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FISIOLOGIA - Pâncreas endócrino - Insulina e glucagon

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Ana Laura Octávio - TXXII 
 
PÂNCREAS ENDÓCRINO – INSULINA E GLUCAGON 
 
INTRODUÇÃO 
 
- O pâncreas é um órgão que apresenta, compondo sua estrutura, dois tipos distintos de 
tecidos, são eles: 
✓ ÁCINOS – porção exócrina do pâncreas, são responsáveis por secretar o suco 
digestivo. 
✓ ILHOTAS DE LANGERHANS – porção endócrina do pâncreas, secretam 
principalmente insulina e glucagon. 
 
ILHOTAS DE LANGERHANS 
- São acúmulos de células organizadas em cordões, entremeados com capilares 
sanguíneos fenestrados. 
- Estão presentes de 1 a 2 milhões no pâncreas humano. 
- Possuem três tipos de células principais: 
▪ 25% alfa – secretam glucagon. 
▪ 60% beta – secretam insulina. 
▪ 10% delta – secretam somatostatina. 
- A insulina e o glucagon são os principais hormônios liberados por essas ilhotas e são 
altamente responsivos a estímulos ``alimentares´´ (jejum/refeição), ou seja, status 
metabólico/nutricional. 
- São hormônios peptídicos. 
OBS.: A glicemia é o mecanismo primário de controle da secreção pancreática. 
- Além disso, podem apresentam mecanismos autócrinos, uma vez que essas células 
possuem intercomunicações. 
 
 
INSULINA 
 
- A insulina é um hormônio peptídico secretado pela porção endócrina do pâncreas e 
está relacionada com o armazenamento do excesso de energia, na forma de glicogênio 
– quando no fígado e músculos – ou de gordura – quando no tecido adiposo. 
- Ela é sintetizada na forma de pré-pró-hormônio, sofrendo todas as clivagens 
necessárias até chegar a sua conformação final (hormônio). 
- Possui uma meia vida curta, cerda de 6 minutos e circula livre pela corrente sanguínea. 
- O efeito geral da ligação insulina-receptor é o aumento a captação de glicose pelas 
células, o que diminui a glicemia. Logo, o controle primário do mecanismo de secreção 
da insulina é o aumento da concentração de glicose sanguínea. 
OBS.: Glicose sanguínea esperada em jejum: 80 – 90 mg/100mL. 
 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
MECANISMOS DE SECREÇÃO DE INSULINA 
 
- De maneira simplificada, as células beta do pâncreas possuem em sua membrana 
GLUT2, um transportador de glicose. 
- Dessa forma, as células beta do pâncreas captam glicose da corrente sanguínea e essa, 
quando dentro das células é convertida, primeiramente, em glicose 6-fosfato pela 
enzima glicoquinase. Após isso, a molécula entra na glicólise, o que resulta em energia 
(ATP). 
- O ATP, então, fecha canais de potássio, despolarizando a membrana celular das células 
beta. 
- Essa despolarização acarreta a abertura de canais de Ca2+ e, graças a isso, as vesículas 
de insulina fundem-se a membrana (através das snare) e são liberadas na corrente 
sanguínea por exocitose. 
 
 
TESTE DE TOLERÂNCIA 
 
- Esse teste tem como objetivo diagnosticar a necessidade ou não de insulina sintética 
(organismo não produz nada ou pouca quantidade de insulina, logo é necessário que 
essa insulina seja obtida de outras maneiras, p.ex. injeção). 
- O teste consiste em dar ao paciente glicose oral e observar os níveis de insulina após, 
aproximadamente, 2 horas. 
- Resultados após 2 horas: 
✓ Insulina aumentada → individuo normal. 
✓ Insulina inferior a 200mg/dL → diabético dependente de insulina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
INDIVÍDUO NORMAL INDIVÍDUO DIABÉTICO 
Ana Laura Octávio - TXXII 
 
OBS.: A via de administração da glicose muda a secreção da insulina pelo pâncreas. 
Quando a administração é intravenosa, não ocorre a absorção da glicose; assim, a 
resposta do pâncreas é mais lenta. 
Quando a administração é oral, o efeito é mais agudo e intenso – a administração oral 
estimula mais a secreção de insulina, pois enquanto a glicose está sendo absorvida no 
intestino delgado, tem-se estimulação para secreção de CCK/galamina = potencialização 
da secreção de insulina. 
 
EFEITOS METABÓLICOS DA INSULINA 
 
. 
 A INSULINA ESTIMULA A INSULINA INIBE 
 - Transporte da glicose através da 
membrana plasmática nos tecidos 
adiposo e muscular. 
- Taxa de glicólise no musculo e no tecido 
adiposo. 
- Síntese de glicogênio no tecido 
adiposo, músculos e fígado. 
 
- Degradação do glicogênio no musculo e 
fígado. 
- Taxa de glicogenólise e gliconeogênese no 
fígado. 
 
 - Síntese de ácidos graxos e de 
triacilglicerol nos tecidos. 
- Captação de triglicerídeos plasmáticos 
pelo tecido adiposo e músculos. 
Velocidade da síntese de colesterol no 
fígado. 
 
- Lipólise no tecido adiposo, minuindo os 
níveis plasmáticos de ácidos graxos. 
- Oxidação dos ácidos graxos no musculo e 
fígado. 
- Cetogênese. 
 
 - Transporte de aas nos tecidos. 
- Síntese de proteína nos músculos, 
tecido adiposo e fígado. 
- Degradação da proteína no musculo. 
- Formação de ureia. 
 
 
 
 
GLUCAGON 
 
- De maneira geral, o glucagon é um hormônio peptídeo de efeitos contrários a insulina. 
- É secretado pelas células alfa da porção endócrina do pâncreas. 
- Como acontece com outros hormônios peptídicos, o glucagon é sintetizado como pré-
pró-glucagon. O peptídeo de sinalização e outras sequências peptídicas são removidos, 
para a produção do glucagon que depois é armazenado em grânulos densos, até ser 
secretado pelas células α. 
- Possui como função mais importante aumentar a concentração de glicose sanguínea. 
Logo, o principal estímulo para sua secreção é a diminuição da concentração de glicose 
no sangue. 
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Ana Laura Octávio - TXXII 
 
- Por essa razão, aumentar a concentração de glicose sanguínea, o glucagon também é 
conhecido como hormônio hiperglicêmico. 
OBS.: Tanto a glicose como a insulina inibem a síntese do glucagon. 
 
 
MECANISMOS DE SECREÇÃO DE GLUCAGON 
 
- As células alfa das ilhotas de Langherans possuem canais de Ca2+, os quais são ativados 
quando recebem o estímulo. 
- A ativação consiste em uma cascata de sinalizações, que resultam na exocitose de 
vesículas com glucagon. 
- O hormônio circula livremente e chega a suas células-alvo através da corrente 
sanguínea. 
OBS.: Principal órgão-alvo: fígado (hepatócitos) – estimulação da glicogenólise. 
 
 
 
EFEITOS METABÓLICOS DO GLUCAGON 
 
- De maneira geral, o glucagon: 
• Aumenta a concentração de glicose no sangue: 
o Quebra glicogênio hepático (glicogenólise). 
o Aumenta a gliconeogênese no fígado. 
• Aumenta a concentração de ácidos graxos e dos cetoácidos no sangue: 
o Aumenta a lipólise e a formação de cetoácido. 
o Inibe a síntese dos ácidos graxos. 
 
 
EFEITO SOBRE AS ENZIMAS-ALVO RESPOSTA METABÓLICA 
Expressão aumentada de glicose 6-fosfato Libera a glicose para a sua entrada na 
circulação. 
Supressão da glicocinase Diminui a entrada de glicose na cascata 
glicolítica. 
Fosforilação (ativação) da glicogênio 
fosforilase 
Estimula a glicogenólise. 
Inibição da glicogênio sintase Inibe a síntese de glicogênio. 
Estimulação da expressão de 
fosfoenolpiruvato carboxicinase 
Estimula a gliconeogênese. 
 Inibe a glicólise e estimula a gliconeogênese. 
Supressão da atividade da piruvato cinase Diminui a glicólise. 
 
Ana Laura Octávio - TXXII

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