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Audição Anatomia e fisiologia do ouvido (Ouvido externo médio e interno). A orelha é dividida em 3 porções: ● Orelha Externa; ● Orelha Média; ● Orelha Interna. Os elementos neurais presente nesse sistema sensorial ficam alojados nas estruturas da orelha interna e são protegidos por ela que são os nervos do oitavo par de nervos cranianos. ORELHA EXTERNA Inclui o pavilhão auricular e o meato acústico externo até a face externa da membrana timpânica Pavilhão auricular composto por: E tem por função de conduzir o estímulo sonoro para o meato acústico externo e orienta a origem da fonte sonora. Ele possui ⅓ externo cartilaginoso (tem função de proteger a orelha externa) e ⅔ medial ósseo. Meato acústico externo: tem por função proteger a membrana timpânica e estruturas subjacentes. Encaminha e amplifica as ondas sonoras para a orelha média. Tubo curvo na cartilagem da orelha tem glândulas-ceruminosas que secretam cerume (c/ pelo ajuda impedir entrada de poeira e de objetos estranhos) . ORELHA MÉDIA A orelha média é uma pequena cavidade cheia de ar na parte petrosa do temporal, que é revestida por epitélio. É separada da orelha externa pela membrana timpânica e da orelha interna por uma divisão óssea delgada, que contém duas aberturas: a janela do vestíbulo (ou janela oval) e a janela da cóclea (ou janela redonda), que é envolvida por uma membrana, denominada membrana timpânica secundária. É na orelha média que encontram-se os três ossículos da audição, martelo, bigorna e estribo, que estão fixados por ligamentos e articulados entre si por articulações sinoviais. O cabo do martelo insere-se à face interna da membrana timpânica. A cabeça do martelo articula-se com o corpo da bigorna. A bigorna, o osso médio da série, articula-se com a cabeça do estribo. A base do estribo encaixa-se na janela do vestíbulo (oval). Alguns músculos também estão envolvidos na audição. O músculo tensor do tímpano, que é inervado pelo nervo mandibular, ramo do nervo trigêmeo (NC V), limita o movimento e aumenta a tensão sobre a membrana timpânica para impedir o dano à orelha interna em decorrência de ruídos altos. O músculo estapédio, que é inervado pelo nervo facial (NC VII), é o menor de todos o músculos esqueléticos. Ao amortecer as grande vibrações do estribo produzidas por ruídos altos, o músculo estapédio protege a janela do vestíbulo porém também diminui a sensibilidade da audição Por esse motivo, a paralisia do músculo estapédio está associada à hiperacusia, uma audição anormalmente sensível. A parede anterior da orelha média contém uma abertura que leva diretamente à tuba auditiva A tuba auditiva, que consiste tanto em osso quanto em cartilagem elástica, conecta a orelha média com a parte nasal da faringe. Normalmente, está fechada em sua extremidade medial (faríngea) Durante a deglutição e o bocejo, ela se abre possibilitando a entrada ou a saída de ar na orelh média até que a pressão na orelha média seja igua à pressão atmosférica. Se a pressão não fo igualada, podem ocorrer dor intensa comprometimento da audição, zumbido e vertigem A tuba auditiva também constitui a via pela qual o patógenos podem passar do nariz e da faringe para a orelha média, causando o tipo mais comum de infecção de ouvido. Dois músculos esqueléticos minúsculos também se inserem aos ossículos da audição. O músculo tensor do tímpano, que é inervado pelo nervo mandibular, ramo do nervo trigêmeo (NC V), limit o movimento e aumenta a tensão sobre a membrana timpânica para impedir o dano à orelh interna em decorrência de ruídos altos. O músculo estapédio, que é inervado pelo nervo facial (NC VII), é o menor de todos os músculos esqueléticos Ao amortecer as grandes vibrações do estribo produzidas por ruídos altos, o músculo estapédio protege a janela do vestíbulo, porém também diminui a sensibilidade da audição. ORELHA INTERNA Também chamada de labirinto, é formado por escavações do osso temporal, revestidas por membrana e é preenchida por líquido. O labirinto apresenta uma parte anterior, representada pela cóclea, que está relacionada com a audição. E possui uma parte posterior, representada pelos canais semicirculares e vestíbulo, que está relacionada com o equilíbrio. A cóclea é um canal espiral ósseo, que se assemelha a uma concha de caracol, é dividida em três canais: ducto coclear (ou rampa média), rampas timpânicas e rampas vestibular. Esses tubos são separados um do outro por membranas. A membrana existente entre a escala vestibular e a escala média é tão fina que não oferece obstáculo para a passagem das ondas sonoras. Sua função é simplesmente separar os líquidos do ducto coclear da rampa do vestíbulo, pois esses têm origem e composição química distintas entre si e são importantes para o adequado funcionamento das células receptoras de som. Já a lâmina basilar, que é uma estrutura bastante resistente, que bloquei as ondas sonoras, separa o ducto coclear da rampa do tímpano. Na lâmina basilar localiza-se o órgão de Cort onde há células nervosas ciliares (células sensoriais) externas e internas, sendo a externas em maior quantidade. Sobre o órgão de Corti h uma estrutura membranosa, chamada membrana tectória, que se apóia, como se fosse um teto sobre os cílios das células sensoriais. Os canais semicirculares não têm função auditiva mas são importantes na manutenção do equilíbrio do corpo.São pequenos tubos circulares (trê tubos em forma de semicírculo) que contém líquido e estão colocados, respectivamente, em três planos espaciais (um horizontal e dois verticais) no labirinto posterior, em cada lado da cabeça. No término de cada canal semicircular existe uma válvula com a forma de uma folha - a crista ampular. Essa estrutura contém tufos piloso (cílios) que se projetam de células ciliare semelhantes às maculares. Entre os canais semicirculares e a cóclea está uma grande cavidade, o vestíbulo, cheia de um líquido chamado perilinfa, líquido semelhante ao líquido cerebrospinal. No interior dessa cavidade existem duas bolsas membranosas contendo outro líquido, a endolinfa, uma póstero-superior, o utrículo, e um ântero-inferior, o sáculo. A endolinfa possui uma quantidade elevada de íons de potássio, e esses íons participam da geração de sinais auditivos Tanto o utrículo quanto o sáculo contêm célula sensoriais agrupadas em estruturas denominada máculas. Células nervosas da base da mácula projetam cílios sobre uma massa gelatinosa na qua estão localizados minúsculos grânulos calcificados semelhantes a pequenos grãos de areia, os otólitos ou otocônios. - Membrana tectória está em contato com a endolinfa e a lâmina basilar está em contato com a perilinfa - Membrana de tectória, órgão de Corti e lâmina basilar estão no ducto coclear ou rampa média. A movimentação dos cílios das células pilosas é o evento mais importante da geração dos potenciais e transmissão dos sinais. Quando a célula está em repouso, 10% dos canai iônicos estão abertos. Os cílios das células pilosas estão ligados por ligações proteicas, chamados filamentos de ligação; quando elas se movem em resposta a indução sonora, eles se curvam e atuam como pequenas molas que abrem ou fecham o canais iônicos na membrana dessas células; então quando ocorre a excitação das células, é quando o cílios se curvam em uma direção e a célula s despolariza, abre mais canais iônicos, entra mais cálcio e potássio, principalmente pelos canai dependente de voltagens; os neurotransmissores são liberados e os potenciais de ação aumentam Quando as células pilosas se curvam na direção oposta, ela se hiperpolariza, não é possível libera potencial de ação. Os mecanismos fisiológicos de neurotransmissão, estruturas anatômicas e substâncias químicas envolvidas no processo da audição e equilíbrio. NERVO VESTIBULOCOCLEAR (XII) > NÚCLEOS COCLEARES > NÚCLEOS OLIVARES SUPERIORES > COLÍCULO INFERIOR > CORPO GENICULADODO TÁLAMO > ÁREA AUDITIVA PRIMÁRIA > ÁREA DE ASSOCIAÇÃO AUDITIVA VIA AUDITIVA A liberação de neurotransmissor pela curvatura das células ciliadas do órgão espiral gera, em última análise, impulsos nervosos nos neurônios auditivos de primeira ordem que inervam as células ciliadas. Os axônios desses neurônios formam o nervo coclear, ramo do nervo vestibulococlear (NC VIII). Esses axônios fazem sinapse com neurônios nos núcleos cocleares do bulbo. Alguns dos axônios provenientes dos núcleos cocleares sofrem decussação (cruzamento) (A maior parte é contralateral e se cruzam principalmente no bulbo após 100% de sinapse nos núcleos cocleares→ de primeira para segunda ordem. As Sinapses também ocorrem nos núcleos do lemnisco lateral→ de segunda para terceira ordem) no bulbo, ascendem por um trato denominado lemnisco lateral, do lado oposto, e terminam no colículo inferior do mesencéfalo. Outros axônios dos núcleos cocleares terminam no núcleo olivar superior da ponte. Pequenas diferenças na sincronização dos potenciais de ação provenientes das duas orelhas nos núcleos olivares superiores nos permitem localizar a fonte de um som. Os axônios dos núcleos olivares superiore ascendem até o mesencéfalo, onde terminam no colículos inferiores. A partir de cada colículo inferior, os axônios estendem-se até o núcleo do corpo geniculado medial do tálamo. Por sua vez, os neurônios no tálamo projetam axônios para a áre auditiva primária do córtex cerebral, no lobo temporal do cérebro, onde ocorre a percepção consciente do som. A partir do córtex auditivo primário, os axônios estendem-se para a área de associação auditiva do córtex cerebral, no lobo temporal do cérebro para a integração mai complexa do som. A chegada de impulsos nervosos na área auditiva primária nos permite perceber o som. Um aspecto do som que é percebido por essa área é a altura (frequência). A área auditiva primária é mapeada de acordo com a altura: o influxo sobre a altura proveniente de cada parte da lâmina basilar é conduzido para uma parte diferente da áre auditiva primária. Os sons de alta frequênci ativam uma parte do córtex, os sons de baixa frequência ativam outra parte e os sons de frequência média ativam a região situada entre essas duas partes. Por conseguinte, diferentes neurônios corticais respondem a altura diferentes. Os neurônios na área auditiva primária também permitem perceber outros aspectos do som, como a intensidade e a duração. A partir da área auditiva primária, a informação é conduzida para a área de associação auditiva, no lobo temporal. Essa área armazena as memórias auditivas e comparar experiências auditivas passadas e presentes, permitindo o reconhecimento de determinado som como fala, música ou ruído. Se o som for a fala, o influxo na área de associação auditiva é retransmitido para a área de Wernicke na parte adjacente do lobo temporal, que interpreta o significado das palavras, traduzindo-as em pensamentos. OBS: onde está escrito medula, lê-se bulbo Explicação da imagem Guyton: as fibras nervosa do gânglio espiral de Corti entram nos núcleos cocleares dorsal e ventral, localizados na part superior do bulbo. Nesse ponto, todas as fibras fazem sinapse, e os neurônios de segunda ordem passam, em sua maior parte, para o lado oposto do tronco cerebral para terminar no núcleo oliva superior. Algumas fibras de segunda ordem também se projetam para o núcleo olivar superio no mesmo lado. Do núcleo olivar superior, a via auditiva ascende pelo lemnisco lateral. Algumas das fibras terminam no núcleo do lemnisco latera porém muitas outras se desviam desse núcleo e vão para o colículo inferior, onde todas ou quase todas as fibras auditivas fazem sinapse. Daí, a vi passa para o núcleo geniculado medial, onde toda as fibras fazem sinapse. Por fim, a via prossegue por meio da radiação auditiva, até o córtex auditivo, localizado em sua maior parte no giro superior do lobo temporal. Devem ser observados vários pontos: o primeiro é que sinais de ambos os ouvidos são transmitidos, por meio de vias de ambos os lados do cérebro, com preponderância de transmissão da via contralateral. Em pelo menos três lugares no tronco cerebral ocorre cruzamento entre as duas vias: (1) no corpo trapezóide; (2) na comissura entre os dois núcleos do lemnisco lateral; (3) na comissura que liga os dois colículos inferiores. O segundo é que muitas fibras colaterais dos tratos auditivos entram diretamente no sistema reticular ativador do tronco cerebral. Esse sistema se projeta difusamente para cima, no tronco cerebral, e para baixo, na medula espinal, e ativa todo o sistema nervoso em resposta a sons intensos. Outros colaterais vão para o verme do cerebelo, que também é ativado, instantaneamente, no evento de um ruído súbito. O terceiro é que o alto grau de orientação espacial é mantido nos tratos de fibras da cóclea, em todo o trajeto até o córtex. De fato, existem três padrões espaciais para o término das diferentes frequências sonoras nos núcleos cocleares, dois padrões nos colículos inferiores, um padrão preciso, para frequências de som distintas no córtex auditivo e, pelo menos, cinco outros padrões precisos no córtex auditivo e nas áreas de associação auditiva. EQUILÍBRIO: Existem dois tipos de equilíbrio. O equilíbrio estático refere-se à manutenção da posição do corpo (principalmente da cabeça) em relação força da gravidade. O equilíbrio dinâmico refere-se à manutenção da posição do corpo (principalmente da cabeça) em resposta a movimentos súbitos como aceleração ou desaceleração rotacionais. Os órgãos receptores para o equilíbrio incluem o sáculo, o utrículo e os ductos semicirculares, que são coletivamente designados como aparelho vestibular. As paredes do utrículo e do sáculo contêm um pequena região espessa, denominada mácula. A mácula do utrículo e a mácula do sáculo são os órgãos de sentido do equilíbrio estático. As duas máculas, que são perpendiculares uma à outra, são os receptores para o equilíbrio estático e também contribuem para alguns aspectos do equilíbrio dinâmico. Sua função no equilíbrio estático consiste em fornecer informações sensoriais sobre a posição da cabeça no espaço, que são essenciais para a manutenção da postura correta e equilíbrio As máculas detectam a aceleração e desaceleração lineares, por exemplo, as sensaçõe que temos enquanto estamos em um elevador o em um carro que está acelerando ou desacelerando. As máculas consistem em dois tipos de células: as células ciliadas, que são receptores sensitivos, e as células de sustentação. Na superfície de cada célula ciliada, existem 40 a 80 estereocílios (microvilosidades) de altura graduada, juntamente com um cinocílio, um cílio convencional firmemente ancorado a seu corpo basal e que se estende além do estereocílio mais longo. Em seu conjunto, os estereocílios e o cinocílio são denominados feixe ciliado. Entre as células ciliadas, encontram-se células de sustentação colunares dispersas; essas células de sustentação secretam a camada de glicoproteína gelatinosa e espessa, denominada membrana dos estatocônios (membrana otolítica), que repousa sobre as células ciliadas. Uma camada de cristais de carbonato de cálcio densos, denominados estatocônios (otólitos), estende-se por toda superfície da membrana dos estatocônios. Essas células são banhadas pela endolinfa. O movimento dos feixes ciliados inicia respostas que, em última análise, levam à geração de impulsos nervosos. As células ciliadas fazem sinapse com neurônios sensitivos de primeira ordem no nervo vestibular, um nervo do ramo vestibulococlear (NC VIII). Os três ductos semicirculares atuam no equilíbrio dinâmico. Os ductos situam-se em ângulos retos entre si em três planos. Os dois ductos verticais são os ductos semicirculares anterior e posterior, enquanto o horizontal é o ducto semicircular lateral. Esse posicionamento possibilita a detecçãode aceleração ou desaceleração rotacional. Na ampola, a parte dilatada de cada ducto, existe uma pequena elevação denominada crista ampular. Cada crista ampular apresenta um grupo de células ciliadas e células de sustentação recobertas por massa de material gelatinoso, denominada cúpula ampular. Quando a cabeça se movimenta, os ductos semicirculares fixados e as células ciliadas movem-se com ela. Entretanto, a endolinfa no interior da ampola não está presa e fica para trás, em virtude da inércia. Conforme as células ciliadas em movimento arrastam o líquido estacionário, os feixes ciliados se curvam. A inclinação dos feixes ciliados produz respostas que levam a impulsos nervosos, os quais passam ao longo do nervo ampular, um ramo do nervo vestibular, uma divisão do nervo vestibulococlear (NC VIII) A inclinação dos feixes ciliados das células ciliadas nos canais semicirculares, no utrículo ou no sáculo provoca liberação de um neurotransmisso (provavelmente glutamato), que gera impulsos nervosos nos neurônios sensitivos fixados às células ciliadas. Os corpos celulares das célula ciliadas estão localizados nos gânglios vestibulares. Os impulsos nervosos passam ao longo dos axônios dos neurônios, que formam o nervo vestibular, um ramo do nervo vestibulococlear (VIII). A maioria desses axônios faz sinapse com neurônios sensitivos nos núcleos vestibulares, os principais centros de integração para o equilíbrio, no bulbo e na ponte. Os núcleos vestibulares também recebem influxos provenientes dos olhos e dos proprioceptores, particularmente proprioceptores existentes nos músculos do pescoço e dos membros, que indicam as posições da cabeça e dos membros. Os axônios remanescentes entram no cerebelo por meio dos pedúnculos cerebelares inferiores. O cerebelo e os núcleos vestibulares são conectados por vias bidirecionais. Os núcleos vestibulares integram a informação proveniente dos receptores vestibulares, visuais e proprioceptores e, em seguida, enviam comandos para as seguintes áreas: ● Núcleos dos nervos oculomotor (NCIII), troclear (NC IV) e abducente (NC VI): esses nervos cranianos controlam movimentos conjugados dos olhos com os da cabeça para ajudar a manter o foco no campo visual. ● Núcleos dos nervos acessórios (NC XI): os nervos acessórios ajudam a controlar os movimentos da cabeça e do pescoço e auxiliam na manutenção do equilíbrio. ● Trato vestibulospinal: o trato vestibulospinal conduz impulsos ao longo da medula espinal para manter o tônus muscular nos músculos esqueléticos, de modo a ajudar a manter o equilíbrio. ● Núcleo ventral posterior no tálamo: a área vestibular no lobo parietal do córtex cerebral. Essa parte da área somatossensitiva primária proporciona a percepção consciente da posição e dos movimentos da cabeça e dos membros. O cerebelo e o cérebro permitem que o cerebelo desempenhe uma função essencial na manutenção do equilíbrio estático e equilíbrio dinâmico. O cerebelo recebe continuamente informaçõe sensitivas atualizadas provenientes do utrículo e do sáculo. O cerebelo monitora essa informação e efetua ajustes corretivos. Basicamente, em resposta ao influxo proveniente do utrículo, do sáculo e dos ductos semicirculares, o cerebelo envia continuamente impulsos nervosos para as áreas motoras do cérebro. Essa retroalimentação possibilita a correção de sinais provenientes do córtex motor para músculos esquelético específicos, de modo a facilitar os movimentos e coordenar sequências complexas de contrações musculares para ajudar na manutenção do equilíbrio. Cerebelo O cerebelo tem neurônios do sistema vestibula que se conectam diretamente com ele, mas também existe a integração que acontece dos núcleo ventriculares que vão emitir constantemente sinais para o cerebelo, e o cerebelo captando esses sinai manda sinais para as áreas motoras no cérebro para controlar os movimentos e coorden sequências complexas de contrações musculare ajudando na manutenção do equilíbrio. Quais as principais causas de alterações da acuidade auditiva e do equilíbrio. As causas mais comuns , no total, são: ● Acúmulo de cera (cerume) ● Ruído ● Envelhecimento ● Infecções do ouvido (particularmente em crianças e adultos jovens) Acúmulo de cera é a causa mais comum de perda auditiva tratável, especialmente dentre as pessoas mais velhas. Perfuração do tímpano A perfuração do tímpano pode acontecer por meio de atitudes pouco saudáveis. Entre elas, podemos citar a limpeza da orelha com materiais pontiagudos, como tubo de caneta, grampo de cabelo e até hastes flexíveis. Vale lembrar que existem métodos mais saudáveis para manter o ouvido limpo e longe do excesso de cera. No entanto, a causa mais comum da perfuração do tímpano também é a otite média, em razão das infecções. O paciente sente uma intensa dor e sofre com sangramentos, coceira, zumbidos, diminuição da audição e presença de secreções amarelas. A dica é procurar um médico no momento em que os primeiros sintomas começarem a aparecer. Ruído pode causar perda auditiva neurossensorial súbita ou gradual. Exposição a um único ruído extremo (como um tiro ou explosão muito próximos) pode causar uma perda auditiva súbita, à qual nos referimos como trauma acústico. Algumas pessoas com trauma acústico também desenvolvem zumbidos ou zunidos nos ouvidos (acufeno). A perda auditiva por trauma acústico geralmente desaparece dentro de um dia (a não ser que a explosão também tenha atingido o tímpano ou o ouvido médio). No entanto, exposição a ruídos por longo prazo causa a maioria das perdas auditivas causadas por eles. Ruídos mais altos que uns 85 decibéis (dB) podem causar perda auditiva, se exposição ocorrer por bastante tempo. Embora as pessoas variem um pouco quanto à susceptibilidade para perda auditiva causada por ruídos, quase todas perdem um pouco da audição se forem expostos a ruídos suficientemente intensos por um período bastante longo. O envelhecimento, juntamente com a exposição ruídos e fatores genéricos, é um fator de risco comum para perda auditiva. A perda auditiva relacionada à idade (presbiacusia) limita a capacidade de uma pessoa de ouvir frequências mais elevadas em comparação a frequências mais baixas. Infecções do ouvido são uma causa comum de perda auditiva temporária leve a moderad (principalmente em crianças). A maioria das crianças recupera a audição normal após 3 ou 4 semanas depois de passada a infecção; porém algumas sofrem perda permanente da audição. A perda de audição persistente é mais provável em crianças com infecções de ouvido recorrentes. Causas menos comuns incluem o seguinte: ● Doenças autoimunes ● Doenças congênitas ● Substâncias que lesionam o ouvido (medicamentos ototóxicos) ● Lesões ● Tumores A perda de audição tem muitas causas. Diferentes partes do trajeto da audição podem ser afetadas, a perda é classificada como condutiva neurossensorial, ou mista, dependendo da parte do trajeto que é afetada. ● Perda auditiva condutiva ocorre quando algo impede o som de atingir as estruturas sensoriais no ouvido interno. O problema pode envolver o canal auditivo externo, o tímpano (membrana timpânica - MT), ou o ouvido médio. ● Perda auditiva neurossensorial ocorre quando o som alcança o ouvido interno, mas ou o som não pode ser traduzido em impulsos nervosos (perda sensorial), ou os impulsos nervosos não são conduzidos ao cérebro (perda neural). A distinção entre perda sensorial e neural é importante porque a perda auditiva sensorial por vezes é reversível e raramente representa um risco de vida. Uma perda auditiva neural raramente se reverte e pode ser devido a um tumor cerebral que representa risco de vida — comumente um tumor do ângulo pontocerebelar. Outro tipo de perda neurossensorial é denominado transtorno do espectro da neuropatia auditiva, quando o som pode ser detectado, mas o sinal não é enviado corretamente para o cérebro. ● Perda mista envolveambas as perdas, condutiva e neurossensorial. Ela pode ser causada por lesões graves da cabeça, infecção crônica, ou um dos muitos distúrbios genéticos raros. Doença cardiovascular Nem sempre, a surdez está relacionada diretamente a problemas nos ouvidos. Doenças cardiovasculares, como pressão alta, trombose, derrame e ataques cardíacos são exemplos de condições que afetam a audição. A explicação é simples: os problemas de circulação prejudicam suprimento de sangue para o ouvido interno ou para os centros auditivos no cérebro, danificando a cóclea que é altamente sensível e causando problemas auditivos irreversíveis. Hipertensão A hipertensão é caracterizada pelo aumento d pressão sanguínea dentro dos vasos. Sendo assim todo o corpo sofre com o impacto causado pelo fluxo do sangue na parede das veias, artérias e capilares, incluindo as do ouvido interno, e, assim levando à perda da audição de maneira gradual. Diabetes A diabetes é uma doença que resulta em altos níveis de glicose no sangue. Essa condição, assim como a do tópico anterior, danifica os vasos sanguíneos, prejudicando o organismo como um todo, inclusive o ouvido interno, levando aos problemas de audição. Osteoporose A osteoporose é a desmineralização dos ossos que torna-os mais frágeis e afeta as suas funções. O ouvido médio contém 3 pequenos ossos que recebem as vibrações do tímpano, envia-as para orelha interna que, por meio do nervo auditivo leva a informação sonora para o cérebro. Dessa maneira, as alterações desses ossos também prejudicam a audição. As doenças auditivas afetam diretamente a saúde e a qualidade de vida do paciente. Além delas existem outras que não estão ligadas diretament aos ouvidos, mas que também causam problemas para ouvir. Portanto, procurar por ajuda de um fonoaudiólogo nos primeiros sinais é fundamenta para o sucesso do tratamento da perda da audição https://comunicareaparelhosauditivos.com/doenca s-auditivas/ Alterações no equilíbrio Os problemas que afetam o labirinto e comprometem o equilíbrio causando tontura ou vertigem podem ter diversas origens, desde alterações nas estruturas do sistema vestibula até problemas clínicos em outros órgãos ou sistemas. Possíveis origens de problemas no labirinto: – traumatismos de cabeça e pescoço; – infecções (por bactérias ou vírus); – drogas ou medicamentos (nicotina, cafeína, álcool, maconha, anticoncepcionais, sedativos, tranquilizantes, antidepressivos, anti-inflamatórios, antibióticos etc.); – alimentação com excesso de gordura, sal e açúcar; – tumores; – envelhecimento; – distúrbios vasculares (hiper ou hipotensão arterial, arteriosclerose); – doenças metabólicas (endócrinas: hipercolesterolemia, hiper ou hipoglicemia, hiper ou hipoinsulinemia, hiper ou hipotireoidismo); – anemia; – problemas cervicais; – doenças do sistema nervoso central; – alergias; – distúrbios psiquiátricos. Cite os principais métodos diagnósticos que avaliam a audição e equilíbrio (exames clínicos, físicos e complementares). A audiometria deve ser precedida pela anamnese, observação do meato acústico externo (meatoscopia) e acumetria. Anamnese https://comunicareaparelhosauditivos.com/doencas-auditivas/ https://comunicareaparelhosauditivos.com/doencas-auditivas/ A anamnese permite que se tenha acesso à história audiológica do paciente. Deve se realizada, independentemente da idade do indivíduo (FROTA, 2003). Em crianças pequenas e adultos e idosos que apresentam distúrbios de compreensão ou expressão muitas vezes é necessária a presença e as informações de um acompanhante. Salienta-se, contudo que mesmo nestes casos se deve buscar algumas respostas com o próprio paciente, verificando a sua opinião sobre a audição. Normalmente, após a identificação do paciente (nome, idade, data de nascimento, profissão escolaridade), a primeira pergunta que se faz ao paciente/acompanhante é sobre a queixa auditiva A partir desta, podem ser selecionadas questões relacionadas à queixa principal (motivo do exame – FROTA, 2011). Salienta-se, contudo, que muita vezes o paciente não apresenta uma queixa específica de perda auditiva. Isto não significa que os limiares auditivos estejam dentro dos limites de normalidade. Estudos realizados evidenciam que em indivíduos sem queixa podem apresentar perd auditiva. Já quando se avalia pacientes em clínicas de fonoaudiologia, com queixa de perda é um indicador da presença de alteração. Na anamnese elaborada para ser utilizada na clínica de Fonoaudiologia da UFRGS constam perguntas sobre: ● dados de identificação (nome, sexo, idade data de nascimento, profissão escolaridade, endereço, número de carteira de identidade) ● queixa principal ● histórico audiológico (otalgia, cirurgia otológicas, zumbido, tontura) ● exames anteriores e resultado ● uso de aparelhos de amplificação sonora individual (marca, modelo, uso uni ou bilateral, tempo de uso em anos e diário) ● doenças ● uso de medicação ● hospitalizações (motivo, tempo de internação) Durante a anamnese ainda podem ser utilizados instrumentos para verificar, por exemplo, a restrição de participação causada pela perda auditiva. Estes questionários são válidos especialmente para os pacientes que, além da audiometria, tem a indicação de uso de aparelhos de amplificação sonora individual. Um dos instrumentos mais usados é o Hearing Handicap Inventory, que possui versões para adultos e idosos. Um outro fator a ser considerado é que, durante a anamnese, o fonoaudiólogo deve observar o comportamento auditivo do paciente. Esta observação, juntamente com as respostas as perguntas permite que se elabore uma hipótese sobre a audição do paciente. Inspeção do Meato Acústico Externo (Meatoscopia) A avaliação do meato acústico externo é imprescindível para a realização da audiometria tonal liminar. O fonoaudiólogo deve observar se existe possibilidade de realização do exame. Se houver presença de corpos estranhos ou cera obstruindo o meato e impedindo a visualização da membrana timpânica, a avaliação não pode ser feita (FROTA, 2011). O paciente deve ser encaminhado para médico otorrinolaringologista para a realização de limpeza otológica. Nas fotos abaixo temos exemplo de meatoscopias que permitem (fig 1) ou impossibilitam (fig.2) a realização de exames auditivos. http://www.scielo.br/pdf/bjorl/v75n6/v75n6a04.pdf http://www.scielo.br/pdf/bjorl/v75n6/v75n6a04.pdf figura 1 figura 2 Acumetria A acumetria é a realização de testes auditivos usando diapasões. Os diapasões são “barra metálicas em formato de U que, quando vibradas executam movimentos de vaivém em direçõe opostas” (FROTA, 2011). A vibração das hastes origina um tom puro. A partir da percepção do som pelo paciente podem-se ter informações sobre sua audição. O diapasões emitem tons puros em várias frequências, mas os mais usados são os de 512Hz e 1024Hz. Dentre os vários testes que podem ser realizados os mais conhecidos e utilizados são os testes de Weber e Rinne. Foram criados em 1834 (Weber) e 1855 (Rinne), mas até os dias atuais são conhecidos e utilizados por sua praticidade e por permitirem que se tenha informações sobre a situação auditiva do paciente (FROTA, 2003). Teste de Weber O teste de Weber permite a comparação das vias ósseas (FROTA, 2003, RUSSO;SANTOS, 2011). Para a realização do teste, o fonoaudiólogo deve vibrar o diapasão (batendo-o na mão, cotovelo ou joelho) e colocar na linha média do crânio. Após, deve perguntar ao paciente se ele percebe o som igualmente nas duas orelhas ou se é mais forte em uma delas (veja aqui). Para Frota (2003), perceber o som igualmente nas duas orelhas indica que a audição das mesmas é simétrica, ou seja, ou o paciente tem limiares auditivos normais em ambos os lados ou apresenta perdas auditivas simétricas, de mesmo tipo e mesmo grau. Neste caso o resultado do teste de Weber é indiferente, e é marcado da seguinte forma: Quando o som é percebidomais forte em uma das orelhas, indica que existe assimetria entre os limiares auditivos. Pode indicar um dos seguintes resultados (FROTA, 2003): perda auditiva condutiva unilateral – percepção do som no lado pior (afetado) perda auditiva neurossensorial unilateral – percepção do som no lado melhor (não afetado) perda auditiva condutiva bilateral assimétrica – percepção do som no lado com maior gap aéreo-ósseo perda auditiva neurossensorial bilateral assimétrica – percepção do som no lado melhor O resultado do Weber lateralizado deve ser marcado da seguinte forma: uma seta indicando o lado para o qual o paciente indicou ouvir mais forte D ← → E Teste de Rinne O teste de Rinne permite que se compare a percepção do som por via aérea e via óssea (FROTA, 2003, RUSSO;SANTOS, 2011). Após a vibração do diapasão, apresenta-se alternadamente o som por via óssea e aérea colocando-se o cabo na mastóide e depois próximo ao tragus. Pergunta-se ao paciente onde el percebe o som mais forte. Deve se observar a posição do diapasão. A percepção do som mais forte por via aérea indica que não há presença de componente condutivo (o paciente apresenta limiares auditivos normais o perda auditiva neurossensorial). O resultado é Rinne positivo (+) (FROTA, 2003). A percepção do som mais forte por via óssea indica que existe componente condutivo (perda auditiv condutiva ou neurossensorial). O resultado é Rinne negativo (-). Pode ocorrer também presença do falso Rinne negativo, quando o paciente apresenta perda auditiva severa ou profunda ou anacusia unilateral (FROTA, 2003). Otologia – Exames Audiometria tonal limiar convencional Exame de audição que tem por finalidade medir o nível mínimo de intensidade sonora percebida Utilizado para detectar o grau e tipo de surdez para posterior tratamento com medicamento cirurgia ou recuperação da audição com uso de aparelho auditivo. É um teste, não automático que depende da colaboração do indivíduo. Realizado em cabine acústica com fones de ouvido. O teste pode ser aplicado em criança a partir de 3 anos. Nesse caso, é utilizado brinquedo durante o teste para facilitar as respostas. O teste demanda avaliação médica prévia, de forma a assegurar que não haja obstrução dos ouvidos por cera, ou outros problemas. Havendo cera em excesso, sua remoção deverá ocorrer antes do exame. Não necessita preparo. Audiometria de alta frequência Tem por finalidade mensurar o nível mínimo de intensidade sonora nas frequências de 10.000, 12.500 e 16.000Hz. É realizada em cabine acústica com fones calibrados para emitir sons extremamente agudos. Utilizada para detectar alteração auditiva precoce e monitorizar indivíduos submetidos a tratamento com drogas ototóxicas. É um teste não automático, que depende da colaboração do indivíduo. Realizado em cabina acústica com fones de ouvido especial para emitir sons de alta frequência. No caso de crianças, é utilizado brinquedo durante o teste para facilitar as respostas. O teste demanda avaliação médica prévia, de forma a assegurar que não haja obstrução dos ouvidos por cera, ou outros problemas. Havendo cera em excesso, sua remoção deverá ocorrer antes do exame. Não necessita preparo. Audiometria vocal Avalia a capacidade de detectar e entender os sons da fala. Utilizado para auxiliar no diagnóstico de doenças do ouvido e na indicação de aparelho auditivo. É um teste não automático, que depende da colaboração do indivíduo. Realizado em cabina acústica com fones de ouvido convencional, inclui duas avaliações: ○ Limiar de recepção de fala – Meno intensidade com a qual a pesso repete 50% das palavras ouvidas. ○ Índice de reconhecimento de fala – Porcentagem de acertos das palavras ouvidas. O teste demanda avaliação médica prévia, de forma a assegurar que não haja obstrução dos ouvido por cera, ou outros problemas. Havendo cera em excesso, sua remoção deverá ocorrer antes do exame. Não necessita preparo. Imitanciometria Teste objetivo, automático, independe da respost do indivíduo. A avaliação inclui dois testes: ○ Timpanometria – O exame é realizado usando-se uma pequena sonda revestida por uma borracha macia, que é inserida no cana auditivo ao mesmo tempo em que o indivíduo ouve um som. Dessa forma, é feita a análise da pressão da orelha média. Utilizado para auxílio no diagnóstico de alterações do tímpano e ossículos do ouvido. ○ Reflexo acústico – Para avaliar o reflexo estapediano são fornecidos son semelhantes à audiometria tonal por meio de fon de ouvido. Automaticamente, é registrada um resposta que indica presença ou ausência desse reflexo. Auxilia no diagnóstico da otosclerose alterações do nervo facial, do nervo auditivo etc. O teste demanda avaliação médica prévia, de forma a assegurar que não haja obstrução dos ouvido por cera, ou outros problemas. Havendo cera em excesso, sua remoção deverá ocorrer antes do exame. O paciente não pode estar com a membrana timpânica perfurada ou estar com tubo d ventilação. Emissões otoacústicas evocadas (EOA) Existem dois tipos de EOA, dependendo do estímulo usado: por transiente e por produto de distorção. São respostas auditivas geradas pelas células ciliadas externas, da cóclea, e estão presentes em 98% dos indivíduos com audição normal, ou seja, limiares melhores ou iguais a 35 dB NA. Este procedimento é também indicado como o "teste da orelhinha" para identificar problema auditivo coclear congênito, recomendado para todos os recém-nascidos. É um procedimento simples, rápido (10-15 minutos) e não invasivo. Um fone que é colocado no conduto auditivo externo emite um som suave. A resposta, gerada na orelha interna, é captada pelo microfone, acoplado a esse fone. Para bebês, o exame deve ser feito durante sono natural, pois o ruído (movimentação, respiração ruidosa, choro etc.) interfere na captação das respostas. Potencial evocado auditivo de tronco encefálico (PEATE/BERA) Este exame analisa a resposta elétrica gerada pela transmissão do estímulo auditivo a partir no nervo auditivo até o tronco encefálico. A análise do tempo de transmissão da resposta indica se a condução retrococlear está normal ou em que porção há comprometimento (nervo auditivo, tronco encefálico baixo ou tronco encefálico alto). A pesquisa de resposta com diminuição da intensidade do estímulo permite identificar o limiar auditivo eletrofisiológico em diferentes frequências (tone burst). Além disto, as respostas podem ser captadas por estimulação óssea. O exame é fundamental para identificar alterações condutivas. Estes procedimentos são indicados para pacientes que não colaboram na avaliação comportamental (audiometria). Portanto, têm excelente aplicação no diagnóstico audiológico em recém-nascidos e bebês. O procedimento é indolor. Para sua realização é feita a limpeza da pele e colocação de eletrodos de superfície. Durante a coleta das respostas, o paciente deve estar deitado, relaxado e com olhos fechados. Para bebês, o exame só pode ser realizado durante sono natural, pois a movimentação interfere n captação das respostas. Para realização do procedimentos em bebês, durante sono natural, fundamental que as seguintes recomendações sejam seguidas: ○ Privação de sono – Acorde o bebê mais cedo do que de costume e não permita que ele durma até o momento do exame. No transporte para a clínica, os bebês costumam dormir Portanto, tente distraí-lo e, se necessário, traga um acompanhante, caso tenha que dirigir. ○ Chegada com antecedência, com o bebê acordado – O exame exige a limpeza da pele e colocação de eletrodos. O bebê só deverá dormi após este preparo, caso contrário irá acordar dificilmente voltará a dormir. A fralda pode se trocada nesse momento. ○ Alimentação – Os bebês costumam dormir logo depois da alimentação. Eles poderão então ser amamentados para facilitar a indução ao sono. Traga o leite que ele está acostumado em quantidade suficiente para duas mamadas.O leite pode ser aquecido na clínica. Chupeta, paninho, cobertor, fraldinha, bichinhos de pelúcia, entre outros objetos que o bebê está acostumado para dormir, devem ser trazidos para clínica. Emissões otoacústicas e o potencial evocado auditivo de tronco encefálico (BERA) São exames auditivos eletrofisiológicos realizados para fins diagnósticos. Eles ajudam a identificar o local da via auditiva que apresenta comprometimento, e a determinar níveis mínimos de respostas auditivas em pacientes que não colaboram na avaliação comportamental pela audiometria convencional. Avaliação infantil – técnica Suzuki & Ogiba Semelhante à audiometria tonal limiar, mas sem fone de ouvido. Os sons são emitidos e a criança tem ajuda de um brinquedo luminoso para responder, facilitando sua compreensão e resposta ao teste. Possibilita uma interpretação mais fidedigna dos resultados. Pode ser realizado em crianças de 1 a 2 anos. É um teste que depende da colaboração do indivíduo, não automático. Necessita consulta médica prévia, pois pode-se ter os ouvidos obstruídos por cera. A remoção da cera deve ser realizada pelo médico que solicitou o exame. Terapia de seleção e adaptação de aparelho de amplificação sonora individual Preparada para indivíduos que têm indicação de recuperar a audição por meio de aparelho de amplificação sonora. O aparelho é selecionado para cada caso, os ajustes são realizados em sala e os equipamentos são emprestados para que o indivíduo tenha oportunidade de experimentá-lo em ambientes diversos, como em casa, no trabalho, restaurantes e festas. O paciente participa desse processo durante 30 dias, com retornos semanais. Podem ser experimentados aparelhos de várias empresas. Terapia auditiva Composta por sessões semanais de treinamento auditivo, tem o objetivo de auxiliar o indivíduo que usa aparelhos eletrônicos e auditivos a reaprende a ouvir. Na criança, essa terapia é associada ao trabalho de correção da fala e desenvolvimento da linguagem. Audiometria tonal limiar em campo livre Semelhante à audiometria tonal limiar, mas sem fones de ouvido. É utilizada para avaliar os limiares auditivos de usuários de aparelho de amplificação sonora. É um teste que depende da colaboração do indivíduo, não automático. Necessita consulta médica prévia, pois pode-se ter os ouvidos obstruídos por cera. A remoção da cera deve ser realizada pelo médico que solicitou o exame. Teste de dix hallpike Semiologia - A pesquisa diagnóstica da VPPB é realizada pela manobra de Dix-Hallpike. Essa manobra consiste na movimentação da cabeça do paciente de forma a promover um deslocamento da endolinfa e, conseqüentemente, da cúpula do cana semicircular posterior. Na manobra de Dix-Hallpike, o paciente está inicialmente em posição sentada, com a cabeça rodada lateralmente (direita ou esquerda, conforme o lado a se testado), em aproximadamente 45 graus. Com o examinador segurando a cabeça do paciente promove-se um brusco e rápido movimento de deitar, em decúbito dorsal horizontal. Ao se deitado, por não haver uma fixação horizontal da cabeça, esta fica pendente para trás, em aproximadamente 30 graus. O paciente fic imobilizado nessa posição, com os olhos abertos e olhar fixo. Nos portadores de VPPB, ocorre um evidente nistagmo, alguns segundos após o estímulo (com latência), que dura menos de 45 segundos (esgotável). O exame otoneurológico representado principalmente pelas prova calóricas clássicas, não apresenta achados típicos da VPPB. Nesses pacientes, as provas calóricas podem se apresentar normais ou com respostas hiper ou hipo-reflexas. Exemplifique as medidas de proteção e prevenção da acuidade auditiva Não coloque objetos no ouvido Muitas crianças apresentam o hábito de colocar objetos dentro dos ouvidos e é essencial que os pais prestem atenção a essas atitudes. Isso porque eles podem obstruir a passagem do som e provocar um processo infeccioso ou inflamatório no local. Nos adultos e adolescentes, o maior risco é com o uso de cotonetes na tentativa de limpar a orelha. O ouvido expulsa a cera em excesso naturalmente e a interferência nesse processo pode causar a perfuração do tímpano e infecções. Evite sons altos A poluição sonora é uma das causas principais de perda auditiva em jovens, devido ao hábito de ouvir música com um volume muito alto em fones de ouvido. Assim, mesmo quando nos acostumamos com o volume nas alturas, existe um risco de os ouvidos serem danificados, e o ideal é que o som não ultrapasse 50% do limite do aparelho. A sensação de zumbido provocada por esse hábito pode ser decorrente de um trauma auditivo e é um sinal de alerta que precisa ser investigado por um médico. Faça o tratamento de doenças adequadamente Algumas doenças infectocontagiosas, como a meningite e a otite, podem evoluir para a https://comunicareaparelhosauditivos.com/doencas-auditivas/ surdez quando o tratamento não é feito de maneir adequada. Isso acontece porque algun micro-organismos podem destruir estruturas que são responsáveis pela audição. Portanto, o recomendado é buscar ajuda médica e seguir o tratamento prescrito, caso o primeiro sinal d doença seja percebido. Utilize EPIs em trabalhos com intensos ruídos Quando somos expostos a ruídos diários que ultrapassam o limite de segurança, seja de form súbita, seja de forma esporádica ou de forma prolongada, devemos sempre utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Esses estímulo sonoros de alta intensidade têm a capacidade de matar as células da nossa audição. Por isso, o seu uso é fundamental. Consulte o médico regularmente Perda auditiva induzida por ruído (PAIR): Trata-se de uma diminuição na capacidade de ouvir provocada por exposição constante a ruídos de forte intensidade. Por ser silenciosa e gradual, é fundamenta consultar um otorrinolaringologist periodicamente para que a perda auditiva seja identificada e tratada o mais rápido possível. O exames clínicos e de audiometria são essenciai para o acompanhamento médico, principalmente em casos de pessoas que trabalham em ambientes com altos níveis de ruídos, como indústrias e profissionais de bandas musicais. Respeite o limite máximo de exposição diária De acordo com a NR-15 de 29 de setembro de 2015, que regulamenta a Portaria do Ministério do Trabalho nº 3.214/1978, os limites de exposição diária a ruído contínuo ou intermitente devem se de acordo com os seguintes parâmetros: ● 85 dB até 8 horas; ● 86 dB até 7 horas; ● 87 dB até 6 horas; ● 88 dB até 5 horas; ● 89 dB até 4 horas e 30 minutos; ● 90 dB até 4 horas; ● 91 dB até 3 horas e 30 minutos; ● 92 dB até 3 horas; ● 93 dB até 2 horas e 30 minutos; ● 94 dB até 2 horas; ● 95 dB até 1 hora e 45 minutos; ● 98 dB até 1 hora e 30 minutos; ● 100 dB até 1 hora; ● 102 dB até 45 minutos; ● 104 dB até 35 minutos; ● 105 dB até 30 minutos; ● 106 dB até 25 minutos; ● 108 dB até 20 minutos; ● 110 dB até 15 minutos; ● 112 dB até 10 minutos; ● 114 dB até 8 minutos; ● 115 dB até 7 minutos. Utilize protetores auriculares É dever das empresas estabelecer regras e oferecer equipamentos como protetores auriculares para evitar riscos aos colaboradores. Esses equipamentos ajudam na redução da percepção dos ruídos, protegendo o sistema auditivo de possíveis lesões. Use-os quando for exposto a qualquer som acima de 85 decibéis, como um show, um casamento com música alta ou algumas horas em uma academia barulhenta. Proteja sua audição dos roncos Um estudo canadense revelou que pessoas que dormiam com outras que roncavam sofrem perda de audição no ouvido que ficava mais perto do parceiro. O ronco pode chegar a 80 decibéis (tão alto quanto alguém pedindo socorro) ou a 90 decibéis, o equivalente ao barulho do tráfego pesado de veículos. Um estudo realizado na Queen’s University, em Ontário, no Canadá, procurou avaliar os efeitos do som do ronco, tanto naqueles que os emitem http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-15-atividades-e-operacoes-insalubresquanto em seus parceiros. Eles selecionaram quatro casais em uma faixa etária entre 35 e 55 anos, em que um dos membros tinha apneia do sono grave. A conclusão a que chegaram foi que o efeito do som não era tão forte nos roncadores, já que nem todos mostravam sinais de perda auditiva. Isso ocorre porque o cérebro atenua as interrupções respiratórias durante o sono. Mas 100% dos seus parceiros sofrem as consequências, especialmente no ouvido exposto ao ronco. A diminuição d audição foi equivalente a ter dormido por 15 anos ao lado de uma máquina industrial. Vacinas Leis relacionadas às lesões ocupacionais (audição e equilíbrio). A lei federal n.º 213/1991 define acidente de trabalho como: o acidente que ocorre pelo exerci ́cio do trabalho a servic ̧o da empresa ou pelo exerci ́cio do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do artigo 11 desta lei, provocando lesa ̃o corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda, ou ainda a reduc ̧ão, permanente ou tempora ́ria da capacidade para o trabalho (BRASIL, 1991). Notificação Todo caso de Perda Auditiva Induzida por Ruído é passível de notificação compulsória pelo SUS segundo parâmetro da Portaria GM/MS/ Nº 777 de 28 de abril de 2004. Da mesma forma, todo caso de PAIR deve ser comunicado à Previdênci Social, por meio de abertura de comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). 32
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