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Processos epidemiológicos

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Dalila Fassarella Corrêa 
Processos epidemiológicos 
 
Cenário epidemiológico 
Transição demográfica e epidemiológica (1930 – 2009) 
• Redução da mortalidade por doenças 
infectoparasitárias 
→ Saneamento básico 
• “Aumento” da mortalidade por neoplasias e 
doenças do aparelho circulatório 
→ Talvez houvesse mortes equivalentes por 
tal motivo mas não havia tecnologia 
suficiente para tal diagnóstico – avanço da 
medicina 
→ Envelhecimento da população 
 Perfil endêmico: a maneira pela qual a doença se 
apresenta, ao longo do tempo, na população. 
 
A partir da década 70, mudanças globais acentuadas 
• Intensa urbanização; 
→ Maior aglomeração 
→ Aumento das transmissões pessoa-pessoa 
→ Aumento do fluxo migratório; 
• Resistência antimicrobiana; 
→ Uso desapropriado de antibióticos e 
surgimento de novas doenças 
• Mudanças climáticas/ações humanas; 
→ Aumento da mortalidade dos sapos 
(aumentou o número de casos de dengue) 
• Intensificação do fluxo de pessoas e 
mercadorias. 
 
Doenças emergentes e reemergentes 
Dengue, Febre amarela, Influenza H7N9, COVID-19 
entre outras. 
• Aparecem e desaparecem → surtos de 
epidemias. 
• Só é possível traçar o perfil epidemiológico de 
cada uma se estiver ocorrendo notificações 
bem feitas – importância de notificar para 
chegar a conclusões. 
 
Regulamento Sanitário Internacional – RSI (2005) 
• OMS elaborou em 2005. 
• Define o protocolo das epidemias. 
→ Nenhum país ou órgão governamental 
está preparado, de forma isolada, para o 
enfrentamento de emergências em Saúde 
Pública de relevância nacional ou 
internacional. 
• Finalidade: 
→ Aumentar a segurança sanitária mundial a 
partir de trabalho conjunto dos países 
membros da OMS. 
→ Em situações anormais que geram 
pressões sociais 
- Exigem resposta rápida das 
autoridades sanitárias. 
 Elementos que irão condicionar o 
ritmo da investigação 
epidemiológica, que possui o 
intuito de prevenir a ocorrência 
de novos casos (isto é, 
compreender de fato o que está 
acontecendo é fundamental para 
evitar que aconteça novamente – 
controle-profilaxia/processo 
saúde-doença) 
 Sazonalidade: algumas doenças variam de acordo as 
estações do ano, temperaturas... 
 
Conceitos importantes 
 Doenças Explosivas: 
○ Aumentam muito e depois diminuem 
(temporárias). 
 Doenças Propagadas: 
○ Ao longo dos anos vai aumentando – infarto, 
AVC. 
 Surto: 
○ É uma ocorrência epidêmica, na qual, os casos 
estão relacionados entre si, atingindo uma área 
geográfica delimitada ou uma população 
restrita a uma instituição – colégios, quartéis, 
creche. 
 Epidemias: 
○ Não são só doenças transmissíveis. 
○ Elevação brusca, temporária e 
significantemente acima do esperado da 
incidência de uma determinada doença 
• Sarampo: 1 caso isolado já é considerado 
epidemia, pois era considerado erradicado. 
 Endemia: 
○ Doença infecciosa que ocorre com frequência e 
com incidência significativa em dada população 
e/ou região. 
• A Febre Amarela é considerada uma doença 
endêmica da região norte do Brasil. 
 Incidência: 
○ Risco de adoecer (para cada 1 milhão de 
pessoas) 
○ Ao analisar o gráfico dos indicadores de 
vigilância, observa-se quais locais estão abaixo 
do valor da incidência (alerta) e quais estão 
acima (atenção – pouco acima; emergência – 
bem acima) 
→ Estar em situação de alerta não significa 
despreocupação, assim como estar em 
atenção/emergência não significa uma 
situação muito alarmante. 
- Depende também de fatores como o 
cenário da assistência de saúde das 
regiões (vagas de leitos hospitalares, 
Dalila Fassarella Corrêa 
quantidade de profissionais), o acesso 
a esta assistência, nível de informação 
dos habitantes etc. 
 
Investigação epidemiológica 
Objetivos principais 
1. Identificação da etiologia 
▪ Tempo para aparecer sintomas 
▪ Relação da temperatura da cidade e a 
doença 
▪ Tipo de epidemia 
▪ Propagação 
2. Identificação das fontes e modos de 
transmissão 
3. Identificação de grupos expostos a maior risco 
▪ Altitudes, fatores climáticos 
 
Etapas 
1. Estabelecer uma definição de caso: 
confirmado ou suspeito? 
2. Verificar o diagnóstico e confirmar a 
ocorrência de casos. 
3. Verificar a existência de surto/epidemia. 
4. Definir o objetivo da investigação. 
5. Analisar os dados disponíveis segundo as 
características do tempo, espaço e pessoa. 
6. Desenvolver hipóteses. 
7. Testar hipóteses. 
8. Avaliar e implementar medidas de prevenção 
e/ou controle. 
9. Comunicar a todos os interessados os 
resultados analisados: permite conseguir 
controlar a doença. 
 
Portaria MS nº 3252/2009 
Compete ao Município: 
• Investigação epidemiológica de casos 
notificados, surtos e óbitos, conforme normas 
estabelecidas pela União, Estado e Município; 
• Coordenação das ações de resposta às 
emergências de saúde pública de importância 
municipal; 
Compete ao Estado: 
• Apoio aos Municípios na investigação 
epidemiológica de casos notificados, surtos e 
óbitos; 
• Coordenação das ações de resposta às 
emergências de saúde pública de importância 
estadual, bem como cooperação com 
Municípios em emergências de saúde pública 
de importância municipal, quando indicado; 
 
Geralmente os municípios têm a seguinte divisão 
Subsecretaria de vigilância em saúde – SVS (dentro da 
Secretaria Municipal de Saúde) 
 Age juntamente com 
✓ Superintendência de Vigilância 
Epidemiológica e Ambiental – SVEA 
✓ Centro de Informações Estratégicas de 
Vigilância em Saúde – CIEVS (analisa os 
resultados provindos da SVEA) 
✓ LACEN – laboratório central (confirma ou 
exclui as investigações da determinada 
doença) 
○ Realização de análises laboratoriais de 
interesse à Vigilância em Saúde, 
conforme organização da rede 
estadual de laboratórios pactuada na 
CIB e rede nacional de laboratórios; 
 Quando há aumento do número de confirmações de 
casos numa curva epidêmica → desconfiar do laboratório: 
pode ter alterado o tipo de testes (alguns tem sensibilidade 
mais alta e podem dar resultado diferente). 
 
Vigilância epidemiológica e ambiental 
Ramificação do SVEA – exemplos da Secretaria de 
Saúde do RJ: 
• CVE – Áreas técnicas de vigilância 
epidemiológica 
→ Zoonoses, Doenças respiratórias e 
imunopreviníveis, vigilância hospitalar, 
etc. 
• CVAST – Áreas técnicas de vigilância 
ambiental 
→ Fatores de risco biológicos e não 
biológicos. 
Portanto, o objetivo dessa vigilância é, 
basicamente: 
 Coordenação, normatização e monitoramento 
das ações de prevenção e controle das 
doenças e fatores de risco de importância em 
Saúde Pública, além do desenvolvimento de 
capacitação. 
 
Notificação online

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