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Revisão 1º NPC IMUNOLOGIA VETERINÁRIA

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Revisão 1º NPC IMUNOLOGIA VETERINÁRIA
CÁPITULO 2
-O corpo reconhece microorganismos estranhos através de moléculas expressas na superfície ou através de ácidos nucléicos característicos
- Essas são os PADRÕES MOLÉCULARES ASSOCIADOS À PATÓGENOS (PAMP’s), que são reconhecidos por receptores TRL (Tool like receptors), presentes na membrana celular e no interior da célula por outros receptores
- Os tecidos lesados irão liberar moléculas, alarminas, que serão reconhecidas pelo organismo. 
-Macrófagos, mastócitos e células dentríticas, atuam como sentinelas, reconhecendo padrões celulares. Estão presentes por todo o corpo, mas apresentam-se em maior quantidade logo abaixo da pele, onde a probabilidade de invasão microbiana é maior.
- Os TRL enviam sinais, que são reconhecidos pelas células sentinelas, que irão secretar diversas moléculas, entre elas citocinas, que irão desencadear o processo inflamatório
- TNF α (fator de necrose tumoral alfa), interleucina-1 (IL-1) e interleucina-6 (IL-6), e diversas quimiocinas, são as principais citocinas pró-inflamatórias
- Essas moléculas irão aumentar o fluxo sanguíneo e a permeabilidade vascular.
- A capacidade de um agente infeccioso se multiplicar é bastante rápida, por isso o organismo invadido deve ser reconhecido e destruído bastante rápido, preexistente, como o processo inflamatório, que é o primeiro mecanismo de defesa para impedir que o agente possa invadir todo o organismo.
-A inflamação ativa a migração direcionada das células sentinelas, e outras células, da corrente sanguínea, como os anticorpos e componentes do sistema complemento, para o local da invasão durante a inflamação , assim, a inflamação promove um mecanismo de concentração de defesas em uma região específica. Somente após a debelação do invasor que o reparo do tecido lesionado irá ocorrer.
-O processo inflamatório incia-se quando o organismo detecta os sinais enviados pelos invasores e pelas células que estão danificadas ou morrendo. Essas células enviam moléculas, chamadas de alarminas, e o microorganismo invasor gera os PAMP’s, que vão assim ativar as células sentinelas.
-As células sentinelas possuem receptores que ligam-se aos PAMP’s expressos pelos microorganismos invasores (bactérias, vírus ou fungos)
- Bactérias gram-positivas possuem parede celular compostas de peptídeoglicanos e ácidos lipoproteícos. 
-Bactérias gram-negativas também são compostas de peptídeoglicanos, mas esses são recobertos por lipossacarídeo
-Bactérias ácido-álcool resistentes são recobertas por glicolipídeos
-Leveduras são recobertas por carboidratos ricos em manana
-Essas moléculas não são encontradas nos tecidos animais, mas estão presentes nas classes dos patógenos.
- Esses Pamp’s dos agentes patógenos, quando invadem os tecidos animais, encontram lá reconhecedores de padrões (principalmente os TRL, que são glicoproteínas de cadeia única. Atuam para 1 ou mais Pamp) estão presentes na superfície e alguns no citoplasma das células sentinelas, a ligação Pamp-receptor promove uma sinalização molecular, fazendo com que as sentinelas secretem moléculas desencadeadoras da inflamação (como histamina) e outras respostas imunes inatas.
-TRL de membrana: TRL 2,4 e 5- reconhecem proteínas e lipoproteínas microbianas
- TRL intramembranar: TRL 3,7 e 9- reconhecem ácido nucléico de vírus.
- Os TRL podem associa-se para o reconhecimento dos PAMP’s. Pode-se haver várias combinações possíveis, e por isso acredita-se que eles possuem capacidade de reconhecer praticamente todos os agentes infecciosos. Os TRL’s agem tanto na imunidade inata quanto na adquirida. Eles são expressos pelas células hematopoéticas da medula.
- O TRL irá atuar na imunidade adquirida, quando o TRL-4 ligar-se a lipoproteína da bactéria gram-negativa, essa ligação estimula a diferenciação das células hematopoéticas precursoras de linfócitos, fazendo assim com que a produção de linfócitos aumente.
- E também estimula a produção de células dendríticas, a partir dos progenitores linfoides, ativando e oferecendo células para o sistema inato.
 -A ligação TRL-PAMP, é gerado um sinal transmitido à célula, que irá estimular o fator de transcrição nuclear KAPPA-β (NF- κβ), que ativa os genes codificadores da citocina IL-1, IL-6 e TNF-α, elas são proteínas reguladoras do sistema de defesa do organismo, são ativadas pela enzima CASPASE-1, ela é estimulada pelo complexo INFLAMASSOMA, formado quando forma-se PAMP-TRL. As citocinas desencadeiam a próxima sequência da resposta inflamatória. 
 
- Os receptores NOD (NRL’s) encontram-se presentes no interior das células, e vão reconhecer patógenos presentes no citoplasma. Ele atua de forma semelhante ao TRL
-NOD-1 reconhece: peptídeoglicanos em bactérias
- NOD-2 reconhece: muramil dipeptídeo. É o sensor geral das bactérias presentes dentro das células. OS 2 NOD’s atuam na produção do NF- κβ.
-Proteínas de reconhecimento dos peptídeoglicanos presentes nas bactérias (+ e -), PGR’s, ao ligarem-se aos peptídeos bacterianos, induzem a produção de peptídeos antimicrobianos, como as DEFENSINAS. São encontrados na medula óssea, pele, intestino, fígado, rins e baço. Essa proteína encontra-se nos grânulos de neutrófilos não-ativados, e são liberados quando em contato com a bactéria.
-Receptores RIG (RLR), reconhecem padrões expressos no citosol das células que estão ligadas ao RNA do vírus, ele é detectado por ser diferente do RNA dos mamíferos, e dessa forma é detectado pelo RIG. Ao ligar-se com o RNA viral, o RIG inicia a defesa antiviral através da sintetização dos INTERFERONS, citocinas antivirais.
-Receptores de mananas, que ligam-se aos carboidratos dos invasores e receptores de Scavenger (CD-36), que liga-se a lipoproteínas bacterianas e CD-1, que liga-se a glicolipídeos microbianos, estão presentes nas células sentinelas, auxiliando na defesa do organismo.
- O DNA das bactérias estimula a resposta da imunidade inata, pois os seus dinucleotídeos ligam-se ao TLR-9, estimulando a produção de citocinas (IL-12, TNF- α e IL-6).
- O sistema imune inato reconhece os PAMP’s dos microorganismos e também moléculas liberadas dos tecidos lesionados, que são as ALARMINAS, que podem ser liberadas com a morte celular e também secretadas pelas células sentinelas estimuladas. Possuem propriedades microbianas, e também recrutar e ativar mecanismos do sistema imune inato e indiretamente o adquirido. 
- Quimiocinas, citocinas, defensinas, proteína HMGB1 (possui capacidade de desencadear inflamação, e também estimula o crescimento de novos vasos sanguíneos, auxiliando no reparo do tecido) etc podem atuar como alarminas, e todas elas são liberadas quando ocorre dano tecidual, e participam da resposta inata e reparo da área lesionada.
-Macrófagos, são originários da medula óssea, chamados de monoblastos, quando estimulados secretam citocinas que desencadeiam respostas inatas e adquiridas. Também auxiliam na inflamação e contribui no reparo tecidual, removendo células danificadas ou mortas, faz isso através da fagocitose. Macrófagos quando imaturos, são chamados de monócitos e circulam pela corrente sanguínea, sua maturação ocorre através da migração para o tecido lesionado. 
-Macrófago dos pulmões: macrófago alveolar
-Macrófago dos ossos: osteoclastos
-Macrófago do fígado: célula de Kupffer
-Macrófago do tecido conjuntivo: histiócito
-Macrófago do tecido nervoso: micróglia
-Mastócitos, também originados da medula e de lá migram para os tecidos. Estão dispersos pelo organismo, no tecido conj, sob superfícies mucosas, na pele e ao redor dos nervos, estão em maior quantidade nos intestinos, pele ou vias aéreas. Estão próximas aos vasos sanguíneos e podem agir no controle do fluxo quando detecta um agente invasor, ele irá liberar moléculas -desgranulação- que alterarão o fluxo sanguíneo na inflamação aguda, influenciando na migração celular. Possuem muitos grânulos no citoplasma, compostos, em sua maioria por histamina. O IgE, pode causar a desgranulação do mastócito, e assim, ocasionar a inflamação, principalmente em quadros alérgicos.Em quadro de inflamção comum, a desgranulação irá ocorrer de forma lenta. Diversas outras substâncias também podem influenciar na desgranulação, como citocinas, quimiocinas, alarminas, bactérias etc. Mastócitos possuem vários receptores de reconhecimento de padrão, expressando os TLR’s de 1 a 9. Distinguem diversos patógenos e pode gerar combinações específicas das citocinas e outros mediadores da inflamação. 
-A ativação das células sentinelas ocorre quando os PAMP’s ou alarminas ligam-se aos seus receptores, a partir daí, eles secretam citocinas e outros mediadores da inflamção, ativando também a imunidade adquirida.
-A IL-1 e TNF-α, são as principais citocinas secretadas pelas sentinelas. Produzem também COX-2, que origina lipídeos inflamatórios, prostaglandinas e leucotrienos, que em quadros de inflamação aguda provocam febre e mal-estar.
- TNF- α é produzido por macrófagos, mastócitos, linfócitos T e B, células endoteliais e fibroblastos, ocorrendo ligada a membrana ou na forma solúvel. Ele promove a quimiotaxia, migração e ativação dos leucócitos no local invadido, além de estimular a liberação local de citocinas e quimiocinas. Aumenta a apresentação de antígenos e a co-estimulação dos linfócitos T. Sua produção ocorre logo no início da inflamação e seguida por IL-1 e IL-6.
-Quando associado com a IL-1, desencadeia alterações no endotélio dos capilares e vênulas, que a partir daí expressam as características clássicas do processo inflamatório (calor, rubor, edema, dor). Quando em altas concentrações, provocam trombos microvasculares, levando ao extravasamento de líquido dos capilares.
-Também atua nos neutrófilos, aumentando sua função antimicrobiana, e atraindo-o para o os o local da lesão tecidual, e aumenta a aderência dos neutrófilos no endotélio vascular
- Estimula a fagocitose e produção de oxidantes pelos macrófagos.
-Amplifica e prolonga a inflamação, devido a estimulação da secreção das citocinas.
- Pode também induzir a apoptose. 
-Em casos de altas concentrações, pode provocar o choque séptico.
- Os macrófagos quando estimulados pelos receptores CD14 e TLR-4 sintetizam IL-1α e IL-1β 
- IL-1β, clivada pela caspase-1, para formar a molécula ativa, e em seguida é secretada, atua no endotélio, formando a adesão para os neutrófilos. Em quadro de infecções graves, circula pelo sangue, onde associa-se com TNF-α, que irão atuar no cérebro desencadeando o quadro de febre, letargia, dor, fadiga (quando encontradas no tecido muscular), mal-estar e falta de apetite no animal. No fígado, elas atuam nas células hepáticas induzindo a produção de novas proteínas da fase aguda, que irão auxiliar na defesa do organismo.
-IL-1α, permanece ligada a célula e age apenas nas células-alvo que entram em contato direto com o macrófago.
- O recptor da IL-1 (alfa e beta) CD121B inibe suas funções, atuando assim como regulador das suas funções e da inflamação, sendo importante para evitar o choque séptico e na doença do enxerto vs hospedeiro. 
-IL-6, estimulada por toxinas bacterinas e outras citocinas (IL-1 etc), atua tanto na inflamação quanto na imunidade adquirida. É a principal mediadora da inflamação aguda e do choque séptico. Regula a transição da inflamação mediada por neutrófilos na fase inicial da inflamação, para a fase proliferação de macrófagos na fase tardia inflamatória. 
-Quimiocinas são proteínas que regulam a migração celular, através do controle de populações celular específicas, são produzidas principalmente por macrófagos e mastócitos. A sua maioria é produzida em tecidos inflamados ou lesionados, e irão atrair outras células para o local da lesão. 
-O tecido quando lesionado, dispara 3 sinais: 1- as células rompidas que irão liberar alarminas, estimulado a secreção de citocinas pelas sentinelas, 2-o fornecimento de PAMP’s pelos agentes microbianos, desencadeando a resposta nas células sentinelas, que irão produzir citocinas e mediadores inflamatórios, 3-estimulção nos nervos na liberação de peptídeos bioativos.
-Todos os sinais da inflamação são devidos as alterações nos vasos sanguíneos.
-Após a lesão há a diminuição na velocidade do fluxo, para que os leucócitos possam se ligar às paredes do endotélio.
-Ocorre a vasodilatação e o aumento do fluxo direcionado para a área da lesão.
-Essa dilatação promove o extravasamento de fluido para os tecidos, causando edema, primeiramente ocasionado pelas moléculas vasoativas dos mastócitos (histamina na sua maioria, que também promove o aumento na expressão de TRL’s, além de enzimas e lipídeos), pelos tecidos danificados e pelos nervos, e horas após a lesão, o edema ocorre devido a migração dos leucócitos para a lesão. As células epiteliais do endotélio contraem-se causando um distanciamento, permitindo assim que o fluido escape.
- Juntamente com essas respostas dos vasos, ocorre a resposta celular da inflamação.
-Entre essas respostas está a liberação da enzima triptase pelos mastócitos, que torna as paredes dos vasos adesivas para neutrófilos. Os neutrófilos ativados liberam um lipídeo PAF, que é um ativador plaquetário, que irá promover a coagulação sanguínea para evitar hemorragia.
CAPÍTULO 3
-Os neutrófilos são as principais células atraídas por citocinas inflamatórias, quando ocorre dano tecidual gerando quadro inflamatório
-Os neutrófilos ligam-se aos agentes invasores e os fagocita
-Os microorganismos são eliminados através de enzimas e oxidação através das defensinas.
-Neutrófilos e macrófagos são as principais células fagocíticas de defesa
-Os neutrófilos possuem vida curta, e não são capazes de realizar fagocitose por muito tempo, necessitando de constante renovação.
-Respondem rapidamente aos agentes microbianos, em comparação com os macrófagos, que respondem mais lentamente.
-Ele é o principal leucócito encontrado no sangue.
-Os receptores TOLL, expressos pelas células-tronco mielóides, quando ligam-se aos LPS dos patógenos, estimulam essas células na produção de mais neutrófilos. Portanto, são a via de reposição rápida de neutrófilos do sistema inato.
-Os neutrófilos só exercem sua função de defesa ao saírem da corrente sanguínea e passarem para o local da infecção. Nos tecidos normais, os neutrófilos continuam seguindo a no fluxo sanguíneo.
-Os neutrófilos migram do endotélio para o local lesionado através de rolamentos,.
-As células endoteliais expressam uma glicoproteína chamada de P-selectina, essa expressão ocorre em caso de invasão e lesão promovidas pelo LPS ou alarminas.
-A P-selectina, liga-se a proteína L-selectina, que está presente na superfície dos neutrófilos, essa ligação é rápida, e ocorre para fazer com que o neutrófilo diminua a sua velocidade e assim possa migrar.
-Com esse rolamento, o fator plaquetário, presente nas células endoteliais, fazem com que os neutrófilos expressem LFA-1, que é uma proteína integrina de adesão, que irão ligar-se fortemente a glicoproteína ICAM-1 expressa nas células do endotélio, essa ligação faz com que o neutrófilo pare seus movimentos e fique aderido na parede dos vasos. Essa adesão se torna ainda mais forte através das citocinas e quimiocinas.
- A migração dos neutrófilos ocorre através de quimiotaxia exercida nos tecidos próximos, até chegar ao local da lesão. Como são as células mais móveis, eles são os primeiros a chegar na lesão.
-Os estágios da fagocitose dos neutrófilos são: ativação, quimiotaxia, aderência, ingestão e destruição do patógeno. 
-Para que o neutrófilo possa realizar a fagocitose, a carga da bactéria deve ser neutralizada, pois ela possui carga negativa, igual ao netrófilo, e para que eles não repelam-se, moléculas como a lectina ligante de manose, anticorpos etc recobrem a bactéria, neutralizando-a e possibilitando a fagocitose. 
-Neutrófilos apresentam receptores que reconhecem seus ligantes na superfície dos agentes infecciosos, sendo assim, mais uma forma de atração para combater a infecção.
-Os grânulos dos neutrófilos, quando liberados, podem agir como uma rede para aprisionar a bactéria, para então destruí-la e também seus fatores de virulência.CAPÍTULO 4
-Os macrófagos são as segundas células a chegarem no local de infecção logo após os neutrófilos
-São os fagocitadores dos micróbios que restaram
-Fagocitam neutrófilos mortos, para evitar o dano das enzimas que eles liberam no organismo.
-São responsáveis pelo processo de cicatrização nos tecidos
-Seus receptores Toll e NOD, possuem a capacidade de detectar bactérias e vírus invasores, produzindo citocinas para destruí-los, sendo a mais importante IL-1, IL-12, IL-23 e TNF-α
-Sua passagem da corrente sanguínea para os tecidos é semelhante a do neutrófilo, também é mediado pela selectina.
-Eles são atraídos por PAMP’s , alarminas e outros componentes.
-Defensinas e outros produtos dos neutrófilos também irão atrair os macrófagos
-São capazes de realizar fagocitose repetidas vezes
-Secretam substâncias, como elastase e colagenase, que destroem o tec conj, proteases que irão facilitar a penetração do macrófago no tecido lesionado
-Ao fagocitar os neutrófilos e seus grânulos, o macrófago adquire ainda mais sua eficácia na defesa do organismo.
-Os macrófagos são ativados quando há infecção, através dos TLR’s, carboidratos dos agentes invasores e alarminas.
-Alguns componentes das bactérias, fazem com que mais macrófagos sejam ativados, aumentando a produção de enzimas lisossômicas, fagocitose e expressão de receptores para anticorpos.
- A IL-12 e TNF-α ativam os linfócitos NK, que irão produzir INF-γ, o que estimula a produção de mais macrófagos, expressão de receptores de anticorpos e produção de óxido nítrico (NOS2), que realiza do burst oxidativo para destruir as bactérias, dessa forma, ele se torna mais expresso, destruindo as bactérias com maior eficácia. 
-Os microorganismos destruídos, são levados para o fígado pelos macrófagos, e lá ocorre a sua remoção, através das células de Kupffer.
-Em outros animais, essa remoção ocorre pelos macrófagos pulmonares
-Os macrófagos que vão atuar no reparo do tecido, são classificados como M2, e passam a secretar SLP1, um inibidor que atua como anti-inflamatório.
-A fagocitose dos neutrófilos mortos, faz com que os macrófagos secretem TGF-β, que promove o reparo do tecido.
-Ao secretarem IL-1β, os macrófagos atraem e ativam fibroblastos, que irão secretar colágeno na área lesionada, promovendo a cicatrização.
CAPITULO 10 
-Os linfócitos são os mediadores da imunidade adquirida. São derivados da medula óssea linfoide.
-Eles passam pelo processo de maturação nos órgãos linfoides primários
-Linfócito T: maturam no timo
-Linfócito B: maturam na medula óssea, tecido linfoide intestinal ou na Bursa (em aves)
-Passam por processo de seleção, quando reconhecem moléculas do próprio corpo, sofrem seleção negativa e são eliminados.
-Linfócitos maduros estão presentes nos órgãos linfoides secundários (linfonodos, baço, medula e placas de Peyer , onde são capazes de responder aos antígenos
-Os linfócitos apresentam receptores em sua superfície que são capazes de reconhecer e responder aos antígenos que são apresentados à eles pelas células sentinelas
-Os órgãos linfoides possuem ambiente que possibilita a ocorrência dessa interação do linfócito com o antígeno.
-A resposta imunológica é altamente regulada, para que não ocorra erroneamente
-Não há interação dos linfócitos com os antígenos nos órgãos linfoides primários
-No timo, os linfócitos T são chamados de timócitos, e lá ocorre a sua proliferação através dos fatores de crescimento (como a linfopoietina, expressos pelos corpúsculos de Hassal) .
-Uma membrana de células epiteliais recobre o timo, formando uma barreira, evitando assim a penetração de agentes estranhos.
-No timo, os timócitos precisam reconhecer o que é próprio (auto-antígenos) e o que é estranho, para assim estarem aptos para o amadurecimento.
-Os linfócitos aptos, são aqueles que conseguem reconhecer e ligar-se ao MHC classe 2.
-As células epiteliais do timo possuem a capacidade de expressar antígenos do corpo, isso ocorre para que não haja possibilidade dos timócitos reconhecerem algo próprio do organismo, e assim passar na seleção.
-Os hormônios do timo, em especial o fator de crescimento, timopoietina, são regulatórios da atividade tímca. Também ativam as células dendríticas, para que essas expressem os co-estimuladores. Assim, as d’s, estimulam as células T reguladoras, e essas células influenciam no processo de seleção positiva dos timócitos.
-
-A retirada do timo resulta na queda no número de linfócitos e na resposta imune adquirida, esse aspecto é importante principalmente em animais jovens, que estarão
 mais suscetíveis e com o seu desenvolvimento comprometido. Com isso, eles também vão possuir a capacidade de rejeitar órgãos em caso de transplante.
-Em animais adultos, esses efeitos são percebidos mais lentamente.
-Na Bursa, ocorre o processo semelhante, mas o hormônio ativador de células B, é denominado Bursin
-As placas de Peyer também possuem função e processo semelhante, e também local de desenvolvimento para os linfócitos B
-E de semelhante forma na medula.
-Os órgãos linfoides secundários são formados ao final da vida fetal e não sofrem involução, eles aumentam de tamanho mediante a estimulação e produção dos linfócitos. 
-A função deles é basicamente de interação antígeno e linfócitos,
-Eles apresentam Dc’s e outras células sentinelas que capturam os antígenos e os apresenta aos linfócitos, esse processo ocorre através de citocinas de quimiotaxia dos antígenos e das células sentinelas. 
-No linfonodo, cuja a função é basicamente filtrar os antígenos presente na linfa, os linfócitos B são encontrados em sua maioria na periferia, em agregados formando nódulos- centros germinativos- e possuem áreas mais concentradas que são locais de multiplicação dos linfócitos, e zonas mais claras, menos concentradas, que são locais onde formam-se células B de memória, e local de troca de isótipo das imunoglobulinas
-Os linfócitos T são encontrados ao redor dos nódulos e no córtex e paracórtex
- Na medula dos linfonodos são encontadas células reticulares, Dc’s e macrófagos, que irão prender os antígenos e as células B e plasmócitos, que irão sintetizar os anticorpos. Esse conjunto de células estão dispostos na forma de cordões medulares
-Linfócitos B podem interagir com os T, e assim iniciar o processo de produção de anticorpos, plasmócitos e células de memória.
-Quando ativadas, as células B e T migram para a periferia do linfonodo, onde irão interagir com os antígenos.
-O deslocamento dos linfócitos ocorre por meio de quimiocinas, garantindo que eles desloquem-se para o local adequado.
-Os linfócitos T são os predominantes na corrente sanguínea, e lá eles circulam livremente.
-Os linfócitos T saem de 2 formas da corrente. As células virgem saem através das vênulas de endotélio alto, que possuem fenestras, por onde as células podem passar, e essa migração também ocorre por rolamento, de maneira semelhante a do neutrófilo, e com esse rolamento, os linfócitos vão tornando-se ativos e expressam integrinas.
-Já as células de memória saem através dos vasos convencionais dos tecidos.
- As células T são as primeiras a serem ativadas, enquanto as células B permanecem nos folículos secundários, então, as 2 populações de célula migram para a periferia do onde interagem, estimulando a produção de anticorpos, então a célula B migra para a medula do linfonodo onde irá começar a secretar anticorpos.
-As interações dos mastócitos com os agentes infecciosos resulta na produção das citocinas, principalmente TNF-α, esse fator impede a passagem de linfócitos, causando um acúmulo deles, fazendo com que o linfonodo inche.
-O baço filtra os antígenos presentes no sangue, processo que ocorre na sua polpa branca
-Na polpa branca há a presença de células B e T
-As células T estão concentradas ao redor das bainhas periartelioar, enquanto as B estão presentes em nódulos primários espalhados pela bainha 
-A captura dos antígenos ocorre na zona marginal do baço, devido a grande circulação ali presente, rica em Dc’s
-Essas Dc’s capturam qualquer antígenos presentesali, e os levam para a polpa branca, para apresenta-los aos linfócitos 
-A polpa branca está envolvida na resposta imune adquirida
-A zona marginal faz parte da resposta imune adquirida e inata
-A medula é o segundo maior órgão linfoide secundário
-Ao final da resposta imunológica, células de memória saem do baço e colonizam a medula, assim, quando o indivíduo for exposto novamente ao antígeno, a medula produzirá grandes quantidades de anticorpos
CAPÍTULO 11
-Os linfócitos diferem-se através das moléculas expressas na sua superfície, que são classificadas pelo agrupado de diferenciação
-Linfócitos apresentam moléculas envolvidas na sinalização dos receptores de antígenos. Além de receptores para citocinas, imunoglobulinas e complemento
-Linfócitos NK atuam na imunidade inata do organismo
-O padrão de moléculas expressos nos linfócitos é chamado de imunofenótipo, e através disso que são identificados
-Essas moléculas são chamadas de CD,
-Os receptores para antígenos dos linfócitos B são os BCR-imunologlobulinas, imunoglobulina também é o principal antígeno de superfície
-Os receptores para antígenos dos linfócitos T são os TCR associados a CD4 ou CD8 (antígenos de superfície)
-TCR E BCR possuem inúmeras proteínas com diferentes funções, algumas delas ligam-se ao antígeno, enquanto outra transduz o sinal promovido na invasão
-As principais populações de linfócitos que são diferenciadas pelo TCR são: uma com as cadeias peptídicas TCR alfa e beta. E a outra utiliza das cadeias TCR delta e gama
-Os BCR’s utilizam mais cadeias peptídicas (5), e são jogados em grande quantidade no fluido tecidual, e lá são chamados de anticorpos, ou seja, anticorpos são BCR’s solúveis
-As células NK destroem células que não possuem receptores que as células normais do corpo apresentam, é dessa forma que ela reconhece um agente invasor ou uma célula defeituosa. Ou seja, ela irá destruir células-alvo incapazes de expressar moléculas de superfície.
-CD3 representa o coletivo de TCR que transmitem sinal do receptor para o linfócito quando esse liga-se ao antígeno.
-CD4 é expressa nos linfócitos T que reconhecem antígenos já processados, ou seja, vai atuar nas APC’s no complexo MCH classe 2
-CD8 é expresso nos linfócitos citotóxicos que combatem células anormais, receptor para moléculas MCH classe 1
-Receptores Fc ligam-se as moléculas expressas na região FC do anticorpo
-As moléculas de adesão que regulam a movimentação dos linfócitos nos tecidos são as integrinas (também ligam os linfócitos T às células apresentadoras de antígenos), selectinas (controlam a migração dos linfócitos para o sangue) e imunoglobulinas
CAPÍTULO 14
-IgG, imunoglobulina presente no soro (plasma), é sintetizada e secretada por plasmócitos no baço, linfonodos e medula, ela é uma molécula pequena, podendo escapar mais facilmente dos vasos sanguíneos. Responsável pela defesa sistêmica
-IgA, imunoglobulina produzida pelos plasmócitos nas superfícies corpóreas (Além da pele é produzida também na parede do intestino, trato respiratório, tecido ocular, sistema urinário e gls mamárias), responsável pelas defesas do trato gastrointestinal e respiratório
-IgM, encontrada e produzida nos mesmo locais da IgG, é uma imunoglobulina grande, raramente entra nos fluidos teciduais. É produzida na resposta imune primária
-IgE, produzida por plasmócitos abaixo das superfícies corpóreas encontrada em pequenas quantidades, responsável pela defesa contra helmintos e pelos quadros alérgicos
-IgD, imunoglobulina encontrada na superfície de linfócitos maduros, possui função desconhecida
- A recombinação gênica ocorre pela seleção aleatória de um gene nos grupamentos, seguida da recombinação dos genes selecionados para a diversidade da sequência, essa diversidade é importante nos genes que codificam as imunoglobulinas. 
-Diversidade dos anticorpos: recombinação gênica VJ e VDJ -> deleção de bases -> inserção de base -> mutação somática -> combinação -> conversão gênica -> edição do receptor.
CAPÍTULO 19
-A principal defesa das superfícies corpóreas são os Linfócitos T delta e gama e a imunoglobulina IgA, a IgE serve de apoio, iniciando um processo inflamatório
-As células de Paneth no intestino, produzem alfa-defensinas, que se acumulam nas criptas intestinais e impedem a penetração de bactérias, protegendo os enterócitos
- A lisozima é uma enzima que atua também na proteção do trato gastrointestinal, ela atua em bactérias e vírus, elas é sintetizada na mucosa gástrica e nos macrófagos intestinais. É encontrada em altas concentrações no fluido intestinal.
-A flora intestinal é controladas pelas citocinas IL-2 (inibe a inflamação da mucosa) e IL-10 (regula negativamente)

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