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via auditiva e vestibular- 3º semestre TUTORIA 2.2 1. Quais as características anatômicas e histológicas referente às vias auditivas e vestibulares? *estudar morfo e histologia por morfo 2.2 Natureza do som : → são variações audíveis na pressão do ar; → quando um objeto se move em uma direção, um trecho de ar é comprimido, aumentando a densidade das moléculas; → Uma questão interessante é: “se uma árvore cai na floresta e ninguém escuta nada, então foi emitido algum som?”. Fisiologicamente, a resposta é NÃO, pois som, assim como dor, é uma percepção que resulta do processamento do cérebro de uma informação sensorial. A queda da árvore emite ondas sonoras, mas não existe som a menos que alguém ou alguma coisa esteja presente para processar e perceber a energia da onda como um som. Frequência: número de trechos de ar comprimidos ou rarefeitos que passam pelos nossos ouvidos a cada segundo; número de ciclos por segundo → as ondas de alta frequência tem regiões mais comprimidas e rarefeitas; → nosso ouvido: 20- 20000 Hz; a audição mais acurada entre 1.000 a 3.000 Hz. → agudo ou grave → Ultrassom: acima de 20kHz → Infrassom: abaixo de 20 Hz Intensidade: diferença e pressão do ar entre os picos e os vales das ondas sonoras; mais volume + intensidade; 2. Qual a fisiologia da via auditiva? VIA AUDITIVA . Audição → parte vivida de nossa vida consciente; via auditiva e vestibular- 3º semestre Estrutura do sistema auditivo . Pavilhão: está em um local estratégico, tornando mais sensível aos sons que chegam de frente do que de traz. As eminências e depressões do pavilhão assumem um papel na localização dos sons; dividido em 3: → Ouvido externo: do pavilhão até a membrana timpânica; Ouvido médio: membrana timpânica e ossículos; Ouvido interno: estrutura medial à janela oval Ar no ouvido: está em continuidade com o ar nas cavidades nasais através da tuba de estácio, embora esse tubo esteja fechado normalmente por um válvula. → se a pressão no interior do ouvido médio for mais alta que no exterior, a membrana timpânica protrai, e dá um pressão desagradável no ouvido. Amplificação da força dos sons pelos ossículos . → se não houvesse os ossículos para amplificar a força dos sons, o fato de a cóclea ser preenchida com fluido e não com ar, a membrana mal se moveria. → o fluido no ouvido interno resiste muito mais ao movimento do que o ar, de modo que é necessária uma pressão maior para vibrar o fluido do que vibrar o ar. Pressão sobre a membrana: definida como a força que lhe é imposta dividida por sua superfície; a pressão na janela torna-se maior do que a pressão na membrana timpânica se: 1. a força sobre a membrana da janela oval for maior do que a sobre a membrana timpânica; 2. a área de superfície da janela oval for menor do que a áre a membrana timpânica; Mecanismos de amplificação do som: aumento da pressão na janela oval pela alteração da força e da superfície; Ossículos: atuam como alavanca; → são transformados em vibrações menores, porém mais fortes; Reflexo de atenuação . → os dois músculos ligados aos ossículos tem um efeito significativo sobre a transmissão do som ao ouvido interno; Músculo tensor do tímpano: ligado ao martelo; Músculo estapédio: se liga ao estribo Com a contração desses músculos, a cadeia de ossículos fica mais rígida e a condução de som ao ouvido interna é diminuída → Se um som é muito alto, podendo causar danos à orelha interna, os pequenos músculos da orelha média puxam os ossos para reduzir seus movimentos, diminuindo, assim, a transmissão sonora em algum grau. via auditiva e vestibular- 3º semestre → o reflexo de atenuação tem um retardo de 50 a 100 ms em relação ao momento em que o som alcança o ouvido, possibilitando com que o dano possa ter ocorrido antes da contração; → O reflexo também está ativado quando falamos, de modo que não ouvimos a nossa própria voz tão alta quanto ouviremos sem esse reflexo; Helicotrema: local onde a rampa média está fechada e as escalas vestibulares e timpânicas se encontram; → A diferença na concentração da perilinfa e da endolinfa ocorre por causa de um processo de transporte ativo que ocorre na estria vascular, no endotélio que recobre a parede da escola média em contato com a endolinfa→ reabsorve sódio da endolinfa e secreta K+ Potencial endoclear: a endolinfa é aproximadamente 80mV mais positivo que a perilinfa via auditiva e vestibular- 3º semestre Via auditiva . → Como a pressão do fluido não tem nenhum outro lugar para escapar, a membrana da janela redonda deve se abaular para fora em resposta ao mov da janela oval, pois o fluido da cóclea é incompressível; Qualquer movimento da janela oval deve ser acompanhado pelo movimento da janela redonda Membrana basilar: é flexível e se movimenta em resposta ao som → cinco vezes mais larga no ápice do que na base; → a rigidez da membrana diminui da base em direção ao ápice; → a distância que a onda percorre a membrana basilar depende da frequência do som → os sons de alta frequência produzem a propagação de uma onda, a qual se dissipa próxima à base estrita e rígida da membrana basilar; → os sons de baixa frequência produz uma onda que se propaga por toda a membrana até o seu ápice, antes de se dissipar; Tonotopia: organização sistemática de frequências características em uma estrutura auditiva; Órgão de corti: local onde as células receptoras auditivas que convertem a energia mecânica em uma alteração na polarização da membrana estão; → células ciliadas, pelos pilares de corti e células de sustentação; via auditiva e vestibular- 3º semestre → as células ciliadas possuem estereocílios → não são neurônios → são células epiteliais especializadas; → são elas que formam sinapses com neurônios sensitivos de primeira ordem e com os neurônios motores da parte coclear do nervo vestibulococlear Transdução do som em um sinal neural → evento crítico é a inclinação do estereocílio Célula ciliada externa: estão sempre em trio e são responsáveis pela amplificação do estímulo; Célula ciliada interna: unidade que é responsável pela recepção do estímulo; + comunicação com neurônios do gânglio espiral; + informação Transdução . acontece em 5 etapas: acontece em cinco etapas. Basicamente, a energia das ondas sonoras no ar se torna ondas mecânicas e, depois, ondas no líquido da cóclea. As ondas do líquido abrem canais iônicos nas células pilosas (ciliadas), os receptores da audição. O fluxo de íons para dentro das células gera um sinal elétrico que libera um neurotransmissor, que, por sua vez, dispara potenciais de ação nos neurônios auditivos primários. → quando o som provoca deflexão para cima da membrana basilar, a lâmina reticular move-se para cima e para o centro da cóclea, na direção do modíolo, provocando o deslocamento dos estereocílios no sentido oposto; → Os estereocílios contêm filamentos de actina alinhados, que os mantêm como bastões rígidos, de modo que eles inclinem apenas pela articulação na base. → filamentos transversais mantêm os estereocílios de cada célula ligados entre si, permitindo o movimento conjunto. → os estereocílios possuem na extremidade um tipo especial de canal (canal de transdução), cuja a abertura e o fechamento é determinado pela inclinação do estereocílio; via auditiva e vestibular- 3º semestre Ligamento apical: conecta cada canal à parte superior da parede do estereocílio adjacente. → a razão para as células ciliadas responderem diferentemente dos neurônios está na concentração alta de K+ na endolinfa; Amplificação pelas células ciliadas externas . Amplificador coclear: amplificam o movimento da membrana basilar durante os movimentos sonoros de baixa intensidade; dois mecanismos: ● proteínas motoras especiais encontradas na membrana das células ciliadas; elas alteram o comprimento da cce e estas células respondem ao som com um potencial receptor como com uma alteração no seu comprimento; o motor é controlado pelo potencial receptor e não utiliza ATP; motor básico= prestina → células densamente agrupadas na membrana do corpo celular;→ mudam a relação física entre as membranas cocleares ● feixes de estereocílios tem miosina na extremidade superior dos ligamentos apicais; aumenta o mov dos estereocílios em resposta a sons de baixa intensidade; Resumo: quando as células ciliadas externas amplificam a resposta da membrana basilar, os estereocílios das células ciliadas internas inclinam-se mais, e o processo de transdução nas células internas produz uma resposta maior ao nervo coclear; → neurônios extrínsecos à cóclea pode modificar os efeitos das células ciliadas; via auditiva e vestibular- 3º semestre Via auditiva neural . → algumas células dos núcleos cocleares são especialmente sensíveis a sons que variam de frequencia ao longo do tempo; Neurônios binauricular: respostas são influenciadas pelo som proveniente dos dois ouvidos; → importante na localização do som no plano horizontal; → oliva superior via auditiva e vestibular- 3º semestre Intensidade do estímulo . O volume que percebemos está relacionado ao número de neurônios ativos do nervo vestibulococlear e com as suas frequências de disparo de PA → maior intensidade, mais rápido o nervo vestibulococlear dispara; → maior intensidade, distâncias maiores; Sintonia de fase: disparo consistente de uma célula na mesma fase de uma onda sonora → a frequência sonora deve ser a mesma frequência dos potenciais de ação do neurônio Resumo: frequências muito baixas é utilizado a sincronia de fases; em frequências intermediárias tanto a sincronia de fase como a tonotopia; em altas frequências, somente a tonotopia serve para identificar a frequência sonora; → uma boa localização horizontal do som requer uma comparação dos sons que alcançam os dois ouvidos, ao passo que, para uma boa localização vertical, isso não é necessário. → células ciliadas próximas a membrana basilar apical têm frequências mais baixas; ao passo que na basal tem frequências altas; Retardo temporal interauricular: se não estivermos de frente ao som, este demora mais tempo para chegar a um ouvido do que o outro; se o som vier diretamente de frente, não há retardo; → são detectados por neurônios no tronco encefálico → som no plano horizontal; Córtex auditivo . Os axônios deixam o NGM e se projetam ao córtex auditivo através da cápsula interna em um arranjo denominado radiação acústica; 3. Qual a fisiologia da via vestibular? VIA VESTIBULAR . o sistema vestibular informa ao nosso sistema nervoso onde está nossa cabeça e corpo e como estão se movimentando; → controlar contrações musculares que mantêm o corpo, ou posicionam-no, aonde nós queiramos ficar, a fim de nos orientar quando algo desloca e mover nossos olhos para que o mundo visual esteja fixo nas nossas retinas, mesmo quando nossa cabeça se movimenta. → auxilia na coordenação dos movimentos da cabeça e dos olhos e nos ajustes da postura corporal Labirinto vestibular . conjunto de câmaras interconectadas que têm células ciliadas. Órgãos otolíticos: detectam a força da gravidade Ductos semicirculares: são sensíveis a rotação da cabeça ● anterior: identificação flexão e extensão ● lateral: rotação via auditiva e vestibular- 3º semestre ● posterior: flexão lateral; → os corpos celulares do nervo vestibular estão localizados no gânglio vestibular de Scarpa; Mácula: é um epitélio sensorial encontrado em cada órgão otolítico; está orientado verticalmente dentro do sáculo e horizontalmente dentro do utrículo. → quando você inclina a cabeça o ângulo entre os órgãos otolíticos e a direção da força da gravidade mudam Otocônias: a membrana otolítica contém os cristais de carbonato de cálcio (otocônias)- faz com que as máculas sejam sensíveis à gravidade; possuem uma densidade superior à da endolinfa circundante; Transdução . ÓRGÃOS OTOLÍTICOS: → a resposta satura quando os estereocílios se inclinam menos de 0,5 micrômetros → as células ciliadas do utrículo e do sáculo estão orientadas para detectar efetivamente todas as direções; via auditiva e vestibular- 3º semestre → quando determinado movimento da cabeça excita as células ciliadas de um lado, ele tende a inibir as células ciliadas na localização corresponde de outro lado. DUCTOS: → os ductos são preenchidos por endolinfa; a inclinação dos estereocílios ocorre quando os ductos sofrem uma repentina rotação sobre o seu eixo como uma roda; à medida que a parede do ducto e a cúpula começam a girar, a endolinfa tende a se atrasar em relação ao movimento, devido à inércia. → a endolinfa exerce uma força sobre a cúpula, como o vento sobre a vela de um barco; essa força encurva a cúpula, que inclina os estereocílios, os quais, por sua vez, podem excitar ou inibir a liberação de neurotransmissor das células ciliadas para as terminações axonais do nervo vestibular; → A rotação prolongada pode reduzir o encurvamento da cúpula após 15 a 30s, havendo uma adaptação, como em brinquedos de parques de diversão; quando essa rotação cessa, a inercia da endolinfa provoca a inclinação da cúpula no sentido oposto, gerando uma resposta oposta das células ciliadas e uma sensação temporária de rotação. → enquanto a rotação excita as células ciliadas de um ducto, ela inibe as células ciliadas do ducto correspondente contralateral. via auditiva e vestibular- 3º semestre Vias vestibulares centrais . Neurônio 1: está no gânglio vestibular → os prolongamentos periféricos ligam-se a receptores lá nos canais semicirculares e nos ductos; → o prolongamento central constitui a parte vestibular do nervo vestibulococlear → esse prolongamento central chega a região do tronco encefálico na área vestibular A área vestibular é uma área triangular em cada lado do tronco encefálico → nessa região há núcleos vestibulares (onde ocorre a sinapse do neurônio 1 c/ neurônio 2) → córtex: área 5 de brodmann → núcleo ventral posterior no tálamo via auditiva e vestibular- 3º semestre O sistema vestibular, que consiste em um sistema sensorial periférico, um processador central e um mecanismo de resposta motora, capta a resposta da estimulação periférica e a transmite aos músculos extraoculares e à medula espinhal gerando o reflexo vestíbulo-ocular (RVO) e o reflexo vestíbulo-espinhal (RVE), respectivamente. Enquanto a cabeça está em movimento, o RVO atua, permitindo a visão nítida. O RVE tem o objetivo de manter a estabilidade cefálica e postural, evitando quedas, gerando o movimento corpóreo de compensação. Tanto o RVO quanto o RVE são monitorados pelo sistema nervoso central e, quando necessário, são reajustados por um processador adaptativo 4. Quais os principais exames para diagnosticar perda auditiva e de equilíbrio? 5. Quais são as principais causas da perda auditiva? Cite os tipos de prevenção. PERDA AUDITIVA . A audição provavelmente é o nosso sentido social mais importante. As taxas de suicídio são mais altas em pessoas surdas do que naquelas que perderam a visão. Mais do que qualquer outro sentido, a audição nos conecta com outras pessoas e com o mundo ao nosso redor. DISACUSIA: distúrbio da audição Perda condutiva . → som não pode ser transmitido a partir da orelha externa ou da orelha média. As causas da perda auditiva condutiva variam desde uma obstrução do canal auditivo com cera (cerume), ou líquido na orelha média devido a uma infecção, a doenças ou traumas que impedem a vibração do martelo, da bigorna ou do estribo. A correção da perda auditiva condutiva inclui técnicas microcirúrgicas, nas quais os ossos da orelha média podem ser reconstruídos. Os resfriados ou outras infecções que causam inchaço (edema) podem bloquear a tuba auditiva e resultar no acúmulo de líquido na orelha média. Se bactérias ficarem retidas No líquido da orelha média, ocorrerá uma infecção, conhecida como otite média. Perda central . → resulta de dano nas vias neurais entre a orelha e o córtex cerebral ou de danos no próprio córtex, como poderia ocorrer em um acidente vascular encefálico. Essa forma de perda auditiva é relativamente incomum. Lesão no córtex auditivo: a ablação bilateral do córtex auditivo resulta em surdez, mas estaocorre com mais frequência em função de uma lesão dos ouvidos; mesmo após lesões do córtex auditivo, mantém-se um nível surpreendente de função auditiva normal. → a única razão pela qual uma lesão no tronco encefálico pode resultar em uma surdez apenas para um ouvido, é se for destruído um núcleo coclear (ou o nervo vestibulococlear) de um lado; pois até o núcleo coclear, é ipsilateral; via auditiva e vestibular- 3º semestre Sensorial-neural . → origina-se de lesões em estruturas da orelha interna, incluindo morte de células pilosas, como resultado de exposição a sons altos. Atualmente, a perda de células pilosas é irreversível em mamíferos. Noventa por cento da perda auditiva em idosos, denominada presbiacusia, é sensório-neural. Atualmente, o tratamento primário para a perda de audição sensório-neural é o uso de aparelhos de audição. Lesão ou perda das células ciliadas: causa mais comum da surdez humana → na maioria dos casos, o nervo coclear permanece intacto e um implante coclear (cóclea artificial eletrônica) permite o retorno Antibióticos podem levar a surdez, pois a canamicina, por exemplo, danifica as células ciliadas, ficando menos sensíveis ao som; e danificam quase que exclusivamente as externas Possíveis causas . ● Acúmulo de cerume; ● Ruídos/ruídos ocupacionais→ pode acarretar perda neurossensorial súbita ou gradual; ● Envelhecimento → presbiacusia – perda auditiva que se dá progressivamente com a idade por causa da perda de células sensoriais (ciliadas) e perda neuronal; ● Infecções→ otite média aguda e otite média secretora; ● Doenças autoimunes→ podem causar perda auditiva neurossensorial em todas as idades; ● Fármacos ototóxicos→ perda auditiva neurossensorial DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO DE PERDA AUDITIVA . → Antecedentes e história da doença atual→ investigar doenças do passado ou histórico familiar, o tempo que começou, quando começou ou foi percebida, se foi gradual ou súbita, uni ou bilateral, se há dificuldade na fala, traumatismos, uso de medicamentos; → Exame físico → inspeção da orelha para verificar se há obstrução, infecção/otite, malformação, lesões, perfurações, secreção. São realizados os testes de Weber e Rinne para diferenciar perda auditiva condutiva de perda neurossensorial. Uso de um diapasão nesses testes: Teste de Weber . → vê a condução óssea do som 1. o diapasão de 512 ou 1.024 Hz, vibrando é colocado na linha média da fronte, da calota craniana ou junto aos dentes incisivos; 2. o paciente indica em qual ouvido o tom é mais alto. 3. se o som for ouvido igualmente em ambos os ouvidos, a audição é normal ou a perda auditiva é similar bilateralmente e, nesse caso, diz-se que o weber é indiferente; 4. se a percepção do som for no lado pior (afetado) → a perda é condutiva 5. se a percepção do som for no lado melhor (não afetado) → a perda é neurossensorial via auditiva e vestibular- 3º semestre Teste de Rinne . → avalia a condução aérea do som 1. O diapasão é colocado sobre o mastóide até que o paciente refere que não está mais escutando o som, Condução óssea ultrapassa a orelha externa e média e testa a integridade da orelha interna, 8o nervo craniano e vias auditivas centrais 2. logo que o som não é mais percebido,este em que o diapasão é colocado junto ao conduto auditivo externo cerca de 2cm do mesmo, com os arcos no sentido perpendicular ao ouvido; 3. Normalmente, o som do diapasão ainda pode ser ouvido, indicando que a via respiratória é melhor do que a condução óssea. Com a perda auditiva condutiva acima de 25 dB, a relação é invertida; condução óssea é mais alta do que por via respiratória. Com a perda auditiva neurossensorial, ambos os tempos são reduzidos, mas a audição por via respiratória permanece melhor. 4. O rinne é positivo quando o som é escutado por via aérea após não ser mais escutado por via óssea. isso ocorre na audição normal e nas perdas neurossensoriais; 5. O rinne é negativo quando o som não é escutado por vias aéreas, após não ser mais escutado por via óssea. isso ocorre onde a audição por via óssea é mais prolongada, e o sistema amplificador da condução tímpano ossicular está alterado; Exames de imagem→RM ou TC; via auditiva e vestibular- 3º semestre Exames audiométricos → audiometria tonal (quantifica a perda auditiva), logoaudiometria (avalia o limiar de recepção de fala e o índice de reconhecimento de palavras faladas), timpanometria (impedância da orelha média quanto à energia acústica), reflexo acústico. PERDA DO EQUILÍBRIO . Os distúrbios do equilíbrio são transtornos na manutenção do equilíbrio normal que resultam de doenças que afetam as vias vestibulares centrais ou periféricas, o cerebelo ou as vias sensoriais envolvidas na propriocepção. Esses distúrbios costumam apresentar-se como vertigem ou ataxia. Vertigem . A vertigem normalmente se manifesta por meio de impulsão (sensação de que o corpo está sendo arremessado ou puxado no espaço), oscilopsia (ilusão visual de movimento para frente e para trás), náuseas, vômitos ou ataxia de marcha. Os sintomas associados à vertigem podem ajudar a localizar a lesão que a está causando: ● Distúrbio vestibular periférico: normalmente associado à perda auditiva ou zumbido. ● Distúrbio central: normalmente associado a disartria, disfagia, diplopia, fraqueza ou perda sensorial. Ataxia . é incoordenação ou desajeitamento de movimento que não é resultado da fraqueza muscular. Pode ser causada por distúrbios vestibulares, cerebelares ou sensoriais (proprioceptivos). A ataxia normalmente está associada à hipotonia e podeafetar o movimento dos olhos, a fala, os membros, tronco, postura ou marcha. Ataxia associada à vertigem sugere um distúrbio vestibular. Já ataxia com dormência ou formigamento nas pernas sugere ataxia sensorial. No caso de distúrbios cerebelares, as anomalias oculares são uma consequência frequente devido o papel do cerebelo no controle dos movimentos oculares. Pode haver nistagmo, paresia de olhar e movimentos defeituosos. Principais causas . envelhecimento, infecções virais ou bacterianas no ouvido, um ferimento na cabeça ou distúrbios circulatórios que afetam o ouvido interno ou o cérebro, efeito colateral de certos medicamentos. Além disso, problemas nos sistemas visual, esquelético, nervoso ou circulatório (pressão baixa/hipotensão ortostática) podem originar alterações de postura e equilíbrio. Estudos mostram que existe uma relação entre a alteração de sensibilidade cutânea plantar (como em indivíduos portadores de doenças neurológicas ou sistêmicas, principalmente no Diabetes Mellitus e, em indivíduos idosos ou não) e distúrbios do equilíbrio (FERREIRA; VIEIRA; CARVALHO, 2010) via auditiva e vestibular- 3º semestre DIAGNÓSTICO E AVALIAÇÃO DE PERDA DO EQUILÍBRIO . Define-se equilíbrio corporal como a capacidade do homem de manter-se ereto ou realizar movimentos de aceleração e rotação do corpo de maneira eficaz sem oscilações, desvios ou quedas (SCHMIDT et al., 2010). → A história clínica deve observar traumatismo craniano recente (geralmente óbvio pela história), enxaqueca, diabetes, cardiopatia ou doença pulmonar, e de fármacos e abuso de álcool. Além de identificar todos os fármacos em uso, a anamnese deve avaliar as recentes mudanças de fármacos em uso e doses. → Os exames otorrinolaringológicos e neurológicos são fundamentais. Especificamente, com o paciente em decúbito dorsal, os olhos são verificados quanto à presença, à duração e à direção do nistagmo espontâneo. Observam-se a direção e duração do nistagmo, bem como a sensação de vertigem. → Teste de audição de cabeceira é feito, o canal auditivo é inspecionado para avaliar otorreia e corpo estranho, e a membrana timpânica é checada para sinais de infecção ou perfuração. → Testar a função cerebelar avaliando a marcha e fazendo testes dedo-nariz e teste de Romberg (ver Como avaliar a sensibilidade). O teste de marcha de Fukuda (marchar sem sair do lugar com os olhos fechados, antigamente conhecido como teste de Unterberger) pode ser feito por especialistas para ajudar a detectara lesão vestibular unilateral. O restante do exame neurológico é feito, incluindo o restante dos pares cranianos. Para a identificação das disfunções do sistema vestibular e de suas conexões centrais, utiliza-se a nistagmografia (ENG), que analisa o sistema vestibular e as estruturas neurais envolvidas na manutenção do equilíbrio corporal por meio de diversas provas vestibulares e oculomotoras, possibilitando a detecção de alterações nas estruturas supracitadas. A ENG e suas variantes avaliam somente os reflexos vestíbulo-oculares, sendo, portanto, uma avaliação específica do sistema vestibular Com o advento da posturografia dinâmica computadorizada (PDC): investigação das tonturas, sendo um exame complementar em doentes que apresentam queixas relacionadas ao equilíbrio corporal, não diagnosticadas pela bateria de testes convencional. Clinicamente, a importância desses achados reside no fato de diagnosticar a presença de distúrbio do equilíbrio corporal e, posteriormente, identificar se esse distúrbio é consequente a um problema da aferência ou integração sensorial, à resposta motora ineficiente ou ainda, a uma combinação de ambos. Logo, os testes vestibulares convencionais não podem ser substituídos pela PDC. Entretanto, a PDC complementa os resultados em situações específicas, como na averiguação do reflexo vestíbulo-espinhal e na análise sensorial do distúrbio de equilíbrio Existem três testes que avaliam o equilíbrio corporal dos indivíduos na posição ortostática, propiciando uma configuração do estado funcional do sistema vestíbulo-espinhal. São eles: teste de via auditiva e vestibular- 3º semestre organização sensorial (TOS), teste de controle motor (TCM) e o teste de adaptação (TA), que é uma técnica para a estimativa da habilidade funcional do paciente O TOS é o único teste disponível que fornece dados quantitativos a respeito da funcionalidade dos três sistemas informantes do equilíbrio. Este teste possui seis condições, que submetem o indivíduo a diferentes informações sensoriais, obrigando-o a utilizar estratégias diversas para a manutenção do equilíbrio corporal O teste de controle motor (TCM) consiste na sequência de movimentos da plataforma, chamados de translação. As translações são horizontais, do centro para trás e do centro para frente e duram menos de um segundo. A amplitude de cada translação é medida de acordo com a altura do paciente e é dividida em três níveis:small (pequena), medium (média) elarge (grande). A simetria do peso do paciente é mostrada antes e depois das translações da plataforma de força, indicando se o paciente mantém o peso uniforme durante o procedimento. Da mesma forma que o TOS, o exame marca as letras NS quando o paciente não obtém pontuações. O teste de adaptação (TA) é uma série de movimentos na plataforma que extrai, automaticamente, a resposta postural. Há duas condições para avaliar o TA:toes up e toes down, ou seja, dedos dos pés para cima e dedos dos pés para baixo. Esses movimentos dos dedos dos pés são provocados pelos movimentos do equipamento e o eixo de movimento é nos tornozelos. Suas medições indicam a adaptação do sistema motor. Este teste é realizado cinco vezes, com movimentos diferentes da plataforma, mostrando a oscilação e o centro de força do paciente em ambos os pés, em cada condição. A marcação do exame, quando o paciente não consegue realizá-lo, é FALL, indicando que houve queda durante o teste via auditiva e vestibular- 3º semestre 6. Quais as complicações geradas na qualidade vida devido a perda auditiva? 7. Qual a influência do local de trabalho com a perda auditiva? LOCAL DE TRABALHO E AS PERDAS AUDITIVAS . Perda Auditiva Induzida por Ruído (Pair) é a perda provocada pela exposição por tempo prolongado ao ruído. → A perda auditiva relacionada ao trabalho é considerada uma das doenças mais frequentes na população trabalhadora estando presente em diversos ramos de atividade entre eles a siderurgia, metalurgia, gráfica, têxtil, construção civil, agricultura, transportes, telesserviços e outros. → Configura-se como uma perda auditiva do tipo neurossensorial, geralmente bilateral, irreversível e progressiva com o tempo de exposição ao ruído. → Consideram-se como sinônimos: perda auditiva por exposição ao ruído no trabalho, perda auditiva ocupacional, surdez profissional, disacusia ocupacional, perda auditiva induzida por níveis elevados de pressão sonora, perda auditiva induzida por ruído ocupacional, perda auditiva neurossensorial por exposição continuada a níveis elevados de pressão sonora de origem ocupacional. → A maior característica da Pair é a degeneração das células ciliadas do órgão de Corti. O zumbido é um dos sintomas mais comumente relatados pelos portadores de Pair, e provoca muito incômodo: manifestação do mau funcionamento, no processamento de sinais auditivos envolvendo componentes perceptuais e psicológicos → As dificuldades de compreensão de fala são as mais relatadas pelo trabalhador portador de Pair, cujo padrão de fala poderá sofrer alterações, de acordo com o grau de perda auditiva. Em 1998, o Comitê Nacional de Ruído e Conservação Auditiva definiu como características da Pair: ● Ser sempre neurossensorial, uma vez que a lesão é no órgão de Corti da orelha interna. ● Ser geralmente bilateral, com padrões similares. Em algumas situações, observam-se diferenças entre os graus de perda das orelhas. ● Geralmente, não produzir perda maior que 40dB(NA) nas freqüências baixas e que 75dB(NA) nas altas. ● A sua progressão cessa com o fim da exposição ao ruído intenso. ● A presença de Pair não torna a orelha mais sensível ao ruído; à medida que aumenta o limiar, a progressão da perda se dá de forma mais lenta. ● A perda tem seu início e predomínio nas freqüências de 3, 4 ou 6 kHz, progredindo, posteriormente, para 8, 2, 1, 0,5 e 0,25 kHz. Sintetizando, Seligman (2001) indica como sinais e sintomas da Pair: a) Auditivos: Perda auditiva, Zumbidos, Dificuldades no entendimento de fala. Outros sintomas auditivos menos frequentes: algiacusia, sensação de audição “abafada”, dificuldade na localização da fonte sonora. via auditiva e vestibular- 3º semestre b) Não-auditivos: Transtornos da comunicação, Alterações do sono, Transtornos neurológicos, Transtornos vestibulares, Transtornos digestivosm Transtornos comportamentais Trauma acústico É uma perda auditiva súbita, decorrente de uma única exposição a ruído intenso. Quando ocorre uma explosão, a descompressão brusca e violenta pode acarretar dor e lesões simultâneas da orelha média, como rotura da membrana timpânica e/ou desarticulação dos ossículos, assim como distúrbios vestibulares (vertigem e perturbações de equilíbrio). Nesse caso, o som chegará com menor energia na orelha interna, lesando menos essa região. Notificação →Os casos de Perda Auditiva Relacionadas ao Trabalho devem ser notificados: → Ao SUS, na Ficha de Notificação do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) → À Previdência Social, por meio da CAT (Comunicação da Previdência Social) 8. Quais os aspectos legais e epidemiológicos ligados a doenças ocupacionais? ASPECTOS LEGAIS E EPIDEMIOLÓGICOS LIGADOS A DOENÇAS OCUPACIONAIS Os dados epidemiológicos sobre perda auditiva no Brasil são escassos e referem-se a determinados ramos de atividades e, portanto, não há registros epidemiológicos que caracterizem a real situação. Os dados disponíveis sobre as ocorrências dão uma idéia parcial da situação de risco relacionada à perda auditiva. Estima-se que 25% da população trabalhadora exposta seja portadora de Pair em algum grau. Apesar de ser o agravo mais freqüente à saúde dos trabalhadores, ainda são pouco conhecidos seus dados de prevalência no Brasil. via auditiva e vestibular- 3º semestre Os registros de perda auditiva relacionada ao trabalho têm diminuído nos últimos anos. Em 2017, foram 366 casos em todo o Brasil, sendo 344 com Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e 22 sem CAT. No ano anterior, foram 440 casos (399 com CAT e 41 sem CAT). 4º do Decreto Federal3.298/1999 é que é considerada pessoa portadora de deficiência auditiva, o indivíduo que possua perda auditiva bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma, na média das freqüências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz. Parágrafo único. Não será caracterizada como deficiência auditiva a perda de audição de caráter temporário. Art. 3º Para fins de caracterização, a perda de audição deverá ser aferida por audiograma, ou outro instrumento aprovado pelo Poder Público. Art. 4º, II - deficiência auditiva – perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando de graus e níveis na forma seguinte: A. de 25 a 40 decibéis (db) – surdez leve; B. de 41 a 55 db – surdez moderada; C. de 56 a 70 db – surdez acentuada; D. de 71 a 90 db – surdez severa; E. acima de 91 db – surdez profunda; e F. anacusia; Exposição ao ruído, produtos químicos, vibrações, variações de temperatura e o uso de alguns medicamentos podem resultar em perda auditiva ocupacional. Com relação à nomenclatura, diversos termos técnicos são utilizados para descrever esse tipo d perda, o mais comum é o que se refere apenas à exposição ocupacional ao ruído – Perda Auditiva Induzida por Ruído (Pair); Referências: via auditiva e vestibular- 3º semestre ■ https://www.scielo.br/j/acr/a/Kz3cfrqfpW3W7sMWkqH8xCN/?lang=pt ■ https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-ga rganta/perda-auditiva/perda-auditiva?query=PERDA%20AUDITIVA ■ https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-ga rganta/abordagem-ao-paciente-com-doen%C3%A7a-otol%C3%B3gica/tontura-e-vertigem ■ https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_perda_auditiva.pdf ■ PROJETO DE LEI N.º 1.105, DE 2019: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1727039#:~:tex t=4%C2%BA%20do%20Decreto%20Federal%203.298,2.000Hz%20e%203.000Hz. ■ -BEAR, M F; Connors, BW; Paradiso, MA. Neurociências - Desvendando o Sistema Nervoso. 4ª Edição, Artmed, 2017. https://www.scielo.br/j/acr/a/Kz3cfrqfpW3W7sMWkqH8xCN/?lang=pt https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/perda-auditiva/perda-auditiva?query=PERDA%20AUDITIVA https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/perda-auditiva/perda-auditiva?query=PERDA%20AUDITIVA https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/abordagem-ao-paciente-com-doen%C3%A7a-otol%C3%B3gica/tontura-e-vertigem https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-do-ouvido,-nariz-e-garganta/abordagem-ao-paciente-com-doen%C3%A7a-otol%C3%B3gica/tontura-e-vertigem https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_perda_auditiva.pdf https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1727039#:~:text=4%C2%BA%20do%20Decreto%20Federal%203.298,2.000Hz%20e%203.000Hz https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1727039#:~:text=4%C2%BA%20do%20Decreto%20Federal%203.298,2.000Hz%20e%203.000Hz https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1727039#:~:text=4%C2%BA%20do%20Decreto%20Federal%203.298,2.000Hz%20e%203.000Hz