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QUEIXA-CRIME

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DE DIREITO DA VARA CRIMINAL 
DA COMARCA DE NITERÓI – RIO DE JANEIRO 
 
 
 
 
 
 
 ENRICO, brasileiro, engenheiro, solteiro, subscrito no RG de n° x, com CPF de 
n° x, com sede na rua X, no bairro de Niterói/RJ, por meio de seu advogada que esta 
subscreve, cujo instrumento de procuração com poderes especiais segue em anexo 
(documento x), vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer: 
QUEIXA-CRIME 
Com fundamento com base no art. 41 do Código de Processo Penal, e no art. 100, §2° do 
Código Penal, que move em face de HELENA, brasileira, solteira, profissão x, subscrita 
no RG de n° x, com o CPF de n° X, situado na rua X da cidade de Niterói/RJ, pelos 
motivos a seguir expostos: 
 
DOS FATOS 
 No dia 19 de abril de 2014, Enrico, ora querelante, decidiu comemorar seu 
aniversário, em uma famosa churrascaria no centro da cidade do Rio de Janeiro, optando 
por fazer o convite pelo meio eletrônico em suas redes sociais. 
 Ocorre que, Helena, ora querelada, sua vizinha e ex-namorada, estava adicionada 
nas redes sociais e acabou por receber o convite de aniversário de Enrico, ficando assim, 
ciente da comemoração que iria acontecer. 
 Por motivos não esclarecidos, Helena optou por ofender o querelante, por meio de 
seu computador, instalado em sua residência, localizada na cidade de Niterói, publicou a 
seguinte mensagem no perfil do querelado “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 
do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado 
no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância 
para socorrê-lo!”, tendo a intenção de difama-lo e injuria-lo, imputando-lhe ato ofensivo 
à sua reputação, ofendendo, assim, sua dignidade. 
 Enrico, que estava em seu apartamento na companhia de seus amigos Carlos, 
Miguel e Ramirez, conectado à rede social por meio de seu tablet, abalou-se pela referida 
mensagem altamente ofensiva deixada na sua rede social. 
 Por relevante, imperial registrar que a repercussão desta mensagem causou um 
enorme abalo emocional em Enrico, de tal modo que, de tão constrangido pela situação 
que ocorrera, decidiu cancelar a festa de comemoração ao seu aniversário. 
 Por tamanho dano à sua honra, o querelante instaurou inquérito policial para maior 
averiguações. 
 
DO DIREITO 
 Conforme dispõe o art. 139, caput, do Código Penal “Difamar alguém, 
imputando-lhe fato ofensivo a sua reputação: 
Pena – Detenção de 3 (três) meses a 1 ano e multa.” 
 De acordo com o referido artigo, a simples imputação de fato, verídico ou não, 
que venha causar danos em relação a honra do sujeito a quem de fato diz respeito, 
constitui crime de pequeno potencial ofensivo, ou seja, crimes que a pena máxima, em 
abstrato, não ultrapasse 2 (dois) anos, assim estabelecendo-se, o Juizado Especial 
Criminal Competente para julgar essa ação conforme disposto na Lei 9099/95 em seu art. 
61. 
 Analisando-se o caso acima descrito, não resta duvida de que a querelada, por 
meio de mensagem ofensiva enviada através de sua rede social, abalou a honra e o 
respeito do querelante, acusando-lhe de ter praticado atos que desabonaram sua própria 
imagem. 
 O Código Penal aborda tal assunto no art. 141, insico III: “As penas cominadas 
neste capitulo aumentam-se de 1/3 (um terço), se qualquer dos crimes cometidos: 
III. Na presença de várias, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da 
difamação ou da injúria;” 
 Nesse viés, vale ressaltar que Helena, além de cometer crime contra a honra, 
previsto no art. 139, caput, o fez por intermédio de rede social de grande abrangência, 
causando assim, a maior divulgação de mensagem entre todos os contatos do querelante, 
razão pela qual, deve incidir a causa de aumento de pena descrita no art. 141, inciso III, 
do Código Penal. 
 Cabe dizer, ainda, que em conformidade com o art. 145 do Código Penal, este tipo 
de pena somente se procede mediante Ação Penal Privada, eis o motivo do oferecimento 
da Queixa-Crime. 
 Não obstante, é evidente o dolo especifico da querelada, na clara intenção de 
macular a imagem do ex-namorado, ora querelante, que o difamou em meio de acesso de 
amigos e empregadores, tendo ciência que tal ato prejudicaria. 
 Assim, a querelada cometeu o crime de difamação tipificando o art. 139 do Código 
Penal, incidindo, ainda, na causa do aumento de pena previsto no art, 141, inciso III, do 
mesmo código. 
 
DOS PEDIDOS 
Ante exposto, requer a Vossa Excelência, após a manifestação do Ministério Público, o 
recebimento, processamento e autuação da presente Queixa-Crime, citando-se a 
querelada para responder aos termos da presente ação penal, sob pena de revelia e ao final 
seja condenada nos termos do art. 139 do Código Penal, tendo sua pena aumentada em 
1/3 (um terço), conforme dispõe o art. 141, inciso III, do mesmo código. 
 Requer, também, a produção de todas as provas admitidas em direito e a intimação 
das testemunhas do rol abaixo. 
 Pleiteia, por fim, nos termos do art. 387, inciso IV, do Código de Processo Penal, 
que seja ao final, fixado valor mínimo de indenização à querelada. 
 
Ternos em que, 
Pede deferimento. 
 
Niterói/RJ, x de x de x. 
 ________________________ 
Nome do Advogado 
OAB 
 
__________________________ 
Enrico 
CPF: 
 
ROL DE TESTEMUNHAS 
 
1. Carlos – RG, CPF, ENDEREÇO 
2. Miguel – RG, CPF, ENDEREÇO 
3. Ramirez – RG, CPF, ENDEREÇO

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