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Epidemiologia clínica - testes diagnósticos

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Dalila Fassarella Corrêa 
 
Epidemiologia clínica: testes diagnósticos 
 
 
 VP + FN FP + VN 
 (A + C) (B + D) 
 
Acurácia 
 
→ Proporção de acertos no teste (VP [A] e VN [D]). 
• Quero que o exame acerte muito – quero uma alta Acurácia. 
 Tender a 100%. 
 Pois independente do resultado ser negativo ou 
positivo, eu poder confiar nesse teste. 
 Ou seja, o mínimo possível de FP e FN. 
 
 
Sensibilidade 
 
→ É a capacidade que o teste tem de encontrar os verdadeiros positivos nas pessoas que estão doentes. 
→ Excluir a doença. 
Teste sensível: 
• Evitar FN. 
- Ter o (C) menor possível e o (A) maior possível. 
- Quanto mais sensível o teste, menos resultados FN. 
 Doenças com alta letalidade. 
○ Sendo a sobrevida da doença muito baixa, é necessário que haja o tto quanto antes. 
 Doação de sangue. 
○ Não transferir para outra pessoa um sangue contaminado. 
 
Especificidade 
 
→ É a capacidade que o teste tem de encontrar os verdadeiros negativos nas pessoas que não estão doentes. 
→ Confirmar a doença. 
Teste específico 
• Evitar FP. 
Dalila Fassarella Corrêa 
 
- Ter o (B) menor possível e o (D) maior possível. 
- Quanto mais específico o teste, menos resultados FP. 
 Trauma psicológico. 
○ Resultados positivos de HIV – reações preocupantes. 
○ Diagnóstico de hipertensão – mudanças nos hábitos/alimentação. 
 Iatrogenia. 
○ Ato feito pode causar dano ao paciente (tto para câncer – quimio, medicação). 
 
Conclusões práticas 
• Sensibilidade – capacidade de detectar os doentes. 
→ Quando o teste é muito sensível: 
- Tem menos falso negativo, se der negativo eu excluo a doença. 
- Aplicação prática: triagem / screening / rastreio (mamografia). 
• Especificidade – capacidade de detectar os não-doentes. 
→ Quando o teste é muito específico: 
- Tem menos falso positivo, se der positivo eu confirmo a doença. 
- Aplicação prática: confirmar diagnósticos (histopatológicos). 
 
Valores preditivos (Positivo x Negativo) 
 
Construção de tabela de VP/VN/FN/FP para uma cidade de 1000 habitantes que tenha uma determinada doença 
com prevalência de 10%. Considere sensibilidade e especificidade = 90%. O que fazer, em ordem: 
1) Total de habitantes: 1000 (fixo). 
2) Sendo a prevalência 10%, isto é, pessoas doentes -> 10% de 1000 = 100. 
3) Saudáveis: 900. 
4) Sobre a sensibilidade, quero saber quem realmente está doente. 
Se é 90% -> 90% de 100 = 90 – verdadeiros positivos. 
Desses doentes, o resto testam negativo: 10 – falsos negativos. 
5) Sobre a especificidade, quero saber quem está saudável e o teste acerta, isto é, mostra que não tem a 
doença. 
Se é 90% -> 90% de 900 = 810 – verdadeiros negativos. 
Desses saudáveis, alguns vão testar positivo: 90 – falsos positivos. 
6) Total de pessoas que testaram positivo: 
90 (VP) + 90 (FP) = 180. 
7) Total de pessoas que testaram negativo: 
10 (FN) + 810 (VN) = 820. 
 
A prova de que a sensibilidade e a especificidade não são exatas (por isso, 90%) é que: 
➢ A quantidade total de positivos (180) não bate com a quantidade de doentes (100). 
➢ A quantidade total de negativos (820) não bate com a quantidade de saudáveis (800). 
 
Valor preditivo POSITIVO 
• Mede os acertos nos resultados positivos. 
Total de acertos (VP) 
 ---dividido por--- 
Total de testes que deram positivo (VP + FP) 
 
 
Valor preditivo NEGATIVO 
• Mede os acertos nos resultados negativos. 
 Total de acertos (VN) 
 ---dividido por--- 
Total de testes que deram negativo (VN + FN) 
 
Dalila Fassarella Corrêa 
 
 
Exercício de fixação 
Teste com sensibilidade e especificidade de 90%, aplicado em duas cidades diferentes (ambas com 1000 habitantes 
porém, uma com prevalência de 90% e outra com prevalência de 10%). 
* Desde já, é possível perceber que a chance de ter uma pessoa doente na cidade A é 9x maior que na cidade B. 
Ordem para preencher a tabela: 
1) Total de habitantes. 
2) Prevalência de cada uma: 
A. 90% de 1000 = 900. 
B. 10% de 1000 = 100. 
3) Sei quantos estão doentes, logo, quantos estão saudáveis: 
A. 1000 – 900 = 100. 
B. 1000 – 100 = 900. 
4) Sensibilidade: quando o teste é feito, 90% dos doentes dão positivo. 
A. 90% de 900 = 810. 
→ Verdadeiros positivos. 
Logo, 900 – 810 (total de doentes menos os que deram positivo) = 90. 
→ Falsos negativos. 
B. 90% de 100 = 90. 
→ Verdadeiros positivos. 
Logo , 100 – 90 = 10. 
→ Falsos negativos (são doentes, mas não deu positivo). 
5) Especificidade: quando o teste é feito, 90% dos saudáveis dão negativo. 
A. 90% de 100 = 90. 
→ Verdadeiros negativos. 
Logo, 100 – 90 (total de saudáveis menos os que deram negativo) = 10. 
→ Falsos positivos. 
B. 90% de 900 = 810. 
→ Verdadeiros negativos. 
Logo, 900 – 810 = 90. 
→ Falsos positivos (são saudáveis, mas não deu negativo). 
6) Total de positivos: 
A. 810 + 10 = 820. 
Valor preditivo positivo: 810 / 820 
 = 0,99  98%. 
B. 90 + 90 = 180. 
Valor preditivo positivo: 90 / 180 
 = 0,5  50%. 
 O VPP é maior numa cidade que tem maior prevalência. 
 
7) Total de negativos: 
A. 90 + 90 = 180. 
Valor preditivo negativo: 90 /180 
 = 0,5  50%. 
B. 10 + 810 = 820. 
Valor preditivo negativo: 810 / 820 
 = 0,99  98%. 
 O VPN é maior numa cidade que tem menor prevalência. 
 
 
 
 
 A B 
 
 
Dalila Fassarella Corrêa 
 
 
 
Conclusões finais 
• Sensibilidade e especificidade são características do teste/exame – não variam! 
 O que muda é a chance do teste acertar (negativo/positivo). 
• Quanto maior a prevalência: maior o VPP e menor o VPN. 
Prática clínica – exemplo: 
ECG (sensibilidade/especificidade próprias) 
• Pessoa idosa/hipertensa/diabética/sendentária, isto é, com prevalência de doenças obstrutivas: 
- É bem possível que tenha esse achado, que dê positivo – VPP alto. 
- Se der negativo, deve-se repetir o exame, pois a chance de não ter nada é pequena – VPP baixo. 
• Pessoa que faz atividade física regularmente, não possui comorbidades. 
- A chance de dar positivo é pequena – VPP baixo, VPN alto.

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