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Anatomia e Fisiologia da Audição

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Audição
Anatomia e fisiologia do ouvido (Ouvido externo
médio e interno).
A orelha é dividida em 3 porções:
● Orelha Externa;
● Orelha Média;
● Orelha Interna.
Os elementos neurais presente nesse sistema
sensorial ficam alojados nas estruturas da orelha
interna e são protegidos por ela que são os nervos
do oitavo par de nervos cranianos.
ORELHA EXTERNA
Inclui o pavilhão auricular e o meato acústico
externo até a face externa da membrana timpânica
Pavilhão auricular composto por:
E tem por função de conduzir o estímulo sonoro
para o meato acústico externo e orienta a origem
da fonte sonora.
Ele possui ⅓ externo cartilaginoso (tem função de
proteger a orelha externa) e ⅔ medial ósseo.
Meato acústico externo: tem por função proteger
a membrana timpânica e estruturas subjacentes.
Encaminha e amplifica as ondas sonoras para a
orelha média.
Tubo curvo na cartilagem da orelha tem
glândulas-ceruminosas que secretam cerume (c/
pelo ajuda impedir entrada de poeira e de objetos
estranhos) .
ORELHA MÉDIA
A orelha média é uma pequena cavidade
cheia de ar na parte petrosa do temporal, que é
revestida por epitélio. É separada da orelha
externa pela membrana timpânica e da orelha
interna por uma divisão óssea delgada, que contém
duas aberturas: a janela do vestíbulo (ou janela
oval) e a janela da cóclea (ou janela redonda), que é
envolvida por uma membrana, denominada
membrana timpânica secundária.
É na orelha média que encontram-se os
três ossículos da audição, martelo, bigorna e
estribo, que estão fixados por ligamentos e
articulados entre si por articulações sinoviais.
O cabo do martelo insere-se à face interna
da membrana timpânica. A cabeça do martelo
articula-se com o corpo da bigorna. A bigorna, o
osso médio da série, articula-se com a cabeça do
estribo. A base do estribo encaixa-se na janela do
vestíbulo (oval).
Alguns músculos também estão envolvidos
na audição. O músculo tensor do tímpano, que é
inervado pelo nervo mandibular, ramo do nervo
trigêmeo (NC V), limita o movimento e aumenta a
tensão sobre a membrana timpânica para impedir o
dano à orelha interna em decorrência de ruídos
altos. O músculo estapédio, que é inervado pelo
nervo facial (NC VII), é o menor de todos o
músculos esqueléticos. Ao amortecer as grande
vibrações do estribo produzidas por ruídos altos, o
músculo estapédio protege a janela do vestíbulo
porém também diminui a sensibilidade da audição
Por esse motivo, a paralisia do músculo estapédio
está associada à hiperacusia, uma audição
anormalmente sensível.
A parede anterior da orelha média contém
uma abertura que leva diretamente à tuba auditiva
A tuba auditiva, que consiste tanto em osso quanto
em cartilagem elástica, conecta a orelha média com
a parte nasal da faringe. Normalmente, está
fechada em sua extremidade medial (faríngea)
Durante a deglutição e o bocejo, ela se abre
possibilitando a entrada ou a saída de ar na orelh
média até que a pressão na orelha média seja igua
à pressão atmosférica. Se a pressão não fo
igualada, podem ocorrer dor intensa
comprometimento da audição, zumbido e vertigem
A tuba auditiva também constitui a via pela qual o
patógenos podem passar do nariz e da faringe para
a orelha média, causando o tipo mais comum de
infecção de ouvido.
Dois músculos esqueléticos minúsculos também se
inserem aos ossículos da audição. O músculo
tensor do tímpano, que é inervado pelo nervo
mandibular, ramo do nervo trigêmeo (NC V), limit
o movimento e aumenta a tensão sobre a
membrana timpânica para impedir o dano à orelh
interna em decorrência de ruídos altos. O músculo
estapédio, que é inervado pelo nervo facial (NC
VII), é o menor de todos os músculos esqueléticos
Ao amortecer as grandes vibrações do estribo
produzidas por ruídos altos, o músculo estapédio
protege a janela do vestíbulo, porém também
diminui a sensibilidade da audição.
ORELHA INTERNA
Também chamada de labirinto, é formado por
escavações do osso temporal, revestidas por
membrana e é preenchida por líquido.
O labirinto apresenta uma parte anterior,
representada pela cóclea, que está relacionada
com a audição. E possui uma parte posterior,
representada pelos canais semicirculares e
vestíbulo, que está relacionada com o equilíbrio.
A cóclea é um canal espiral ósseo, que se
assemelha a uma concha de caracol, é dividida em
três canais: ducto coclear (ou rampa média),
rampas timpânicas e rampas vestibular. Esses
tubos são separados um do outro por membranas.
A membrana existente entre a escala vestibular e a
escala média é tão fina que não oferece obstáculo
para a passagem das ondas sonoras. Sua função é
simplesmente separar os líquidos do ducto coclear
da rampa do vestíbulo, pois esses têm origem e
composição química distintas entre si e são
importantes para o adequado funcionamento das
células receptoras de som. Já a lâmina basilar, que
é uma estrutura bastante resistente, que bloquei
as ondas sonoras, separa o ducto coclear da rampa
do tímpano.
Na lâmina basilar localiza-se o órgão de Cort
onde há células nervosas ciliares (células
sensoriais) externas e internas, sendo a externas
em maior quantidade. Sobre o órgão de Corti h
uma estrutura membranosa, chamada membrana
tectória, que se apóia, como se fosse um teto
sobre os cílios das células sensoriais.
Os canais semicirculares não têm função auditiva
mas são importantes na manutenção do equilíbrio
do corpo.São pequenos tubos circulares (trê
tubos em forma de semicírculo) que contém líquido
e estão colocados, respectivamente, em três
planos espaciais (um horizontal e dois verticais) no
labirinto posterior, em cada lado da cabeça. No
término de cada canal semicircular existe uma
válvula com a forma de uma folha - a crista
ampular. Essa estrutura contém tufos piloso
(cílios) que se projetam de células ciliare
semelhantes às maculares.
Entre os canais semicirculares e a cóclea está uma
grande cavidade, o vestíbulo, cheia de um líquido
chamado perilinfa, líquido semelhante ao líquido
cerebrospinal. No interior dessa cavidade existem
duas bolsas membranosas contendo outro líquido, a
endolinfa, uma póstero-superior, o utrículo, e um
ântero-inferior, o sáculo. A endolinfa possui uma
quantidade elevada de íons de potássio, e esses
íons participam da geração de sinais auditivos
Tanto o utrículo quanto o sáculo contêm célula
sensoriais agrupadas em estruturas denominada
máculas. Células nervosas da base da mácula
projetam cílios sobre uma massa gelatinosa na qua
estão localizados minúsculos grânulos calcificados
semelhantes a pequenos grãos de areia, os otólitos
ou otocônios.
- Membrana tectória está em contato com a
endolinfa e a lâmina basilar está em contato
com a perilinfa
- Membrana de tectória, órgão de Corti e
lâmina basilar estão no ducto coclear ou
rampa média.
A movimentação dos cílios das células pilosas é o
evento mais importante da geração dos potenciais
e transmissão dos sinais.
Quando a célula está em repouso, 10% dos canai
iônicos estão abertos. Os cílios das células pilosas
estão ligados por ligações proteicas, chamados
filamentos de ligação; quando elas se movem em
resposta a indução sonora, eles se curvam e atuam
como pequenas molas que abrem ou fecham o
canais iônicos na membrana dessas células; então
quando ocorre a excitação das células, é quando o
cílios se curvam em uma direção e a célula s
despolariza, abre mais canais iônicos, entra mais
cálcio e potássio, principalmente pelos canai
dependente de voltagens; os neurotransmissores
são liberados e os potenciais de ação aumentam
Quando as células pilosas se curvam na direção
oposta, ela se hiperpolariza, não é possível libera
potencial de ação.
Os mecanismos fisiológicos de neurotransmissão,
estruturas anatômicas e substâncias químicas
envolvidas no processo da audição e equilíbrio.
NERVO VESTIBULOCOCLEAR (XII) >
NÚCLEOS COCLEARES > NÚCLEOS
OLIVARES SUPERIORES > COLÍCULO
INFERIOR > CORPO GENICULADODO
TÁLAMO > ÁREA AUDITIVA PRIMÁRIA >
ÁREA DE ASSOCIAÇÃO AUDITIVA
VIA AUDITIVA
A liberação de neurotransmissor pela curvatura
das células ciliadas do órgão espiral gera, em última
análise, impulsos nervosos nos neurônios auditivos
de primeira ordem que inervam as células ciliadas.
Os axônios desses neurônios formam o nervo
coclear, ramo do nervo vestibulococlear (NC VIII).
Esses axônios fazem sinapse com neurônios nos
núcleos cocleares do bulbo. Alguns dos axônios
provenientes dos núcleos cocleares sofrem
decussação (cruzamento) (A maior parte é
contralateral e se cruzam principalmente no bulbo
após 100% de sinapse nos núcleos cocleares→ de
primeira para segunda ordem. As Sinapses também
ocorrem nos núcleos do lemnisco lateral→ de
segunda para terceira ordem) no bulbo, ascendem
por um trato denominado lemnisco lateral, do lado
oposto, e terminam no colículo inferior do
mesencéfalo. Outros axônios dos núcleos
cocleares terminam no núcleo olivar superior da
ponte. Pequenas diferenças na sincronização dos
potenciais de ação provenientes das duas orelhas
nos núcleos olivares superiores nos permitem
localizar a fonte de um som.
Os axônios dos núcleos olivares superiore
ascendem até o mesencéfalo, onde terminam no
colículos inferiores. A partir de cada colículo
inferior, os axônios estendem-se até o núcleo do
corpo geniculado medial do tálamo. Por sua vez, os
neurônios no tálamo projetam axônios para a áre
auditiva primária do córtex cerebral, no lobo
temporal do cérebro, onde ocorre a percepção
consciente do som. A partir do córtex auditivo
primário, os axônios estendem-se para a área de
associação auditiva do córtex cerebral, no lobo
temporal do cérebro para a integração mai
complexa do som.
A chegada de impulsos nervosos na área auditiva
primária nos permite perceber o som. Um aspecto
do som que é percebido por essa área é a altura
(frequência). A área auditiva primária é mapeada de
acordo com a altura: o influxo sobre a altura
proveniente de cada parte da lâmina basilar é
conduzido para uma parte diferente da áre
auditiva primária. Os sons de alta frequênci
ativam uma parte do córtex, os sons de baixa
frequência ativam outra parte e os sons de
frequência média ativam a região situada entre
essas duas partes. Por conseguinte, diferentes
neurônios corticais respondem a altura
diferentes. Os neurônios na área auditiva primária
também permitem perceber outros aspectos do
som, como a intensidade e a duração.
A partir da área auditiva primária, a informação é
conduzida para a área de associação auditiva, no
lobo temporal. Essa área armazena as memórias
auditivas e comparar experiências auditivas
passadas e presentes, permitindo o
reconhecimento de determinado som como fala,
música ou ruído. Se o som for a fala, o influxo na
área de associação auditiva é retransmitido para a
área de Wernicke na parte adjacente do lobo
temporal, que interpreta o significado das palavras,
traduzindo-as em pensamentos.
OBS: onde está escrito medula, lê-se bulbo
Explicação da imagem Guyton: as fibras nervosa
do gânglio espiral de Corti entram nos núcleos
cocleares dorsal e ventral, localizados na part
superior do bulbo. Nesse ponto, todas as fibras
fazem sinapse, e os neurônios de segunda ordem
passam, em sua maior parte, para o lado oposto do
tronco cerebral para terminar no núcleo oliva
superior. Algumas fibras de segunda ordem
também se projetam para o núcleo olivar superio
no mesmo lado. Do núcleo olivar superior, a via
auditiva ascende pelo lemnisco lateral. Algumas
das fibras terminam no núcleo do lemnisco latera
porém muitas outras se desviam desse núcleo e
vão para o colículo inferior, onde todas ou quase
todas as fibras auditivas fazem sinapse. Daí, a vi
passa para o núcleo geniculado medial, onde toda
as fibras fazem sinapse. Por fim, a via prossegue
por meio da radiação auditiva, até o córtex auditivo,
localizado em sua maior parte no giro superior do
lobo temporal.
Devem ser observados vários pontos: o primeiro é
que sinais de ambos os ouvidos são transmitidos,
por meio de vias de ambos os lados do cérebro,
com preponderância de transmissão da via
contralateral. Em pelo menos três lugares no
tronco cerebral ocorre cruzamento entre as duas
vias:
(1) no corpo trapezóide;
(2) na comissura entre os dois núcleos do lemnisco
lateral;
(3) na comissura que liga os dois colículos
inferiores.
O segundo é que muitas fibras colaterais dos
tratos auditivos entram diretamente no sistema
reticular ativador do tronco cerebral. Esse sistema
se projeta difusamente para cima, no tronco
cerebral, e para baixo, na medula espinal, e ativa
todo o sistema nervoso em resposta a sons
intensos. Outros colaterais vão para o verme do
cerebelo, que também é ativado, instantaneamente,
no evento de um ruído súbito.
O terceiro é que o alto grau de orientação espacial
é mantido nos tratos de fibras da cóclea, em todo o
trajeto até o córtex. De fato, existem três padrões
espaciais para o término das diferentes frequências
sonoras nos núcleos cocleares, dois padrões nos
colículos inferiores, um padrão preciso, para
frequências de som distintas no córtex auditivo e,
pelo menos, cinco outros padrões precisos no
córtex auditivo e nas áreas de associação auditiva.
EQUILÍBRIO:
Existem dois tipos de equilíbrio. O equilíbrio
estático refere-se à manutenção da posição do
corpo (principalmente da cabeça) em relação
força da gravidade. O equilíbrio dinâmico refere-se
à manutenção da posição do corpo (principalmente
da cabeça) em resposta a movimentos súbitos
como aceleração ou desaceleração rotacionais. Os
órgãos receptores para o equilíbrio incluem o
sáculo, o utrículo e os ductos semicirculares, que
são coletivamente designados como aparelho
vestibular.
As paredes do utrículo e do sáculo contêm um
pequena região espessa, denominada mácula. A
mácula do utrículo e a mácula do sáculo são os
órgãos de sentido do equilíbrio estático. As duas
máculas, que são perpendiculares uma à outra, são
os receptores para o equilíbrio estático e também
contribuem para alguns aspectos do equilíbrio
dinâmico. Sua função no equilíbrio estático
consiste em fornecer informações sensoriais sobre
a posição da cabeça no espaço, que são essenciais
para a manutenção da postura correta e equilíbrio
As máculas detectam a aceleração e
desaceleração lineares, por exemplo, as sensaçõe
que temos enquanto estamos em um elevador o
em um carro que está acelerando ou
desacelerando.
As máculas consistem em dois tipos de células: as
células ciliadas, que são receptores sensitivos, e as
células de sustentação. Na superfície de cada
célula ciliada, existem 40 a 80 estereocílios
(microvilosidades) de altura graduada, juntamente
com um cinocílio, um cílio convencional firmemente
ancorado a seu corpo basal e que se estende além
do estereocílio mais longo.
Em seu conjunto, os estereocílios e o cinocílio são
denominados feixe ciliado. Entre as células ciliadas,
encontram-se células de sustentação colunares
dispersas; essas células de sustentação secretam
a camada de glicoproteína gelatinosa e espessa,
denominada membrana dos estatocônios
(membrana otolítica), que repousa sobre as células
ciliadas. Uma camada de cristais de carbonato de
cálcio densos, denominados estatocônios (otólitos),
estende-se por toda superfície da membrana dos
estatocônios. Essas células são banhadas pela
endolinfa.
O movimento dos feixes ciliados inicia respostas
que, em última análise, levam à geração de impulsos
nervosos. As células ciliadas fazem sinapse com
neurônios sensitivos de primeira ordem no nervo
vestibular, um nervo do ramo vestibulococlear (NC
VIII).
Os três ductos semicirculares atuam no equilíbrio
dinâmico. Os ductos situam-se em ângulos retos
entre si em três planos. Os dois ductos verticais
são os ductos semicirculares anterior e posterior,
enquanto o horizontal é o ducto semicircular
lateral. Esse posicionamento possibilita a detecçãode aceleração ou desaceleração rotacional. Na
ampola, a parte dilatada de cada ducto, existe uma
pequena elevação denominada crista ampular. Cada
crista ampular apresenta um grupo de células
ciliadas e células de sustentação recobertas por
massa de material gelatinoso, denominada cúpula
ampular. Quando a cabeça se movimenta, os ductos
semicirculares fixados e as células ciliadas
movem-se com ela. Entretanto, a endolinfa no
interior da ampola não está presa e fica para trás,
em virtude da inércia. Conforme as células ciliadas
em movimento arrastam o líquido estacionário, os
feixes ciliados se curvam. A inclinação dos feixes
ciliados produz respostas que levam a impulsos
nervosos, os quais passam ao longo do nervo
ampular, um ramo do nervo vestibular, uma divisão
do nervo vestibulococlear (NC VIII)
A inclinação dos feixes ciliados das células ciliadas
nos canais semicirculares, no utrículo ou no sáculo
provoca liberação de um neurotransmisso
(provavelmente glutamato), que gera impulsos
nervosos nos neurônios sensitivos fixados às
células ciliadas. Os corpos celulares das célula
ciliadas estão localizados nos gânglios
vestibulares. Os impulsos nervosos passam ao
longo dos axônios dos neurônios, que formam o
nervo vestibular, um ramo do nervo
vestibulococlear (VIII). A maioria desses axônios
faz sinapse com neurônios sensitivos nos núcleos
vestibulares, os principais centros de integração
para o equilíbrio, no bulbo e na ponte. Os núcleos
vestibulares também recebem influxos
provenientes dos olhos e dos proprioceptores,
particularmente proprioceptores existentes nos
músculos do pescoço e dos membros, que indicam
as posições da cabeça e dos membros. Os axônios
remanescentes entram no cerebelo por meio dos
pedúnculos cerebelares inferiores. O cerebelo e os
núcleos vestibulares são conectados por vias
bidirecionais. Os núcleos vestibulares integram a
informação proveniente dos receptores
vestibulares, visuais e proprioceptores e, em
seguida, enviam comandos para as seguintes áreas:
● Núcleos dos nervos oculomotor
(NCIII), troclear (NC IV) e abducente (NC VI):
esses nervos cranianos controlam movimentos
conjugados dos olhos com os da cabeça para ajudar
a manter o foco no campo visual.
● Núcleos dos nervos acessórios (NC
XI): os nervos acessórios ajudam a controlar os
movimentos da cabeça e do pescoço e auxiliam na
manutenção do equilíbrio.
● Trato vestibulospinal: o trato
vestibulospinal conduz impulsos ao longo da medula
espinal para manter o tônus muscular nos músculos
esqueléticos, de modo a ajudar a manter o
equilíbrio.
● Núcleo ventral posterior no tálamo: a
área vestibular no lobo parietal do córtex cerebral.
Essa parte da área somatossensitiva primária
proporciona a percepção consciente da posição e
dos movimentos da cabeça e dos membros.
O cerebelo e o cérebro permitem que o cerebelo
desempenhe uma função essencial na manutenção
do equilíbrio estático e equilíbrio dinâmico. O
cerebelo recebe continuamente informaçõe
sensitivas atualizadas provenientes do utrículo e
do sáculo. O cerebelo monitora essa informação e
efetua ajustes corretivos. Basicamente, em
resposta ao influxo proveniente do utrículo, do
sáculo e dos ductos semicirculares, o cerebelo
envia continuamente impulsos nervosos para as
áreas motoras do cérebro. Essa retroalimentação
possibilita a correção de sinais provenientes do
córtex motor para músculos esquelético
específicos, de modo a facilitar os movimentos e
coordenar sequências complexas de contrações
musculares para ajudar na manutenção do
equilíbrio.
Cerebelo
O cerebelo tem neurônios do sistema vestibula
que se conectam diretamente com ele, mas também
existe a integração que acontece dos núcleo
ventriculares que vão emitir constantemente sinais
para o cerebelo, e o cerebelo captando esses sinai
manda sinais para as áreas motoras no cérebro
para controlar os movimentos e coorden
sequências complexas de contrações musculare
ajudando na manutenção do equilíbrio.
Quais as principais causas de alterações da
acuidade auditiva e do equilíbrio.
As causas mais comuns , no total, são:
● Acúmulo de cera (cerume)
● Ruído
● Envelhecimento
● Infecções do ouvido (particularmente
em crianças e adultos jovens)
Acúmulo de cera é a causa mais comum de perda
auditiva tratável, especialmente dentre as pessoas
mais velhas.
Perfuração do tímpano
A perfuração do tímpano pode acontecer por meio
de atitudes pouco saudáveis. Entre elas, podemos
citar a limpeza da orelha com materiais
pontiagudos, como tubo de caneta, grampo de
cabelo e até hastes flexíveis. Vale lembrar que
existem métodos mais saudáveis para manter o
ouvido limpo e longe do excesso de cera.
No entanto, a causa mais comum da perfuração do
tímpano também é a otite média, em razão das
infecções. O paciente sente uma intensa dor e
sofre com sangramentos, coceira, zumbidos,
diminuição da audição e presença de secreções
amarelas. A dica é procurar um médico no
momento em que os primeiros sintomas começarem
a aparecer.
Ruído pode causar perda auditiva neurossensorial
súbita ou gradual. Exposição a um único ruído
extremo (como um tiro ou explosão muito próximos)
pode causar uma perda auditiva súbita, à qual nos
referimos como trauma acústico. Algumas pessoas
com trauma acústico também desenvolvem
zumbidos ou zunidos nos ouvidos (acufeno). A
perda auditiva por trauma acústico geralmente
desaparece dentro de um dia (a não ser que a
explosão também tenha atingido o tímpano ou o
ouvido médio). No entanto, exposição a ruídos por
longo prazo causa a maioria das perdas auditivas
causadas por eles. Ruídos mais altos que uns 85
decibéis (dB) podem causar perda auditiva, se
exposição ocorrer por bastante tempo. Embora as
pessoas variem um pouco quanto à susceptibilidade
para perda auditiva causada por ruídos, quase
todas perdem um pouco da audição se forem
expostos a ruídos suficientemente intensos por um
período bastante longo.
O envelhecimento, juntamente com a exposição
ruídos e fatores genéricos, é um fator de risco
comum para perda auditiva. A perda auditiva
relacionada à idade (presbiacusia) limita a
capacidade de uma pessoa de ouvir frequências
mais elevadas em comparação a frequências mais
baixas.
Infecções do ouvido são uma causa comum de
perda auditiva temporária leve a moderad
(principalmente em crianças). A maioria das
crianças recupera a audição normal após 3 ou 4
semanas depois de passada a infecção; porém
algumas sofrem perda permanente da audição. A
perda de audição persistente é mais provável em
crianças com infecções de ouvido recorrentes.
Causas menos comuns incluem o seguinte:
● Doenças autoimunes
● Doenças congênitas
● Substâncias que lesionam o ouvido
(medicamentos ototóxicos)
● Lesões
● Tumores
A perda de audição tem muitas causas. Diferentes
partes do trajeto da audição podem ser afetadas,
a perda é classificada como condutiva
neurossensorial, ou mista, dependendo da parte do
trajeto que é afetada.
● Perda auditiva condutiva ocorre quando
algo impede o som de atingir as estruturas
sensoriais no ouvido interno. O problema
pode envolver o canal auditivo externo, o
tímpano (membrana timpânica - MT), ou o
ouvido médio.
● Perda auditiva neurossensorial ocorre
quando o som alcança o ouvido interno, mas
ou o som não pode ser traduzido em
impulsos nervosos (perda sensorial), ou os
impulsos nervosos não são conduzidos ao
cérebro (perda neural). A distinção entre
perda sensorial e neural é importante
porque a perda auditiva sensorial por vezes
é reversível e raramente representa um
risco de vida. Uma perda auditiva neural
raramente se reverte e pode ser devido a
um tumor cerebral que representa risco de
vida — comumente um tumor do ângulo
pontocerebelar. Outro tipo de perda
neurossensorial é denominado transtorno
do espectro da neuropatia auditiva, quando
o som pode ser detectado, mas o sinal não
é enviado corretamente para o cérebro.
● Perda mista envolveambas as perdas,
condutiva e neurossensorial. Ela pode ser
causada por lesões graves da cabeça,
infecção crônica, ou um dos muitos
distúrbios genéticos raros.
Doença cardiovascular
Nem sempre, a surdez está relacionada
diretamente a problemas nos ouvidos. Doenças
cardiovasculares, como pressão alta, trombose,
derrame e ataques cardíacos são exemplos de
condições que afetam a audição.
A explicação é simples: os problemas de circulação
prejudicam suprimento de sangue para o ouvido
interno ou para os centros auditivos no cérebro,
danificando a cóclea que é altamente sensível e
causando problemas auditivos irreversíveis.
Hipertensão
A hipertensão é caracterizada pelo aumento d
pressão sanguínea dentro dos vasos. Sendo assim
todo o corpo sofre com o impacto causado pelo
fluxo do sangue na parede das veias, artérias e
capilares, incluindo as do ouvido interno, e, assim
levando à perda da audição de maneira gradual.
Diabetes
A diabetes é uma doença que resulta em altos
níveis de glicose no sangue. Essa condição, assim
como a do tópico anterior, danifica os vasos
sanguíneos, prejudicando o organismo como um
todo, inclusive o ouvido interno, levando aos
problemas de audição.
Osteoporose
A osteoporose é a desmineralização dos ossos que
torna-os mais frágeis e afeta as suas funções. O
ouvido médio contém 3 pequenos ossos que
recebem as vibrações do tímpano, envia-as para
orelha interna que, por meio do nervo auditivo leva
a informação sonora para o cérebro. Dessa
maneira, as alterações desses ossos também
prejudicam a audição.
As doenças auditivas afetam diretamente a saúde e
a qualidade de vida do paciente. Além delas
existem outras que não estão ligadas diretament
aos ouvidos, mas que também causam problemas
para ouvir. Portanto, procurar por ajuda de um
fonoaudiólogo nos primeiros sinais é fundamenta
para o sucesso do tratamento da perda da audição
https://comunicareaparelhosauditivos.com/doenca
s-auditivas/
Alterações no equilíbrio
Os problemas que afetam o labirinto e
comprometem o equilíbrio causando tontura ou
vertigem podem ter diversas origens, desde
alterações nas estruturas do sistema vestibula
até problemas clínicos em outros órgãos ou
sistemas. Possíveis origens de problemas no
labirinto:
– traumatismos de cabeça e pescoço;
– infecções (por bactérias ou vírus);
– drogas ou medicamentos (nicotina, cafeína,
álcool, maconha, anticoncepcionais, sedativos,
tranquilizantes, antidepressivos,
anti-inflamatórios, antibióticos etc.);
– alimentação com excesso de gordura, sal e
açúcar;
– tumores;
– envelhecimento;
– distúrbios vasculares (hiper ou hipotensão
arterial, arteriosclerose);
– doenças metabólicas (endócrinas:
hipercolesterolemia, hiper ou hipoglicemia, hiper ou
hipoinsulinemia, hiper ou hipotireoidismo);
– anemia;
– problemas cervicais;
– doenças do sistema nervoso central;
– alergias;
– distúrbios psiquiátricos.
Cite os principais métodos diagnósticos que
avaliam a audição e equilíbrio (exames clínicos,
físicos e complementares).
A audiometria deve ser precedida pela anamnese,
observação do meato acústico externo
(meatoscopia) e acumetria.
Anamnese
https://comunicareaparelhosauditivos.com/doencas-auditivas/
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A anamnese permite que se tenha acesso à
história audiológica do paciente. Deve se
realizada, independentemente da idade do indivíduo
(FROTA, 2003). Em crianças pequenas e adultos
e idosos que apresentam distúrbios de
compreensão ou expressão muitas vezes é
necessária a presença e as informações de um
acompanhante. Salienta-se, contudo que mesmo
nestes casos se deve buscar algumas respostas
com o próprio paciente, verificando a sua opinião
sobre a audição.
Normalmente, após a identificação do paciente
(nome, idade, data de nascimento, profissão
escolaridade), a primeira pergunta que se faz ao
paciente/acompanhante é sobre a queixa auditiva
A partir desta, podem ser selecionadas questões
relacionadas à queixa principal (motivo do exame –
FROTA, 2011). Salienta-se, contudo, que muita
vezes o paciente não apresenta uma queixa
específica de perda auditiva. Isto não significa que
os limiares auditivos estejam dentro dos limites de
normalidade. Estudos realizados evidenciam que
em indivíduos sem queixa podem apresentar perd
auditiva. Já quando se avalia pacientes em clínicas
de fonoaudiologia, com queixa de perda é um
indicador da presença de alteração.
Na anamnese elaborada para ser utilizada na
clínica de Fonoaudiologia da UFRGS constam
perguntas sobre:
● dados de identificação (nome, sexo, idade
data de nascimento, profissão
escolaridade, endereço, número de carteira
de identidade)
● queixa principal
● histórico audiológico (otalgia, cirurgia
otológicas, zumbido, tontura)
● exames anteriores e resultado
● uso de aparelhos de amplificação sonora
individual (marca, modelo, uso uni ou
bilateral, tempo de uso em anos e diário)
● doenças
● uso de medicação
● hospitalizações (motivo, tempo de
internação)
Durante a anamnese ainda podem ser utilizados
instrumentos para verificar, por exemplo, a
restrição de participação causada pela perda
auditiva. Estes questionários são válidos
especialmente para os pacientes que, além da
audiometria, tem a indicação de uso de aparelhos
de amplificação sonora individual. Um dos
instrumentos mais usados é o Hearing Handicap
Inventory, que possui versões para adultos e
idosos.
Um outro fator a ser considerado é que, durante a
anamnese, o fonoaudiólogo deve observar o
comportamento auditivo do paciente. Esta
observação, juntamente com as respostas as
perguntas permite que se elabore uma hipótese
sobre a audição do paciente.
Inspeção do Meato Acústico Externo
(Meatoscopia)
A avaliação do meato acústico externo é
imprescindível para a realização da audiometria
tonal liminar. O fonoaudiólogo deve observar se
existe possibilidade de realização do exame. Se
houver presença de corpos estranhos ou cera
obstruindo o meato e impedindo a visualização da
membrana timpânica, a avaliação não pode ser feita
(FROTA, 2011). O paciente deve ser encaminhado
para médico otorrinolaringologista para a
realização de limpeza otológica.
Nas fotos abaixo temos exemplo de meatoscopias
que permitem (fig 1) ou impossibilitam (fig.2) a
realização de exames auditivos.
http://www.scielo.br/pdf/bjorl/v75n6/v75n6a04.pdf
http://www.scielo.br/pdf/bjorl/v75n6/v75n6a04.pdf
figura 1
figura 2
Acumetria
A acumetria é a realização de testes auditivos
usando diapasões. Os diapasões são “barra
metálicas em formato de U que, quando vibradas
executam movimentos de vaivém em direçõe
opostas” (FROTA, 2011).
A vibração das hastes origina um tom puro. A
partir da percepção do som pelo paciente
podem-se ter informações sobre sua audição. O
diapasões emitem tons puros em várias
frequências, mas os mais usados são os de 512Hz e
1024Hz.
Dentre os vários testes que podem ser realizados
os mais conhecidos e utilizados são os testes de
Weber e Rinne. Foram criados em 1834 (Weber) e
1855 (Rinne), mas até os dias atuais são
conhecidos e utilizados por sua praticidade e por
permitirem que se tenha informações sobre a
situação auditiva do paciente (FROTA, 2003).
Teste de Weber
O teste de Weber permite a comparação das vias
ósseas (FROTA, 2003, RUSSO;SANTOS,
2011).
Para a realização do teste, o fonoaudiólogo deve
vibrar o diapasão (batendo-o na mão, cotovelo ou
joelho) e colocar na linha média do crânio. Após,
deve perguntar ao paciente se ele percebe o som
igualmente nas duas orelhas ou se é mais forte em
uma delas (veja aqui).
Para Frota (2003), perceber o som igualmente nas
duas orelhas indica que a audição das mesmas é
simétrica, ou seja, ou o paciente tem limiares
auditivos normais em ambos os lados ou apresenta
perdas auditivas simétricas, de mesmo tipo e
mesmo grau. Neste caso o resultado do teste de
Weber é indiferente, e é marcado da seguinte
forma:
Quando o som é percebidomais forte em uma das
orelhas, indica que existe assimetria entre os
limiares auditivos. Pode indicar um dos seguintes
resultados (FROTA, 2003):
perda auditiva condutiva unilateral –
percepção do som no lado pior (afetado)
perda auditiva neurossensorial unilateral –
percepção do som no lado melhor (não afetado)
perda auditiva condutiva bilateral
assimétrica – percepção do som no lado com maior
gap aéreo-ósseo
perda auditiva neurossensorial bilateral
assimétrica – percepção do som no lado melhor
O resultado do Weber lateralizado deve ser
marcado da seguinte forma: uma seta indicando o
lado para o qual o paciente indicou ouvir mais forte
D ← → E
Teste de Rinne
O teste de Rinne permite que se compare a
percepção do som por via aérea e via óssea
(FROTA, 2003, RUSSO;SANTOS, 2011). Após
a vibração do diapasão, apresenta-se
alternadamente o som por via óssea e aérea
colocando-se o cabo na mastóide e depois próximo
ao tragus. Pergunta-se ao paciente onde el
percebe o som mais forte. Deve se observar a
posição do diapasão.
A percepção do som mais forte por via aérea indica
que não há presença de componente condutivo (o
paciente apresenta limiares auditivos normais o
perda auditiva neurossensorial). O resultado é
Rinne positivo (+) (FROTA, 2003).
A percepção do som mais forte por via óssea indica
que existe componente condutivo (perda auditiv
condutiva ou neurossensorial). O resultado é
Rinne negativo (-). Pode ocorrer também
presença do falso Rinne negativo, quando o
paciente apresenta perda auditiva severa ou
profunda ou anacusia unilateral (FROTA, 2003).
 Otologia – Exames
 Audiometria tonal limiar convencional
Exame de audição que tem por finalidade medir o
nível mínimo de intensidade sonora percebida
Utilizado para detectar o grau e tipo de surdez
para posterior tratamento com medicamento
cirurgia ou recuperação da audição com uso de
aparelho auditivo.
É um teste, não automático que depende da
colaboração do indivíduo. Realizado em cabine
acústica com fones de ouvido.
O teste pode ser aplicado em criança a partir de 3
anos. Nesse caso, é utilizado brinquedo durante o
teste para facilitar as respostas.
O teste demanda avaliação médica prévia, de forma
a assegurar que não haja obstrução dos ouvidos
por cera, ou outros problemas. Havendo cera em
excesso, sua remoção deverá ocorrer antes do
exame. Não necessita preparo.
Audiometria de alta frequência
Tem por finalidade mensurar o nível mínimo de
intensidade sonora nas frequências de 10.000,
12.500 e 16.000Hz. É realizada em cabine
acústica com fones calibrados para emitir sons
extremamente agudos. Utilizada para detectar
alteração auditiva precoce e monitorizar indivíduos
submetidos a tratamento com drogas ototóxicas.
É um teste não automático, que depende da
colaboração do indivíduo. Realizado em cabina
acústica com fones de ouvido especial para emitir
sons de alta frequência. No caso de crianças, é
utilizado brinquedo durante o teste para facilitar as
respostas.
O teste demanda avaliação médica prévia, de forma
a assegurar que não haja obstrução dos ouvidos
por cera, ou outros problemas. Havendo cera em
excesso, sua remoção deverá ocorrer antes do
exame. Não necessita preparo.
Audiometria vocal
Avalia a capacidade de detectar e entender os
sons da fala. Utilizado para auxiliar no diagnóstico
de doenças do ouvido e na indicação de aparelho
auditivo. É um teste não automático, que depende
da colaboração do indivíduo. Realizado em cabina
acústica com fones de ouvido convencional, inclui
duas avaliações:
○ Limiar de recepção de fala – Meno
intensidade com a qual a pesso
repete 50% das palavras ouvidas.
○ Índice de reconhecimento de fala –
Porcentagem de acertos das
palavras ouvidas.
O teste demanda avaliação médica prévia, de forma
a assegurar que não haja obstrução dos ouvido
por cera, ou outros problemas. Havendo cera em
excesso, sua remoção deverá ocorrer antes do
exame. Não necessita preparo.
Imitanciometria
Teste objetivo, automático, independe da respost
do indivíduo. A avaliação inclui dois testes:
○ Timpanometria – O exame é
realizado usando-se uma pequena sonda revestida
por uma borracha macia, que é inserida no cana
auditivo ao mesmo tempo em que o indivíduo ouve
um som. Dessa forma, é feita a análise da pressão
da orelha média. Utilizado para auxílio no
diagnóstico de alterações do tímpano e ossículos
do ouvido.
○ Reflexo acústico – Para avaliar o
reflexo estapediano são fornecidos son
semelhantes à audiometria tonal por meio de fon
de ouvido. Automaticamente, é registrada um
resposta que indica presença ou ausência desse
reflexo. Auxilia no diagnóstico da otosclerose
alterações do nervo facial, do nervo auditivo etc.
O teste demanda avaliação médica prévia, de forma
a assegurar que não haja obstrução dos ouvido
por cera, ou outros problemas. Havendo cera em
excesso, sua remoção deverá ocorrer antes do
exame.
O paciente não pode estar com a membrana
timpânica perfurada ou estar com tubo d
ventilação.
Emissões otoacústicas evocadas (EOA)
Existem dois tipos de EOA, dependendo do
estímulo usado: por transiente e por produto de
distorção. São respostas auditivas geradas pelas
células ciliadas externas, da cóclea, e estão
presentes em 98% dos indivíduos com audição
normal, ou seja, limiares melhores ou iguais a 35
dB NA.
Este procedimento é também indicado como o
"teste da orelhinha" para identificar problema
auditivo coclear congênito, recomendado para
todos os recém-nascidos. É um procedimento
simples, rápido (10-15 minutos) e não invasivo. Um
fone que é colocado no conduto auditivo externo
emite um som suave. A resposta, gerada na orelha
interna, é captada pelo microfone, acoplado a esse
fone.
Para bebês, o exame deve ser feito durante sono
natural, pois o ruído (movimentação, respiração
ruidosa, choro etc.) interfere na captação das
respostas.
Potencial evocado auditivo de tronco encefálico
(PEATE/BERA)
Este exame analisa a resposta elétrica gerada pela
transmissão do estímulo auditivo a partir no nervo
auditivo até o tronco encefálico. A análise do
tempo de transmissão da resposta indica se a
condução retrococlear está normal ou em que
porção há comprometimento (nervo auditivo,
tronco encefálico baixo ou tronco encefálico alto).
A pesquisa de resposta com diminuição da
intensidade do estímulo permite identificar o limiar
auditivo eletrofisiológico em diferentes frequências
(tone burst). Além disto, as respostas podem ser
captadas por estimulação óssea. O exame é
fundamental para identificar alterações condutivas.
Estes procedimentos são indicados para pacientes
que não colaboram na avaliação comportamental
(audiometria). Portanto, têm excelente aplicação
no diagnóstico audiológico em recém-nascidos e
bebês. O procedimento é indolor. Para sua
realização é feita a limpeza da pele e colocação de
eletrodos de superfície. Durante a coleta das
respostas, o paciente deve estar deitado, relaxado
e com olhos fechados.
Para bebês, o exame só pode ser realizado durante
sono natural, pois a movimentação interfere n
captação das respostas. Para realização do
procedimentos em bebês, durante sono natural,
fundamental que as seguintes recomendações
sejam seguidas:
○ Privação de sono – Acorde o bebê
mais cedo do que de costume e não permita que ele
durma até o momento do exame. No transporte
para a clínica, os bebês costumam dormir
Portanto, tente distraí-lo e, se necessário, traga
um acompanhante, caso tenha que dirigir.
○ Chegada com antecedência, com o
bebê acordado – O exame exige a limpeza da pele e
colocação de eletrodos. O bebê só deverá dormi
após este preparo, caso contrário irá acordar
dificilmente voltará a dormir. A fralda pode se
trocada nesse momento.
○ Alimentação – Os bebês costumam
dormir logo depois da alimentação. Eles poderão
então ser amamentados para facilitar a indução ao
sono. Traga o leite que ele está acostumado em
quantidade suficiente para duas mamadas.O leite
pode ser aquecido na clínica.
Chupeta, paninho, cobertor, fraldinha, bichinhos de
pelúcia, entre outros objetos que o bebê está
acostumado para dormir, devem ser trazidos para
clínica.
Emissões otoacústicas e o potencial evocado
auditivo de tronco encefálico (BERA)
São exames auditivos eletrofisiológicos realizados
para fins diagnósticos. Eles ajudam a identificar o
local da via auditiva que apresenta
comprometimento, e a determinar níveis mínimos
de respostas auditivas em pacientes que não
colaboram na avaliação comportamental pela
audiometria convencional.
Avaliação infantil – técnica Suzuki & Ogiba
Semelhante à audiometria tonal limiar, mas sem
fone de ouvido. Os sons são emitidos e a criança
tem ajuda de um brinquedo luminoso para
responder, facilitando sua compreensão e resposta
ao teste. Possibilita uma interpretação mais
fidedigna dos resultados. Pode ser realizado em
crianças de 1 a 2 anos. É um teste que depende da
colaboração do indivíduo, não automático.
Necessita consulta médica prévia, pois pode-se
ter os ouvidos obstruídos por cera. A remoção da
cera deve ser realizada pelo médico que solicitou o
exame.
Terapia de seleção e adaptação de aparelho de
amplificação sonora individual
Preparada para indivíduos que têm indicação de
recuperar a audição por meio de aparelho de
amplificação sonora. O aparelho é selecionado
para cada caso, os ajustes são realizados em sala e
os equipamentos são emprestados para que o
indivíduo tenha oportunidade de experimentá-lo
em ambientes diversos, como em casa, no trabalho,
restaurantes e festas.
O paciente participa desse processo durante 30
dias, com retornos semanais. Podem ser
experimentados aparelhos de várias empresas.
Terapia auditiva
Composta por sessões semanais de treinamento
auditivo, tem o objetivo de auxiliar o indivíduo que
usa aparelhos eletrônicos e auditivos a reaprende
a ouvir.
Na criança, essa terapia é associada ao trabalho de
correção da fala e desenvolvimento da linguagem.
Audiometria tonal limiar em campo livre
Semelhante à audiometria tonal limiar, mas sem
fones de ouvido. É utilizada para avaliar os limiares
auditivos de usuários de aparelho de amplificação
sonora. É um teste que depende da colaboração do
indivíduo, não automático.
Necessita consulta médica prévia, pois pode-se
ter os ouvidos obstruídos por cera. A remoção da
cera deve ser realizada pelo médico que solicitou o
exame.
Teste de dix hallpike
Semiologia - A pesquisa diagnóstica da VPPB é
realizada pela manobra de Dix-Hallpike. Essa
manobra consiste na movimentação da cabeça do
paciente de forma a promover um deslocamento da
endolinfa e, conseqüentemente, da cúpula do cana
semicircular posterior. Na manobra de
Dix-Hallpike, o paciente está inicialmente em
posição sentada, com a cabeça rodada lateralmente
(direita ou esquerda, conforme o lado a se
testado), em aproximadamente 45 graus. Com o
examinador segurando a cabeça do paciente
promove-se um brusco e rápido movimento de
deitar, em decúbito dorsal horizontal. Ao se
deitado, por não haver uma fixação horizontal da
cabeça, esta fica pendente para trás, em
aproximadamente 30 graus. O paciente fic
imobilizado nessa posição, com os olhos abertos e
olhar fixo. Nos portadores de VPPB, ocorre um
evidente nistagmo, alguns segundos após o
estímulo (com latência), que dura menos de 45
segundos (esgotável). O exame otoneurológico
representado principalmente pelas prova
calóricas clássicas, não apresenta achados típicos
da VPPB. Nesses pacientes, as provas calóricas
podem se apresentar normais ou com respostas
hiper ou hipo-reflexas.
Exemplifique as medidas de proteção e prevenção
da acuidade auditiva
Não coloque objetos no ouvido
Muitas crianças apresentam o hábito de colocar
objetos dentro dos ouvidos e é essencial que os
pais prestem atenção a essas atitudes. Isso porque
eles podem obstruir a passagem do som e provocar
um processo infeccioso ou inflamatório no local.
Nos adultos e adolescentes, o maior risco é com o
uso de cotonetes na tentativa de limpar a orelha.
O ouvido expulsa a cera em excesso naturalmente
e a interferência nesse processo pode causar a
perfuração do tímpano e infecções.
Evite sons altos
A poluição sonora é uma das causas principais de
perda auditiva em jovens, devido ao hábito de ouvir
música com um volume muito alto em fones de
ouvido. Assim, mesmo quando nos acostumamos
com o volume nas alturas, existe um risco de os
ouvidos serem danificados, e o ideal é que o som
não ultrapasse 50% do limite do aparelho. A
sensação de zumbido provocada por esse hábito
pode ser decorrente de um trauma auditivo e é um
sinal de alerta que precisa ser investigado por um
médico.
Faça o tratamento de doenças
adequadamente
Algumas doenças infectocontagiosas, como
a meningite e a otite, podem evoluir para a
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surdez quando o tratamento não é feito de maneir
adequada. Isso acontece porque algun
micro-organismos podem destruir estruturas que
são responsáveis pela audição. Portanto, o
recomendado é buscar ajuda médica e seguir o
tratamento prescrito, caso o primeiro sinal d
doença seja percebido.
Utilize EPIs em trabalhos com intensos ruídos
Quando somos expostos a ruídos diários que
ultrapassam o limite de segurança, seja de form
súbita, seja de forma esporádica ou de forma
prolongada, devemos sempre utilizar Equipamentos
de Proteção Individual (EPIs). Esses estímulo
sonoros de alta intensidade têm a capacidade de
matar as células da nossa audição. Por isso, o seu
uso é fundamental.
Consulte o médico regularmente
Perda auditiva induzida por ruído (PAIR): Trata-se
de uma diminuição na capacidade de ouvir
provocada por exposição constante a ruídos de
forte intensidade.
Por ser silenciosa e gradual, é fundamenta
consultar um otorrinolaringologist
periodicamente para que a perda auditiva seja
identificada e tratada o mais rápido possível. O
exames clínicos e de audiometria são essenciai
para o acompanhamento médico, principalmente em
casos de pessoas que trabalham em ambientes com
altos níveis de ruídos, como indústrias e
profissionais de bandas musicais.
Respeite o limite máximo de exposição diária
De acordo com a NR-15 de 29 de setembro de
2015, que regulamenta a Portaria do Ministério do
Trabalho nº 3.214/1978, os limites de exposição
diária a ruído contínuo ou intermitente devem se
de acordo com os seguintes parâmetros:
● 85 dB até 8 horas;
● 86 dB até 7 horas;
● 87 dB até 6 horas;
● 88 dB até 5 horas;
● 89 dB até 4 horas e 30 minutos;
● 90 dB até 4 horas;
● 91 dB até 3 horas e 30 minutos;
● 92 dB até 3 horas;
● 93 dB até 2 horas e 30 minutos;
● 94 dB até 2 horas;
● 95 dB até 1 hora e 45 minutos;
● 98 dB até 1 hora e 30 minutos;
● 100 dB até 1 hora;
● 102 dB até 45 minutos;
● 104 dB até 35 minutos;
● 105 dB até 30 minutos;
● 106 dB até 25 minutos;
● 108 dB até 20 minutos;
● 110 dB até 15 minutos;
● 112 dB até 10 minutos;
● 114 dB até 8 minutos;
● 115 dB até 7 minutos.
Utilize protetores auriculares
É dever das empresas estabelecer regras e
oferecer equipamentos como protetores
auriculares para evitar riscos aos colaboradores.
Esses equipamentos ajudam na redução da
percepção dos ruídos, protegendo o sistema
auditivo de possíveis lesões.
Use-os quando for exposto a qualquer som acima
de 85 decibéis, como um show, um casamento com
música alta ou algumas horas em uma academia
barulhenta.
Proteja sua audição dos roncos
Um estudo canadense revelou que pessoas que
dormiam com outras que roncavam sofrem perda
de audição no ouvido que ficava mais perto do
parceiro. O ronco pode chegar a 80 decibéis (tão
alto quanto alguém pedindo socorro) ou a 90
decibéis, o equivalente ao barulho do tráfego
pesado de veículos.
Um estudo realizado na Queen’s University, em
Ontário, no Canadá, procurou avaliar os efeitos do
som do ronco, tanto naqueles que os emitem
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-15-atividades-e-operacoes-insalubresquanto em seus parceiros. Eles selecionaram
quatro casais em uma faixa etária entre 35 e 55
anos, em que um dos membros tinha apneia do sono
grave.
A conclusão a que chegaram foi que o efeito do
som não era tão forte nos roncadores, já que nem
todos mostravam sinais de perda auditiva. Isso
ocorre porque o cérebro atenua as interrupções
respiratórias durante o sono. Mas 100% dos seus
parceiros sofrem as consequências, especialmente
no ouvido exposto ao ronco. A diminuição d
audição foi equivalente a ter dormido por 15 anos
ao lado de uma máquina industrial.
Vacinas
Leis relacionadas às lesões ocupacionais (audição e
equilíbrio).
A lei federal n.º 213/1991 define acidente de
trabalho como: o acidente que ocorre pelo
exerci ́cio do trabalho a servic ̧o da empresa ou pelo
exerci ́cio do trabalho dos segurados referidos no
inciso VII do artigo 11 desta lei, provocando lesa ̃o
corporal ou perturbação funcional que cause a
morte ou a perda, ou ainda a reduc ̧ão, permanente
ou tempora ́ria da capacidade para o trabalho
(BRASIL, 1991).
Notificação
Todo caso de Perda Auditiva Induzida por Ruído é
passível de notificação compulsória pelo SUS
segundo parâmetro da Portaria GM/MS/ Nº 777
de 28 de abril de 2004. Da mesma forma, todo
caso de PAIR deve ser comunicado à Previdênci
Social, por meio de abertura de comunicação de
Acidente de Trabalho (CAT). 32

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