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PRIMEIROS SOCORROS

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PRIMEIROS SOCORROS 
 
Suporte básico de vida ou primeiros socorros, 
as medidas iniciais e imediatas aplicadas a 
vitima, fora do ambiente hospitalar 
executadas por qualquer pessoa, para garantir 
a vida da vitima e evitar o agravamento das 
lesões existentes. 
EMERGÊNCIA X URGÊNCIA 
- Emergência: apresenta um risco maior de 
morte, não pode esperar. Ex: hemorragia, 
parada cardíaca. 
- Urgência: não apresenta risco a vida, pode 
esperar. Ex: fraturas, cortes rasos 
Sinais evidentes de alteração em caso de 
primeiros socorros: respiração, pupilas, 
batimentos cardíacos, temperatura corpórea, 
coloração dos tecidos. 
 
 
 
SINAIS VITAIS 
Determina se há necessidade de primeiros 
socorros, indicam existência de vida. São 
estes: temperatura, pressão arterial, pulso e 
respiração. 
 TEMPERATURA; 
Resulta do equilíbrio térmico mantido entre 
o ganho e a perda de calor pelo organismo. 
Indicador da atividade metabólica. 
- Fatores fisiológicos que alteram a 
temperatura: exercícios, digestão, temperatura 
ambiente e estado emocional. 
 
FORMAS DE PERCA DE CALOR 
Eliminação: fezes, urina, saliva, respiração. 
Evaporação: pela pele (passiva), em caso de 
elevadas temperaturas. 
Condução: troca de calor entre o sangue e o 
ambiente. 
VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA 
Pode ser: Oral, axilar ou retal. 
Obs: a mais precisa é a retal, e a axilar sofre 
maior influencia de fatores externos. 
FEBRE 
Sinal de defesa do corpo – defesa orgânica. 
Primeiro socorros: compresas úmidas na 
testa, cabeça, pescoço, axilas e virilha. 
Banho frio ou cobrir com coberta fria. 
Aspirina, dipirona, antipiréticas e 
acetaminofen, após o diagnostico. 
Primeiros socorros no caso de 
HIPOTERMIA: compresas quentes, cobrir a 
pessoa, massagens para ativar a circulação. 
 PULSO 
Onda de distenção de uma artéria 
transmitida pela pressão que o coração exerce 
sobre o sangue. 
Temperatura e frequência do pulso se 
relacionam. 
Pode ser apresentado variando de acordo com 
sua frequência, regularidade, tensão e volume. 
1. Regularidade: alteração do ritmo 
- Pulso rítmico – normal 
- Pulso arrítmico – anormal 
2. Volume: 
- Pulso cheio – normal 
- Pulso filiforme (fraco) – anormal 
3. Frequência: variação média de acordo 
com a idade. 
Pulso normal Faixa etária 
60-70 bpm Homens adultos 
 
70 – 80 bpm Mulheres adultas 
 
80 – 90 bpm Crianças (> 7 
anos) 
80 – 120 bpm Crianças entre 1 – 
7 anos 
110 -130 bpm Crianças < de 1 
ano 
130 – 160 bpm Recém nascidos 
 
PARA SENTIR O PULSO 
- Procurar acomodar o braço em posição 
relaxada. 
- Usar o dedo indicador, médio e anular 
sobre a artéria escolhida para sentir o pulso, 
fazendo uma leve pressão sobre qualquer um 
dos pontos onde se pode verificar mais 
facilmente o pulso de uma pessoa. 
Obs: não usar o polegar, pois ele tem 
pulsação própria. 
- Contar no relógio as pulsações num período 
de 60 segundos. Neste período deve-se 
procurar observar a regularidade, a tensão, o 
volume e a frequência do pulso. 
 RESPIRAÇÃO; 
Promove permanentemente o suprimento de 
oxigênio necessário ao organismo. 
Fatores diversos como secreções, vômito, 
corpo estranho, edema e até mesmo a própria 
língua podem ocasionar a obstrução das vias 
aéreas, que pode ocasionar asfixia que, se 
prolongada, resulta em parada 
cardiorrespiratória. 
O processo respiratório manifesta-se 
fisicamente através dos movimentos 
ritmados de inspiração e expiração. 
Frequência da respiração: é contada pela 
quantidade de vezes que uma pessoa realiza 
os movimentos combinados de inspiração e 
expiração em um minuto. 
01 inspiração + 01 expiração = 01 movimento 
respiratório. 
Contagem: pode ser feita observando-se a 
elevação do tórax se o acidentado for 
mulher ou do abdome se for homem ou 
criança. 
Pode ser feita ainda contando-se as saídas de 
ar quente pelas narinas. 
- 14 – 20 respirações por minuto (no homem) 
- 16 - 22 respirações por minuto (na mulher) 
- 40 – 50 respirações por minuto uma criança 
nos primeiros meses de vida. 
 
 
Fatores fisiopatológicos podem alterar a 
necessidade de oxigênio ou a concentração de 
gás carbônico no sangue. 
A nível fisiológico: exercícios, emoções 
fortes e banhos frios – aumentam a frequência 
respiratória e banho quente e o sono 
diminuem. 
Massagem cardíaca 
Adultos = usa as duas mãos sem dobrar o 
cotovelo 
Criança = usa apenas 1 mao 
Bebes = usa 2 dedos. 
 PRESSÃO ARTERIAL 
A pressão arterial é a pressão do sangue, que 
depende da força de contração do coração, 
do grau de dispensabilidade do sistema 
arterial, da quantidade de sangue e sua 
viscosidade. 
- Hipertensao: pressão alta, entre 95 – 160 
mm Hg. 
- Hipotensão: pressão muito baixa, a pressão 
máxima só chega a 80 mm Hg. 
 
 
AUMENTA A 
PRESSAO 
DIMINUI A 
PRESSAO 
Digestao Menstruacao 
Excitação emocional Gestação 
Convulsões Sono/repouso 
Hipertireoidismo Hipotireoidismo 
Arteriosclerose Hemorragia grave 
 Anemia grave 
 
OBS: É importante perguntar à vítima sua 
pressão arterial e passar essa informação 
ao profissional que for prestar o socorro 
especializado. 
Primeiros socorros hipertensão: manter a 
pessoa com a cabeça elevada, acalma-la e 
reduzir a ingetao de líquidos e sal. 
Primeiros socorros a hipotensão: deita-lo e 
manter a ingestão de líquidos com pitadas de 
sal. 
AFERIR A PRESSAO 
Posição da pessoa: Sentada, semi-sentada 
(reclinada) ou deitada (esta é a melhor 
posição). 
Material: Esfigmomanômetro e estetoscópio. 
Técnica: 
1. Tranquilizar a pessoa informando-a sobre 
a medição de pressão. 
2. Braço apoiado ao mesmo nível do coração 
para facilitar a localização da artéria braquial. 
3. Colocar o manguito ao redor do braço, a 
cerca de 4 dedos da dobra do cotovelo. 
Prender o manguito. 
4. Fechar a saída de ar e insuflar até que o 
ponteiro atinja a marca de 200 mm Hg. Pode 
ser necessário ir mais alto. 
5. Posicionar o na artéria umeral, abaixo do 
manguito e ouvir se há batimentos. 
6. Abrir a saída de ar lentamente e ouvir os 
batimentos regulares. 
7. Anotar a pressão indicada pelo ponteiro 
que será a Pressão Arterial Máxima. 
8. A pressão do manguito vai baixando e o 
som dos batimentos muda de nítido 
desaparecendo. Neste ponto deve-se anotar a 
Pressão Arterial Minima. 
 CAIXA DE PRIMEIROS 
SOCORROS 
Equipamento de socorro de fácil acesso, 
usado para tratar ferimentos, queimaduras 
entre outros. 
Deve conter uma série de instrumentos, 
medicamentos, soluções, e é preciso que 
sejam bem acondicionados, organizados, para 
facilitar o uso, no caso de uma emergência. 
Atentar se ao prazo de validade dos 
medicamentos e rotulação, e ainda 
embalagem correta de equipamentos de metal 
e pontiagudos ( pinça, tesoura, agulha etc.) 
- Instrumentos 
• Termômetro 
• Tesoura 
• Pinça 
• Conta-gotas 
- Material para curativo: 
• Algodão hidrófilo 
• Gaze esterilizada 
• Esparadrapo 
• Ataduras de crepe 
• Caixa de curativo adesivo 
 
- Antissépticos 
• Solução de iodo 
• Água oxigenada – 10 volumes 
• Álcool 
• Éter 
• Água boricada 
 
 
- Medicamentos 
• Analgésicos em gotas/comprimidos 
• Antiespasmódicos em gotas/comprimidos 
• Colírio neutro 
• Soro fisiológico 
 
Emergências clínicas: são estados graves de 
saúde que não foram causados por nenhum 
fator externo e são, normalmente, 
consequências de doenças pré-existentes. 
- Desmaios, 
- Convulsões, 
- Diabetes, 
- Acidente vascular encefálico (AVE). 
 
Emergências traumáticas: Danos causados 
ao paciente por conta de traumas, ou seja, 
fatores externos. 
- Os traumas são lesões provocadas no corpo 
exposto a energias que não são suportadas 
pela nossa fisiologia. 
 
ACIDENTES 
A melhor forma de enfrentar este problema é 
pela prática da prevenção. Deve-se prevenir, 
afastando todas as condições de risco e assim 
evitar que acidentesaconteçam. 
 
“Será melhor saber SOCORRER e não 
necessitar, do que precisar e NÃO saber.” 
 
 ORIENTAÇÕES GERAIS EM 
CASO DE ACIDENTES 
 
Localizar e proteger as vítimas: 
- Cuide da sua segurança; 
- Tome medidas de proteção; 
- Análise global da (s) vitima (s) de acidente; 
- Acionamento de Recurso Especializado 
- Tomar precaução com doenças 
transmissíveis pelo sague. 
 
COMO AGIR: 
- Mantenha a calma; 
- Afaste os curiosos; 
- Quando aproximar-se, tenha certeza de que 
está protegido (evitar ser atropelado); 
- Faça uma barreira com seu carro, 
protegendo você e a vítima de um novo 
trauma; 
- Chame uma ambulância; 
 
SINALIZACAO DO LOCAL: 
 
- Acionar o pisca-alerta de veículos próximos 
ao local; 
- Definir uma distância para melhor colocação 
do triângulo; 
- Espalhar alguns arbustos ou galhos de 
árvores na via; 
- Desligar a chave de ignição e/ou cabos da 
bateria dos veículos acidentados. 
 
ATENDENDO AS VÍTIMAS NAS 
EMERGÊNCIAS 
 AVALIAÇÃO PRIMÁRIA: 
Manutenção dos sinais vitais 
(Pulsação, Respiração e Temperatura). 
A- Vias aéreas, com controle de coluna 
cervical (colar cervical) 
- Verificar se há obstruções das vias 
respiratórias. 
- Se notar abstrução de passagem de ar, aja 
imediatamente: 
 1- Remova dentaduras (próteses), restos de 
alimentos, sangue, líquidos e outros objetos 
que possam estar impedindo a perfeita 
respiração; 
2- Posicione corretamente a cabeça, com o 
queixo levemente erguido,facilita a 
respiração; 
3- Porém deve-se tomar muito cuidado com a 
possibilidade de fratura de coluna cervical 
(pescoço quebrado). 
 
B- Respiração 
- Ouvir a boca e nariz e observar os 
movimentos respiratórios (inspiração e 
expiração). 
 - Se a vítima não estiver respirando devemos 
proceder imediatamente os procedimentos 
Parada Cárdio-Respiratória. 
C- Circulação 
A tomada de pulsação, fornece importantes 
informações sobre a vítima. Se o pulso está 
fraco e a pele pálida, por exemplo, com os 
lábios arroxeados, pode ser sinal de estado de 
choque, se não houver pulso, provavelmente 
uma parada cardiorrespiratória. 
 
D- Alterações neurológicas 
Verificar o estado de consiencia 
Para verificar o nível de consciência: 
_ Verifique se a vítima se comunica; 
_ Se ela não estiver se comunicando, veja se 
reage ao toque ou à dor; 
_ Se a vítima estiver inconsciente, mas 
respirando, não devemos deixá-la de costas, 
para evitar, asfixia e afogamento.

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