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Universidade Federal do Rio de Janeiro| Histologia P2- Fernanda Daumas ONDE ENCONTRAMOS TECIDO CARTILAGINOSO • Em sustentação de estruturas que necessitam fle- xibilidade: ouvido externo, meato acústico e la- ringe; • Articulação entre ossos: cartilagens intervertebrais (amortecimento e resistência a compressão) e arti- culares (atrito); • Base para desenvolvimento do esqueleto fetal; A cartilagem é necessária no ouvido e epiglote para aco- modar-se de acordo com as ondas sonoras. FUNÇÃO DO TECIDO CARTILAGINOSO • Suporte estrutural a tecido moles • Amortecimento (resistência a compressão) • Redução de atrito • Resistência a forças de estiramento CARACTERÍSTICAS DO TECIDO CARTILAGINOSO • Estrutura mais rígida que outros tecidos conjunti- vos apesar da matriz abundante e presença de ou- tras características bem parecidas. Esse tecido pos- sui predominância de matriz extracelular com pou- cas células. • Sua matriz extracelular é altamente hidratada de- vido a presença de GAGs específicos. • São avasculares e sem presença de nervos. GAGS DA CARTILAGEM • Compõem a substancia fundamental do tecido fa- zendo sua hidratação. Por serem sulfatados eles agregam água hidratando o tecido, além disso, sua estrutura em forma de escova também contribui para sua hidratação. • Esse tecido possui predominância do sulfato de queratina e sulfato de condroitina • GAGs sulfatados: maior afinidade água > mais água de solvatação. SOLVATAÇÃO: interação entre solvente e as moléculas dissolvidas, sendo a água de hidratação desse tecido. • A quantidade de água aprisionada que confere essa cartilagem alto suporte a pressão. Existe ainda mecanismo regulatórios para essa pressão: quando há aumento da pressão o tecido aumenta a síntese de GAGs sulfatados da mesma forma que há diminuição dessa substancia quando a pressão diminui FIBRAS DA CARTILAGEM • Basicamente colágeno e fibras de elastina • Fibras de colágeno tipo I aparecem em tendões para conferir resistência ao estiramento • Colágeno tipo II aparece em forma de fibrilas e conferem resistência a compressão intermitente • fibras de elastina, com ligações cruzadas entre si, conferem elasticidade ao tecido cartilaginoso que permitem sua deformação e volta para forma ori- ginal • As fibras de colágeno também atuam com função estrutural dando uma certa estrutura ao tecido cartilaginoso • O colágeno mais comum nessa cartilagem é o tipo II e são eles que dão a forma estrutural não tecido • Colágeno tipo 9 apenas mantém a estrutura tridi- mensional CARTILAGEM HIALINA • Duas coisas deixam a célula esbranquiçada: lipí- deos e complexo de golgi (sinal de atividade sinté- tica). • Nessa cartilagem enxergamos a matriz extracelular num aspecto vítreo, ou seja, quase não se vê a parte fibrosa da matriz TECIDO CARTILAGINOSO Universidade Federal do Rio de Janeiro| Histologia P2- Fernanda Daumas FUNÇÃO • Resistência a compressão • Superfície lisa de amortecimento e baixo atrito para articulações • Suporte estrutural para sistema respiratório (brôn- quios, laringe e traqueia) • Base para o desenvolvimento de ossos endocon- drais (crescimento ósseo e desenvolvimento do es- queleto fetal) CARACTERÍSTICAS • Matriz amorfa e homogênea, de aparência vítrea • Condroblastos e condrócitos • Composição da MEC (60% a 80% água): • Colágeno tipo II • GAGs e proteoglicanos • Glicoproteínas multiadesivas (se ligam a outras proteínas) • Condrócitos distribuídos em grupos isógenos: célu- las que sofreram divisão recente, e que vão se dis- tanciando na medida em que vão produzindo MEC. • Áreas claras ocasionadas por Complexos de Golgi bem desenvolvidos • MEC funcionam como mecanismo de transdução de sinal mecânico, elétrico e químico: ajudam a di- recionar a síntese molecular • MEC de distribuição heterogênea: corantes básicos revelam a distribuição e concentração de proteo- glicanos • Proteoglicanos tem alta concentração de grupos sulfatos e coram-se com corantes básicos como a hematoxilina GRUPOS ISÓGENOS • Após a duplicação, antes de secretar MEC entre elas as células permanecem próximas entre si. As células aparecem agrupadas (especialmente na cartilagem), elas estão agrupadas pois tiveram mesma origem logo depois da sua duplicação. A tendência é que ao secretar a MEC esse grupo isó- geno se desprenda e se desfaça CONDROBLASTO Célula mais ativa que sintetiza matriz, ou seja, em grupo isógeno as células estão em condroblasto e ao desfazer o grupo isógeno ela já começa a se transformar em condró- cito (menos organelas e menos gasto de energia). A coloração do tecido irá depender de sua atividade sinté- tica, já que se ele tiver uma invasão de RNA mensageiro no citoplasma ele será corado como se fosse um núcleo. Na foto temos a cartilagem hialina envolta pelo pericôn- drio (tecido conj. Denso não modelado) e que vai nutrir, manter e fazer o crescimento da cartilagem. Ele vai reves- tir as superfícies exceto as articulares. MATRIZ CAPSULAR Engloba a célula MATRIZ TERRITORIAL Engloba todo o grupo isógeno MATRIZ INTER TERRITORIAL É toda a matriz que está entre os grupos isógenos CARTILAGEM ELÁSTICA • Possui toda a estrutura da cartilagem hialina, no entanto sua única diferença se dá no local onde es- tará localizada além de possuir muito mais fibras elásticas e possuírem mais células. Universidade Federal do Rio de Janeiro| Histologia P2- Fernanda Daumas • Devido a presença de fibras elásticas a MEC forma uma rede densa e ramificada. LOCALIZAÇÃO DESSA CARTILAGEM • Estão localizadas na orelha externa, meato acús- tico, tuba auditiva e epiglote da laringe. FIBROCARTILAGEM • Presente da cartilagem do joelho e sínfise púbica, além de tendões na parte de inserção do osso. • Essa cartilagem é a mistura de cartilagem com te- cido conjuntivo denso modelado e fibras de colá- geno tipo I. TIPOS CELULARES Condroblastos, condrócitos e fibroblastos CONDROGÊNESE • É o processo de formação da cartilagem que co- meça com agregação de células condroprogenito- ras mesenquimais e a formação de um nódulo con- drogênico. • Formação de um nódulo condrogênico através de agregação de células mesquimatosas oriundas da crista neural (ectomesênquima) • Fator de crescimento SOX-9 leva a diferenciação dos condroblastos (concomitante a expressão de colágeno tipo II) • Sox-9 e Sox-5 tem a sua produção estimulada por pressão e baixo índices de oxigenação, em oposi- ção ao tecido ósseo (fator de crescimento Runx) • Condroblastos se afastam progressivamente en- quanto produzem MEC, tornando-se condrócitos • Para haver formação desse tecido primeiramente as células msenquimais precisam se ancorar em determinado lugar onde terá a formação da carti- lagem, em seguida há a formação de um nódulo condrogênico, ou seja, um agrupamento de células mesenquimais que sofrerão um estimulo para se diferenciarem em tecido cartilaginoso. Esse esti- mulo provoca síntese de condroblastos que irão sintetizar o tecido cartilaginoso • O mesmo estimulo que produz a formação do con- droblasto inibe a formação do osteoblasto pois o tecido cartilaginoso e ósseo tem a mesma origem que é a mesenquimal. CRESCIMENTO DA CARTILAGEM Existem duas formas de crescimento da cartilagem. CRESCIMENTO APOSICIONAL Nova cartilagem na superfície da já existente; começa na porção interna do pericôndrio (crescimento por fora). Universidade Federal do Rio de Janeiro| Histologia P2- Fernanda Daumas CRESCIMENTO INTERSTICIAL • Crescimento por dentro da cartilagem existente. ARTICULAÇÃO SINOVIAL • Garante a contenção do liquido sinovial que nutre a cartilagem hialina. • Como a cartilagem não é vascularizada ela precisa de uma nutrição externa que é feita pelo pericôn-drio, geralmente. No joelho não há esse pericôn- drio. No entanto, um outro tecido conjuntivo fica em volta da articulação chamado de capsula sino- vial e ele mantem o liquido sinovial preso nessa cartilagem, por sua vez o liquido é como se fosse o plasma do sangue e irá nutrir a cartilagem, além da troca de substancias e excretas.
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