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alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 1 SUMÁRIO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ................................................................................................................................ 2 ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA ...................................................................................................................... 2 OBRIGATORIEDADE DE LICITAR ................................................................................................................. 2 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ...................................................................................................... 3 RESPONSABILIDADE NO CASO DE CONDUTAS OMISSIVAS ....................................................................... 4 https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 2 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA A CF traz algumas regras específicas para o fisco. Por ser o principal responsável pelos arrecadados de recursos para os cofres públicos, mereceu atenção diferenciada do constituinte. Isso se observa no disposto do Art. 37, inciso XXII: XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) Note que há autorização constitucional para o compartilhamento de informações entre os fiscos de diferentes entes federativos. Tal autorização versa apenas situações entre os fiscos. Ao aprofundar no tema, há a possibilidade de analisar se é aceitável o compartilhamento de informações entre o fisco e órgãos de investigação e controle, como Ministério Público, Polícias e Tribunal de Contas, sem a devida autorização judicial. O tema foi apreciado recentemente pelo STF, em julgamento de grande repercussão, ficando consolidado o seguinte entendimento1: 1. É constitucional o compartilhamento dos relatórios de inteligência financeira da UIF e da íntegra do procedimento fiscalizatório da Receita Federal do Brasil (RFB), que define o lançamento do tributo, com os órgãos de persecução penal para fins criminais, sem a obrigatoriedade de prévia autorização judicial, devendo ser resguardado o sigilo das informações em procedimentos formalmente instaurados e sujeitos a posterior controle jurisdicional. 2. O compartilhamento pela UIF e pela RFB, referente ao item anterior, deve ser feito unicamente por meio de comunicações formais, com garantia de sigilo, certificação do destinatário e estabelecimento de instrumentos efetivos de apuração e correção de eventuais desvios. OBRIGATORIEDADE DE LICITAR Em decorrência dos já estudados princípios da indisponibilidade do interesse público e impessoalidade, a regra é que para que o Poder Público compre ou execute qualquer obra, serviço, vendas, etc., deva-se realizar procedimento licitatório. É o que prevê o inciso XXI do Art. 37: XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 1 RE 1055941/SP, rel. Min. Dias Toffoli, julgamento em 4.12.2019. (RE-1055941) – Info. 922 STF. https://www.alfaconcursos.com.br/ geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 3 A Lei Nacional que regulamenta o tema e traz as exceções à regra é a 8.666/93. Nela estão dispostos os procedimentos licitatórios e os contratos públicos. Seu estudo aprofundado é feito no Direito Administrativo. O texto constitucional traz ainda a regra mais rígida quanto à obrigação de licitar. Trata- se do Art. 175 que determina ser obrigatório (sem exceções) a licitação quando se tratar de concessões e permissões de serviços públicos. Veja: Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Cumpre salientar que, apesar da regra de licitar ser aplicável a toda Administração Pública, quando se trata de Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista, exploradoras de atividade econômica, ou seja, que atuam no mercado privado, a venda de seus produtos e serviços não é condicionada ao procedimento licitatório, haja vista tal atividade estar relacionada diretamente com sua atividade-fim, e a licitação acabaria por inviabilizar sua atuação. Contudo, para compras e atividades-meio, permanece a regra da licitação para tais entidades. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Reponsabilidade Civil do Estado é a obrigação do erário púbico em indenizar prejuízos que seus agentes públicos causem a particulares. O §6º do Art. 37 consagra a adoção em nosso sistema jurídico da teoria do risco administrativo, com aplicação da responsabilidade civil objetiva por danos causados em decorrência de condutas comissivas dos agentes públicos. Vejamos: § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Dizer que a responsabilidade é objetiva significa que o dever de indenizar independe de dolo ou culpa na atuação do agente público. Assim, ainda que de maneira acidental, sem intenção, mesmo sem ocorrência de culpa (negligência, imperícia ou imprudência), um agente público cause um prejuízo a um particular, a Administração Pública deverá indenizar. Contudo, a despeito de não depender de dolo ou culpa do agente, pelo menos 2 requisitos devem ser observados, quais sejam: a) nexo de causalidade; b) dano sofrido. Nesse diapasão, podemos elencar algumas situações em que a responsabilidade do Estado de indenizar estará afastada: i) culpa exclusiva da vítima; ii) caso fortuito ou força maior. O dever de comprar tais situações é do Estado, ou seja, deve o erário demostrar a ocorrência das causas excludentes da responsabilidade. APROFUNDANDO: Existe uma possibilidade no texto constitucional de o Estado ter o dever de indenizar o particular, sem que se possa arguir qualquer excludente. Trata-se da aplicação da teoria do risco integral. Isso está disposto no Art. 21, XXIII, “d”: d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa. Em qualquer caso, quando o erário arcar com o prejuízo causado pela atuação do agente público, cabe o direito de regresso por parte do Estado em face do servidor. Contudo, nessa situação, a responsabilização pessoal do agente é condicionada à ocorrência de dolo ou culpa em sua conduta. Assim sendo, só terá que ressarcir os cofres públicos caso reste comprovado que a conduta praticada foi dolosa (houve intenção em causar o prejuízo) ou culposa (houve imperícia, imprudência ou negligencia), consagrando a teoria da responsabilidade subjetiva na ação de regresso. https://www.alfaconcursos.com.br/ geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 4 ATENÇÃO: A responsabilidadedo Estado em face do particular é objetiva. Já do agente público em face do Estado, em ação de Regresso é subjetiva. Trata-se, nas palavras do STF2, de uma dupla garantia: o particular tem a garantia de ser indenizado pelo Poder Público, com maior liquidez, e por parte do servidor que somente responde de maneira regressiva e em face do Estado. Não se pode, como regra, responsabilizar direta e pessoalmente o agente público, em ação movida pelo particular. RESPONSABILIDADE NO CASO DE CONDUTAS OMISSIVAS A jurisprudência do STF e a doutrina entendem que no caso de prejuízos causados por omissão por parte do Estado, não há aplicação da teoria do risco administrativo, mas sim da teoria da culpa administrativa, culpa anônima ou culpa de serviço, dependendo de comprovação de dolo, ou culpa para que haja o dever de indenizar. Temos então a responsabilidade subjetiva. Assim sendo, nesse caso, é dever do lesado comprovar que aquela ausência de prestação positiva por parte do Estado foi causada por culpa ou dolo do serviço público. Por exemplo no caso de enchentes. O particular tem de comprovar que o Estado não agiu como deveria para evitar o fato, e por conta disso ele sofreu o prejuízo. APROFUNDANDO: No caso de pessoas ou coisas que estejam sob a custodia do Estado, como por exemplo alunos ou detentos, haverá responsabilidade objetiva, ou seja, não haverá necessidade de se provar dolo ou culpa para haver a indenização. 2 RE 327904 https://www.alfaconcursos.com.br/ geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce geova Realce
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