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Caso clínico - Dentistica

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Caso clinico – Dentistíca (Preparos cavitários)
Acompanhando a triagem de pacientes na clínica Odontológica, os alunos Marcio e Ana verificaram que o paciente AJS, de 30 anos, apresenta uma lesão de cárie que acomete o sulco central primeiro molar inferior do lado direito. Os alunos precisam, além de identificar o elemento dental, saber a classificação da lesão de cárie, para realizarem a remoção da dentina infectada e a restauração, com vistas a restabelecer sua forma e função.
Como eles podem realizar o encaminhamento deste paciente e descrever o dente e essa lesão, de forma clara e objetiva, utilizando uma linguagem profissional?
Resolução:
Após a compreensão do conteúdo, é possível fazer o encaminhamento do paciente de algumas formas, por exemplo:
Ao Especialista em Dentística,
Encaminho o paciente JCS para o tratamento do dente 46 
que apresenta uma lesão de cárie Classe I - O - simples.
Atenciosamente,
Acadêmico 3° semestre
Paciente AJS
O paciente AJS relata dor no dente 37, relacionada à ingestão de alimentos doces, frios ou líquidos gelados. O aluno que executará o tratamento restaurador fez todos os questionamentos de uma boa anamnese e, durante o exame clínico, observou que o paciente não conseguia realizar uma higiene oral adequada. Para verificar a causa da dor relatada pelo paciente, o estudante realizou uma radiografia e verificou que a face proximal mesial estava comprometida por uma lesão de cárie que se estendia até a dentina.
Como a dor era localizada e só aparecia durante a ingestão de alguns alimentos e desaparecia logo após a escovação dos dentes, o estudante realizou o planejamento para o preparo cavitário, remoção da dentina cariada e restauração em amálgama de prata.
Questionamentos: 
1. De que dente estamos tratando?
2. Como se classifica esta lesão de cárie? 
3. Quais os cuidados necessários para não agravar o quadro de sensibilidade descrito pelo paciente? 
4. Como prever o pós-operatório para esse paciente?
Resolução:
1. O dente que será tratado é o segundo molar inferior do lado esquerdo.
2. A lesão de cárie que acomete a face proximal mesial deste dente é classificada, segundo Black, como Classe II.
3. Para não agravar o quadro de sensibilidade descrito pelo paciente, é importante relembrar os princípios biológicos relacionados ao preparo cavitário e às estruturas envolvidas pela lesão de cárie, neste caso esmalte e dentina, para dar o correto diagnóstico da dentina cariada e, durante o preparo da cavidade, observar os seguintes cuidados:
· Realizar o preparo conservador (quanto mais se aproximar do tecido pulpar, maior deve ser o cuidado no manejo da dentina).
· Evitar o desenvolvimento de calor (observar a refrigeração com água das canetas de alta e baixa rotação; utilizar preferencialmente as pontas diamantadas para esmalte e brocas em dentina, sempre de boa qualidade e novas, com boa capacidade de desgaste ou corte; realizar movimentos intermitentes; utilizar alta-rotação concêntrica que possui maior eficiência de corte ou abrasão; executar o preparo sem usar pressão excessiva sobre os instrumentos cortantes rotatórios; utilizar baixa-rotação para a remoção da dentina cariada).
· Evitar a secagem excessiva da dentina (cuidado ao utilizar o jato de ar para não desidratar a dentina e promover a movimentação do fluido dentinário, causando sensibilidade pós-operatória, pois o ressecamento da dentina é capaz de causar a aspiração do odontoblasto para o interior do túbulo dentinário, resultando em sensibilidade pós-operatória e na possível alteração do tecido pulpar para promover um reparo nesta região).
· Preservar os dentes próximos ao dente que será preparado (evitar o desgaste iatrogênico dos dentes adjacentes).
· Margens da cavidade, sempre que possível, supra gengivais.
· Evitar o contato dos instrumentos cortantes com o tecido gengival através da utilização de instrumentos de afastamento e proteção do tecido gengival.
4. O pós-operatório para este dente é bastante favorável, visto que a lesão de cárie acometeu apenas a face mesial e que a sensibilidade acontecia em virtude da presença desta lesão, se o cirurgião-dentista observar os cuidados listados acima durante o preparo da cavidade, realizar uma correta restauração do dente e orientar sobre a higienização para o paciente e também os cuidados com a sua dieta, evitando novas lesões de cárie.
Atendendo um skatista
Descrição da situação-problema
A atendente da clínica odontológica de uma escola de pós-graduação recebe uma ligação da mãe de um jovem skatista, relatando que o filho acaba de sofrer um acidente e fraturar os incisivos centrais superiores. Ela conta que, após o acidente, ele foi socorrido por amigos que encontraram os fragmentos dos dentes e observaram que os dentes fraturaram na metade, ficando menores do que os outros incisivos ao lado. Para qual especialidade a atendente deve agendar o paciente? Qual a classificação das cavidades geradas pela fratura? Com relação às faces envolvidas, como poderíamos classificar essas cavidades?
Resolução da situação-problema
A atendente deve agendar esse paciente para um aluno do curso de especialização em Dentística responsável por restaurar os dentes, devolvendo a forma, função e a estética dos dentes, quando possível.
As cavidades podem ser classificadas como Classe IV de Black por envolver os dentes anteriores, incluindo a perda do terço incisal dos dentes. Como a fratura comprometeu todo o terço incisal, ou seja, a face mesial, distal e também a incisal destes dentes, a cavidade é uma cavidade complexa.
O esmalte oclusal do dente 16 desabou deixando uma dentina escurecida exposta
Um paciente de 30 anos retorna ao consultório do cirurgião-dentista após ter sido examinado há dois anos, quando eventualmente apresentava uma pequena sensibilidade dolorosa no dente 16. Ele relatou que, quando se alimentava, no dia anterior, ouviu um ruído entre os dentes que chamou sua atenção, além de ter percebido algo duro misturado ao alimento. Imediatamente, ele procurou detectar o que havia acontecido e, com a ajuda de um pequeno espelho toucador, ele conseguiu observar que o esmalte do dente havia destacado e que um remanescente do dente estava bastante escurecido sob a área da perda de esmalte. O dentista questionou o motivo pelo qual o paciente não havia voltado para realizar o tratamento. Prontamente, ele disse que, como não havia mais a sensibilidade dolorosa, acreditava que não precisava mais fazer o tratamento. Após o exame clínico, o dentista realizou uma radiografia e observou que as faces proximais estavam íntegras, que mais da metade da espessura de dentina estava comprometida pela desmineralização, apenas na porção relacionada com a fóssula oclusal, e que o sulco ocluso-lingual apresentava-se pigmentado, porém mantendo o esmalte lingual. Ao manipular cuidadosamente a dentina com cureta, verificou-se que ela estava comprometida, porém bastante resistente e acastanhada. Mesmo sem ter sido anestesiado, o paciente não relatava sensibilidade. 
Questionário:
1. Qual é o dente envolvido na perda do esmalte? 
2. Qual preparo cavitário o dentista irá realizar?
3. Como se explica a ausência de sensibilidade no dente?
4. Frente a estas informações, que tipo de remanescente de dentina o dentista provavelmente manipulou? 
5. Como será realizada a remoção da dentina cariada?
Resolução da situação-problema
O dente acometido pela lesão de cárie e com posterior perda do esmalte oclusal é o primeiro molar superior esquerdo. Uma alternativa para o diagnóstico da condição de vitalidade do dente é realizar a manipulação cuidadosa da dentina cariada e observar a ocorrência de relato de dor. Com base nas informações obtidas clinicamente e pela radiografia, a lesão de cárie resultará em um preparo Classe I Composta (envolve duas faces do dente). O relato de sensibilidade eventual de dois anos atrás e a atual ausência de sensibilidade relatada pelo paciente, frente a uma lesão que acomete mais da metade da espessura dentina, com resistência à manipulação e coloraçãoacastanhada, sugerem que esta cárie é crônica (com estímulo de baixa intensidade e longa duração) e a dentina manipulada é a esclerosada, que normalmente, mesmo com sua manipulação, refere ausência de dor. A remoção da dentina cariada será realizada durante o preparo cavitário, iniciando com a escavação da dentina com curetas de tamanho compatível com a lesão, seguida da remoção com broca carbide com o mínimo de desgaste, pois a dentina esclerosada é bastante mineralizada.

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