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06/06/2016 1 Corpo Animal II PROF MSC. MAYUMI IKENAGA 1 Sistema Nervoso 2 06/06/2016 2 Sistema Nervoso O sistema nervoso compreende o encéfalo, medula espinhal e os nervos periféricos. Estes por sua vez conectam as várias partes do corpo ao encéfalo ou à medula espinhal. O sistema nervoso está constituído por dois tipos de substâncias: branca e cinzenta 3 Sistema Nervoso SUBSTÂNCIA CINZENTA: formada, em sua maior parte, por corpos de neurônios, é o local onde se encontram os “comandos” do sistema nervoso central, ou seja, executam as atividades vitais. SUBSTÂNCIA BRANCA: formada, principalmente, por axônios de neurônios, constitui as vias de comunicação das diversas áreas de comando 4 06/06/2016 3 Sistema Nervoso Neurônio: é a unidade básica do sistema nervoso. É responsável pela produção e transmissão dos estímulos elétricos. Um neurônio unipolar apresenta dendritos que chegam ao corpo celular, onde se encontra o núcleo celular, trazendo os impulsos, esses são transmitidos ao axônio que por sinapses passam a informação ao próximo neurônio ou a um órgão efetor (músculo). 5 Sistema Nervoso 6 06/06/2016 4 Sistema Nervoso 7 Sistema Nervoso 8 Sistema Nervoso Sistema Nervoso Central SNC Sistema Nervoso Periférico SNP Encéfalo Medula Espinhal Meninges: Dura-máter, Pia-máter e Aracnóide Nervos Cranianos Nervos Espinhais Sistema Nervoso Autônomo: Simpático e Para- simpático 06/06/2016 5 Sistema Nervoso 9 Sistema Nervoso 10 06/06/2016 6 Sistema Nervoso 11 Sistema Nervoso MEDULA OBLONGA Apresenta-se como uma continuação direta da extremidade cranial da medula espinhal. É o centro da respiração e é responsável pela aprendizagem da atividade motora, ou seja, movimentos repetitivos tornam-se cada vez mais precisos e rápidos quanto maior for à repetição. Face ventral pirâmide e corpo trapezóide ajudam na parte motora e auditiva, respectivamente. Face dorsal apresenta-se quase inteiramente coberta pelo cerebelo 12 06/06/2016 7 Sistema Nervoso PONTE E CEREBELO PONTE: suas fibras transversais formam a via nervosa que une os hemisférios cerebrais aos hemisférios cerebelares. Só está presente nos mamíferos 13 Sistema Nervoso CEREBELO: está dorsalmente a medula oblonga, forma o teto do IV ventrículo e está preso pelos pedúnculos cerebelares. O cerebelo supervisiona e regula todos os movimentos voluntários; determinando a extensão dos movimentos pela coordenação dos músculos envolvidos nestes movimentos. Supervisiona e influencia os movimentos involuntários que são necessários para restabelecer e manter o equilíbrio. Ainda mantém o tônus muscular normal 14 06/06/2016 8 Sistema Nervoso 15 Sistema Nervoso 16 06/06/2016 9 Sistema Nervoso Mesencéfalo: canal aqueduto cerebral (comunica III com o IV ventrículo) Conecta o rombencéfalo com o cérebro anterior e está recoberto dorsalmente pelos hemisférios cerebrais. Dividem- se em tecto mesencefálico (colículos) e pedúnculos cerebrais PEDÚNCULOS CEREBRAIS: representam a parte basal do mesencéfalo e em seu interior existe uma substância chamada de substância negra. Essa por sua vez reage à ação da dopamina (neurotransmissor, percussor da adrenalina e noradrenalina e é um estimulante do SNC) que, quando não atua sobre essa área, poderá ocasionar o “Mal de Parkinson”. 17 Sistema Nervoso TECTO MESENCEFÁLICO: são quatro eminências arredondadas, situadas abaixo da porção caudal dos hemisférios cerebrais. Os colículos rostrais estão relacionados com a visão. Ex: o salto de ataque de um felino a uma presa, o salto do goleiro para pegar uma bola no ar (golpe de vista). Os colículos caudais estão relacionados com a audição. Ex: saltar instintivamente para longe de um estrondo, saltar para trás quando ouve barulho de freada de carro. Dependendo dos hábitos de cada animal, os colículos serão mais ou menos desenvolvidos. Ex: na toupeira, que vive em túneis escuros e não utiliza muito a visão, os colículos rostrais são atrofiados ou pequenos e os caudais são normais. No cão, em que a audição é muito desenvolvida, os colículos caudais são muito desenvolvidos enquanto os rostrais são normais. 18 06/06/2016 10 Sistema Nervoso TÁLAMO: se localiza dorsalmente aos pedúnculos cerebrais, tem formato ovóide, na sua fusão temos a aderência intertalâmica (que ao redor dessa, encontramos um espaço circular, com formato de anel, que é o III ventrículo), é formado por vários núcleos de neurônios, é uma estação de reorganização dos estímulos vindos da periferia (dor, temperatura, tato e pressão, menos o olfato), tem ligação direta com o córtex cerebral e uma lesão (ou necrose) poderá levar a perda da sensação de dor do corpo do lado oposto. 19 Sistema Nervoso EPITÁLAMO: PINEAL OU CORPO PINEAL OU GLÂNDULA PINEAL: fica dorsal ao tálamo, tem formato ovóide nos animais domésticos e coloração escura, é um órgão endócrino, cuja principal função é a secreção de melatonina. Essa por sua vez tem papel importante no ritmo circadiano (ritmo diário do corpo em 24hs, hora de acordar, dormir, comer... quando ficamos acordados toda noite desregulamos esse ritmo) e na indução do sono. Também controla o cio (estro), o crescimento de pêlos e penas, a muda das mesmas e a postura dos ovos. Com isso tem papel importante no ciclo reprodutivo sazonal de animais. É o “terceiro olho” ou olho primitivo na rã e em alguns répteis 20 06/06/2016 11 Sistema Nervoso HIPOTÁLAMO: HIPÓFISE OU GLÂNDULA PITUITÁRIA: é uma glândula bastante desenvolvida, situada ao nível do hipotálamo e está em conexão com o mesmo por meio de um pequeno tubo de substância nervosa, chamado infundíbulo. É o centro principal do comando visceral, responsável pelas funções ditas animais como fome, sede e sexo. 21 Sistema Nervoso 22 B A: vista medial do encéfalo do eqüino B: vista ventral também de eqüino evidenciando a hipófise 06/06/2016 12 Sistema Nervoso Telencéfalo: É a região mais desenvolvida do prosencéfalo e ocupa a maior parte da cavidade craniana. Compreende os dois hemisférios cerebrais, incluindo o córtex cerebral, os núcleos da base e o rinencéfalo. O córtex cerebral é o local em que os movimentos voluntários são iniciados, sensações tornam-se conscientes e funções superiores, semelhantes ao raciocínio e planejamento, são interpretadas. Profundamente ao córtex está um agregado de substância cinzenta denominados de núcleos da base, que são importantes na iniciação e na manutenção da atividade motora normal 23 HEMISFÉRIOS CEREBRAIS: são duas grandes massas de substância nervosa que ocupam a maior parte da cavidade craniana. Externamente observamos a presença de saliências (giros ou circunvoluções) e depressões (sulcos), que variam de número conforme a espécie (neopálio). Os hemisférios cerebrais estão separados pela fissura longitudinal e afastando-os com cuidado, observa-se uma massa branca, o corpo caloso, que faz a fusão entre eles. Rinencéfalo ou porção olfatória do cérebro: é a parte mais antiga dos hemisférios cerebrais, está relacionado basicamente com o olfato. Hipocampo: é uma circunvolução ao redor do tálamo e forma a parte caudal do assoalho do ventrículo lateral. É responsável pelo olfato e memória 24Sistema Nervoso 06/06/2016 13 Sistema Nervoso 25 Sistema Nervoso 26 06/06/2016 14 Sistema Nervoso Meninges São membranas que envolvem todo o SNC (encéfalo e medula espinhal), formando um estojo de proteção traumática para o frágil tecido nervoso central. Também tem função de evitar infecções, pois contém anticorpos. Existem três meninges, as quais denominamos da mais externa para a mais interna de Dura- máter, Aracnóide e Pia-máter.27 Sistema Nervoso DURA-MÁTER: é a mais externa das meninges, apresenta uma cor clara, é bastante espessa e vascularizada. Acha-se aplicada diretamente contra os ossos que formam a cavidade craniana e canal vertebral. É constituída de uma lâmina externa e outra interna, que estão bem unidas dentro da cavidade craniana. Ao nível do canal vertebral estas membranas se separam deixando um espaço entre elas, chamado espaço epidural ou extradural, sendo preenchido por tecido adiposo e vasos sanguíneos. 28 06/06/2016 15 Sistema Nervoso ARACNÓIDE: membrana fina e delicada constituída de filamentos que se assemelham à teia de aranha. Está entre a dura-máter e a pia-máter. PIA-MÁTER: adere diretamente ao sistema nervoso central, colocando-se dentro das depressões e sulcos 29 Sistema Nervoso Líquido cérebro-espinhal ou líquor: É formado pelos plexos corióides (emaranhado de vasos sanguíneos cobertos pela pia-máter) localizados no IV ventrículo, III ventrículo e ventrículos laterais a partir do sangue. Constitui-se de um filtrado sanguíneo com grande quantidade de anticorpos para defesa do organismo. Este líquido circula no IV ventrículo, aqueduto cerebral, III ventrículo, ventrículos laterais e no canal central da medula. 30 06/06/2016 16 Sistema Nervoso 31 Sistema Nervoso 32 06/06/2016 17 Sistema Nervoso Irrigação Encefálica O encéfalo tem como fonte de suprimento sanguíneo as artérias carótidas internas (fonte principal) e vertebrais (fonte secundária) nos animais de produção, como eqüinos, ruminantes e suínos. As artérias carótidas internas chegam à base do encéfalo através do forame lacero, na altura da hipófise. 33 Fonte 10 Sistema Nervoso Medula Espinhal É uma estrutura alongada, mais ou menos cilíndrica, com achatamentos dorso ventral e algumas variações de forma e tamanho. Começa no nível do forame magno e está em conexão direta com a medula oblonga, rostralmente e se estende até a metade da região sacral. As variações mais importantes são os espessamentos (intumescências) das partes que dão origem aos nervos que suprem os membros torácicos e pélvicos, e o afilamento final caudal (cone medular). 34 06/06/2016 18 Sistema Nervoso A intumescência cervical é o ponto de origem dos nervos que vão inervar o membro torácico, e da intumescência lombossacral partem os nervos para o membro pélvico e cavidade pélvica. A medula está dividida em 4 regiões correspondente as da coluna vertebral. 35 Intumescência cervical Intumescência lombosacral Fonte 6 Sistema Nervoso É formada por 2 tipos de substâncias, branca por fora e cinzenta por dentro. Através de um corte transversal pode-se observar que a substancia cinzenta tem formato de H e á perfurada, na linha média, por um pequeno canal central. No final da medula espinhal temos uma leve dilatação chamada cone medular, da onde parte vários nervos espinhais em desnível com os espaços intervertebrais, chamado cauda eqüina. 36 Fonte 6 06/06/2016 19 Sistema Nervoso SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO É o sistema que liga o meio externo e interno, onde os estímulos são recebidos ao sistema nervoso central e deste aos órgãos efetores (alvos). O sistema nervoso periférico é constituído por nervos e gânglios fora do sistema nervoso central, eles vinculam informações sensitivas para o encéfalo e para a medula espinhal, promovem movimentos de músculos e secreções das glândulas por meio de seus nervos motores. É composto pelos nervos espinhais, pelos doze pares cranianos e sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático). 37 Sistema Nervoso Nervos espinhais FORMAÇÃO DOS NERVOS ESPINHAIS: Os nervos espinhais são formados por uma raiz dorsal (sensitiva) e outra raiz ventral (motora), a partir do H medular. Após formarem o tronco saem do canal vertebral pelos orifícios intervertebrais ou vertebrais laterais, dividindo-se num ramo dorsal curto e ramo ventral longo. 38 06/06/2016 20 Sistema Nervoso 39 Sistema Nervoso Região cervical: apresenta 8 pares de nervos cervicais em todas as espécies, pois o primeiro nervo emerge entre o occipital e o atlas. Para inervar determinados locais como membros e parede abdominal, os ramos ventrais provenientes do corno ventral, se reúnem para formar plexos ou outros nervos. Ex: nervo frênico é formado pelos ramos ventrais dos dois ou três últimos nervos cervicais (C6, C7 e C8). Inerva o músculo diafragma. 40 06/06/2016 21 Sistema Nervoso Plexo braquial: é uma trama de nervos sensitivos e motores, que ao se anastomosarem, trocam fibras nervosas, com a função de originar novos nervos compostos por fibras provenientes de várias raízes nervosas da medula espinhal. Este é um mecanismo compensatório de defesa para paralisias totais quando da ruptura de uma raiz nervosa. Este plexo é originário dos ramos ventrais dos nervos espinhais de C5, C6, C7, C8, T1 e T2, sendo que C5 e T2 são inconstantes. Inerva o membro torácico, sendo o mais importante o nervo radial 41 Sistema Nervoso 42 Fonte 6 06/06/2016 22 Sistema Nervoso Região torácica: o número de nervos torácicos é de acordo com a espécie, e se distribuem na parede do tórax como nervos intercostais. Região lombar e sacral: plexo lombossacral: é uma trama de nervos sensitivos e motores, originados a partir dos ramos ventrais dos nervos espinhais lombares e dos dois primeiros sacrais, provenientes da medula espinhal. Inervam a musculatura dorsal do tronco, genital e membro pélvico. Mais importante: nervo ciático. 43 Sistema Nervoso 44 Fonte 3 06/06/2016 23 Sistema Nervoso Nervos cranianos: O encéfalo possui 12 pares de vias nervosas que o relacionam com órgãos periféricos sem a participação da medula espinhal, sendo chamados de nervos encefálicos ou cranianos. São representados por números romanos. Tem uma sensibilidade especial. Tem sua origem aparente no tronco encefálico, sendo o IV par (troclear) o único a sair pela face dorsal do encéfalo. Estão presentes nesse numero a partir dos anfíbios. 45 Sistema Nervoso I olfatório: capta o olfato. II óptico: capta a visão. III oculomotor: inerva as pálpebras e grande parte dos músculos do olho. IV troclear: sai dorsal e inerva também a musculatura do olho. V trigêmeo: oftálmico, maxilar (musculatura mastigatória) e mandibular. VI abducente: inerva também a musculatura do olho. VII facial: sente o gosto e inerva a musculatura mímica, face. VIII vestibulococlear: audição e equilíbrio. IX glossofaríngeo: capta também o gosto e inerva a laringe e faringe. X vago: maior de todos, indo até a cavidade abdominal, igual ao anterior. XI acessório: inerva a laringe e faringe. XII hipoglosso: língua. 46 06/06/2016 24 Sistema Nervoso Sistema nervoso autônomo: Também chamado de sistema nervoso visceral ou neurovegetativo. É a parte do sistema nervoso que geralmente, não esta sob o controle da consciência, inerva os músculos lisos, cardíaco (miocárdio) e algumas glândulas. Sua função principal é manter o equilíbrio do meio interno (homeostase). O sistema nervoso autônomo está dividido em sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático. 47 Sistema Nervoso O sistema nervoso periférico (SNP) tem um nervo cujo corpo celular se localiza no sistema nervoso central (SNC) e seu axônio se estende sem interrupção até o esqueleto muscular, ao contrário o sistema nervoso autônomo tem dois nervos periféricos. O primeiro denomina-se nervo pré-ganglionar, que também tem seu corpo celular no SNC, mas seu axônio inerva um segundo neurônio em cadeia, chamado nervo pós-ganglionar, sendo que seu corpo celular localiza-se numa estrutura periférica denominada gânglio, que são definidos como uma coleção de corpos de célulasnervosas fora do SNC. 48 06/06/2016 25 Anatomia do Sistema Nervoso 49 Anatomia do Sistema Nervoso SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO: Este sistema, geralmente, tem o axônio pré-ganglionar curto e um pós- ganglionar longo. O pré-ganglionar tem sua origem na medula espinhal e saem junto com as raízes ventrais (motoras) do primeiro nervo espinhal torácico (T1) até o terceiro ou quarto nervos espinhais lombares. Após sua origem, pelo orifício intervertebral juntamente com os nervos espinhais, os axônios pré-ganglionares dirigem-se para uma cadeia de gânglios para vertebrais interligados (tronco simpático), localizados próximo ao corpo das vértebras. A partir desses gânglios partem os axônios pós- ganglionares até os órgãos alvos (efetores). Os mediadores químicos (neurotransmissor) do simpático com os órgãos alvos são a norepinefrina e adrenalina. Atua nas situações estressantes ou fuga, provocando um aumento dos batimentos cardíacos, pressão arterial, freqüência respiratória e midríase 50 06/06/2016 26 Anatomia do Sistema Nervoso SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO: Tem origem em nervos cranianos e segmentos sacrais da medula espinhal, sendo por isso denominado, algumas vezes, de sistema craniossacral. Fibras da parte cranial são distribuídas por 4 nervos cranianos: oculomotor (III par), facial (VII par), glossofaríngeo (IX par) e vago (X par). Os 3 primeiros suprem fibras parassimpáticas de músculos lisos e glândulas da cabeça. O nervo vago inerva fibras parassimpáticas das vísceras do tórax e do pescoço e quase a totalidade das vísceras abdominais. A parte distal do sistema digestório e as vísceras pélvicas são inervadas por fibras parassimpáticas da parte sacral do sistema nervoso parassimpático. Estas fibras pélvicas misturam-se com nervos simpáticos para formar o plexo pélvico. O mediador químico (neurotransmissor) do parassimpático é a acetilcolina. É o sistema atuante nos processos metabólicos provocando um incremento na secreção gástrica, motilidade intestinal e relaxamento do esfíncter pilórico, sendo por isso denominado de sistema anabólico ou vegetativo 51 Esplancnologia Geral dos Mamíferos 52 06/06/2016 27 Resumo – Cavidades Corporais CAVIDADE TORÁCICA É a segunda cavidade do corpo em tamanho, tem formato de cone com o ápice voltado cranialmente, apresenta-se comprimida lateralmente, é formada por quatro paredes e uma abertura cranial e internamente é revestida por uma membrana chamada pleura. Apresenta como órgãos principais os pulmões e o coração. Parede dorsal: formada pelas vértebras torácicas, ligamentos e músculos. Paredes laterais: formada por músculos (grande dorsal, intercostais externos e intercostais internos) e costelas. 53 Resumo – Cavidades Corporais Parede ventral: formada pelo osso esterno, cartilagens costais e músculos (peitorais superficial e profundo e intercostais internos). Parede caudal: formada pelo músculo diafragma (porção carnosa e porção tendinosa, apresenta três aberturas: hiato aórtico, hiato esofágico e forame da veia cava caudal. Abertura cranial: formada por estruturas importantes como: artérias e veias, esôfago, traquéia e timo (faz parte do sistema linfático, órgão responsável por parte da defesa do organismo quando filhotes, involuindo quando adulto). 54 06/06/2016 28 Resumo – Cavidades Corporais A cavidade torácica é dividida em “espaços” que são chamados de mediastinos. Divide- se em mediastino cranial, médio e caudal, sendo que o coração está localizado no mediastino médio. A irrigação da cavidade torácica é feita por ramos das artérias aorta (artérias intercostais dorsais) e torácica interna (artérias intercostais ventrais). Enquanto a drenagem é feita pelas veias ázigos (recebe a drenagem das veias intercostais dorsais) e torácica interna (recebe a drenagem das veias intercostais ventrais), sendo que ambas drenam para a veia cava cranial. 55 Resumo – Cavidades Corporais 56 Cavidade torácica de cão aberta, evidenciando o lado esquerdo do coração, pulmão direito e outras estruturas importantes. Fonte 3 06/06/2016 29 Resumo – Cavidades Corporais CAVIDADE ABDOMINAL É a maior cavidade do corpo, está separada cranialmente da cavidade torácica pelo diafragma e se continua caudalmente pela cavidade pélvica. Tem um formato ovóide, sendo achatada lateralmente. Limites: Parede dorsal ou teto: formada pelas vértebras e músculos lombares (incluindo a parte lombar do diafragma). 57 Resumo – Cavidades Corporais Paredes laterais: formada por pele, tela subcutânea, músculos: oblíquo abdominal externo, oblíquo abdominal interno e transverso do abdômen. Após a musculatura temos o peritônio, parte cranial do ílio com os músculos ilíacos (caudalmente) e as cartilagens das costelas asternais (falsas) e parte das costelas que estão caudais a inserção do músculo diafragma (cranialmente). Parede ventral ou assoalho: pele, tela subcutânea, músculos retos abdominais e a aponeurose (inserção) dos músculos oblíquos e transverso. Além da fáscia abdominal e da cartilagem xifóide 58 06/06/2016 30 Resumo – Cavidades Corporais Parede cranial: diafragma A cavidade abdominal no animal adulto apresenta cinco orifícios: três no diafragma (esôfago, artéria aorta e veia cava caudal) e dois canais inguinais. Mas no feto temos todos citados anteriormente e mais a abertura umbilical com a presença de duas artérias umbilicais, veia umbilical e úraco (abertura da bexiga). 59 Resumo – Cavidades Corporais Conteúdo da cavidade abdominal: órgãos digestórios, parte dos órgãos genitais internos, órgãos urinários, nervos, vasos sanguíneos, linfático (linfonodos, vasos e baço), glândulas adrenais e vestígios fetais 60 06/06/2016 31 Resumo – Cavidades Corporais 61 Resumo – Cavidades Corporais CAVIDADE PÉLVICA: É a menor cavidade, apresenta a entrada da pelve que vai do sacro (promontório) até as bordas craniais do púbis, sendo limitado lateralmente pelas linhas arqueadas (iliopectíneas) do ílio. Parede dorsal ou teto: é formado pelo sacro e três primeiras vértebras coccígeas. Parede lateral: formada pelo ílio e ligamento sacrotuberal. Parede ventral ou assoalho: púbis e ísquio. Parte caudal da pelve: limitado pela terceira vértebra coccígea (dorsalmente), bordas caudais do ligamento sacrotuberal e músculo semimembranoso (lateralmente) e arco isquiático (ventralmente). 62 06/06/2016 32 Resumo – Cavidades Corporais 63 Fonte 10 Sistema Respiratório 64 06/06/2016 33 Sistema Respiratório O sistema respiratório é responsável pela troca de gases entre o sangue e a atmosfera, melhora a qualidade do ar que é inspirado e regula seu fluxo. O sistema respiratório é composto: narinas, cavidades nasais, faringe, laringe, traquéia e pulmões. 65 Fisiologia: Espaço morto anatômico Espaço morto fisiológico Sistema Respiratório A troca de gases ocorre nos alvéolos pulmonares (HEMATOSE), e na passagem de ar das narinas até os alvéolos este é, usualmente, purificado, umedecido e aquecido, sendo seu volume regulado pelas narinas, laringe, diafragma e os outros músculos respiratórios Os condutos respiratórios são compostos de um epitélio pseudoestratificado ciliado e produtor de muco, com isso os cílios transportam as finas partículas de poeira, que ficam presas pelo epitélio úmido, para fora através das narinas (espirros) ou da faringe (cruzamento entre o sistema respiratório e digestório) pela deglutição. 66 06/06/2016 34 Sistema Respiratório O fluxo de ar respiratório que passa através do nariz, pode passar diretamente através da boca, com exceção do eqüino (devido ao prolongamento de palato mole, com isso ocorre a grande abertura das narinas). A porção olfatória está localizada na porção caudalda cavidade nasal, onde pode registrar a presença de substâncias nocivas no ar e com isso ativa um reflexo de fechamento da passagem pela laringe. O órgão de fonação (“voz”) está contido na laringe e o som é produzido, principalmente, pelo ar expirado 67 Sistema Respiratório 68 06/06/2016 35 Sistema Respiratório NARINAS Consistem externamente de pele, uma camada média de osso (suíno) ou cartilagem e uma membrana mucosa, além dos músculos nasais que regulam a abertura das narinas. Os músculos do nariz e os lábios superiores atuam juntos para dilatar as narinas, que são utilizados na respiração trabalhosa ou quando o animal está farejando. São bem desenvolvidos no eqüino e podem transformar normalmente as narinas semilunares em circulares. A convexidade dorsal da narina se dá pela presença da cartilagem alar 69 Sistema Respiratório 70 06/06/2016 36 Sistema Respiratório CAVIDADE NASAL A cavidade nasal se comunica rostralmente com o exterior através das narinas e caudalmente com a faringe através das coanas e o palato duro separa a cavidade oral da nasal. É dividida em porções: Porção rostral: estreita e revestida por mucosa. Porção média: é a maior e contém as conchas nasais, porção resporatória. Porção caudal: é pequena e contém as conchas etmoidais, porção olfatória 71 Sistema Respiratório CONCHAS NASAIS: dorsal (maior de todas) e ventral. As conchas nasais dorsal e ventral dividem a cavidade nasal em meatos: dorsal, médio, ventral e comum. As conchas nasais são separadas pelo septo nasal, que fica sobre o osso vômer 72 06/06/2016 37 Sistema Respiratório 73 Sistema Respiratório 74 06/06/2016 38 Sistema Respiratório FARINGE É uma cavidade músculo-membranosa comum aos sistemas digestório e respiratório. Comunica-se com a cavidade bucal, esôfago, cavidade nasal e laringe. 75 Sistema Respiratório LARINGE É um tubo músculo-cartilaginoso curto, que conecta a faringe com a traquéia e contém o órgão da fonação (cordas vocais). Sua porção rostral é fechada na deglutição para proteger a traquéia e os pulmões, caso algo passe teremos a tosse (defesa do organismo) ou pneumonia por corpo estranho. Formada por cartilagens e estas estão conectadas umas as outras no osso hióide e na traquéia pelos ligamentos e músculos, podendo ossificar com a idade. Apresenta no seu interior o órgão fonador dos mamíferos, as cordas vocais ou pregas vocais 76 06/06/2016 39 Sistema Respiratório 77 Sistema Respiratório 78 06/06/2016 40 Sistema Respiratório 79 Sistema Respiratório TRAQUÉIA É um tubo cartilaginoso, não colapsável, que se continua da cartilagem cricóide da laringe até a raiz pulmonar, onde se bifurca para formar os brônquios principais (direito e esquerdo) e apresenta uma porção cervical e outra torácica. Porção cervical: no pescoço, ventral ao esôfago. Porção torácica: curta, e nos suínos e ruminantes emite um brônquio traqueal para o lobo cranial do pulmão direito. 80 06/06/2016 41 Sistema Respiratório É formada por uma série de anéis cartilaginosos incompletos (exceto nas aves) dorsalmente que são fechados pelo músculo traqueal. TRAQUÉIA BRONQUIOS PRINCIPAIS BRONQUIOS LOBARES (brônquio traqueal também é considerado um) BRONQUIOS SEGMENTARES BRONQUIOLOS ALVÉOLOS (onde ocorre a troca gasosa) 81 Sistema Respiratório PULMÕES Localizados dentro da cavidade torácica e estão envoltos por uma membrana chamada pleura pulmonar de maneira individual e que se continua com o mediastino (espaço dentro da cavidade torácica onde se encontram o coração, ramos colaterais do arco aórtico, veias cavas, nervo vago e laríngeo recorrente, timo ... dividido em mediastino cranial, médio e caudal). 82 06/06/2016 42 Sistema Respiratório Cada pulmão tem um formato cônico com ápice e base e o pulmão direito é maior que o esquerdo. Apresenta a face parietal com as impressões costais (quando formolizado) e a face medial com o hilo pulmonar e a impressão cardíaca HILO PULMONAR: Brônquio principal Artéria pulmonar respectiva (direita ou esquerda) Nervos Veias pulmonares Linfático LOBOS PULMONARES: cranial, médio, caudal e acessório 83 Sistema Respiratório 84 06/06/2016 43 Sistema Respiratório 85 Sistema Respiratório 86 06/06/2016 44 Sistema Respiratório 87 Sistema Respiratório 88 06/06/2016 45 Sistema Cardiocirculatório e Linfático 89 Sistema Cardiocirculatório e Linfático Sistema Circulatório Estuda o coração, os vasos da base, suas ramificações e a circulação sanguínea propriamente dita 90 06/06/2016 46 Sistema Cardiocirculatório e Linfático SISTEMA VASCULAR SANGUÍNEO Transportam nutrientes e oxigênio através do sangue para todo o organismo, sendo composto por artérias e veias. ARTÉRIAS: paredes mais espessas são relativamente rígidas e levam sangue rico em oxigênio (exceção da artéria pulmonar). VEIAS: paredes mais finas, aparentemente colapsadas e levam sangue pobre em oxigênio (exceção das veias pulmonares). ARTÉRIAS------ARTERÍOLAS-----CAPILARES------VÊNULAS-----VEIAS 91 Sistema Cardiocirculatório e Linfático CORAÇÃO É um órgão muscular oco que bombeia sangue continuamente através dos vasos sanguíneos para todo o organismo. Seu tamanho é variável entre as espécies, está localizado na cavidade torácica, ocupa o mediastino médio, 60% do seu volume estão voltados mais para o lado esquerdo da cavidade e se localiza entre a terceira e sexta costelas, ficando cranialmente ao diafragma. Realiza os movimentos de sístole (contração) e diástole (dilatação) nas câmaras cardíacas em sincronia. Está dividido em dois átrios e dois ventrículos 92 06/06/2016 47 Sistema Cardiocirculatório e Linfático 93 Sistema Cardiocirculatório e Linfático Apresenta: BASE: apresenta as raízes dos grandes vasos que chegam e saem do coração. ÁPICE: “apoiado” sobre o osso esterno. FACES: Direita: sulco subsinuoso; Esquerda: sulco paraconal. BORDOS: cranial (ventrículo direito) e caudal (ventrículo esquerdo). *sulco coronário: indica a separação entre os átrios e os ventrículos, os sulcos são ocupados pelos vasos coronários que irrigam e drenam o coração 94 06/06/2016 48 Sistema Cardiocirculatório e Linfático A cavidade cardíaca está divida por septos, que separam os átrios e os ventrículos. O coração e os vasos da base estão envoltos por uma “bolsa” fibroserosa chamada de pericádio. As camadas do coração são: Epicárdio: membrana serosa que reveste externamente o coração. Miocárdio: é o músculo cardíaco, sendo a porção contrátil do coração. Endocárdio: reveste internamente o coração, sendo também uma membrana serosa 95 Sistema Cardiocirculatório e Linfático ÁTRIO DIREITO (AD): porção mais dorsal e cranial do coração, onde chegam as veias cavas cranial (trazendo sangue pobre em oxigênio da cabeça, pescoço e membro torácico) e caudal (trazendo também sangue pobre em oxigênio da cavidade abdominal, pélvica e membro pélvico). VENTRÍCULO DIREITO (VD): óstio átrio ventricular ocupado pela valva tricúspide, estando presa aos músculos papilares. Saída da artéria pulmonar levando o sangue pobre em oxigênio para os pulmões para ocorrer a troca gasosa. 96 06/06/2016 49 Sistema Cardiocirculatório e Linfático ÁTRIO ESQUERDO (AE): porção mais dorsal e caudal do coração, onde chegam as veias pulmonares provenientes dos pulmões trazendo sangue rico em oxigênio, podem ser de 5 a 8. VENTRICULO ESQUERDO (VE): óstio átrio ventricular ocupado pela valva bicúspide ou mitral, também presa aos músculos papilares. Saída da artéria aorta levando o sangue rico em oxigênio para o corpotodo. Forma o ápice cardíaco. Miocárdio bem mais espesso 97 Sistema Cardiocirculatório e Linfático ** Na base das artérias pulmonar e aorta temos a presença de valvas, que também não deixam o sangue refluir. Recebem o nome do próprio vaso: valva pulmonar e valva aórtica. Ambas tem formato de meia lua e são formadas por 3 cúspides. 98 06/06/2016 50 Sistema Cardiocirculatório e Linfático CIRCULAÇÃO DO SANGUE: Chega ao átrio direito através das veias cavas (cranial e caudal), passa para o ventrículo direito através da valva tricúspide e sai do mesmo através da artéria pulmonar para os pulmões. Após a hematose (troca gasosa) sai dos pulmões através das veias pulmonares até ao átrio esquerdo, passa para o ventrículo esquerdo através da valva bicúspide ou mitral e sai do mesmo pela artéria aorta para todo o corpo 99 Sistema Cardiocirculatório e Linfático 100 06/06/2016 51 Sistema Cardiocirculatório e Linfático 101 Sistema Cardiocirculatório e Linfático 102 06/06/2016 52 Sistema Cardiocirculatório e Linfático 103 Sistema Cardiocirculatório e Linfático 104 06/06/2016 53 Sistema Cardiocirculatório e Linfático 105 Sistema Cardiocirculatório e Linfático 106 06/06/2016 54 Sistema Cardiocirculatório e Linfático CIRCULAÇÃO FETAL Durante o período em que o feto permanece no interior do útero materno há a necessidade constante de oxigenação de seu sangue para que ocorra o seu desenvolvimento. Como não há funcionamento pulmonar, o oxigênio deve provir da mãe através da placenta ao cordão umbilical do feto. Este cordão umbilical é formado de uma veia umbilical, duas artérias umbilicais e o úraco (orifício presente na bexiga do feto). Pela veia umbilical circula sangue rico em oxigênio e nas artérias sangue pobre em oxigênio (2ª exceção). 107 Sistema Cardiocirculatório e Linfático 108 Fonte 6. 06/06/2016 55 Sistema Cardiocirculatório e Linfático Sistema Linfático Tem como função a defesa do organismo, é responsável pela produção de glóbulos brancos e é composto pelos linfonodos e vasos linfáticos. O liquido que extravasa ao nível dos capilares sanguíneos e difunde-se pelos espaços intersticiais das células constitui a LINFA. A linfa circula pelos vasos linfáticos e é composta basicamente por glóbulos brancos, predominando os linfócitos. 109 Sistema Cardiocirculatório e Linfático Estes linfócitos são produzidos pelos linfonodos, que são pequenos nódulos que estão distribuídos por todo o corpo, existindo agrupamentos de linfonodos chamados de centros linfáticos. Toda a linfa produzida é conduzida de volta a corrente sanguínea através de dois ductos: ducto torácico e ducto traqueal. Também fazem parte do sistema linfático o baço (que será descrito junto com o sistema digestório devido a sua proximidade do mesmo) e o timo. 110 06/06/2016 56 Sistema Cardiocirculatório e Linfático Ducto traqueal: geralmente é um vaso par, que acompanha o trajeto da traquéia no pescoço. Origina-se nos linfonodos retrofaríngeos, que coletam a linfa da cabeça. Poderá desembocar no ducto torácico ou nas veias jugular externa correspondente, próximo a entrada do tórax. 111 Sistema Cardiocirculatório e Linfático Ducto torácico: é o principal coletor de linfa, desemboca na veia cava cranial e é a continuação da cisterna do quilo, que recebe toda a linfa da cavidade pélvica, abdominal e membros pélvicos. 112 06/06/2016 57 Sistema Cardiocirculatório e Linfático *Timo: tem importância máxima nos jovens, regredindo gradativamente, conforme o animal vai crescendo, até praticamente desaparecer. Quando desenvolvidos estendem-se desde a região cervical (ao lado da traquéia) até o pericárdio (mediastino cranial, ventralmente). É uma estrutura lobulada, semelhante a uma glândula salivar (parótida), sendo que o seu córtex produz os linfócitos T imunocompetentes que vão para a corrente sanguínea chegando aos linfonodos, onde se multiplicam originando a competência imunológica pré-natal. 113 Sistema Cardiocirculatório e Linfático Principais Linfonodos e Linfocentros Cabeça: linfocentro mandibular, localizado ao redor da glândula mandibular. Membro torácico: linfonodo cervical superficial, localizado cranialmente a articulação do ombro; linfocentro axilar, localizado na região axilar. Tórax: linfocentro mediastínico, na base do coração e próximo ao diafragma; linfocentro brônquico, localizado ao redor da bifurcação da traquéia 114 06/06/2016 58 Sistema Cardiocirculatório e Linfático Vísceras abdominais: linfocentro mesentérico, junto ao mesentério (prega de peritônio que prende o intestino ao teto da cavidade abdominal). Pelve e membro pélvico: linfonodo poplíteo, localizado caudal ao joelho e linfonodo inguinal superficial (supramamário ou supraescrotal), localizado dorsalmente à glândula mamária ou escrotal. *** Estes linfonodos são de extrema importância para a inspeção de carnes, pois havendo o comprometimento poderá ocorrer a condenação parcial ou total da carcaça 115 Sistema Cardiocirculatório e Linfático 116 06/06/2016 59 Sistema Cardiocirculatório e Linfático 117 Fonte 3 Sistema Cardiocirculatório e Linfático 118 Fonte 6 06/06/2016 60 Sistema Gastrointestinal 119 Sistema Gastrointestinal O sistema digestório está dividido em um sistema condutor, formado pela cavidade bucal, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso, e em órgãos acessórios como língua, dentes, glândulas salivares, fígado e pâncreas. 120 06/06/2016 61 Sistema Gastrointestinal As funções do sistema digestório, além de nutrir o organismo animal, são de apreensão do alimento, mastigação, insalivação, deglutição, digestão, absorção e expulsão da porção não absorvida dos alimentos. Tem início na cavidade bucal e término no ânus. Embriologicamente apresenta-se como um tubo e em diversos locais recebe as secreções das glândulas salivares, do fígado e pâncreas. 121 Sistema Gastrointestinal CAVIDADE ORAL (BUCAL): limitada rostralmente pelos lábios, lateralmente pelas bochechas, dorsalmente pelo palato duro e palato mole e ventralmente pela língua. Vai dos lábios até a faringe e está subdividida em vestíbulo (espaço entre os dentes, bochechas e lábios) e cavidade oral propriamente dita. 122 06/06/2016 62 Sistema Gastrointestinal Lábios: servem como órgãos de sucção, apreensão e toque. São duas pregas musculomembranosas que circundam a abertura da boca e se unem lateralmente formando as comissuras labiais. Estas, por sua vez, são bastante amplas nos caninos e suínos, chegando aos dentes molares. Os lábios dos eqüinos, ovinos, caprinos e carnívoros são igualmente móveis enquanto que dos bovinos e suínos não possuem muita liberdade de movimento. 123 Sistema Gastrointestinal Bochechas: constituídas pelo músculo bucinador, sendo as paredes laterais do vestíbulo da boca. Nos ruminantes temos a presença de papilas cônicas que ajudam a empurrar o alimento para trás. Na altura do terceiro molar superior (ambos os lados) chegam na bochecha os ductos da glândula salivar parótida. 124 06/06/2016 63 Sistema Gastrointestinal Gengivas: é parte da mucosa oral, formada de tecido conjuntivo fibroso denso, está unida intimamente ao periósteo dos processos alveolares (envolvendo o colo do dente) e nos ruminantes, devido a ausência de dentes incisivos superiores, encontramos o chamado pulvino dental ou almofada dental. 125 Sistema Gastrointestinal Palato duro: forma o teto da cavidade oral, formado pelo processo palatino do maxilar com o processo palatino do osso incisivo e o osso palatino. Está dividido centralmente em dois segmentos simétricos pela rafe palatina, com rugas palatinas transversalmente. Caudalmente ao primeiropar de dentes incisivos superiores ou da almofada dental nos ruminantes temos a papila incisiva que é a abertura do órgão vomeronasal (quando sentimos o cheiro de algum alimento e com isso o gosto deste alimento na boca). 126 06/06/2016 64 Sistema Gastrointestinal Palato mole: é uma prega musculomembranosa que se continua pelo palato duro. O eqüino apresenta um palato mole excepcionalmente grande, sendo impossível a espécie respirar pela boca (como nos cães) ou vomitar pela boca (saindo o conteúdo pelas narinas). 127 Sistema Gastrointestinal Língua: órgão muito móvel, sendo essencial para a apreensão do alimento (pastagem alta, principalmente nos ruminantes), na sucção do leite pelo filhote e na sucção de líquidos pelos carnívoros. Sustentada por músculos e pelo osso hióide. È importante para mastigação e deglutição, empurrando o bolo alimentar insalivado para a faringe. 128 06/06/2016 65 Sistema Gastrointestinal *Algumas espécies usam a língua para se coçar ou se limpar (felinos). Nos cães, quando estão ofegantes ocorre perda de calor através da língua, atuando na termorregulação. Apresenta papilas que são: filiformes e lenticulares (cornificação das filiformes, só presente nos ruminantes estando sobre o toro lingual) com função mecânica; fungiformes, valadas e folhadas com função gustatória. Apresenta, apenas nos ruminantes, uma elevação caudal de forma elíptica, o que se chama de toro da língua. 129 Sistema Gastrointestinal Glândulas salivares: parótida, mandibular e sublingual. A saliva é produzida em grande quantidade de 40 a 50 litros nos eqüinos e bovinos, ajuda na formação do bolo alimentar, é também lubrificante e nos bovinos atua como substância tampão no rumem, neutralizando o ph. No eqüino a saliva contém ptialina, é uma enzima que inicia o processo de hidrólise do amido na boca. De modo geral são mais desenvolvidas nos herbívoros que nos carnívoros. 130 06/06/2016 66 Sistema Gastrointestinal Dentes: principais órgãos da mastigação. É formado por três substâncias esmalte (mais externa, é o branco do dente), dentina e cemento (mais interna). Apresentam duas dentições com dentes decíduos e permanentes. Dividem-se em incisivos, caninos, pré- molares e molares. Característica principal nos ruminantes: sem dentes incisivos superiores. Fórmula dentária permanente: Ruminantes 2 (I 0/3, C 0/1, PM 3/3, M 3/3) = 32 dentes. Eqüino macho: 2 (I 3/3, C 1/1, PM 3 (4)/3, M 3/3) = 40-42 dentes Eqüino fêmea: 2 (I 3/3, C 0/0, PM 3 (4)/3, M 3/3) = 36-38 dentes 131 Sistema Gastrointestinal 132 Eqüino: dentes permanentes, desenho esquemático mostrando medialmente a cavidade oral e língua. Fonte 6 e 12. 06/06/2016 67 Sistema Gastrointestinal 133 Sistema Gastrointestinal FARINGE: é uma cavidade músculo-membranosa comum aos sistemas digestório e respiratório. Comunica-se com a cavidade bucal, esôfago, cavidade nasal (através das coanas), ouvido médio (através das aberturas faríngeas para as tubas auditivas) e laringe. Função de direcionar o ar ou o alimento. ESÔFAGO: é um tubo músculo-membranoso que conecta a faringe com o estômago, sendo dividido nas porções: cervical, torácica e abdominal (curta). Situa-se dorsal a laringe e a traquéia, ficando a esquerda da traquéia na porção cervical e termina-se no estômago (CÁRDIA), entre o rumem e o reticulo no ruminante. No bovino tem um comprimento de 90 a 105 cm. 134 06/06/2016 68 Sistema Gastrointestinal ESTÔMAGO: é um alargamento do canal alimentar em forma de saco entre o esôfago e o duodeno (primeira porção do intestino delgado), localizado caudalmente ao diafragma. O estômago dos animais domésticos difere com os hábitos nutricionais, sendo que essas diferenças não acontecem somente na parte externa e no tamanho do órgão, mas também na composição das suas camadas. Quanto a forma os carnívoros, suínos e eqüinos apresentam um estômago unicavitário, enquanto nos ruminantes é pluricavitário 135 Sistema Gastrointestinal ESTÔMAGO UNICAVITÁRIO: EQÜINO E SUÍNO É uma dilatação saculiforme em forma de J, que recebe o bolo alimentar, insalivado do esôfago, e o estoca temporariamente. O suco gástrico, secretado pelas glândulas da parede do estômago, consiste especialmente de pepsina, renina e ácido clorídrico, iniciando assim a digestão química e enzimática do alimento. Tudo é misturado no estômago por contração da parede muscular e, gradualmente, este bolo alimentar é movido para dentro do duodeno. Está voltado para o lado esquerdo da cavidade abdominal. Devido ao formato de J apresenta uma curvatura menor e outra maior. 136 06/06/2016 69 Sistema Gastrointestinal 137 Equino Suíno Sistema Gastrointestinal EXTREMIDADE ESQUERDA: é a mais dorsal, tem forma de fundo de saco, está em contato com o diafragma, sendo no suíno encontramos um divertículo gástrico. EXTREMIDADE DIREITA: situada ventralmente, junto ao assoalho da cavidade abdominal, é menor e relaciona-se com o duodeno. Neste local há a presença do esfíncter piloro, sendo que no suíno encontramos uma elevação chamada toro pilórico 138 06/06/2016 70 Sistema Gastrointestinal Orifício cárdia: situa-se na extremidade esquerda da curvatura menor e está em contato com o esôfago. A presença de uma camada de músculos circulares com fibras oblíquas internas vai formar o esfíncter cárdia, que no eqüino é bem desenvolvido e bem próximo ao esfíncter pilórico. 139 Sistema Gastrointestinal O estômago está dividido em três porções: corpo, fundo e pilórica; e preso a estruturas e órgãos adjacentes por ligamentos (que são pregas de peritônio) como, por exemplo, diafragma, fígado, intestino, baço e pâncreas. Apresentam uma mucosa glandular e aglandular (também chamada de pró-ventricular ou esofágica), sendo que no eqüino observamos uma elevação chamada margo plicatus que divide as duas mucosas. No suíno esta elevação está ausente e a porção aglandular é bem restrita. A mucosa glandular é mais escura e apresenta três tipos de glândulas: cárdicas, fúndicas e pilóricas. A capacidade do estômago do eqüino é de oito à 15 litros, sendo que o cavalo come mais que o dobro do bovino, pois come por 16 horas e dorme 8 horas. Ao passo que o bovino come por 8 horas, rumina por mais 8 e dorme por 8 horas também. 140 06/06/2016 71 Sistema Gastrointestinal 141 Sistema Gastrointestinal 142 06/06/2016 72 Sistema Gastrointestinal 143 Sistema Gastrointestinal ESTÔMAGO PLURICAVITÁRIO: RUMINANTES Os ruminantes apresentam um estômago pluricavitário, composto de 4 compartimentos: Rumem, Reticulo, Omaso e Abomaso. Ocupam ¾ partes da cavidade abdominal e praticamente toda a metade esquerda. Os três primeiros apresentam uma mucosa aglandular, sendo também chamados de proventriculos; e o abomaso é o estômago glandular ou verdadeiro. Apresentam uma serosa, muscular, submucosa e mucosa. Rumem, reticulo e omaso realizam a digestão enzimática e mecânica dos alimentos, principalmente de celulose, por intermédio da flora bacteriana e da síntese de ácidos graxos. 144 06/06/2016 73 Sistema Gastrointestinal Ocorre a ruminação, ou seja, partículas de alimentos que foram deglutidas “grandes” (com pouca mastigação) voltam à cavidade bucal (através da regurgitação) para serem remastigadas e novamente deglutidas, e assim seguirem o processo de degradação e absorção dos nutrientes. Seqüência do alimento: BOCA – RÚMEM – BOCA – RETÍCULO - OMASO - ABOMASO 145 Sistema Gastrointestinal 146 06/06/2016 74 Sistema Gastrointestinal 147 Sistema Gastrointestinal 148 1) 1ª costela 2) Coração 3) Pulmão 4) Diafragma 5) Esôfago 6) Retículo 7) Baço 8) Fígado 9) Omaso 10) Abomaso 11) Rumem 12) Duodeno 13) Intestino Fonte 3 06/06/201675 Sistema Gastrointestinal Capacidade dos 4 compartimentos é de maior para menor: rumem, abomaso, omaso e retículo. Nos pequenos ruminantes diferem apenas no fato que o omaso tem capacidade menor que o reticulo. Capacidade relativa dos compartimentos: 149 Bovino: rumem 80%, reticulo 5%, omaso 7% e abomaso 8%. Caprino e ovino: rumem 71%, reticulo 8%, omaso 2% e abomaso 19%. Sistema Gastrointestinal 150 06/06/2016 76 Sistema Gastrointestinal 151 Sistema Gastrointestinal Rúmem (pança) Saco imenso, que ocupa maior porção da cavidade abdominal, se localiza do lado esquerdo, vai do diafragma até a entrada da cavidade pélvica e apresenta uma face parietal e outra visceral. Está dividido em dois sacos: um dorsal e outro ventral através dos sulcos longitudinais (direito e esquerdo), sulco cranial e sulco caudal. É uma câmara de fermentação com bactérias que desdobram a celulose em componentes metabólicos. O esôfago chega à junção entre o rumem e o retículo, em um orifício chamado cárdia. Internamente esses sulcos correspondem a pilares que recebem os mesmos nomes dos sulcos. A mucosa do rumem apresenta papilas grandes e cônicas. Observa-se internamente também um orifício de comunicação entre o rumem e o reticulo chamado orifício ruminorreticular 152 06/06/2016 77 Sistema Gastrointestinal Retículo (barrete) É o compartimento mais cranial, tem formato arredondado, situa-se entre o diafragma e o rumem, é o menor dos compartimentos, funciona como uma “bomba” que envia o alimento para o rumem, através do orifício ruminorreticular, para ser misturado ou para ser remastigado e tem uma mucosa em formato de favo de mel. Apresenta ainda um sulco chamado reticular que vai do cárdia até o óstio reticuloomasal, sendo essa a primeira parte da goteira esofágica ou sulco gástrico. Este sulco conduz liquido do esôfago até o omaso. 153 Retículo Peritonite Traumática Sistema Gastrointestinal Omaso (folhoso) No bovino é um órgão esférico e nos pequenos ruminantes é menor que o retículo. Fica a direita do plano mediano. Relaciona-se: craniodorsalmente com o fígado, ventralmente com o retículo e abomaso e caudalmente com o jejuno. Internamente apresenta pregas longitudinais de tamanhos variados e um sulco omasal, que se estende do orifício reticuloomasal até o orifício omasoabomasal, compondo a segunda parte da goteira esofágica ou sulco gástrico. Este sulco gástrico conduz liquido diretamente do esôfago até o abomaso, sendo isso de extrema importância durante a amamentação. 154 06/06/2016 78 Sistema Gastrointestinal Abomaso (coagulador) É o mais distal, é o estômago verdadeiro, tem formato de saco curvo, apresenta uma mucosa glandular com glândulas cárdicas, fúndicas e pilóricas e apresenta o óstio omasoabomasal e o piloro, que se relaciona com o duodeno (primeira porção do intestino delgado). 155 Sistema Gastrointestinal INTESTINO: se estende desde o orifício piloro do estômago até o ânus e está dividido em intestino delgado e intestino grosso. O intestino delgado está dividido em duodeno, jejuno e íleo e o intestino grosso em ceco, cólon e reto. O tamanho do intestino varia bastante dentro das espécies e de individuo para individuo, sendo considerado ser 15xs o tamanho de um suíno, 20xs em bovinos, 25xs em pequenos ruminantes e 10xs nos eqüinos. 156 06/06/2016 79 Sistema Gastrointestinal A função do intestino é de desdobrar o alimento ingerido por ação química e enzimática e absorver nutrientes para o corpo. Essas enzimas são produzidas pelo pâncreas e fígado além das glândulas presentes na parede do intestino. A ação peristáltica (movimento involuntário dos intestinos) da parede muscular intestinal mistura o alimento com as secreções das glândulas intestinais, empurrando este distalmente e eliminando, através das fezes, resíduos indesejáveis. 157 Sistema Gastrointestinal Em geral a digestão e absorção dos nutrientes ocorrem no intestino delgado, sendo os resíduos coletados, engrossados e estocados no intestino grosso antes de sua eliminação. Mas no eqüino a digestão e absorção dos nutrientes ocorrem no intestino grosso, no ceco. O intestino delgado está preso por uma prega de peritônio ao teto da cavidade abdominal chamada mesentério. Internamente na mucosa intestinal existem glândulas e vilosidades que aumentam o poder de absorção do intestino delgado, além de tecido linfóide cujos grupos são denominados de placas de Peyer. 158 06/06/2016 80 Sistema Gastrointestinal INTESTINO EQÜINO E SUÍNO INTESTINO DELGADO Duodeno: é a primeira porção do intestino delgado, tem um metro de comprimento no eqüino e 60cm no suíno e nele chegam às enzimas produzidas pelo fígado e pâncreas através de seus condutos nas papilas duodenais maior e menor. Apresenta a flexura duodenal cranial e duodenal caudal. 159 Sistema Gastrointestinal Jejuno: é a maior porção do intestino delgado, tem as alças intestinais em formato de leque, ocupa a porção ventral da cavidade abdominal e tem em torno de 20 metros de comprimento no eqüino e 15m no suíno. Íleo: é a porção terminal do intestino delgado. Faz a conexão com o intestino grosso, pois se termina na junção cecocólica (papila ileal), formando o orifício ileal. 160 06/06/2016 81 Sistema Gastrointestinal 161 Sistema Gastrointestinal 162 06/06/2016 82 Sistema Gastrointestinal INTESTINO GROSSO Tem cerca de 7 à 8m de comprimento no eqüino e de 4 à 5 m no suíno. Difere do intestino delgado por ter maior diâmetro e no eqüino por ter pregas e saculações e tem a função absorver água do conteúdo fecal. 163 Sistema Gastrointestinal Ceco: no eqüino é um saco cego que tem formato de uma grande vírgula e é onde ocorre a absorção dos nutrientes. No suíno não é tão desenvolvido e se localiza do lado esquerdo da cavidade abdominal, sendo o contrário no eqüino. No eqüino apresenta a divisão de base, corpo e ápice, estando esse último voltado ventralmente, para o assoalho da cavidade abdominal. Já no suíno não têm essa divisão marcante e o seu ápice também está voltado ventralmente, mas seu restante está bem dorsal a cavidade abdominal 164 06/06/2016 83 Sistema Gastrointestinal Cólon: Eqüino: cólon maior (semelhante ao cólon ascendente), cólon transverso e cólon menor (semelhante ao cólon descendente). Cólon maior começa no óstio cecocólico e termina no cólon transverso. Apresenta divisão em direita e esquerda e ainda flexuras. Suíno: cólon ascendente, com alças centrípetas e centrifugas, cólon transverso e cólon descendente. 165 Sistema Gastrointestinal Reto: porção terminal do intestino grosso, estendendo-se da entrada da pelve até o ânus. Seu comprimento é de mais ou menos 30cm. A porção retroperitonial forma uma dilatação denominada de ampola do reto e termina numa projeção muscular denominada ânus. 166 06/06/2016 84 Sistema Gastrointestinal 167 Sistema Gastrointestinal 168 06/06/2016 85 Sistema Gastrointestinal 169 Sistema Gastrointestinal INTESTINO RUMINANTES INTESTINO DELGADO: Duodeno: tem em torno de 1 metro de comprimento, situa- se do lado direito da cavidade abdominal, apresenta uma primeira porção em formato de “S”, chamada alça sigmóide; após apresenta um segmento descendente, uma flexura caudal e um segmento ascendente. Nos ruminantes apresenta uma papila duodenal maior, onde desembocam o colédoco e o ducto pancreático principal e, mais caudalmente, uma papila duodenal menor, onde desemboca o ducto pancreático acessório. Preso por um mesentério curto, com isso tem pouca mobilidade. 170 06/06/2016 86 Sistema Gastrointestinal Jejuno: é a porção mais longa, seu mesentério é longo e constitui as alças em forma de leque. Ocupa a porção ventral da cavidade abdominal e apresenta20 metros de comprimento nos grandes animais. Íleo: porção terminal do intestino delgado; termina na junção cecocólica do intestino grosso, formando o orifício ileocecal e tem uma parede muscular mais grossa que a do jejuno. 171 Sistema Gastrointestinal INTESTINO GROSSO: Apresenta um diâmetro um pouco maior que o intestino delgado, vai do íleo até o ânus, tem cerca de 7,5 a 8 metros de comprimento e não apresenta tênias ou saculações. Ceco: tem um comprimento de 75 cm nos bovinos e 30 cm nos pequenos ruminantes; é um fundo de saco cego, cuja extremidade caudal está voltada caudodorsalmente até a entrada da pelve. 172 06/06/2016 87 Sistema Gastrointestinal Cólon: começa a partir do orifício cecocólico; está dividido em cólon ascendente, transverso e descendente, sendo que o cólon ascendente apresenta: alça proximal, alça espiral (com giros centrípetos, uma flexura central e giros centrífugos) e alça distal. Reto: porção terminal do intestino grosso, indo desde a entrada da pelve até o ânus. Nos bovinos, principalmente, apresenta as paredes bastante distendidas, permitindo ampla área de palpação 173 Sistema Gastrointestinal 174 06/06/2016 88 Sistema Gastrointestinal Glândulas anexas do sistema digestório FÍGADO: É a maior glândula do corpo, se localiza do lado direito da cavidade abdominal (nos ruminantes, eqüino e suíno), está voltado para o diafragma e se estende ventralmente até a altura do rim direito, indo em direção ao assoalho da cavidade abdominal 175 Sistema Gastrointestinal Apresenta função exócrina e endócrina. Função exócrina é a secreção de bile no duodeno para a digestão dos ácidos graxos; Funções endócrinas são: reserva de glicogênio, estocagem de gordura, função hematopoiética, síntese protéica e de fatores de coagulação e tem a função de desintoxicação, pois apresenta complexos enzimáticos que transformam substâncias tóxicas em menos tóxicas e com isso mais fáceis de serem eliminadas, processo chamado de biotransformação 176 06/06/2016 89 Sistema Gastrointestinal Tem uma coloração marrom avermelhada e é um órgão parenquimatoso (feito de sangue). É formado de lobos, mas no ruminante e eqüino é mais compacto, sendo identificado apenas um lobo direito e outro esquerdo, mas já no suíno apresenta uma lobação bem definida (loBo lateral direito e esquerdo, lobo medial direito e esquerdo, lobo caudato e lobo quadrado). 177 Sistema Gastrointestinal Apresenta a vesícula biliar para estocagem de bile nos ruminantes e suínos, pois nos eqüinos esta estrutura não aparece. A face parietal apresenta impressões dos arcos costais, e na face visceral encontramos, principalmente, a impressão do omaso nos ruminantes ou do estômago nos unicavitários 178 06/06/2016 90 Sistema Gastrointestinal Apresenta também ductos hepáticos provenientes dos lobos que se juntam formando um ducto hepático comum e este se junta com o ducto cístico (proveniente da vesícula biliar) e ambos formam o colédoco (ausente no eqüino, sendo chamado de conduto hepático comum). 179 Sistema Gastrointestinal Ainda na face visceral observamos a cisura portal por onde entram e saem estruturas como a veia porta (traz a drenagem de todo o trato digestório), artérias hepáticas, nervos, lifático (sai) e o colédoco (sai). Está preso por ligamentos, é irrigado pela artéria hepática (ramo da artéria celíaca) e é drenado pelas veias supra- hepáticas que desembocam direto na veia cava caudal. 180 06/06/2016 91 Sistema Gastrointestinal 181 Sistema Gastrointestinal 182 06/06/2016 92 Sistema Gastrointestinal 183 Sistema Gastrointestinal 184 06/06/2016 93 Sistema Gastrointestinal PÂNCREAS É também uma glândula mista, com secreção endócrina (insulina e glucagon que regulam o nível de glicose no sangue) e exócrina (enzimas pancreáticas que atuam na digestão dos alimentos). É extremamente friável, se localiza próximo ao duodeno (está fixado pelo mesoduodeno) e apresenta ductos pancreáticos que desembocam no duodeno. Não apresenta uma cápsula. Irrigado por ramos pancreáticos, um cranial e outro caudal, oriundos das artérias celíaca e mesentérica cranial 185 Sistema Gastrointestinal Desenho esquemático de eqüino em uma vista dorsal, mostrando a localização do pâncreas. Fonte 12 186 06/06/2016 94 Sistema Gastrointestinal 187 Sistema Gastrointestinal 188 Fonte: DYCE, K. M. et al. Tratado de Anatomia Veterinária. 2010 06/06/2016 95 Sistema Gastrointestinal BAÇO: Órgão pertencente ao sistema linfático e circulatório, vulgarmente chamado de “passarinha”, é reserva de sangue, produz glóbulos brancos para defesa do organismo, tem formato curvo com uma face parietal e outra visceral, se localiza a esquerda do plano mediano e tem a coloração vermelho- azulada. É irrigado pela artéria esplênica ou lienal (ramo da artéria celíaca). É descrito no sistema digestório devido a sua proximidade. 189 Sistema Gastrointestinal Eqüino: vírgula. Ovino: com formato triangular. Bovino: com formato alongado 190 06/06/2016 96 Sistema Urinário 191 Sistema Urinário Os órgãos do sistema urinário consistem dos rins, que excretam a urina, líquido que deve ser expulso diariamente e periodicamente; ureteres, bexiga e uretra que são vias que conduzem a urina até o seu armazenamento e transportam até o exterior 192 06/06/2016 97 Sistema Urinário RINS São glândulas excretoras pares que eliminam continuamente os produtos residuais do sangue. Regulam o equilíbrio hidro-eletrolítico do organismo, mantendo assim a pressão osmótica sanguínea, além de removerem substâncias estranhas do sangue. Coloração: marrom-avermelhado, sendo irrigados pelas artérias renais (ramos direto da artéria aorta abdominal). 193 Sistema Urinário Situação: área sublombar à direita e à esquerda do plano mediano, sendo que nos ruminantes podem ambos ficar mais para direita devido ao tamanho do rumem. Formato: grão de feijão, exceto rim direito do eqüino que é em formato de coração. Sempre com muita gordura ao seu redor, o rim direito é levemente mais cranial que o esquerdo e está envolto por uma cápsula 194 06/06/2016 98 Sistema Urinário Organização interna do parênquima renal: cortical (1), intermediária (2) e medular (3). Além disso, apresenta uma dilatação chamada pelve renal (4 e 5), cuja urina é gotejada constantemente e também é considerada a parte dilatada do ureter (7). No hilo renal também encontramos a artéria e veia renal, tecidos linfático e nervoso. 195 Sistema Urinário 196 06/06/2016 99 Sistema Urinário 197 Sistema Urinário 198 06/06/2016 100 Sistema Urinário 199 Sistema Urinário BEXIGA É um órgão capaz de grande distensão e tem a capacidade de estocar grande quantidade de urina. Tem formato piriforme, se localiza dentro da cavidade pélvica (quando não distendida) e os ureteres chegam a um local chamado trígono vesical onde também é localizado o meato uretral interno, início da uretra 200 06/06/2016 101 Sistema Urinário 201 Sistema Urinário URETRA Tubo muscular. Leva a urina da bexiga para o meio externo. No macho conduz tanto a urina quanto o sêmem. Bem maior no macho, toda a extensão peniana. Começa no orifício uretral interno (saída da bexiga) e termina, no macho na glande (exceto suíno que não apresenta glande, chegando à extremidade distal do pênis) e na fêmea na vagina. 202 06/06/2016 102 Sistema Urinário Apresenta também no macho a abertura das glândulas anexas do aparelho reprodutor, chamado óstio ejaculatório que se localiza em uma elevação chamada colículo seminal 203 Sistema Reprodutor Masculino 204 06/06/2016 103 SistemaReprodutor Masculino Componentes: testículos, epidídimo, ducto deferente, uretra, glândulas genitais acessórias, bolsa testicular ou escroto, pênis (e osso peniano no cão)e prepúcio 205 Sistema Reprodutor Masculino TESTÍCULOS São órgãos pares que produzem as células germinativas (espermatozóides) e hormônio masculino (testosterona). Estão contidos em um divertículo do abdômen chamado escroto, juntamente com o epidídimo e tem variação de tamanho. Sua posição também varia conforme a espécie: eqüino - horizontal, ruminantes - vertical e suíno - oblíquo. 206 06/06/2016 104 Sistema Reprodutor Masculino Apresenta internamente uma rede testicular aonde chegam os túbulos seminíferos, trazendo os espermatozóides até a cabeça do epidídimo. Internamente é revestido pela túnica albugínea e externamente pela túnica vaginal visceral (prega do peritônio). Está preso a túnica vaginal parietal por um ligamento chamado de mesórquio. 207 Sistema Reprodutor Masculino EPIDÍDIMO Dividido em cabeça, corpo e cauda (maior). Função de armazenar e amadurecer os espermatozoides. Continua-se pelo ducto deferente. 208 06/06/2016 105 Sistema Reprodutor Masculino DUCTO DEFERENTE - Passa pelo canal inguinal. - Está no funículo espermático. - Chega até a porção pélvica da uretra. - Apresenta a ampola do ducto deferente (é uma dilatação, não sendo vista no suíno). - Une-se ao ducto excretor da vesícula seminal, formando o ducto ejaculatório que se abre no óstio ejaculatório do colículo seminal 209 Sistema Reprodutor Masculino 210 06/06/2016 106 Sistema Reprodutor Masculino 211 Sistema Reprodutor Masculino 212 06/06/2016 107 Sistema Reprodutor Masculino BOLSA TESTICULAR OU ESCROTO É um divertículo da cavidade abdominal que contém o testículo, epidídimo e parte do funículo espermático. Normalmente é assimétrico, tem função de proteção e termorregulação, é pigmentado, apresenta pêlos externos e glândulas sebáceas. Dividi- se em camadas: 213 Sistema Reprodutor Masculino 214 06/06/2016 108 Sistema Reprodutor Masculino GLÂNDULAS GENITAIS ACESSÓRIAS Estão agrupadas ao redor da uretra pélvica e diferem muito entre as espécies. Seu crescimento e função são influenciados pelos hormônios sexuais, ou seja, num animal castrado atrofiam. Podem ser palpadas. Estão dispostas de cranial para caudal: vesícula seminal, próstata e bulbo uretrais. 215 Sistema Reprodutor Masculino 216 06/06/2016 109 Sistema Reprodutor Masculino 217 Sistema Reprodutor Masculino 218 06/06/2016 110 Sistema Reprodutor Masculino Glande: é uma dilatação da extremidade distal do pênis, sendo que o suíno não apresenta. No eqüino e carneiro temos o prolongamento uretral, sendo que no carneiro também é chamado de apêndice vermiforme. Prepúcio: bainha cutânea que envolve a porção livre do pênis em repouso. Flexura sigmóide ou “S” peniano: está presente no pênis do ruminante e suíno, sendo que a ereção se dá pela distensão do “S” peniano. No ruminante a localização da flexura sigmóide é pós-escrotal e no suíno é pré-escrotal 219 Sistema Reprodutor Masculino 220 06/06/2016 111 Sistema Reprodutor Masculino 221 Sistema Reprodutor Masculino 222 1 ureter 2 testículo 3 escroto 4 ducto deferente 5 bexiga 6 vesícula seminal 7 ampola do ducto deferente 8 próstata 9 bulbo uretrais 10 flexura sigmóide ou “S” peniano 11 prepúcio e glande 12 raiz do pênis 13 músculo retrator do pênis 06/06/2016 112 Sistema Reprodutor Masculino 223 Sistema Reprodutor Masculino 224 06/06/2016 113 Sistema Reprodutor Masculino 225 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária 226 06/06/2016 114 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária É o sistema responsável pela produção das células germinativas femininas (óvulos) e pelo hormônio feminino (estrógeno). Além disso, protegem e alimentam (através da placenta) o feto. O cio ou estro é a manifestação sexual das fêmeas, que durante esse período, apresentam modificações no temperamento e comportamento, aceitam o macho e o trato genital está apto e em condições de receber a concepção. 227 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária As fêmeas podem ser poliéstricas estacionais, ou seja, apresentam vários cios em determinadas estações do ano, exemplo égua e ovelha. Já as poliéstricas anuais apresentam vários cios durante o ano inteiro, exemplo vaca e porca. As fêmeas também podem ser unitecas (geram geralmente apenas um filhote por prenhez – vaca e égua) ou politecas (geram mais de 1 filhote por prenhez – porca, cadela e gata). 228 06/06/2016 115 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária O período gestacional varia conforme a espécie: Égua: 11 meses (330 – 345) Vaca: 9 meses (270 – 290) Búfala: 10 meses (298 – 317) Porca: 3 meses, 3 semanas e 3 dias (112 – 115) Ovelha: 5 meses (144 – 152) Cabra: 5 meses (145 – 151) Cadela: 2 meses (56 – 59) Gata: 2 meses (64 – 68) 229 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária Coelha – 30 dias Canguru – 39 dias Elefante Indiano– 624 dias Elefante Africano – 660 a 724 dias Capivara – 160 dias Golfinho – 365 dias Jubarte – 365 a 440 dias Hamster – 16 dias Lobos – 63 dias Rinoceronte – 560 dias Zebra – 365 dias 230 06/06/2016 116 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária Composição: Ovários Tubas uterinas Útero (2 cornos, corpo e colo – cérvix) Vagina Vestíbulo da vagina Vulva Fonte 6. 231 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária OVÁRIOS São homólogos aos testículos. Produzem os óvulos e estrógeno. Tem formato de feijão (mas na égua e na porca tem formato de cacho de uva). Localização: sublombar na égua e cavidade pélvica na vaca e porca. 232 06/06/2016 117 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária 233 Zona Cortical ou Córtex: apresentam folículos em vários estágios de desenvolvimento; Zona medular: com vasos sanguíneos. Na égua essa condição se inverte e ainda apresenta a chamada fossa de ovulação Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária O desenvolvimento dos folículos ocorre da seguinte maneira: primários, secundários, terciários e folículo de Graaf (já se observa a diferenciação do ovócito). No momento da ruptura do folículo de Graaf, ou seja, quando temos a ovulação (liberação do ovócito para o meio “externo” para ser capturado pela tuba uterina), começa a formação do corpo lúteo que, se houver fecundação, ficará ativo e produzirá um hormônio chamado progesterona que manterá a gestação até o nascimento do filhote 234 06/06/2016 118 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária Após o período gestacional ou não (caso naquele cio não houver fecundação) esse corpo lúteo começa a involuir, ou seja, regredir até se tornar o chamado corpo albicans (“cicatriz” na cortical do ovário, é visto a olho nu. Menos na égua, pois isso ocorre na zona medular). Esse corpo lúteo pode ser palpado por via retal na vaca. Existem folículos de Graaf que involuem (ficam atrésicos) sem ter ovulado. 235 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária E caso haja ovulação, mas sem fecundação, esses ovócitos são reabsorvidos pelo útero. O ovócito é capturado pela tuba uterina (tem um tropismo positivo) e é fecundado pelo espermatozóide no terço proximal da mesma. Após, esse zigoto é transportado para o útero onde ocorrerá a nidação, ou seja, a fixação deste feto em desenvolvimento na parede do útero e formação dos envoltórios fetais (placenta). 236 06/06/2016 119 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária O ovário está preso por dois ligamentos: próprio (vaido ovário até o corno do útero) e mesovário (que faz parte do ligamento largo do útero). 237 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária TUBAS UTERINAS É um tubo muscular estreito que leva os óvulos do ovário para o útero. No seu terço proximal é onde ocorre a fecundação, portanto o espermatozóide tem de chegar até aí. Apresenta: infundíbulo (com fimbrias que captam o óvulo para o seu interior e apresenta o óstio abdominal da tuba uterina), ampola e ístimo (onde está o óstio uterino da tuba uterina, sua comunicação com o corno do útero). Está preso pelo mesossalpinge que faz parte do ligamento largo do útero. 238 06/06/2016 120 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária 239 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária ÚTERO Órgão muscular, fica dentro da cavidade abdominal, se relaciona dorsalmente com o reto e ventralmente com a bexiga, recebe o óvulo já fecundado, é onde o embrião se desenvolve e apresenta: 2 cornos, corpo e colo ou cérvix. Está preso ao teto da cavidade abdominal pelo mesométrio, que faz parte do ligamento largo do útero. 240 06/06/2016 121 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária LIGAMENTO LARGO DO ÚTERO: MESOVÁRIO MESOSSALPINGE MESOMÉTRIO Apresenta as seguintes camadas: PERIMÉTRIO (serosa, mais externa) MIOMÉTRIO (muscular, intermediária) ENDOMÉTRIO (mucosa, mais interna) 241 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária No endométrio dos ruminantes temos as carúnculas, que são projeções do próprio endométrio e servem para fixar a placenta. Na placenta há a formação dos cotilédones que se grudam as carúnculas formando o placentoma 242 06/06/2016 122 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária 243 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária 244 06/06/2016 123 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária 245 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária VAGINA É um tubo, tem a projeção da cérvix no seu interior e está dentro da cavidade pélvica. Vai da cérvix até o orifício uretral externo. VESTÍBULO DA VAGINA Vai do orifício uretral externo até a vulva, apresentam glândulas chamadas de vestibulares que produzem muco e este tem substâncias odoríficas que atraem o macho. 246 06/06/2016 124 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária VULVA É a porção terminal do genital feminino, apresenta 2 lábios e 2 comissuras (dorsal e ventral), sendo que na comissura ventral está o clitóris. 247 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária Glândulas mamárias (sistema tegumentar) É uma glândula sudorífera exócrina modificada tubuloalveolar composta, que surge somente nos mamíferos. A glândula mamaria dos ruminantes e da égua é conhecida como úbere, havendo o desenvolvimento somente das glândulas inguinais (já na espécie humana, como nos antropóides, as glândulas peitorais que se desenvolvem). 248 06/06/2016 125 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária O leite é a secreção característica desta glândula e serve para alimentação do recém nascido, até mais ou menos 4 meses de vida, transmitindo anticorpos (gamaglobulina), sendo o primeiro leite chamado colostro. Na porca como na cadela e gata temos glândulas mamarias espalhadas por toda a região ventral, incluindo tórax, abdome e região inguinal. As mamas são separadas medianamente pelo sulco intermamário. Apresenta duas porções 249 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária Corpo: parte mais desenvolvida onde ocorre a produção do leite, formado pelo parênquima glandular. Este parênquima é formado por lobos que apresentam no seu interior um ducto lactífero. Estes ductos convergem para a teta, formando uma dilatação chamada seio. Neste seio teremos uma dilatação na glândula propriamente dita, chamada de cisterna da glândula na porção dorsal e cisterna da teta na porção ventral. 250 06/06/2016 126 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária Teta: apresenta uma dilatação chamada de cisterna da teta; apresenta um orifício, que é rodeado por um esfíncter que fecha o conduto, chamado óstio ou orifício da teta; a comunicação entre a cisterna da teta e o orifício é chamada de ducto papilar. Fixando a glândula mamaria na cavidade abdominal temos o ligamento suspensório do úbere, que é um cordão fibroso derivado das aponeuroses dos músculos abdominais. 251 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária * Glândula mamária dos suínos: são 10 a 12 glândulas distribuídas em fila como torácicas, abdominais e inguinais, com uma teta cada. Cada teta com 2 ou 3 ductos papilares. * Úbere da vaca: é constituído por duas glândulas mamárias fixadas na parede ventral da região inguinal. Cada uma com duas tetas e um ducto papilar por teta. As glândulas mamárias, cada uma de suas tetas, formam os quartos de úbere (quarto cranial direito e esquerdo e quarto caudal direito e esquerdo). Casos de mastite (inflamação da glândula mamária) são bastante comuns em vacas, geralmente causados pelo manejo inadequado na ordenha. * Úbere da égua: é constituído por duas glândulas, sendo que cada glândula apresenta uma papila mamária pequena, com dois ou três ductos papilares 252 06/06/2016 127 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária 253 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária 254 06/06/2016 128 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária ** A principal artéria para o úbere da vaca é a artéria pudenda externa. Ela atravessa o anel inguinal e dirige-se caudalmente para a base do úbere, formando uma flexura sigmóide, uma proteção contra estreitamentos quando o úbere está cheio. Logo depois, bifurca-se em uma artéria mamária cranial dirigida ventrocranialmente e uma artéria mamária caudal menor que se dirige para a parte caudal do úbere. Essas duas artérias se anastomosam com a artéria que surge cranialmente, a artéria epigástrica superficial caudal, a qual está em continuação com a artéria epigástrica superficial cranial. Caudalmente, projeta-se também para o úbere o ramo labial ventral da artéria pudenda interna. 255 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária ** A veia epigástrica cranial superficial evidencia-se nas vacas de leite, por meio da pele, na parede ventral do abdome. A drenagem também pode ocorrer no sentido caudal através da veia mamária caudal, da veia labial ventral e da veia pudenda interna. O principal fluxo do sistema venoso se dá através da veia pudenda externa. A anastomose da veia epigástrica superficial caudal com a veia epigástrica superficial cranial forma a veia do leite, que aumenta seu diâmetro durante a primeira lactação. Fonte 1. 256 06/06/2016 129 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária 257 Sistema Reprodutor Feminino e Glândula Mamária 258 Arquivo pessoal 06/06/2016 130 Referências 1) ASHDOWN, R,R.; STANLEY, D. Atlas colorido de anatomia veterinária. Os ruminantes. São Paulo: Manole, 1987. 2) BUDRAS, K.D.; SACK, W.O.; ROCK, S. Anatomy of the horse. An ilustrated text. 2. ed. London: Mosby-wolfe, 1994. 135p. 3) DYCE, K.M.; SACK, W.O.; WENSING, C.J.G. Tratado de anatomia veterinária. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 813p. 4) FRANDSON, R.D.; WILKE, L.W.; FAILS, A.D. Anatomia e fisiologia dos animais de fazenda. 6. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 454p. 5) KONIG, H.E.; LIEBICH, H.G. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido. Aparelho locomotor. v. 1, Porto Alegre: Artmed, 2002. 291p. 6) KONIG, H.E.; LIEBICH, H.G. Anatomia dos animais domésticos. Texto e atlas colorido. Órgãos e sistemas. v. 2, Porto Alegre: Artmed, 2004. 399p. 7) NICKEL, R.; SCHUMMER, A.; SEIFERLE, E. Anatomy of the domestic birds. Berlin: Paul Parey, 1977. 202p. 8) NICKEL, R.; SCHUMMER, A.; SEIFERLE, E. The viscera of the
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