PRINCÍPIOS GERAIS DE CONSTRUÇÃO DO CORPO HUMANO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA – UFPB 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS 
DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA 
 
 
 
 
 
LUCAS ELIAS SILVA 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS GERAIS DE CONSTRUÇÃO DO CORPO HUMANO 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO PESSOA 
2019 
O corpo humano é construído segundo os princípios fundamentais que prevalecem 
para os vertebrados, elencados a seguir com o seus devidos exemplos; 
A) Antimetria: o plano divide o corpo humano em duas metades, direita e esquerda, 
como já vimos. Estas metades são nomeadas antímeros e são semelhantes, 
morfológica e funcionalmente, donde dizer-se que o homem, como os vertebrados, 
é construído segundo o princípio da simetria bilateral. Na realidade, não há 
simetria perfeita porque não existe correspondência exata de todos os órgãos. Ela 
é mais notável no inicio do desenvolvimento, uma foto que poderá ser comprovado 
no estudo da Embriologia. Com o envolver do individuo, em grande parte, ela se 
perde, surgindo secundariamente a assimetria: as hemifaces de um mesmo 
indivíduo não são idênticas; há diferenças na altura dos ombros; o comprimento 
dos membros não é o mesmo á direita e á esquerda. Os órgãos profundos 
apresentam assimetrias ainda mais evidentes; o coração apresenta-se deslocado 
para a esquerda; o fígado quase todos está à direita e o baço pertence somente ao 
antímero esquerdo; o rim direito está em nível inferior ao esquerdo. Todos estes 
são exemplares de assimetrias morfológicas. Ao lado delas existem as assimetrias 
funcionais, das quais um exemplo é o predomínio do uso do membro superior 
direito, na maioria dos indivíduos, e que é conhecido como dextrismo. Dessa 
forma, podemos resumir que antimetria é o conceito que divide o corpo em 
duas metades simétricas, e é o que acontece na formação dos organismos 
mamíferos, são formadas em suas metades que se unem. 
 
 
 
B) Metameria: por metameria entende-se a superposição, no sentido longitudinal, de 
segmentos semelhantes, cada segmento correspondendo a um metâmero. Mais 
ainda ainda que a antimeria, a metameria é evidente na fase embrionária, 
conservando-se no adulto apenas em algumas estruturas, como, por exemplo, na 
coluna vertebral (superposição de vértebras) e caixa torácica (as costelas estão 
superpostas em série longitudinal deixando entre elas os chamados espaços 
intercostais. Dessa forma, podemos resumir que é a formação do corpo em 
vários segmentos, é um conceito pouco valido atualmente, exceto 
em fraturas cominutivas, onde o osso se regenera fragmento por fragmento 
que se unem. 
 
 
 
 
C) Paquimetria: é o princípio segundo o qual o segemento axial do corpo do individo 
é constituído, esquematicamente, por dois tubos, os tubos denominados 
paquímeros, são respectivamente, anterior, ou ventral, e posterior, ou dorsal. O 
paquímero anterior, maior, contém a maioria das vísceras e, por esta razão, é 
também denominado paquímero visceral. O paquímerio posterior compreende a 
cavidade craniana e o canal vertebral (situado dentro da coluna vertebral) e aloja o 
sistema nervoso central: o encéfalo, na cavidade craniana, e a medula, no canal 
vertebral da coluna; esta é a razão pela qual é também denominado paquímero 
neural. Dessa forma, podemos resumir que a paquimetria é a formação do 
corpo a partir de dois tubos, o tubo neural e o visceral, dando origem as suas 
respectivas estruturas. 
 
D) Estratificação: é o principio pelo qual o corpo humano é constituído por camadas, 
estratos, telas ou túnicas, que se superpõem, reconhecendo se, portanto, uma 
estratimeria ou estratificação. Esta estratificação pode ser reconhecida tanto no 
nível macroscópico quanto no subcelular. Nas fases inicias do desenvolvimento, 
por exemplo, são identificadas três camadas concêntricas: ectoderma, mesoderma 
e endoderma. Dessa forma, podemos resumir que a estratigrafia é a formação 
do organismo por camadas, também aceita, pois o corpo possui camadas, 
como a pele, tecido conjuntivo, fáscia, músculo, cavidade e os órgãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
Anatomia Sistêmica e Segmentar, 2ª edição, de José Geraldo Dangelo e Carlo 
Américo Fattini. São Paulo, editora Atheneu, 2005;