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alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 1 SUMÁRIO INTERVENÇÃO.................................................................................................................................................... 2 NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ............................................................................................................................... 2 INTERVENÇÃO FEDERAL ................................................................................................................................ 2 PRESSUPOSTOS MATERIAIS – HIPÓTESES DE INTERVENÇÃO FEDERAL..................................................... 2 ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO FEDERAL ........................................................................................................... 3 ESPONTÂNEA OU DISCRICIONÁRIA: .......................................................................................................... 3 PROVOCADA .............................................................................................................................................. 4 O DECRETO INTERVENTIVO ....................................................................................................................... 7 CONTROLE POLÍTICO DO CONGRESSO NACIONAL .................................................................................... 7 DISPENSA DE CONTROLE POLÍTICO ........................................................................................................... 8 SUSPENSÃO DA TRAMITAÇÃO DAS EMENDAS CONSTITUCIONAIS ........................................................... 8 INTERVENÇÃO ESTADUAL .............................................................................................................................. 8 PRESSUPOSTOS MATERIAIS – HIPÓTESES DE INTERVENÇÃO ESTADUAL .................................................. 8 DECRETO E EXECUÇÃO .............................................................................................................................. 9 EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 9 GABARITO .................................................................................................................................................... 11 https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 2 INTERVENÇÃO NOÇÕES INTRODUTÓRIAS É fundamento do modelo de Estado Federativo a existência de autonomia dos entes que compõem a federação. Essa autonomia pressupõe que não existe hierarquia entre os entes federados e que um ente não se intromete nos assuntos de competência de outro ente. Desse modo, cada um manterá sua autonomia, podendo se auto-organizar, autogovernar, autoadministrar, autolegislar, bem como ter receitas próprias. Contudo, em situações excepcionais, a CF permite, como forma de manter a unidade federativa, que um ente federado se intrometa, intervenha na esfera de autonomia de outro ente federativo, isso é o que se chama de intervenção. É um dos requisitos da Manutenção da Federação. Dessa forma, podemos dizer que intervenção é o contrário de autonomia, pois permite- se que, em caráter temporário, a autonomia de um ente seja afastada. A intervenção é medida excepcional, pois a regra é a autonomia, logo, a não intervenção. As hipóteses de intervenção estão previstas de forma TAXATIVA nos artigos 34 e 35 da CF (numerus clausus) e, por se tratar de uma limitação negativa, não se admite interpretação extensiva, mas tão somente restritiva. Tipos de intervenção Existem dois tipos de intervenção: federal e a estadual, sempre de um ente mais amplo sobre outro imediatamente menos amplo. Federal: União nos Estados, DF e nos Municípios localizados nos Territórios Federais. Estadual: Estados intervêm apenas nos Municípios localizados em seus Territórios. Dessa forma, podemos afirmar que a União nunca intervirá em Municípios localizados nos Estados-Membros. Competência para determinar a intervenção A competência para decretar a intervenção é exclusiva do Chefe do Executivo: Federal - Presidente da República (Art. 84, X). Intervenção Estadual – Governador. No caso do Presidente da República, ressalta-se que a CF prevê a oitiva do Conselho da República e do Conselho de Defesa Nacional, sem vincular a decisão do Presidente, ou seja, o pronunciamento, a opinião, desses órgãos não tem caráter vinculativo, mas meramente opinativo: Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre: I - intervenção federal, Estado de defesa e Estado de sítio; Art. 91. § 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional: II - opinar sobre a decretação do Estado de defesa, do Estado de sítio e da intervenção federal; INTERVENÇÃO FEDERAL PRESSUPOSTOS MATERIAIS – HIPÓTESES DE INTERVENÇÃO FEDERAL Situações críticas que põem em risco a segurança do Estado, o equilíbrio federativo, as finanças estaduais e a estabilidade da ordem constitucional são causas de intervenção federal. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 3 Desse modo, podemos afirmar que a intervenção funciona, inclusive, como um meio de controle de constitucionalidade, pois visa manter a ordem e a estabilidade constitucional. Como visto, as hipóteses de intervenção federal estão previstas em rol taxativo no Art. 34 da CF: Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I - manter a integridade nacional; II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei; VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. (grifo nosso) Entende-se como dívida fundada aquele montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de lei, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses. Trata-se de um passivo financeiro. É o que dispõe o Art. 98 da Lei 4.320/1964: Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário ou a financeiro de obras e serviços públicos. Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e especificações que permitam verificar, a qualquer momento, a posição dos empréstimos, bem como os respectivos serviços de amortização e juros. ESPÉCIES DE INTERVENÇÃO FEDERAL A intervenção federal pode se dar de forma espontânea (discricionária) ou de forma provocada, que pode ser: por solicitação, por requisição ou por provimento de representação. ESPONTÂNEA OU DISCRICIONÁRIA: A intervenção será espontânea, também chamada de ofício ou discricionária, quando o Chefe do Executivo puder decretar a intervenção independentemente de solicitação ou requisição de outro órgão, dentro do seu juízo de conveniência e oportunidade. São as hipóteses elencadas nos incisos I, II, III e V, do Art. 34: manter a integridadenacional; https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 4 repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; reorganizar as finanças da unidade da Federação que: • suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de força maior; • deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei. Destaca-se que tivemos, no dia 16/02/2018, a decretação da intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro (Decreto n. 9.288/2018)1, na área de segurança pública, com fundamento para pôr termo a grave comprometimento de ordem pública. O Presidente, na ocasião, nomeou o interventor: general do Exército, Walter Souza Braga Netto. PROVOCADA A intervenção provocada pode ser: por solicitação, por requisição ou por provimento de representação. POR SOLICITAÇÃO: (Art. 34, IV c/c Art. 36, I – 1a parte). É hipótese de intervenção provocada por solicitação a prevista no Art. 34, IV, ou seja, quando for para garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação. Nesse caso, será solicitação quando for para garantir o livre exercício dos Poderes Executivo e Legislativo, apenas. Isso porque quando for contra o Poder Judiciário, será hipótese de requisição. Nesse caso, o Poder Executivo ou Legislativo que se sentir impedido ou coagido no exercício das suas funções poderá solicitar intervenção federal. O Poder Legislativo pode ser a Assembleia Legislativa estadual ou a Câmara Legislativa do Distrito Federal, e o Poder Executivo será o Governador do Estado ou do DF. Por se tratar de solicitação, o Chefe do Executivo não estará obrigado a decretar a intervenção, tratando-se aqui também de ato discricionário. Vejamos os dispositivos pertinentes da CF: Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário. (grifo nosso) POR REQUISIÇÃO: Nessa modalidade de intervenção temos dois casos distintos: a) requisição do STF; b) requisição do STF, STJ ou TSE. REQUISIÇÃO DO STF (Art. 34, IV c/c 36, I) É hipótese de intervenção provocada por requisição do STF a prevista no Art. 34, IV, ou seja, quando for para garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação, quando o impedimento ou a coação for contra o Poder Judiciário. 1 Decreto em anexo como material complementar. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 5 Caso, por exemplo, o Poder Judiciário local – Tribunal de Justiça - esteja sendo coagido ou impedido no exercício de suas atribuições, ele poderá solicitar ao STF que requisite a intervenção federal. Se o STF entender que é caso de intervenção, irá requisitar ao Presidente, que deverá obrigatoriamente decretar a intervenção. Trata-se nesse caso de ato vinculado, e não discricionário. O Decreto do Presidente será mera formalização da decisão judicial soberana. Vejamos os dispositivos pertinentes da CF: Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder Judiciário. (grifo nosso) REQUISIÇÃO DO STF, STJ ou TSE: (Art. 34, VI c/c 36, II). É hipótese de intervenção provocada por requisição a prevista no Art. 34, VI (parte final), ou seja, caso de descumprimento de ordem ou decisão judicial. Nesse caso, ocorrerá a intervenção por requisição de um dos seguintes Tribunais: STF, STJ ou TSE, a depender da origem da decisão descumprida. Assim a requisição será feita: • Pelo STF: no caso descumprimento de ordem ou decisão judicial do STF ou se tratar de matéria constitucional, ou ainda, se for ordem ou decisão judicial da Justiça do Trabalho ou Militar. Exemplo: não pagamento pelos Estados dos precatórios2. • Pelo STJ: no caso descumprimento de ordem ou decisão judicial do STJ ou da Justiça Federal ou Estadual, desde que não envolva matéria constitucional, quando então a competência será do STF. • Pelo TSE: no caso descumprimento de ordem ou decisão judicial da Justiça Eleitoral. Por se tratar de requisição, o Presidente estará obrigado a decretar a intervenção nessas hipóteses, tratando-se de ato vinculado. Vejamos os dispositivos pertinentes da CF: Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: II - no caso de desobediência a ordem ou decisão judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral; (grifo nosso) DEPENDENDO DE PROVIMENTO DE REPRESENTAÇÃO (representação interventiva): (Art. 34, VI e VII c/c Art. 36, III) 2 Ressalta-se que o STF só tem entendido pela intervenção nesse caso quando ficar comprovado o descumprimento voluntário e intencional e ainda que o Estado possua recursos financeiros para pagá-los (cláusula da reserva do possível). https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 6 São hipóteses de intervenção provocada, a depender de Representação do Procurador- Geral da República perante o STF, as previstas no Art. 34, VI (primeira parte) prover a execução de lei federal e também a prevista no Art. 34, VII, para assegurar a observância dos princípios sensíveis. Nessas hipóteses o PGR deverá apresentar uma representação ao STF que em caso de provimento irá requerer ao Presidente que decrete a intervenção. Trata-se, portanto, de hipótese também de requisição feita pelo STF, mas que depende de representação do PGR. Assim, temos duas hipóteses em que a intervenção dependerá de representação: • Recusa de Execução (cumprimento) de Lei Federal (prover a execução de lei federal) –– Art. 34, VI + 36, III: nesse caso teremos o cabimento da ação de executoriedade de lei federal, e a referida ação busca o cumprimento da lei. • Violação a princípios constitucionais sensíveis –Art. 34, VII + 36, III: temos a chamada representação interventiva ou ação direta de inconstitucionalidade interventiva, nesse caso a finalidade será a declaração de inconstitucionalidade do ato realizado pelos entes federativos, afastando ele da ordem jurídica. Vejamos os dispositivos pertinentes da CF: Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de leifederal. (grifo nosso) Se o STF der provimento, a representação do PGR irá requerer que o Presidente, no prazo de 15 dias, decrete a intervenção. Trata-se também de ato vinculado, não podendo o Presidente se recusar a expedir o decreto interventivo. Destaca-se ainda que nessa modalidade de intervenção se a mera suspensão do ato impugnado já for suficiente para restabelecer a normalidade, o decreto deverá se limitar a isso, apenas à suspensão do ato. Caso a suspensão não seja suficiente, então o Presidente determina a efetiva intervenção. Da decisão do STF que julga a representação do PGR não cabe recurso, sendo, portanto, irrecorrível. https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 7 O DECRETO INTERVENTIVO Como visto, o decreto é ato exclusivo do Chefe do Poder Executivo. Tal decreto deverá especificar: a amplitude; o prazo; as condições de execução da intervenção; a nomeação de interventor – se for o caso; o afastamento de autoridades: mediante decreto o Presidente, pode afastar autoridades envolvidas, de modo que, cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas retornarão aos seus cargos, salvo impedimento legal. Art. 34. § 1º O decreto de intervenção, que especificará a amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso Nacional ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. (grifo nosso) Art. 36. § 4º Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal. CONTROLE POLÍTICO DO CONGRESSO NACIONAL Em regra, o decreto interventivo deve ser submetido a controle político, realizado pelo Congresso Nacional, no prazo de 24 horas (Art. 36, § 1o). O Congresso poderá: • aprovar a intervenção; • rejeitar a intervenção, suspendendo a execução do decreto. A decisão do Congresso vincula o Presidente, que não poderá descumpri-la, sob pena de crime de responsabilidade. A competência do Congresso Nacional para decidir se aprova ou rejeita a intervenção é exclusiva, por meio do quórum de maioria simples, materializando-se mediante decreto legislativo, conforme Art. 49. Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: IV - aprovar o Estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o Estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas. (grifo nosso) Se o Congresso estiver em recesso, será hipótese de convocação extraordinária, requerida pelo Presidente do Senado Federal, também no prazo de 24h, conforme Art. 36, § 2º e Art. 57, § 6º, I, da CF: Art. 36. § 2º Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a Assembleia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro horas. Intervenção Espontânea Provocada Solicitação Requisição Provimento de Representação https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 8 Art. 57. § 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de Estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de Estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice- Presidente da República. DISPENSA DE CONTROLE POLÍTICO Nem todo decreto interventivo deverá ser submetido a controle político. Em algumas hipóteses, a CF dispensa esse controle. Ficam dispensadas do controle político aquelas hipóteses de decretação de intervenção por requisição do Poder Judiciário (Art. 34, VI e VII), ou seja: Representação do PGR e provimento do STF: • prover a execução de lei Federal (Art. 34, VI); • afronta aos princípios constitucionais sensíveis (Art. 34, VII). Requisição dos STF, STJ ou TSE no caso de descumprimento de ordem ou decisão judicial - (Art. 34, VI). Isso porque, nesses casos, a suspensão do ato impugnado já é suficiente para restabelecer a normalidade. § 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. Caso o decreto suspendendo a execução do ato impugnado não seja suficiente para restabelecer a normalidade, o Presidente decretará a intervenção, nomeando interventor se for o caso, e o decreto deverá ser submetido à controle político. SUSPENSÃO DA TRAMITAÇÃO DAS EMENDAS CONSTITUCIONAIS Conforme Art. 60, §1º, CF/88 A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de Estado de defesa ou de Estado de sítio. INTERVENÇÃO ESTADUAL PRESSUPOSTOS MATERIAIS – HIPÓTESES DE INTERVENÇÃO ESTADUAL As hipóteses de intervenção estadual ou federal (da União dos Municípios localizados nos Territórios) encontra-se previsto de forma taxativa no Art. 35 da CF/88: Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, exceto quando: I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada; II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde; IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 9 Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. (grifo nosso) DECRETO E EXECUÇÃO O Governador do Estado tem competência para decretar a intervenção. Aplicam-se à intervenção estadual as mesmas regras da intervenção federal, como amplitude do decreto, prazos e controle político. Ressalta-se que há também hipóteses de intervenção provocada, que depende de Representação (ADI - interventiva), prevista no Art. 35, IV da CF/88. Nesse caso a representação será feita pelo Procurador-Geral de Justiça (MP Estadual) e dependerá de provimento pelo Tribunal de Justiça. Nesse caso, fica dispensado o controle político (Art. 36, § 3º) Art. 35. IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. (grifo nosso) § 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. À semelhança do que ocorre no âmbito federal, da decisão do Tribunal de Justiça também não caberá recurso conforme súmula 637 do STF: Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de Justiça que defere pedido de intervenção estadual em Município. EXERCÍCIOS 1. (CESPE/2015) A União tem competência para intervir nos Estados e no Distrito Federal, mas em nenhuma hipótese poderá intervir em Municípios localizados em Estados-Membros. Certo ( ) Errado ( ) Resposta: Certa Existem dois tipos de intervenção: federal e a estadual, sempre de um ente mais amplo sobre outro imediatamente menos amplo. Federal: União nos Estados, DF e nos Municípios localizados nos Territórios Federais. Estadual: Estados intervêm apenas nos Municípios localizados em seus Territórios. Dessa forma, podemos afirmar que a União nunca intervirá em Municípios localizados nos Estados-Membros. 2. (CESPE/2014) A decretação da intervenção federal em Estado, no Distrito Federal ou em Município, por inobservância dos princípios constitucionais sensíveis, dependerá do provimento de representação do Procurador-Geral da República pelo STF. Certo ( ) Errado ( ) https://www.alfaconcursos.com.br/alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 10 Resposta: Errada Existem dois tipos de intervenção: federal e a estadual, sempre de um ente mais amplo sobre outro imediatamente menos amplo. Federal: União nos Estados, DF e nos Municípios localizados nos Territórios Federais. Estadual: Estados intervêm apenas nos Municípios localizados em seus Territórios. Dessa forma, podemos afirmar que a União nunca intervirá em Municípios localizados nos Estados-Membros. Presta atenção (a questão falou: A decretação federal em Municípios – não pode) 3. (CESPE/2010) De acordo com a jurisprudência, é da competência do STF o julgamento do pedido de intervenção federal por falta de cumprimento de decisão judicial proferida pela Justiça do Trabalho, mesmo quando referida decisão não contiver matéria de cunho constitucional. Certo ( ) Errado ( ) Resposta: Certa Na hipótese de intervenção provocada por requisição a prevista no Art. 34, VI (parte final), ou seja, caso de descumprimento de ordem ou decisão judicial, ocorrerá a intervenção por requisição de um dos seguintes Tribunais: STF, STJ ou TSE, a depender da origem da decisão descumprida. Assim a requisição será feita: Pelo STF: no caso descumprimento de ordem ou decisão judicial do STF ou se tratar de matéria constitucional, ou ainda, se for ordem ou decisão judicial da Justiça do Trabalho ou Militar. Exemplo: não pagamento pelos Estados dos precatórios. Pelo STJ: no caso descumprimento de ordem ou decisão judicial do STJ ou da Justiça Federal ou Estadual, desde que não envolva matéria constitucional, quando então a competência será do STF. Pelo TSE: no caso descumprimento de ordem ou decisão judicial da Justiça Eleitoral. Por se tratar de requisição o Presidente estará obrigado a decretar a intervenção nessas hipóteses, tratando-se de ato vinculado. 4. (CESPE/2010) A intervenção do Estado no Município tem caráter excepcional e é permitida nas hipóteses previstas na CF e eventualmente estabelecidas na respectiva Constituição Estadual. Certo ( ) Errado ( ) Resposta: Errada As hipóteses de intervenção estadual ou federal (da União dos Municípios localizados nos Territórios) encontra-se previsto de forma taxativa no Art. 35 da CF/88 5. A competência do Congresso Nacional para decidir se aprova ou rejeita a intervenção é exclusiva. Certo ( ) Errado ( ) https://www.alfaconcursos.com.br/ alfaconcursos.com.br MUDE SUA VIDA! 11 Resposta: Certa Em regra, o decreto interventivo deve ser submetido a controle político, realizado pelo Congresso Nacional, no prazo de 24 horas (Art. 36, § 1o). O Congresso poderá aprovar a intervenção OU rejeitar a intervenção, suspendendo a execução do decreto. A decisão do Congresso vincula o Presidente, que não poderá descumpri-la, sob pena de crime de responsabilidade. A competência do Congresso Nacional para decidir se aprova ou rejeita a intervenção é exclusiva, por meio do quórum de maioria simples, materializando-se mediante decreto legislativo, conforme Art. 49. GABARITO 1. Certo 2. Errado 3. Certo 4. Errado 5. Certo https://www.alfaconcursos.com.br/
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