alves. Curvas de Nível. Disponível em https://brasilescola.uol.com.br/geogra�a/curvas-nivel.htm
<https://brasilescola.uol.com.br/geogra�a/curvas-nivel.htm> . Acesso em: 17 maio 2019.
SANCHEZ, Luis Henrique. Avaliação de Impacto Ambiental: conceitos e métodos. São Paulo: Editora O�cina de Textos, 2008.
SANTOS, Rozely Ferreira dos. Planejamento Ambiental: Teoria e Prática. São Paulo: Editora O�cina de Textos, 2004.
STEFFEN, Carlos Alberto. Introdução ao sensoriamento remoto. Disponível em
//www.inpe.br/unidades/cep/atividadescep/educasere/apostila.htm
<//www.inpe.br/unidades/cep/atividadescep/educasere/apostila.htm> . Acesso em: 17 maio 2019.
TORRES, Fillipe Tamiozzo; MARQUES NETO, Roberto; MENEZES, Sebastiao de Oliveira. Introdução à Geomorfologia - Série
Textos Básicos de Geogra�a. São Paulo: Cengage Learning Editores, 2012.
Próxima aula
História da cartogra�a no Brasil;
Relações entre cartogra�a e geoprocessamento.
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Explore as sugestões abaixo e aprenda mais sobre os assuntos estudados nesta aula.
Conhecendo a Carta Topográ�ca; <https://www.chicotrekking.com.br/2013/08/navegacao-manual-conhecendo-
carta.html>
Fotos de satélite mostram 32 anos de mudanças no nosso planeta; <https://www.megacurioso.com.br/historia-e-
geogra�a/101361-imagens-de-satelite-do-google-mostram-32-anos-de-mudancas-no-nosso-planeta.htm>
Bases Cartográ�cas do Município do Rio de Janeiro; <//www.data.rio/>
Dados cartográ�cos do Município de São Paulo; <//www.igc.sp.gov.br/>
Como foi inventado o satélite?; <https://www.o�cinadanet.com.br/post/14059-como-foi-inventado-o-satelite>
Nasa descobre planeta ‘primo’ da Terra em zona habitável. <https://recordtv.r7.com/fala-brasil/videos/nasa-descobre-
planeta-primo-da-terra-em-zona-habitavel-05102018>
Para obter as cartas topográ�cas do exército, acesse o geoportal do exército brasileiro
<//www.geoportal.eb.mil.br/index.php/faq-aux?id=181> .
Para obter as cartas topográ�cas do IBGE, entre no IBGE mapas <https://mapas.ibge.gov.br/bases-e-referenciais/bases-
cartogra�cas/cartas>
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/curvas-nivel.htm
http://www.inpe.br/unidades/cep/atividadescep/educasere/apostila.htm
https://www.chicotrekking.com.br/2013/08/navegacao-manual-conhecendo-carta.html
https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/101361-imagens-de-satelite-do-google-mostram-32-anos-de-mudancas-no-nosso-planeta.htm
http://www.data.rio/
http://www.igc.sp.gov.br/
https://www.oficinadanet.com.br/post/14059-como-foi-inventado-o-satelite
https://recordtv.r7.com/fala-brasil/videos/nasa-descobre-planeta-primo-da-terra-em-zona-habitavel-05102018
http://www.geoportal.eb.mil.br/index.php/faq-aux?id=181
https://mapas.ibge.gov.br/bases-e-referenciais/bases-cartograficas/cartas
cartogra�cas/cartas> .
Não deixe de conhecer o Projeto CBERS de Satélites de Observação da Terra. <//www.cbers.inpe.br/>
Assista aos vídeos:
Pequenas Centrais Hidrelétricas; <https://www.youtube.com/watch?v=xfg6Y1A_aeA>
https://mapas.ibge.gov.br/bases-e-referenciais/bases-cartograficas/cartas
http://www.cbers.inpe.br/
https://www.youtube.com/watch?v=xfg6Y1A_aeA

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