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Linfomas

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LINFOMAS 
Referencia Bibliográfica: Bogliolo 
Patologia.Geraldo Brasileiro filho 9 ed.Capítulo 25 
: Sistema Hemolinfopoético 
Introdução 
- As neoplasias linfoides correspondem a um 
grupo heterogêneo de lesões originadas em 
precursores hematopoéticos B, T ou NK, 
comprometidos com a diferenciação linfoide em 
diferentes etapas do desenvolvimento e em 
diferentes estágios evolutivos. Refletindo a 
heterogeneidade das células linfoides, são 
conhecidas mais de 50 entidades 
clinicopatológicas nesse grupo de neoplasias. 
- Em 1832, o médico inglês Thomas Hodgkin 
descreveu uma doença tumoral de linfonodos e 
do baço, o que representou o primeiro relato de 
neoplasia do sistema linforreticular. Em 1865, 
Wilks acrescentou outros casos semelhantes e 
chamou-os de doença de Hodgkin, cuja descrição 
histológica foi feita quase simultaneamente por 
Sternberg em 1899, na Áustria, e por Dorothy 
Reed, em 1902, nos EUA. Em 1858, Virchow 
empregou o termo linfoma e, em 1863, 
descreveu o linfossarcoma como tumor maligno 
do sistema linfoide. 
As neoplasias linfoides são divididas em três 
grandes grupos: (1) neoplasias de células linfoides 
B; (2) neoplasias de células linfoides T/NK; (3) 
linfomas de Hodgkin (LH), também um linfoma de 
células B, com características especiais. Com isso, 
os linfomas são agrupados em duas grandes 
categorias: (1) linfoma de Hodgkin (LH); (2) 
linfomas não Hodgkin (LNH). 
- No Brasil, segundo o Instituto Nacional do 
Câncer (INCA) em 2014 foram diagnosticados 
cerca de 10.000 novos casos de LNH e 2.100 
novos casos de LH, ambos com predomínio no 
gênero masculino. Assim, os LNH variam do 9º ao 
13º lugar em relação às demais neoplasias, 
enquanto os LH variam do 13º ao 17º lugar, 
dependendo do gênero e da região geográfica. A 
variação na incidência dos linfomas entre países é 
grande e depende de vários fatores. Em países 
industrializados, a incidência chega a 13 novos 
casos/100.000 habitantes/ano (hab/a), enquanto 
em regiões da Ásia é de três novos casos/100.000 
hab/a. No Brasil, segundo estimativas do INCA, a 
incidência varia de três a sete casos/100.000 
hab/a para os LNH e de 0,5 a 1,5 caso/100.000 
hab/a para os LH. Existe crescimento real na 
incidência de linfomas no mundo de cerca de 4% 
ao ano, com variações geográficas. Em países em 
que a expectativa de vida cresce muito, como na 
Europa, o incremento na incidência pode chegar 
de 15 a 28%. O aumento da notificação de casos, 
a exposição ocupacional a vários agentes e a 
endemia pelo HIV parecem responder por 20% 
desse incremento, permanecendo desconhecida 
a maioria das causas de tal aumento. 
Além da variação geográfica dos subtipos dos 
tumores, que podem ocorrer devido a fatores 
étnicos, socioeconômicos e ambientais, há 
variação dos tipos de linfomas em diferentes 
faixas etárias. Em crianças e adolescentes, 
predominam os LNH de Burkitt, de células B e T 
precursoras (linfoma linfoblástico/leucemia 
linfoide aguda), de grandes células B e de grandes 
células anaplásicas T/null. Com o avançar da 
idade, esses tipos reduzem de frequência e cresce 
a do linfoma difuso de grandes células B e de 
linfomas indolentes, principalmente foliculares. 
Considerando todos os LNH, há aumento na 
incidência de linfomas com a idade. Os LH 
começam a surgir por volta dos 10 anos de idade, 
atingem o pico de frequência em torno de 30 
anos e decaem a partir daí. Os dados obtidos em 
estudos brasileiros não apoiam a existência de 
um segundo pico de maior incidência de LH por 
volta da sétima década de vida. 
 
ASPECTOS CLÍNICOS GERAIS 
- Clinicamente, os linfomas manifestam-se de 
forma heterogênea. Os LNH podem ter início nos 
linfonodos ou em órgãos extranodais, 
principalmente no estômago e na pele. Cerca de 
30 a 40% dos LNH são primários de órgãos 
extranodais, dependendo a sintomatologia do 
local de comprometimento: manifestações 
gástricas, cutâneas ou neurológicas etc. Os LH 
originam-se praticamente apenas em linfonodos. 
Em geral, os linfonodos mais comprometidos são 
os cervicais, embora os linfomas possam iniciar-
se em qualquer cadeia linfonodal. Os linfonodos 
comprometidos apresentam aumento da 
consistência à palpação, redução da mobilidade, 
diminuição ou ausência de dor e sensibilidade à 
manipulação; em geral, o volume do órgão 
aumenta progressivamente, embora às vezes 
lentamente. Quando há manifestações gerais, 
além do aumento do tamanho dos linfonodos ou 
do comprometimento de órgãos extranodais, 
fala-se que o paciente apresenta sintomas B. As 
manifestações B são importantes, pois sua 
presença pode indicar prognóstico menos 
favorável que nos pacientes sem elas 
(denominados A). 
As manifestações B incluem: (a) febre, 
geralmente vespertina, sem outra causa 
aparente, superior a 38o C; (b) sudorese noturna 
abundante; (c) perda de mais de 10% do peso em 
menos de seis meses, sem causa evidente. Alguns 
autores incluem prurido como manifestação B, 
principalmente nos LH e nas neoplasias de células 
linfoides T/NK. 
- Em vista da suspeita clínica de linfoma, a 
conduta é o estudo histopatológico do linfonodo 
aumentado ou do órgão comprometido por meio 
de biópsia, que pode ser complementada com 
estudos imunológicos ou moleculares. 
- Feito o diagnóstico de linfoma, há necessidade 
de proceder ao estádio da doença, ou seja, 
avaliar sua extensão no organismo, com vistas ao 
prognóstico. Esta avaliação é feita por meio do 
preconizado pelo sistema Ann-Arbor, que gradua 
a extensão da doença em quatro níveis: 
■ Estádio I: apenas um linfonodo ou grupo de 
linfonodos está comprometido 
■ Estádio II: mais de um linfonodo ou grupo de 
linfonodos está comprometido, do mesmo lado 
do diafragma 
■ Estádio III: linfonodos estão comprometidos 
em ambos os lados do diafragma 
■ Estádio IV: a doença é disseminada, infiltrando 
outros órgãos, como medula óssea, fígado, 
pulmões etc. 
Este sistema prevê algumas notações especiais: 
■ Inclusão da letra E em casos de 
comprometimento extranodal. Paciente com 
linfoma primário da parede gástrica ou do 
pulmão, com lesão única, está no estádio IE. Se o 
paciente apresenta lesão na parede gástrica e 
comprometimento dos linfonodos perigástricos 
(portanto, do mesmo lado do diafragma), 
considera-se que o estádio é IIE. Habitualmente, 
não se utilizam as notações IIIE e IVE, pois já se 
considera doença avançada apenas com as 
notações III e IV 
■ Inclusão da letra S (do inglês, spleen), quando 
há comprometimento do baço. Assim, mesmo 
que os linfonodos afetados estejam abaixo do 
diafragma, se existe envolvimento esplênico 
utiliza-se a notação IIIS 
■ Inclusão da letra X, quando o tumor tem mais 
de 10 cm no seu maior diâmetro, ou, no caso do 
mediastino, se o tumor for maior que um terço 
do maior eixo do tórax à radiografia; neste caso, 
fala-se também em bulky disease (termo 
consagrado em inglês, para indicar que há grande 
massa neoplásica), indício de prognóstico menos 
favorável. 
Etiopatogênese 
- Em geral, todas as neoplasias aumentam de 
incidência nos indivíduos mais velhos. A maioria 
dos LNH começa a aumentar sua incidência a 
partir de 40 anos. Alguns tipos, contudo, como o 
linfoblástico, Burkitt e os LH, preferem faixas 
etárias mais baixas. A maioria dos linfomas ocorre 
em homens; uma exceção é o linfoma de grandes 
células B primário do mediastino, que é mais 
comum em mulheres jovens. 
 
 
 
Distúrbios da Imunidade : Alterações no sistema 
imunitário são importantes no aparecimento de 
linfomas, geralmente LNH de grandes células B e 
frequentemente associados ao vírus de Epstein-
Barr(EBV). As principais condições são: (1) 
imunodeficiência congênita está presente em 
cerca de 10 a 25% dos pacientes com linfomas, 
sobretudo LNH. Cerca de 70% das neoplasias que 
ocorrem na imunodeficiência grave combinada 
ou na síndrome de Wiskott-Aldrich são LNH.Na 
imunodeficiência comum variável, na síndrome 
hiper-IgM e na ataxia- telangiectasia, 40 a 60% 
dos linfomas são LNH. LH corresponde a 10% das 
neoplasias que aparecem nos pacientes com 
essas síndromes; (2) doenças autoimunes. Risco 
aumentado de linfomas é bem estabelecido em 
lúpus eritematoso, artrite reumatoide, síndrome 
de Sjögren primária (SSP), dermatite 
herpetiforme, doença celíaca e tireoidite de 
Hashimoto. 
Infecções: Algumas infecções, principalmente 
virais, podem estar na base da oncogênese de 
vários linfomas. Os vírus mais importantes são: 
(1) vírus Epstein-Barr (EBV). Membro da família 
dos herpes-vírus, que são amplamente 
disseminados na população, o EBV penetra no 
organismo pela via oral e infecta células epiteliais 
e linfócitos B e T do anel de Waldeyer. A infecção 
primária em geral passa despercebida ou causa 
quadro febril inespecífico. Alguns indivíduos 
apresentam proliferação exuberante das células 
linfoides, aumento do tamanho dos linfonodos e 
baço, febre e queda do estado geral. Este quadro, 
conhecido como mononucleose infecciosa, tem 
curso autolimitado, e o paciente entra na fase de 
portador do vírus em raras células linfoides. As 
células linfoides B e T infectadas ficam contidas 
em indivíduos imunocompententes, mas podem 
proliferar e originar linfomas sob certas 
condições. 
 
 
 
 
 
 
 
-IMPORTANTE( DIFERENÇA ENTRE LH E 
LNH): 
 
 
Linfoma de Hodgkin(LH) 
- O linfoma de Hodgkin (LH) é neoplasia linfoide 
caracterizada pela proliferação de células 
atípicas em linfonodos, denominadas células de 
Reed-Sternberg (RS), ou suas variantes AMBAS 
DERIVADAS DE LINFÓCITO B, imersas em 
substrato celular característico, de aspecto 
inflamatório. 
- As células de Reed-Streember são 
patognomonicas para esse tipo de linfoma,ou 
seja, são caractersiticas dessa doença e servem 
como base de diferenciação do LNH e 
diagnóstico. 
- A célula RS, ou célula diagnóstica, é uma célula 
grande, com citoplasma amplo, binucleada ou 
multinucleada, com nucléolo evidente e 
eosinofílico. 
- Células mononucleadas com nucléolos 
evidentes também podem estar presentes e são 
chamadas células de Hodgkin. Outras variantes 
das células RS são a célula lacunar, presente na 
forma esclerose nodular, e a célula linfocítico-
histiocítica (L&H), nos casos de predominância 
linfocítica nodular . As células RS estão sempre 
circundadas por células inflamatórias reacionais, 
geralmente linfócitos T. Estudos moleculares 
realizados no final dos anos 1990 indicam que a 
célula RS origina-se de célula da linhagem B. 
Embora também corresponda a uma neoplasia de 
células linfoides B, diferenças biológicas fazem 
com que este tipo de linfoma fique em uma 
categoria separada. 
Legenda:Linfoma de 
Hodgkin. Células de Reed-Sternberg. A. Padrão 
clássico. B. Forma lacunar. C. Forma linfocítica- 
histiocítica(Popcorn cell- Forma EXCLUSIVA DE 
LH-PNL) 
 forma classica 
- O LH corresponde a aproximadamente um terço 
de todos os linfomas. No Brasil, a doença inicia-se 
desde antes de 10 anos de idade, com pico de 
incidência em torno de 30 anos (em países em 
desenvolvimento, o LH é muito frequente em 
crianças, especialmente abaixo de 10 anos). 
Como a disseminação do LH se faz por 
contiguidade, é comum o comprometimento de 
cadeias vizinhas, como linfonodos cervicais, 
supraclaviculares e mediastinais. O vírus Epstein-
Barr (EBV) é frequentemente associado ao LH. 
Especialmente em crianças e em indivíduos 
imunossuprimidos, como os infectados pelo HIV. 
A incorporação do genoma do EBV às células RS é 
clonal. 
Classificação Morfológica e Clínica dos LH 
- A OMS divide o LH em dois grandes grupos: (1) 
LH clássico; (2) LH com predominância 
linfocitária nodular(PNL). O LH clássico inclui as 
formas: (a) esclerose nodular (EN); (b) 
celularidade mista (CM); (c) depleção linfocitária 
(DL); (d) LH rico em linfócitos, subtipo 
reconhecido mais recentemente. No LH clássico, 
a célula RS apresenta características morfológicas 
e, sobretudo, imunofenotípicas diferentes das do 
tipo com predominância linfocítica nodular (PLN). 
- No LH clássico, os marcadores linfoides podem 
ser negativos, e, caracteristicamente, as células 
são CD45– e CD30/CD15+ 
- O LH com predomínio linfocitário nodular é 
doença indolente( Doença de evolução lenta), 
com células RS do tipo linfocítico-histiocítico que, 
imunofenotipicamente, expressam marcadores 
de células B e do antígeno leucocitário comum 
(CD45), diferentemente do tipo clássico. 
 
ASPECTOS MORFOLOGICOS ENTRE LH CLASSICA 
E PNL: 
 
ASPECTOS CLÍNICOS PRINCIPAIS ENTRE 
LH CLASSICA E PNL: 
 
 
 
 LH-FORMAS CLÁSSICAS 
1) ESCLEROSE NODULAR 
§ Forma mais comum (65% a 70%) 
§ Mulheres 
§ Célula R-S: Variante lacunar 
§ Fundo inflamatório polimórfico 
§ (células T, eosinófilos, plasmócitos e 
macrófagos) 
§ Deposição de colágeno – FIBROSE 
§ Raramente associado ao EBV 
§ Excelente prognóstico 
 
- Esclerose nodular. É o tipo histológico mais 
comum, mais frequente em adultos jovens e, no 
Brasil, também em crianças. A principal 
característica histológica é a proliferação de 
faixas de tecido fibroso colagênico delimitando 
nódulos celulares irregulares , formados em 
maior ou menor grau por linfócitos, eosinófilos, 
plasmócitos e células RS, principalmente da 
variante lacunar. Pode ser subdividido em dois 
tipos: tipo 1, pobre em células neoplásicas, com 
predomínio de linfócitos; tipo 2, no qual mais de 
50% do nódulo são constituídos por células 
neoplásicas. 
2) CELULARIDADE MISTA 
§ 20% a 25% dos casos 
§ Infiltrado celular heterogêneo 
§ células T, eosinófilos, plasmócitos e macrófagos 
em meio às células de R-S 
§ Cél de RS e Variante mononuclear abundantes 
§ Infecção EVB: 70% dos casos 
§ Mais comum em homens 
§ Prognóstico Bom 
 
- Celularidade mista. Constitui o segundo tipo 
mais comum e caracteriza-se por aspecto celular 
heterogêneo, com numerosos eosinófilos, 
plasmócitos, neutrófilos e macrófagos, menor 
número de linfócitos e grande quantidade de 
células RS. Pode ou não apresentar fibrose difusa, 
irregular, não formando faixas. Este é o tipo que 
mais se associa ao EBV. 
3) RICO EM LINFÓCITOS 
§ Forma rara 
§ Infiltrado celular – linfócitos reativos 
§ Variante mononuclear e células RS 
§ Linfonodos difusamente preenchidos 
§ Infecção EBV: 40% 
§ Prognóstico bom 
 
É pouco frequente. Histologicamente, apresenta 
proliferação nodular ou difusa de linfócitos 
pequenos em meio aos quais encontram-se 
células RS clássicas, mas não as células L&H do LH 
com predominância linfocítica nodular. 
4) DEPLEÇÃO LINFOCITÁRIA 
§ Forma menos comum (5%) 
§ Escassez de linfócitos 
§ Abundancia de células RS e variantes 
pleomórficas 
§ Infecção EBV: 90% 
§ Indivíduos HIV+ 
§ Imunofenotipagem essencial devido a 
semelhança com LNH de grandes células 
§ Pior prognóstico 
 
É a forma de pior prognóstico e a menos comum. 
Caracteriza-se por padrão reticular, com grande 
número de células RS pleomórficas e depleção 
linfocitária, ou por padrão de fibrose difusa, com 
grande número de células pleomórficas, poucos 
linfócitos e fibrose difusa irregular. 
LH-PREDOMINANCIA LINFOCITARIA 
NODULAR(PNL) 
- Variante não clássica 
§ 5% dos casos 
§ Infiltrado de linfócitos pequenos 
§ Difícil acesso células de RS 
§ Células de núcleo multilobulado 
§ Sem associação com EBV 
§ Mais comum em homens 
- Presença de popcorn cell que é patognomonico 
diferenciando da forma clássica. 
 
 
-LH com predominância linfocitária nodular. Pode 
surgir em qualquer idade, mas o pico de 
incidência é na quarta década; é mais frequente 
em homens. Há intensa proliferação de linfócitos 
pequenos com distribuição vagamente nodular, 
em meio aos quais se encontram células 
linfocítico-histiocíticas (L&H). Estas, ao contrário 
da célula RS, expressam CD20 e CD45, mas são 
negativaspara CD15 e CD30. Os pequenos 
linfócitos agregados em torno das células L&H 
têm imunofenótipo T; os demais linfócitos 
pequenos apresentam imunofenótipo B. Este tipo 
de linfoma não tem associação com o EBV. 
 
 
LINFOMAS NÃO- HODGKIN(LNH) 
- Os linfomas não Hodgkin (LNH) são neoplasias 
importantes por vários motivos. De um lado, são 
prevalentes na população, alguns deles muito 
agressivos. Tais linfomas incluem tanto aqueles 
que se iniciam como tumores (linfomas) como os 
que são detectados pelo encontro de células 
malignas circulantes (leucemias linfoides). A 
histogênese de ambas as lesões é semelhante, 
porém as apresentações clínicas diferem. Uma 
neoplasia linfoide que se inicia como tumor 
(linfoma), pode, no decorrer da doença, 
leucemizar-se. Para que isso ocorra, a medula 
óssea e/ou o baço devem estar infiltrados pela 
neoplasia, uma vez que estes órgãos não têm 
vasos linfáticos, e as células linfoides neoplásicas 
aí localizadas ganham diretamente o sangue 
circulante, em quantidades detectáveis no 
hemograma rotineiro. 
- A maioria dos LNH manifesta-se, inicialmente, 
com aumento volumétrico indolor de um ou mais 
linfonodos, originando linfonodomegalias 
volumosas, isoladas ou disseminadas, superficiais 
ou profundas. Quando são comprometidas as 
cadeias superficiais (a cervical é a mais atingida), 
a doença é descoberta em fase relativamente 
inicial; os linfonodos estão bem separados e têm 
consistência elástica. Mais tarde, os linfonodos 
fundem-se entre si e aderem aos tecidos vizinhos, 
formando massas volumosas (10 a 12 cm de 
diâmetro), de consistência elástica e que, ao 
corte, mostram tecido branco-acinzentado, 
homogêneo, com aspecto de “carne de peixe”. 
Aspectos Clínicos 
- Os LNH apresentam características clínicas e 
biológicas que dependem do seu subtipo 
histológico. De acordo com a evolução clínica, os 
linfomas podem ser agrupados em três 
categorias: indolentes, agressivos e muito 
agressivos. 
Linfomas Indolentes: 
- Em geral, comprometem indivíduos idosos, 
sendo raros em jovens e praticamente 
inexistentes em crianças. O curso clínico é 
arrastado, podendo terminar em uma fase mais 
rápida, correspondendo histologicamente à 
progressão para linfoma de grandes células 
agressivo. Como regra, esses linfomas 
encontram-se disseminados ao diagnóstico, 
geralmente com comprometimento da medula 
óssea; por vezes, estão leucemizados. Como têm 
baixa taxa de proliferação celular, não têm boa 
resposta terapêutica. Pode-se cogitar conduta 
expectante, dependendo da idade do paciente e 
da quantidade de massa tumoral existente; a 
curva de sobrevida não apresenta um platô de 
estabilização dos óbitos. A doença progride 
lentamente, com óbito ao fim de muitos anos, 
apesar do tratamento. Exceção é o linfoma de 
células do manto, que tem comportamento ora 
indolente, ora mais agressivo (forma blastoide). 
- São exemplos deste grupo: linfoma 
linfocítico/leucemia linfocítica crônica; linfoma 
folicular; linfoma esplênico; linfoma MALT. 
Morfologicamente, as células neoplásicas têm 
aspecto de linfócitos maduros e o número de 
mitoses é pequeno. 
Linfomas Agressivos: 
- São mais frequentes em adultos, porém podem 
incidir em qualquer idade. Têm curso clínico 
agressivo e necessitam de tratamento, pois 
podem levar ao óbito em pouco tempo. 
Comprometimento da medula óssea ou 
leucemização por ocasião do diagnóstico não são 
comuns. Respondem a quimioterapia agressiva. A 
curva de sobrevida após tratamento apresenta 
platô de cura ao redor de 60 a 80% dos pacientes; 
transplante de medula óssea e tratamento com 
anticorpos humanizados são opções terapêuticas. 
São exemplos deste grupo: linfoma difuso de 
grandes células B e a maioria dos linfomas de 
células T periféricas. Morfologicamente, as 
células neoplásicas são volumosas, com tamanho 
semelhante ao de blastos ativados dos centros 
germinativos, e o número de mitoses é alto. 
Linfoma altamente agressivo: 
- Comprometem principalmente crianças. Têm 
curso clínico altamente agressivo, muito rápido, 
podendo levar à morte em poucas semanas ou 
meses, se não for instituído tratamento 
adequado. A medula óssea está frequentemente 
comprometida ao diagnóstico, havendo 
leucemização frequente. Há comprometimento 
do sistema nervoso central, devendo ser feita 
terapêutica profilática. Tais linfomas respondem 
a terapêutica altamente agressiva e têm curva de 
sobrevida com platô por volta de 50 a 60% de 
pacientes curados; transplante de medula óssea é 
opção terapêutica. 
São exemplos deste grupo: leucemia/linfoma 
linfoblástico B ou T e linfoma de Burkitt. 
Morfologicamente, as células neoplásicas têm 
tamanho intermediário em relação aos dois 
grupos anteriores (células médias), e o número 
de mitoses é excepcionalmente alto. 
Linfoma não Hodgkin de células B 
- Os linfomas de células B constituem cerca de 85 
a 90 por cento dos LNH.Podem ter apresentação 
predominantemente leucêmica ,nodal ou 
extranodal. 
 
Linfomas de Células B 
precursoras(Imaturas) 
- Linfoma linfoblástico B (LLb-B), 
morfologicamente indistinguível da leucemia 
linfoide aguda B (LLA-B), é neoplasia linfoide 
caracterizada pela proliferação de células 
blásticas imaturas, precursoras de linfócitos B. 
Para fins práticos, essas entidades são distintas 
de acordo com o número de blastos na medula 
óssea. Os casos em que mais de 25% de blastos 
substituem a celularidade mieloide são 
considerados LLA-B; casos em que o 
comprometimento medular por blastos é menor 
que 25% e têm envolvimento tecidual são 
considerados LLb-B. A forma leucêmica (LLA-B) 
constitui 80% das leucemias linfoides, sendo as 
demais da linhagem T; 75% dos casos acontecem 
em crianças com até seis anos de idade. LLb-B 
constitui apenas 10% dos linfomas linfoblásticos e 
tem distribuição etária muito mais ampla. 
-Aspectos clínicos: 
■ Corresponde a 80% das LLA 
■ Representa 10% dos linfomas linfoblásticos 
■ Muito agressivo, mas responde bem a 
quimioterapia, tendo em geral bom prognóstico. 
Aspectos Morfológicos: 
- ■ Proliferação de linfoblastos, células pouco 
maiores que os pequenos linfócitos, com 
nucléolos pequenos e cromatina delicada; figuras 
de mitose são muito freqüentes. 
Legenda: Neoplasia 
de células B precursoras: leucemia linfoide 
aguda/linfoma linfoblástico. A. Infiltração maciça 
da medula óssea pelas células neoplásicas. B. 
Detalhe das células neoplásicas, que têm 
citoplasma escasso. C. CD20+ na membrana 
citoplasmática. D. Expressão nuclear de TdT 
(desoxinucleotidil transferase terminal). 
Imunofenótipo: 
■ Marcadores positivos: TdT, CD19, CD10, CD79a, 
Pax5, HLA-DR 
■ Marcadores eventualmente positivos: CD20, 
CD22 e CD45 (LCA), CD34 
■ Marcadores negativos: Ig de superfície. 
Aspectos genéticos e moleculares: 
■ Alterações citogenéticas definidoras de grupos 
prognósticos: menos favorável nos casos com 
hipodiploidia e t(9;22); mais favorável nos casos 
com hiperdiploidia e t(12;21). 
Célula normal correspondente: 
- Célula B precursora da medula óssea 
Linfomas de células B maduras 
A leucemia linfocítica crônica (LLC) é neoplasia de 
células linfoides B maduras, pequenas, com 
comprometimento primário quase sempre da 
medula óssea e do sangue. Provavelmente, é a 
neoplasia leucêmica mais comum no Brasil, com 
maior frequência em adultos idosos, com idade 
média de 65 anos. A maioria dos pacientes é 
assintomática; quando presentes, as 
manifestações clínicas incluem anemia hemolítica 
autoimune, linfonodomegalia, hepatomegalia e 
esplenomegalia. Quando o paciente apresenta 
apenas tumor sólido (linfoma), menos de 5.000 
linfócitos/mL no sangue periférico e não tem 
citopenia, trata-se de linfoma linfocítico. 
Transformação para linfoma de alto grau 
(principalmente linfoma difuso de grandes células 
B) ocorre em 5% dos casos (síndrome de Richter). 
Alguns elementosindicam pior prognóstico, 
como deleção de 17q ou ausência de 
hipermutação no gene da cadeia pesada de 
imunoglobulinas (IgV ). 
 Aspectos clínicos: 
■ A forma de apresentação mais comum é a 
leucêmica 
■ É a leucemia mais comum em adultos, 
geralmente em idosos do gênero masculino 
■ A maioria dos pacientes apresenta 
comprometimento do sangue e da medula óssea 
no início, com ou sem linfonodomegalia ou 
hepatoesplenomegalia. 
Aspectos Morfológicos: 
■ Nos linfonodos, há substituição do tecido 
normal por proliferação de pequenos linfócitos 
muito semelhantes aos linfócitos normais ; há 
número variado de células linfoides maiores, com 
núcleos evidentes, dispostas frequentemente em 
“pseudofolículos” ou “centros de proliferação” 
Imunofenótipo: 
■ As células neoplásicas apresentam 
imunofenótipo de linfócitos B 
(CD19/CD20/CD79a/Pax5 positivos) e CD23 e um 
marcador de célula T (CD5); neste caso, o CD20 
pode ter positividade fraca 
■ Marcadores negativos: ciclina D1, CD10, 
anexina A1 
■ IgS é sempre exclusivamente kappa ou lambda, 
o que demonstra clonalidade. 
Aspectos Genéticos e Moleculares: 
■ Rearranjo clonal de genes de imunoglobulinas 
■ Metade dos casos tem anormalidades 
genéticas, como trissomia do 12 ou translocação 
t(14;19) envolvendo o oncogene BCL-3, no 
cromossomo 19; deleção de 11q ou de 17q. 
Célula Normal Correspondente: 
- Linfócito B periférico circulante 
Legenda: 
Linfoma linfocítico/LLC. Proliferação monótona 
de pequenos linfócitos maduros, com esparsos 
paraimunoblastos. 
Linfoma difuso de Grandes células B 
- Linfoma difuso de grandes células B (LDGCB) é o 
linfoma mais comum, representando 30 a 40% 
dos LNH. Trata-se de neoplasia com enorme 
variação morfológica, imunofenotípica e, 
sobretudo, prognóstica. Clinicamente, a lesão 
apresenta-se como massa localizada, nodal ou 
extranodal, de crescimento rápido, com ampla 
distribuição anatômica e etária. Com base no 
perfil genético, é possível subclassificá-lo em dois 
subtipos: (1) semelhante às células B do centro 
germinativo (CG), com melhor prognóstico; (2) 
assinatura genética semelhante à de células B 
ativadas (pós-centro germinativo, PCG), com 
prognóstico mais reservado. 
Aspectos Clínicos: 
■ Idade média: sexta década 
■ Corresponde a 30 a 40% dos linfomas não 
Hodgkin em adultos, maior proporção em países 
em desenvolvimento 40% são extranodais 
■ Agressivo. 
Aspectos Morfológicos: 
■ Proliferação de grandes células blásticas (três a 
quatro vezes o tamanho de um linfócito maduro), 
com cromatina frouxa, nucléolos evidentes e 
citoplasma basofílico 
■ Geralmente as células são semelhantes a 
centroblastos e imunoblastos. 
Legenda: 
Linfoma difuso de grandes células B. Células 
volumosas, com núcleos não clivados e vários 
nucléolos próximos da membrana nuclear. 
Imunofenótipo: 
■ Marcadores positivos: CD19, CD20, CD22, 
CD79a, Pax5, Ig de superfície 
■ Marcadores eventualmente positivos: MUM1, 
CD10, CD5, CD138, BCL-2, BCL-6, CD30 
(infrequente), ALK (raro) 
■ Marcadores negativos: ciclina D1, Ig de 
citoplasma. 
Aspectos genéticos moleculares: 
■ Rearranjo de BCL-2, t(14;18) em 15 a 20% dos 
casos 
■ Translocações ou mutações em BCL-6, em 40 a 
50 dos casos 
■ Translocação de c-MYC em 5% dos casos, 
geralmente 6(8;22) 
■ Anormalidades citogenéticas complexas 
■ Com base no perfil genético, existem subtipos 
de linfomas de células semelhantes às células B 
do centro germinativo ou às células B ativadas 
pós-centro germinativo. 
Celula Normal Correspondente: 
■ Células centrofoliculares 
■ Células B ativadas pós-centro germinativo. 
 
 
Linfoma de Burkit 
Linfoma de Burkitt (LB), neoplasia de linfócitos B 
maduros do centro germinativo, é mais frequente 
em crianças e adultos jovens. Existem três 
variantes clínicas/epidemiológicas: (1) forma 
endêmica, comum na África equatorial, onde foi 
descrito em 1958 por Dennis Burkitt, com 
comprometimento predominante da mandíbula. 
A relação com EBV é de 100%; (2) forma 
esporádica, que no Brasil é mais comum no trato 
gastrointestinal, com expressão de EBV em até 
70% dos casos; nos países industrializados, o EBV 
está presente em 20 a 30% dos casos; (3) forma 
associada a imunodeficiência, sobretudo pelo 
HIV, na qual a relação com EBV é virtualmente 
100%. Em qualquer dessas formas, o índice de 
proliferação celular é 100%, sendo notável a 
ausência de expressão da proteína BCL-2. Além 
disso, em todos os casos as alterações genéticas e 
moleculares envolvem sempre o oncogene MYC e 
os genes IgH, IgK e IgL, resultando em 
translocações t(8;14), t(2;8) e t(8;22). Embora 
muito agressivo, o LB responde bem à 
quimioterapia. 
Aspectos Clínicos: 
■ O LB ocorre de forma endêmica na África 
equatorial, onde foi originalmente descrito, ou de 
forma esporádica, não endêmica, nas demais 
regiões. Há também uma terceira forma 
associada a imunodeficiência, especialmente na 
AIDS 
■ É mais comum em crianças e adolescentes 
■ É duas a três vezes mais frequente em homens 
■ Na forma endêmica, prefere a mandíbula 
■ Na forma esporádica, é mais comum no trato 
gastrointestinal, principalmente na região da 
válvula ileocecal 
■ Embora seja muito agressivo, responde bem à 
quimioterapia. 
 
Legenda: Linfoma de 
Burkitt (forma endêmica) acometendo a 
mandíbula. 
Aspectos Morfológicos: 
■ Proliferação de células linfoides de tamanho 
médio, monomórficas, com núcleos redondos e 
pequenos nucléolos, com citoplasma basofílico; o 
citoplasma apresenta numerosos microvacúolos 
■ Alto índice mitótico e numerosos macrófagos 
com corpos tingíveis (aspecto em “céu estrelado” 
Legenda: 
Linfoma de Burkitt. A. Aspecto monomórfico das 
células neoplásicas, entre as quais existem 
macrófagos fagocitando restos celulares (aspecto 
em “céu estrelado”). B. Imuno-histoquímica para 
o vírus de Epstein-Barr (EBV)fortemente positiva 
no núcleo das células neoplásicas. 
Imunofenótipo: 
■ Marcadores positivos: antígenos B (CD19, 
CD20, CD22, CD79a e Pax5), CD10 e BCL-6 
■ Marcadores negativos: CD5, CD23 e BCL-2 
■ Marcador de proliferação celular (Ki-67) 
próximo a 100% das células. 
Célula Normal correspondente: 
Provavel célula B blastica no centro germinativo 
Linfomas não Hodgkin de Linfócitos T 
e células NK 
Linfomas derivados de linfócitos T são menos 
comuns do que os de células B. Sua frequência 
varia de acordo com a região geográfica; no 
Japão, representam 40% dos LNH. As diferenças 
na incidência refletem em geral a alta prevalência 
da infecção pelo vírus HTLV-1 em diferentes 
países. Os LNH de células T/NK têm aspectos 
anatomopatológicos e história natural diversos 
daqueles dos LNH de células B. Praticamente 
todos os LNH-T/NK podem ser classificados como 
linfomas agressivos, já que apresentam quadro 
clínico inicial quase sempre mais grave do que o 
de linfomas B. Quanto à apresentação clínica 
inicial, também podem ser divididos como 
predominantemente leucêmicos, nodais ou 
extranodais. 
Os LNH de células T apresentam um ou mais 
marcadores característicos da ontegênese de 
linfócitos T (CD2, CD3, CD4/CD8, CD5 e CD7). Os 
LNH-T geralmente se originam de células do tipo 
auxiliares (CD4+) e, mais raramente, de células 
citotóxicas (CD8+). Como parte do fenótipo 
citotóxico, pode-se encontrar expressão de 
grânulos citoplasmáticos TIA-1, granzima B e 
perfurina. Entretanto, LNH-T podem apresentar 
expressão aberrante do fenótipo T, aspecto que 
auxilia no diagnóstico diferencial com 
proliferações T reacionais. Entre as expressões 
aberrantes, destacam-se a deleção de um ou 
mais marcadores T e a coexpressão ou ausência 
de CD4/CD8. A marcação de células NK é feita 
pelo CD56 e presença de grânulos citotóxicos. 
 
- Correspondem a 15% dos LNH 
- Evolução clínica mais grave 
- Formas de apresentação: Nodais,extranodais e 
Leucemizados. 
• Linfomas derivados de linfócitosT são menos 
comuns do que os de células B 
• As diferenças na incidência refletem em geral a 
alta prevalência da infecção pelo vírus HTLV-1 em 
diferentes países 
• Os LNH de células T/NK têm aspectos 
anatomopatológicos e história natural diversos 
daqueles dos LNH de células B 
• Praticamente todos os LNH-T/NK podem ser 
classificados como linfomas agressivos 
• Como parte do fenótipo citotóxico, pode-se 
encontrar expressão de grânulos citoplasmáticos 
TIA-1, granzima B e perforina. 
Células T maduras 
- LINFOMA CUTÂNEO MAIS COMUM 
eritrodermia em placas 
- Ocorre em ADULTOS 
- Comprometimento posterior de linfonodos e 
sangue periférico 
- Pode transformar-se em linfoma agressivo em 
35% dos casos, com óbito em boa parte dos casos 
transformados 
- Pacientes com SÍNDROME DE SÉZARY têm 
prognóstico menos favorável, rash eritematoso 
difuso e prurido. 
 
Aspectos Morfológicos: 
- EPIDERME INFILTRADA POR LINFÓCITOS T CD4+ 
NEOPLASICOS 
- MICROABCESSOS DE PAUTRIER infiltrado na 
derme superior com exocitose 
(epidermotropismo) de linfócitos cerebriformes 
- LINFOADENOPATIA DERMATÓPATICA 
 
 
 
 
 
Linfomas de Células T precursoras 
ou Imaturas 
Aqui valem as mesmas considerações já 
mencionadas na LLA-B e no LLb-B. Nos linfomas 
de células T precursoras, a forma leucêmica é 
mais rara, enquanto a forma linfomatosa, muito 
mais comum, corresponde a 90% de todos os 
linfomas linfoblásticos. Comprometimento do 
mediastino é muito frequente. Como a LLA-B, a 
LLA-T tem prognóstico bom em crianças, com 
cura em 80 a 90% dos casos com protocolos 
atuais de quimioterapia. Em idosos, o prognóstico 
é menos favorável. 
Aspectos Clínicos: 
■ Corresponde a cerca de 40% dos linfomas de 
crianças e 10 a 15% de LLA 
■ Preferência por adolescentes e jovens, 
predominando no gênero masculino 
■ Frequentemente forma massa mediastinal 
■ Quando não é tratado, o linfoma evolui para 
LLA 
■ Com frequência, compromete o SNC 
■ Muito agressivo, mas responde bem à 
quimioterapia. 
Aspectos Morfológicos: 
■ As células tumorais têm tamanho médio (duas 
vezes o de um linfócito maduro), possuem 
cromatina frouxa, núcleos irregulares e nucléolos 
pequenos, são semelhantes a linfoblastos e 
apresentam crescimento difuso. 
Célula Normal Correspondente: 
■ Linfócito T precursor (protimócito e timócito). 
 
 
Linfoma de Células T/ NK extranodal 
tipo Nasal 
O linfoma extranodal NK/T tipo nasal surge 
preferencialmente na cavidade nasal e no palato. 
O linfoma é mais prevalente na Ásia; no México, 
na América Central e na América do Sul, é mais 
comum em populações indígenas. No Brasil, é 
relativamente raro. A célula neoplásica é linfócito 
T/NK e raramente linfócito T CD8+. O tumor é 
associado constantemente ao EBV. 
Aspectos Clínicos: 
■ Anteriormente conhecido como granuloma 
letal da linha média ou linfoma angiocêntrico 
■ Raro na Europa e nos EUA, é mais comum na 
Ásia e na América do Sul 
■ Acomete adultos, sobretudo homens 
■ Lesões ulcerativas, necróticas e destrutivas no 
nariz e no palato ; pode comprometer a pele 
■ Muito agressivo, podendo às vezes responder à 
radioterapia; sobrevida de cinco anos ocorre em 
menos de 20% dos casos 
■ Associado ao vírus Epstein-Barr em 100% dos 
casos. 
Aspectos Morfológicos: 
■ A biópsia em geral mostra lesão necrótica, 
ulcerada, com infiltrado linfocitário pleomórfico, 
angiocêntrico e angioinvasivo , associado a 
número variável de células inflamatórias reativas 
(plasmócitos, neutrófilos, eosinófilos e 
histiócitos). 
Legenda: Linfoma T/NK nasal. A. Extensa 
destruição do septo nasal. B. Áreas de necrose e 
angiotropismo. C. Células neoplásicas 
pleomórficas. D. Positividade nuclear para EBV 
nas células neoplásicas por hibridação in situ. 
Alterações genéticas e Moleculares: 
-Ausência de rearranjo de TCR (T cell receptor) 
EBV integrado ao genoma da célula neoplásica

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