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MONOGRAFIA HENDERSON (formatada e corrigida) (1)

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS – UNIMONTES 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS 
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTO – DEFD 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA – LICENCIATURA 
 
 
HENDERSON SOUZA SILVA RODRIGUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORGANIZAÇÃO TEMPORAL DE ESTUDANTES DE UMA ESCOLA ESTADUAL 
DE MONTES CLAROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MONTES CLAROS-MG 
JUNHO/2019
 
 HENDERSON SOUZA SILVA RODRIGUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ORGANIZAÇÃO TEMPORAL DE ESTUDANTES DE UMA ESCOLA ESTADUAL 
DE MONTES CLAROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORIENTADORA: PROFA. DRA. MARIA DE FATIMA DE MATOS MAIA. 
 
 
Monografia apresentada ao curso de 
Licenciatura em Educação Física da 
Universidade Estadual de Montes Claros, 
como requisito parcial à obtenção do título 
de licenciado em Educação Física. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MONTES CLAROS-MG 
JUNHO/2019
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RODRIGUES, Henderson Souza Silva. 
 
Organização Temporal de Estudantes 
de uma Escola Estadual de Montes 
Claros 
 
Montes Claros: UNIMONTES/MG. 
Curso de Educação Física/2019. 
Número de páginas: 40 páginas. 
Monografia (LICENCIATURA). 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
 
 
Este exemplar corresponde à redação final da monografia original de conclusão de 
curso intitulada ORGANIZAÇÃO TEMPORAL DE ESTUDANTES DE UMA 
ESCOLA ESTADUAL DE MONTES CLAROS para obtenção do título de Graduação 
em Educação Física – Licenciatura, do acadêmico Henderson Souza Silva 
Rodrigues. Esta monografia foi aprovada no dia 4 de junho de 2019, às 8h30, pelo 
júri constituído para as provas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professora Dra. Maria de Fatima de Matos Maia 
Orientadora e Presidente 
Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES 
 
 
 
 
 
 
Professora MSc. Berenilde Valeria de Oliveira Souza 
Vogal 
Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES 
 
 
 
 
 
 
Professora MSc. Celina Aparecida Gonçalves Lima 
Vogal 
Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho ao meu querido pai, 
que desde cedo se empenhou a me 
proporcionar bons estudos, nunca medindo 
esforços. À minha querida mãe, por sua 
dedicação, paciência e orações nesses 
anos de graduação com grande apoio e 
incentivo. Aos meus familiares e amigos, 
que sempre me apoiaram nas horas mais 
difíceis, colocando minha autoestima para 
cima.
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço ao meu querido Deus por ter deixado cumprir mais uma promessa 
em minha vida; por sua palavra, sendo refúgio em muitos momentos difíceis. 
Obrigado a Deus Pai, ao Filho e ao Espírito Santo por me fortalecerem e conduzir-
me sempre à sabedoria durante a graduação. 
Aos meus pais e irmã, por todo incentivo e apoio a mim prestados em todos 
os momentos de minha vida e pelas inúmeras demonstrações de amor e carinho. 
Aos demais familiares, que nos momentos difíceis me confortaram com suas 
palavras de incentivo. 
A minha professora orientadora Maria de Fatima de Matos Maia, um especial 
agradecimento por sua dedicação, disposição e bom humor, já que se mostrou 
otimista e acreditou que desempenharíamos um bom trabalho mesmo quando 
enfrentávamos grandes desafios. Sem a sua ajuda este trabalho não seria 
concluído. Obrigado por ter me ensinado a ser perseverante frente aos obstáculos. 
A todos do corpo docente que, diante de suas experiências, proporcionaram 
a mim um maior conhecimento na área. 
Aos meus amados colegas de curso, que durante a graduação 
demonstraram companheirismo e amizade importantes para a minha formação. 
 
 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há um ditado chinês que diz que, se dois 
homens vêm andando por uma estrada, 
cada um carregando um pão, ao se 
encontrarem, eles trocam os pães; cada um 
vai embora com um. Porém, se dois homens 
vêm andando por uma estrada, cada um 
carregando uma ideia e ao se encontrarem 
trocam as ideias, cada um vai embora com 
duas. Quem sabe, é esse mesmo o sentido 
do nosso fazer: repartir ideias, para todos 
terem pão. 
 
(CORTELLA, 2018)
 
RESUMO 
 
O ensino fundamental é propício para o desenvolvimento corporal da criança, pois é 
nesse período que o corpo se torna habilitado estruturalmente para acender a todas 
as atividades psicomotoras. O objetivo do estudo foi verificar a organização temporal 
em crianças de 8, 9 e 10 anos de idade participantes e não participantes do 
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência de Psicomotricidade em 
uma instituição pública de ensino fundamental da região de Montes Claros. Esse 
trabalho se caracteriza por ser do tipo descritivo, comparativo, com análise 
quantitativa e abordagem qualitativa e corte transversal. A amostra foi composta por 
102 crianças de ambos os sexos e como instrumento de pesquisa foi utilizado um 
pequeno questionário estruturado e o teste aplicado foi retirado da Escala de 
Desenvolvimento Motor de Francisco Rosa Neto. Quanto à análise dos dados, foram 
realizadas análises descritivas, frequência simples e porcentagem, o teste t e a 
ANOVA. Quanto aos resultados, foi evidenciada diferença estatística significativa (p= 
,022) para o sexo feminino. Os resultados do teste t evidenciaram diferença 
estatística significante (p= ,011) na reprodução dos golpes; na idade dos 
participantes verifica-se que existe diferença estatística significativa (p= ,012), na 
qual a idade dos 10 anos apresenta um ganho na simbolização. Outro resultado que 
também evidenciou diferença estatística significativa (p= ,011) foi o ditado no qual a 
idade de 9 anos evidenciou melhores médias. Conclui-se que com a prova da 
bateria de desenvolvimento motor de organização temporal que esta avalia o que se 
pretende deixando perceber aqueles que saem melhor em suas provas. 
 
Palavras-chave: Provas Psicomotoras, Ensino Fundamental, Organização 
Temporal, Bateria Psicomotora. 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Elementary education is conducive to the child's body development, for it is during 
this period that the body becomes structurally empowered to ignite all psychomotor 
activities. The objective of the study was to verify the temporal organization in 
children of 8, 9 and 10 years old participants and non participants of the Institutional 
Program of Initiation to Teaching Psychomotricity in a public institution of primary 
education in the region of Montes Claros. This work is descriptive, comparative,with 
quantitative analysis and qualitative approach and cross section. The sample 
consisted of 102 children of both sexes and as a research instrument we used a 
small structured questionnaire from Francisco Rosa Neto Motor Development Scale. 
As for the analysis of the data, descriptive analyzes, simple frequency and 
percentage were performed, the t test and the ANOVA. Regarding the results, a 
statistically significant difference (p= .022) was found for females. The results of the t 
test showed a statistically significant difference (p=, 011) in the reproduction of the 
blows; in the age of the participants, there is a significant statistical difference (p= 
.012), in which the age of 10 years shows a gain in symbolization. Another result that 
also showed a statistically significant difference (p= .011) the age of 9 years showed 
better means. It is concluded that with the test of the motor development battery of 
temporary organization that this evaluates what is intended to let perceive those who 
do better in their tests. 
 
Keywords: Psychomotor Testing, Elementary Education, Temporal Organization, 
Psychomotor Battery. 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Etapa 1: Estrutura Espaço-Temporal (Reprodução de Som) .................. 24 
Tabela 2 – Etapa 2: Simbolização (desenho) de Estruturas Espaciais ..................... 25 
Tabela 3 – Etapa 3: Simbolização de Estruturas Temporais ..................................... 25 
Tabela 4 – Etapa 4: Transcrição das Estruturas Temporais (ditado) ........................ 25 
Tabela 5 – Caracterização da Amostra de Estudantes ............................................. 27 
Tabela 6 – Participação no PIBID Segundo o Sexo e Idade ..................................... 27 
Tabela 7 – Análise descritiva acerca da data de nascimento e de idade cronológica 
da amostra ................................................................................................................ 29 
Tabela 8 – Idade cronológica dos participantes e não participantes do PIBID 
Psicomotricidade ....................................................................................................... 29 
Tabela 9 – Teste t da organização temporal em função do sexo da amostra ........... 30 
Tabela 10 – Teste t da organização temporal de acordo com ser ou não participante
 .................................................................................................................................. 31 
Tabela 11 – ANOVA da organização temporal em função da idade da amostra ...... 32 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11 
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 14 
2.1 Psicomotricidade ........................................................................................... 14 
2.2 Programas PIBID/Psicomotricidade ............................................................. 15 
2.3 Idades das Crianças: o Perfil Esperado de 8 a 10 Anos ............................. 16 
2.4 Fatores Psicomotores de Acordo com Rosa Neto ...................................... 17 
2.4.1 Esquema corporal ..................................................................................... 17 
2.4.2 Coordenação motora fina .......................................................................... 18 
2.4.3 Coordenação motora global ...................................................................... 18 
2.4.4 Equilíbro .................................................................................................... 19 
2.4.5 Lateralidade .............................................................................................. 19 
2.4.6 Organização espacial ................................................................................ 20 
2.4.7 Organização temporal ............................................................................... 20 
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 22 
3.1 Caracterização do Estudo ............................................................................. 22 
3.2 População ....................................................................................................... 22 
3.3 Amostra .......................................................................................................... 22 
3.4 Procedimentos Éticos ................................................................................... 23 
3.5 Instrumentos Utilizados ................................................................................ 23 
3.6 Procedimentos Para Coleta de Dados ......................................................... 25 
3.7 Procedimentos Estatísticos .......................................................................... 26 
3.8 Limites do Estudo .......................................................................................... 26 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 27 
4.1 Caracterização da Amostra Estudada .......................................................... 27 
4.2 A Idade Cronológica dos Participantes ....................................................... 28 
4.3 Teste t ............................................................................................................. 30 
4.4 ANOVA ............................................................................................................ 32 
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 34 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 35 
ANEXOS ................................................................................................................... 37 
 
11 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Neste presente estudo, foi apresentada a mensuração e discussão acerca da 
organização temporal, na qual Rosa Neto (2002) apresenta como um discurso do 
tempo, através de um período estabelecido, mostrando a diferença do amanhã e do 
agora, do antigo ao atual. Com isso, ela se torna um fator indeterminado através dos 
seus testes de bateria psicomotora, envolve tanto o espaço do corpo quanto o 
espaço ao redor. Deve ser compreendido o quanto que o desenvolvimento motor 
deve ser bem estudado ao longo da história com o intuito de avaliar as fases 
motoras evolutivas correspondentes a sua maturação biológica. 
 Para o mesmo autor, as atividades motoras são de um grande valor para o 
desenvolvimento global e cognitivo da criança e por meio da exploração motriz é que 
a criança desenvolve a consciência de si próprio. Essas capacidades estabelecem 
elementos de comando fundamental, tanto para o aprendizado do desenvolvimento 
motor quanto para as atividades de formação escolar. 
 
A interação sucessiva da motricidade implica a constante e permanente 
maturação orgânica. O movimento contém em si mesmo sua verdade, tem 
sempre uma orientação significativa em função da satisfação das 
necessidades que o meio suscita. O movimento e o seu fim são uma 
unidade e, desde a motricidade fetal até a maturidade plena, passando pelo 
movimento do parto e pelas sucessivas evoluções, o movimento se projeta 
sempre frente à satisfação de uma necessidade relacional. A relação entre o 
movimento e o seu fim se aperfeiçoa cada vez mais como resultado de uma 
diferenciação progressiva das estruturas integradas do ser humano (ROSA 
NETO, 2002, p. 11). 
 
A fase dos anos iniciais do período escolar é um ótimo momento para o 
desenvolvimento corporal para a criança, pois é nesse período que o corpo se torna 
habilitado estruturalmente para o exercício físico que abranja atividades psicológicas 
mais complexas (SANTOS, 2007). Para o Instituto Superior de Psicomotricidade e 
Educação (2017) estaé uma neurociência que expressa o pensamento através do 
ato motor harmônico. Coordena e organiza as ações gerenciadas pelo cérebro e as 
manifesta em conhecimento e aprendizado. 
Partindo dessas colocações, sabe-se que existem inúmeros testes e escalas 
para avaliação do desenvolvimento motor de uma criança. No entanto, quase 
nenhum desses instrumentos consegue englobar completamente todos os aspectos 
do desenvolvimento. Uma das escalas que tende a colaborar para a avaliação 
12 
 
completa e elucidativa do desenvolvimento motor é a Escala de Desenvolvimento 
Motor (ROSA NETO, 2012). Esta escala possui um método de aplicação de testes 
atrativo para a criança e compreende um conjunto de provas diversificadas e de 
dificuldade graduada, abrangendo diferentes áreas do desenvolvimento motor. 
Com vistas a verificar o desenvolvimento motor da organização temporal de 
crianças que fizeram parte do Programa de Incentivo à docência e dos que não 
fizeram parte, utilizou-se somente uma das provas da bateria psicomotora de 
Francisco Rosa Neto voltada para esse fim. 
O objetivo geral foi verificar a organização temporal em crianças de 8, 9 e 10 
anos de idade participantes e não participantes do Programa Institucional de Bolsa 
de Iniciação à Docência – PIBID – de Psicomotricidade em uma instituição pública 
de ensino fundamental da região de Montes Claros. 
Para isso foram necessários os seguintes objetivos específicos: 
• Caracterizar a amostra em estudo; 
• Traçar a idade cronológica dos estudantes em estudo; 
• Verificar através do teste t a organização temporal entre o sexo masculino 
e feminino dos escolares, utilizando a prova proposta por Francisco Rosa 
Neto; 
• Comparar o desenvolvimento da organização temporal em participantes e 
não participantes das atividades psicomotoras do PIBID com a prova 
proposta; 
• Comparar o desenvolvimento da organização temporal por faixa etária 
com base na prova aplicada. 
É uma preocupação dos profissionais que atuam em licenciatura, quando 
colocados frente a alunos de 8 a 10 anos de idade saber se a motricidade e os seus 
fatores associados estão de acordo com a idade cronológica. 
Ao levar em conta um programa de incentivo à docência, desenvolvido na 
escola em 2017 e com continuidade no início de 2018, buscou-se saber se ele foi 
capaz de fazer diferença no desenvolvimento motor daqueles que frequentaram 
esse programa durante esse tempo e de outros alunos que não fizeram. 
O tipo de trabalho que foi investigado busca se tornar referência em um 
mundo científico com poucas publicações e investigações na área da 
psicomotricidade, utilizando a Bateria de Rosa Neto como aferidora do 
13 
 
desenvolvimento motor de crianças com as idades de interesse desse estudo. 
O fator psicomotor que faz parte da bateria de avaliação psicomotora de Rosa 
Neto aqui estudada, organização temporal, possui poucas publicações e estudos 
bibliográficos recentes, fato que, por si só, já torna essa pesquisa relevante. 
 
14 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 Psicomotricidade 
 
A Psicomotricidade estuda possível relevância no crescimento global do 
sujeito conforme suas fases da sua vida, particularmente por permanecer em 
conjunto com alguns campos científicos como, por exemplo, a Psicologia, a 
Neurologia e a Pedagogia. De certa forma isso acontece porque a psicomotricidade 
se preocupa bastante com a listagem entre os seres humanos e o corpo, 
considerando jamais só um aspecto, mas sim o psicomotor, cognitivo, sócio e 
afetivo, que através deles constituem um indivíduo. O processo de aprendizagem 
está ligado à motricidade, principalmente em seus aspectos afetivos, simbólicos e 
cognitivos (SANTOS; COSTA, 2015). 
 Segundo Darido e Rangel (2014), a psicomotricidade é a principal oscilação 
mais proferida que surgiu a partir da década de 1970, em contraposição aos 
modelos anteriores. A Psicomotricidade bem como ciência exata que analisa o 
movimento sentimentalista na sua atuação relacional, coliga três aspectos como 
emocionais, cognitivos e motores que vão estimular para a prática de um movimento 
(GONÇALVES, 2010). 
 De acordo com a Associação Brasileira de Psicomotricidade (2017), a 
psicomotricidade é um adjacência que emprega uma percepção do movimento 
preparado e agregado, em um desempenho dos experimentos vivenciados pelo 
indivíduo, embora sua ação seja significativa, a linguagem e sua socialização. 
Fonseca (2012) idealiza de uma forma simplificada a psicomotricidade, como 
a coerência elevada da motricidade e invenção de uma analogia entre sujeito e 
meio, na qual a consciência se forma e se concretiza. Consequentemente, a 
psicomotricidade é o campo que se absorve com o movimento e o corpo. Não 
podemos deixar de falar do homem sem pensar na sua essencial ferramenta que é o 
corpo, a arma mais poderosa que o indivíduo tem para manifestar os seus 
conhecimentos, ideias, emoções e sentimentos. É ele que une o sujeito com o 
mundo que lhe dá as marcas necessárias para que se constitua conforme indivíduo. 
Ela está associada à afetividade e à personalidade, já que o indivíduo utiliza seu 
corpo para demonstrar o que sente (LIMA; BARBOSA, 2007). 
 
15 
 
[...] Melhorar a organização dinâmica; respostas motoras mais ajustadas; 
respostas e escolhas mais rápidas aos estímulos; favorecer e valorizar a 
atenção; controle da função tônica e da inibição voluntária; enriquecer a 
expressão simbólica; aperfeiçoar a ritmicidade, desenvolver a 
adaptabilidade; manter as integridades sensoriais; levar o grupo a 
estabelecer formas de integração; propiciar a resolução de problemas, 
levando às crianças a formular suas próprias hipóteses; permitir a utilização 
da imitação para produzir experiências reelaboradas; estimular sesório-
motricidade em experiências concretas, onde a criança se utiliza do corpo 
para se apropriar dos significados; favorecer a utilização de experiências 
adquiridas para construção de novos esquemas; estimular a organização e 
a ordem ligadas à rotina diária; aumentar a autoconfiança, favorecendo o 
equilíbrio entre motor, cognitivo e afetivo; promover o ajustamento da 
criança às várias solicitações das competências escolares, levando-a a 
experimentar o conhecimento a partir do seu corpo, transferindo-, então, 
para fora dele.” (GONÇALVES, 2010, p. 116). 
 
Barreto (2000) fala que os professores são os principais responsáveis por 
seguir todo o processo de alfabetização de forma a respeitar a personalidade da 
criança, oportunizando o desenvolvimento de habilidades e competências para as 
práticas sociais cotidianas. 
 
2.2 Programas PIBID/Psicomotricidade 
 
Conforme PIBID (2018), que oferta bolsas de iniciação à docência aos alunos 
de cursos presenciais nas escolas públicas, considera que estes, quando forem 
graduados, devem se comprometer com o exercício do magistério na rede pública. 
 O objetivo é antecipar o vínculo entre os futuros mestres e as salas de aula da 
rede pública. Com essa iniciativa, o PIBID faz uma articulação entre a educação 
superior (por meio das licenciaturas), a escola e os sistemas estaduais e municipais. 
A intenção do programa é unir as secretarias estaduais e municipais de educação e 
as universidades públicas a favor da melhoria do ensino nas escolas públicas em 
que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) esteja abaixo da 
média nacional, de 4,4. Entre as propostas do PIBID está o incentivo à carreira do 
magistério nas áreas da educação básica com maior carência de professores com 
formação específica. 
Conforme Welter, Welter e Sawitski (2012), o trabalho do PIBID completa os 
bolsistas de situações que jamais são vivenciadas durante a graduação, porque os 
estágios somente auxiliam a carga horária do curso, assim estabelecendo um 
intervalo no desenvolver a ser professor. 
16 
 
Os bolsistas, estudantes universitários, acadêmicos do curso de EducaçãoFísica – Licenciatura, de forma geral, as atividades dos bolsistas se pautam na 
preparação teórica metodológica das atividades psicomotoras, na observação direta 
na escola e na aproximação da realidade sobre múltiplos aspectos, incluindo as 
intervenções. 
O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) visa ao 
aperfeiçoamento da formação inicial de professores através de inserção de 
acadêmicos da licenciatura em escolas públicas de ensino básico. Esse programa 
representa hoje mais uma oportunidade de ação na formação de professores de 
Educação Física. Através da psicomotricidade a ideia é levar o licenciado a 
estabelecer, planejar, organizar e realizar intervenções psicomotoras com vistas a 
auxiliar as dificuldades de aprendizagem em alunos do ensino básico, produzindo 
assim novos significados à futura vida profissional. 
O principal objetivo do programa PIBID/ Psicomotricidade é descrever o perfil 
da escola na qual o projeto foi inserido: alunos, comunidade e professores. Verificar 
o perfil psicomotor dos alunos atendidos pela escola, identificar as diretrizes 
curriculares para a Educação Física, discutindo a partir daí questões relativas às 
orientações para o trabalho com a psicomotricidade. Identificar os problemas de 
aprendizagem associados aos aspectos psicomotores. Levantar dados referentes às 
intervenções e aos resultados alcançados. Comparar o perfil psicomotor dos alunos 
no início do projeto e no final de um ano. 
Esse subprojeto, mais do que espaço novo, possibilitará que as ações a 
serem propostas se referenciem a metodologias pedagógicas críticas, em novas 
experimentações pedagógicas, em conhecimentos acerca da psicomotricidade e sua 
área de atuação, como também dos fatores psicomotores (tonicidade, equilíbrio, 
esquema corporal, lateralidade, estruturação temporal, orientação espacial e 
coordenação motora geral) importantes na construção de um sujeito por inteiro. Essa 
aprendizagem certamente fortalecerá e ampliará os horizontes de conhecimentos e 
melhoria das futuras abordagens dos licenciados. 
 
2.3 Idades das Crianças: o Perfil Esperado de 8 a 10 Anos 
 
O desenvolvimento de uma criança é a aquisição de lado a lado de suas 
informações de acordo com cada etapa de sua idade, através de suas atividades 
17 
 
exercitadas no transcorrer da vida. Para Papalia, Olds e Feldman (2006), a primeira 
infância está dentro do período dos seis aos doze anos de idade, podendo incluir os 
hábitos escolares a partir dos seis anos de idade. A escola vai entrar nas rotinas 
cognitivas da criança com uma contribuição para o desenvolvimento. 
 No começo desse aprendizado sucedem melhorias no nível da inteligência, 
de acordo com as afinidades da criança com o ambiente. 
 
Neste estágio, a criança torna-se mais atenta e autodisciplinada, mais 
inibida em termos motores e mais concentrada em termos atencionais e 
sensoriais. A planificação motora torna-se mais regulada e controlada, mais 
precisa e localizada, as sincinesias reduzem-se ao mesmo tempo em que 
as sinergias se multiplicam, dando origem a uma exploração do 
envolvimento mais sistemática e precisa (FONSECA, 2008, p. 35). 
 
 Para Lopes (2010), o treinamento de privilégio específico mental do mundo 
físico, mediante atividades de afluência, seriação e categorização, consistiu em um 
dos mais acentuados. Segundo Wallon (2005), apelidou-se a fase da vida do ser 
humano de categorial. Nessa fase categorial, novas composições intelectuais vão 
surgir subdividindo-se em duas etapas: dos 6 aos 9 anos – o pensamento pré-
categorial – e dos 9 aos 11 anos – o pensamento categoria (LOPES, 2010). 
 
Pensamento pré-categorial (6-9 anos): relações de tempo, espaço e 
causalidade são introduzidas progressivamente. Nesse período, a criança 
não consegue distinguir o fato da causa, o agente da ação, a ação do seu 
efeito, por isso classifica os objetos e as situações de acordo com a relação 
concreta e imediata que tem com eles. Cada objeto concentra em si todas 
as qualidades que o definem, e uma só de suas características pode ilustrar 
o seu todo. Ela não consegue separar, transferir ou deslocar a qualidade do 
objeto e recolocá-la em novos conjuntos ou situações, não consegue ainda 
abstrair. 
Pensamento categorial (9-11 anos): nesse período é possível nomear, 
agrupar, comparar, categorizar e verificar dados de informação, como 
planificar, antecipar e executar condutas, com base em procedimentos 
psicomotores mais integrados e elaborados. A capacidade de categorizar, 
de estabelecer relações e sistemas lógicos transforma-se em um verdadeiro 
instrumento do pensamento e da ação (LOPES, 2010, p. 53). 
 
2.4 Fatores Psicomotores de Acordo com Rosa Neto 
 
2.4.1 Esquema corporal 
 
Incide na coordenação das percepções referentes ao próprio corpo, que o 
indivíduo vai interiorizando por meio dos estímulos que recebe do meio ambiente 
(ROSA NETO, 2015). Ao longo do seu desenvolvimento a criança descobre seu 
18 
 
corpo e a representação do mesmo, podendo conceituar o esquema corporal como 
a representação relativamente global e diferenciada que a criança tem de seu 
próprio corpo (MEDEIROS, 2012), tornando tal descoberta fundamental para que a 
mesma possa realizar a formação da imagem do seu corpo e o reconhecimento de 
suas partes. 
 
Sendo assim, o corpo representa toda a forma de comunicação, 
movimentação e expressão relacionada com atividade motora, obtida pelas 
experiências adquiridas através da movimentação corporal, adjacente da 
união de partes do corpo se transforma em um todo (OLIVEIRA et al., 2014, 
p. 1). 
 
2.4.2 Coordenação motora fina 
 
A coodenação motora fina, também conhecida como motricidade fina, 
constitui os pequenos movimentos do nosso corpo, como as mãos, pés, rosto, língua 
e lábios, caracterizada por força mínima e grande precisão (ROSA NETO, 2015). 
 
Motricidade fina – A coordenação visuomanual representa a atividade mais 
frequente e mais comum no homem, a qual atua para pegar um objeto e 
lança-lo, para escrever, desenhar, pintar, recortar, etc. Ela inclui uma fase 
de transporte da mão, seguida de uma fase de agarre e manipulação, 
resultando em um conjunto com seus três componentes: objeto/ olho/ mão 
(ROSA NETO, 2002, p. 14). 
 
Segundo Louredo (2019), 
 
Na coordenação motora fina, verificamos o uso de músculos pequenos, 
como os das mãos e dos pés. Ao desenhar, pintar ou manusear pequenos 
objetos, a criança realiza movimentos mais precisos, delicados, e 
desenvolve habilidades que a acompanharão por toda a vida (LOUREDO, 
2019, p. 39). 
 
2.4.3 Coordenação motora global 
 
Também conhecida por coordenação motricidade global, relaciona-se à 
aptidão da criança, seus sinais, seus modos, seus deslocamentos e seu ritmo, 
aceitando conhecê-la e compreendê-la melhor. Coordenação motora global ou 
motricidade global é a habilidade do sujeito dominar corretamente o ritmo conectado 
de todas as funções motoras e todas as estruturas reguladoras, como os princípios 
sinestésicos tateável e sinuosos (ROSA NETO, 2015). 
 
19 
 
2.4.4 Equilíbro 
 
Segundo Rosa Neto (2002), 
 
Equilíbrio: está vinculado ao tônus postural permitindo que o corpo 
mantenha a postura correta, e economize assim energia evitando a fadiga 
corporal, realizando assim a compensação das forças musculares anulando-
as mutuamente, é exigido no andar, sentar e ficar em pé dinâmica e 
estaticamente (ROSA NETO, 2002, p. 18). 
 
2.4.5 Lateralidade 
 
Segundo Rosa Neto (2002), o corpo humano está caracterizado pela 
presença de partes anatômicas pares e globalmente simétricas. Essa simetria 
anatômica se redobra, não obstante por uma assimetria funcional no sentido que 
certas atividades só intervêm em uma das partes. Por exemplo, escrevemos com 
uma só mão; os centros de linguagem situam, na maioria das pessoas, no 
hemisfério esquerdo. 
 A Lateralidade é uma bagagem inata, correspondendo a dados neurológicos.Porém, podendo ser uma dominância espacial adquirida, de acordo com as 
experiências vividas ou por influência de certos hábitos. Por isso a importância da 
criança não ser forçada a adotar essa ou aquela postura. Deve-se dar oportunidades 
com espontaneidade, pois a partir das experiências vivenciadas com o corpo, a 
criança define o seu lado dominante sem pressões de qualquer ordem do meio 
exterior (SERAFIN; PERES; CORSEUIL, 2000). 
 A ação educativa é fundamental para colocar a criança nas melhores 
condições para acender a uma lateralidade definida, respeitando fatores genéticos e 
ambientais, e que lhe permita organizar suas atividades motoras conforme Rosa 
Neto (2002). Conforme Schafranski (2013), a lateralidade é o componente principal 
de inclusão e orientação com o mundo externo. 
 A seriedade da lateralidade para a autora Giolo (2008) é que: 
 
A noção de lateralidade é um elemento fundamental de relação/orientação 
com o mundo externo, e está relacionado com a direcionalidade, já que esta 
é orientada pela orientação espacial e representa a capacidade para 
transferir a lateralidade ao espaço externo, e noções espaciais como cima 
em baixo, anterior e posterior dependem da noção de lateralidade (GIOLO, 
2008, p. 27). 
 
 Compreendendo que a lateralidade é um componente importante para o 
20 
 
desenvolvimento psicomotor, e que também tem um grande papel para a 
importância na capacidade de aprendizagem (ROSA NETO et al., 2011), banca-se 
indispensável que o professor de educação física, por meio de suas aulas, estimule 
a experiência e descobrimento dessa variável do desenvolvimento psicomotor. 
Segundo Rosa Neto (2002), o cérebro, a partir da preferência hemisférica corpórea, 
utiliza preferencialmente uma das partes simétricas do corpo como mão, olho, perna 
e ouvido e organiza através disso o ato motor. 
 
2.4.6 Organização espacial 
 
 Rosa Neto (2015) fala que a organização espacial é a capacidade que 
consente ao rumo do corpo no espaço e à habilidade de agregar fenômenos 
sensitivos e perceptivos do espaço, formando afinidades físicas no meio de objetos 
no espaço e o próprio corpo. 
 Organização Espacial: é a compreensão das dimensões do corpo que é finito 
em relação ao espaço, que é infinito. Está ligada à percepção imediata do ambiente 
e às operações mentais do espaço representativo intelectual. 
 
2.4.7 Organização temporal 
 
 O conhecimento da organização temporal é composto pela inclusão da 
sucessão e periodicidade, a partir das modificações que sucedem ao decorrer do 
tempo. De acordo com Rosa Neto (2002), podemos entender que ao decorrer de um 
período, as mudanças que ocorrem durante certo tempo constituído de uma 
sucessão podem alterar progressivamente o futuro, presente e passado de uma 
pessoa. 
 A organização temporal, como os outros fatores da psicomotricidade, precisa 
de certo preparo e tempo. Nisso a criança descobrirá o que é preciso ampliar os 
seus conhecimentos ao longo de sua vida. 
 
Uma organização espaço temporal inadequada pode provocar, por 
exemplo, um fracasso em matemática, pois as pessoas precisam ter noção 
de fileira, coluna, agrupamento de espaço. Podem cometer erros no cálculo 
escrito, não percebendo a ordem das palavras, não conseguindo dispor os 
números em fileiras retas e misturados os números (SISTO, 1961 apud 
MACENA, 2007, p. 20). 
 
21 
 
 Conforme Oliveira (1997), os fatores psicomotores espaço e tempo são 
aspectos interligados um ao outro, inesperados, para que possam se entender. O 
corpo humano em movimento deve relacionar os dois fatores, por causa do seu 
aspecto físico e antropológico. 
 Na organização temporal existem dois elementos muito importantes que são a 
duração e a ordem, que equivale ao ritmo. Para Rosa Neto (2002), a duração é o 
espaço que divide dois assuntos como o início e o fim de um fato, já a definição de 
ordem sucede com a organização de algo físico com uma irreversibilidade. 
 Segundo Barros de Oliveira (2006), a organização temporal é a ordem de algo 
acontecido e a duração é classificada como uma assimilação do tempo. Isso é 
construído através da lógica e desenvolvimento da criança, trabalhado de modo 
dinâmico composta por fatores psicológicos. 
 Segundo Rosa Neto (2002), 
 
Organização Temporal – está ligada à ordem e à duração, enquanto a 
primeira define a sucessão dos acontecimentos a segunda refere-se ao 
tempo de começo, permanência e fim do acontecimento a organização 
temporal inclui a dimensão lógica, cultural e os aspectos de vivência (ROSA 
NETO, 2002, p. 22). 
22 
 
3 METODOLOGIA 
 
3.1 Caracterização do Estudo 
 
 Este trabalho se caracteriza como descritivo, comparativo, de corte 
transversal, com análise quantitativa e abordagem qualitativa. 
 
3.2 População 
 
 A população foi composta por 140 crianças com faixa etária de 8 a 10 anos de 
idade. 
 
3.3 Amostra 
 
A amostra foi composta por 102 crianças de ambos os sexos. Destes, 51 
foram participantes do PIBID no ano de 2017 e início de 2018 e 51 não participaram 
do programa. 
Para a definição da quantidade de crianças participantes do estudo, foram 
adotadas as orientações para amostragem aleatória, estratificada e proporcional. 
O cálculo amostral levou em consideração a quantidade alunos com idades de 8 a 
10 anos, de uma escola estadual da cidade de Montes Claros em Minas Gerais. 
Todos foram selecionados proporcionalmente à população. 
Foi adotado um erro tolerável de 5%, nível de confiança de 95% e uma 
prevalência para todos os desfechos na ordem de 50%. Dessa forma, para calcular 
a amostra foi utilizada a fórmula n= (Z*Z) *p*q*N/e*e*(N-1) +p*q*Z*Z, na qual p = 
probabilidade de ser rejeitado 50%; q = probabilidade de ser escolhido 50%; N = 
população; Z = intervalo de confiança (1,96); e e = percentual de erro ≤ 0.05, 
seguindo os dados fornecidos pela Escola Estadual Antônio Figueira. 
Após o cálculo, que definiu a quantidade de crianças necessárias em cada 
categoria, foi realizado um sorteio pelo programa Microsoft Excel do Windows para 
escolha dos sujeitos. Os sorteados foram contatados durante as aulas na escola, 
no horário de aulas regulares de educação física no ensino básico. 
 
 
23 
 
3.4 Procedimentos Éticos 
 
 Este estudo foi realizado com base na resolução 196/96 da Comissão 
Nacional de Ética em Pesquisa – CONEP – do Conselho Nacional de Saúde – CNS. 
A pesquisa foi encaminhada ao Comitê de Ética da Universidade Estadual de 
Montes Claros (Unimontes) e foi aprovado através de um parecer consubstanciado 
Número: 2.963.365 de 16 de outubro de 2018 (Anexo I). 
 
3.5 Instrumentos Utilizados 
 
Foi utilizado um pequeno questionário estruturado e os testes foram 
aplicados com base na Escala de Desenvolvimento Motor – EDM – proposta por 
Rosa Neto (2002). 
Para se recolher os dados da Organização Temporal – IM6 –, os testes 
foram aplicados individualmente, de forma convencional aleatória. Os 
procedimentos realizados partem da revisão bibliográfica, onde foi consultado o 
livro do autor Rosa Neto (2002) com o levantamento de informações acerca do 
tema. 
A escolha da escola se deu através da participação do Programa Institucional 
de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) no conteúdo Psicomotricidade. 
No primeiro teste o aluno iria reproduzir o movimento que escutava (não via 
as batidas, pois estavam separados pela placa de madeira) das batidas com a 
ponta do lápis onde o aplicador deveria dar o primeiro passo – três erros 
consecutivos paravam o teste. 
Na segunda situação o aluno visualizava com determinado tempo a figura 
do teste, que era apresentada pelo avaliador e reproduzida no seu material da 
forma que visualizou – dois erros consecutivos paravam o teste. 
Na terceira situação, o aplicador deveria bater sobre a mesa o lápis, 
quantas batidas eram pedidas pelo teste, e o aluno deveria escutar e desenhar 
conforme o número de sons produzidos – dois erros consecutivos paravamo teste. 
Na quarta e última situação o aluno visualizava e batia com o lápis sobre a 
mesa – dois erros consecutivos paravam o teste. Obs.: mesmo parando os testes, 
as pontuações anteriores eram computadas. 
A Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) proposta por Rosa Neto (2002) 
24 
 
no fator específico que estão presentes nas tabelas 1,2,3 e 4 abaixo. 
 
Tabela 1 – Etapa 1: Estrutura Espaço-Temporal (Reprodução de Som) 
ENSAIO 1 00 ENSAIO 2 0 0 
CARTÃO N°.1 000 CARTÃO N°.11 0 0000 
CARTÃO N°.2 00 00 CARTÃO N°.12 00000 
CARTÃO N°.3 0 00 CARTÃO N°.13 00 0 00 
CARTÃO N°.4 0 0 0 CARTÃO N°.14 0000 00 
CARTÃO N°.5 0000 CARTÃO N°.15 0 0 0 00 
CARTÃO N°.6 0 000 CARTÃO N°.16 00 000 0 
CARTÃO N°.7 00 0 0 CARTÃO N°.17 0 0000 00 
CARTÃO N°.8 00 00 00 CARTÃO N°.18 00 0 0 00 
CARTÃO N°.9 00 000 CARTÃO N°.19 000 0 00 0 
CARTÃO N°.10 0 0 0 0 CARTÃO N°.20 0 0 000 00 
 Fonte: Rosa Neto (2002). 
 
 
 
Figura I- Estrutura Espaço-Temporal 
 
 
 
 
Fonte: Rosa Neto (2002) 
 
 
25 
 
Tabela 2 – Etapa 2: Simbolização (desenho) de Estruturas Espaciais 
ENSAIO 1 00 ENSAIO 2 0 0 
CARTÃO N°.1 0 00 CARTÃO N°.6 0 0 0 
CARTÃO N°.2 00 00 CARTÃO N°.7 00 0 00 
CARTÃO N°.3 000 0 CARTÃO N°.8 0 00 0 
CARTÃO N°.4 0 000 CARTÃO N°.9 0 0 00 
CARTÃO N°.5 000 00 CARTÃO N°.10 00 00 0 
Fonte: Rosa Neto (2002). 
 
 
Tabela 3 – Etapa 3: Simbolização de Estruturas Temporais 
ENSAIO 1 00 ENSAIO 2 0 0 
CARTÃO N°.1 000 
CARTÃO N°.2 00 00 
CARTÃO N°.3 00 0 
CARTÃO N°.4 0 0 0 
CARTÃO N°.5 00 00 00 
 Fonte: Rosa Neto (2002) 
 
Tabela 4 – Etapa 4: Transcrição das Estruturas Temporais (ditado) 
ENSAIO 1 00 ENSAIO 2 0 0 
CARTÃO N°.1 0 00 
CARTÃO N°.2 000 0 
CARTÃO N°.3 00 000 
CARTÃO N°.4 0 0 00 
CARTÃO N°.5 00 0 0 
Fonte: Rosa Neto (2002). 
 
3.6 Procedimentos Para Coleta de Dados 
 
A escola assinou um Termo de Concordância antes de ser submetido ao 
comitê de Ética. Os pais dos alunos assinaram um Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido em Pesquisa – TCLEP – e as crianças um Termo de Assentimento Livre 
e esclarecido em Pesquisa – TALE. Após aprovação do projeto e assinatura de 
concordância por parte da Instituição foi agendado a data para a coleta de dados no 
espaço cedido pela escola. 
26 
 
 Os pesquisadores assinaram um Termo de responsabilidade para o acesso, 
manipulação, coleta e uso das informações de sigilo profissional para fins científicos 
(arquivos de saúde, judiciais e outros). 
 A coleta de dados foi realizada de outubro a dezembro de 2018 e de fevereiro 
e março de 2019. 
 3.7 Procedimentos Estatísticos 
 
Quanto à análise dos dados, foram realizadas análises descritivas através de 
frequência simples e porcentagem, teste t e ANOVA. 
Os dados coletados foram tratados estatisticamente pelo Software Statistical 
Package for the Social Sciences (SPSS) 20.0 e pelo Excel. 
 
3.8 Limites do Estudo 
 
Este estudo possui como limite a aplicação de somente uma prova de 
interesse e não a Escala de Desenvolvimento Motor por inteiro, não se fazendo, 
portanto, a idade motora e o número de erros e acertos que caracteriza os 
resultados propostos por Francisco Rosa Neto (2002). 
 
27 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
4.1 Caracterização da Amostra Estudada 
 
A amostra estudada contou com a participação de 102 alunos das séries 
iniciais do ensino fundamental – séries iniciais, com idades de 8 a 10 anos, dos 
quais 17 de cada idade são participantes do PIBID e 17 de cada idade avaliados não 
participaram do Programa PIBID-Psicomotricidade, totalizando 53 do sexo masculino 
(51%) e 49 do sexo feminino (48%). 
As Tabelas 5 e 6 mostram os resultados da amostra quanto à idade, sexo dos 
estudantes e participação no PIBID. 
 
Tabela 5 – Caracterização da Amostra de Estudantes 
VARIÁVEIS N % 
Sexo Feminino 49 48,0 Masculino 53 51,0 
Idade 
8 anos 34 33,3 
9 anos 34 33,3 
10 anos 34 33,3 
Participante do PIBID Sim 51 50,0 Não 51 50,0 
Fonte: Própria (2019). 
 
 
Tabela 6 – Participação no PIBID Segundo o Sexo e Idade 
IDADE PARTICIPANTE 
NÃO 
PARTICIPANTE 
SEXO N SEXO N 
8 anos Masculino 7 Masculino 7 Feminino 10 Feminino 10 
9 anos Masculino 8 Masculino 10 Feminino 9 Feminino 7 
10 anos Masculino 8 Masculino 13 Feminino 9 Feminino 4 
Fonte: Própria (2019). 
 
 O estudo contou com a participação de 102 alunos das séries iniciais do 
ensino fundamental – séries iniciais, com idades de 8 a 10 anos, dos quais 17 de 
cada idade são participantes do PIBID, totalizando 33,3% e 17 de cada idade 
avaliada que não participaram do Programa PIBID-Psicomotricidade, totalizando 
33,3% para cada idade estudada. 
28 
 
Com o amadurecimento da idade e o decorrer dos anos, a percepção do 
tempo e espaço vai se evoluindo. Assim podemos organizar o nosso próprio tempo 
para as devidas tarefas da vida do ser humano (ROSA NETO, 2002). 
 De acordo com o estudo de Rosa Neto, Leite e Melo (2002), as crianças de 8 
a 10 anos de idade praticantes de natação que foram avaliadas, usando o mesmo 
protocolo adotado no presente estudo, apesar do quociente motor encontrado ter se 
situado dentro da normalidade, o resultado dos testes de equilíbrio e organização 
temporal foram aqueles em que as crianças demonstraram menores índices relativos 
à idade motora. 
 Ainda conforme Rosa Neto, Leite e Melo (2002), nessas idades o movimento 
da criança se faz muito importante, no sentido de explorar um crescimento ativo. A 
base do entendimento é constituída nos anos antecedentes à idade escolar, 
envolvendo a necessidade de oportunidade de práticas e contextos diversificados 
para aproveitamento no processo de aprendizagem da alfabetização. 
 Analisando o princípio da dificuldade na aprendizagem da linguagem escrita 
decorrente ou influenciada pelo cognitivo e desempenho motor de uma forma 
isolada ou conjunta, os autores abonam a presunção de influência expressiva dos 
componentes da aprendizagem motora na aquisição das habilidades para 
aprendizagem da linguagem escrita. 
 Os autores Mello, Poeta e Rosa Neto (2003) também adotaram a Escala de 
Desenvolvimento Motor (EDM) para avaliar 33 escolares de 6 a 13 anos de idade 
com déficit de atenção e hiperatividade não relacionando a qualquer doença ou 
distúrbio orgânico. A avaliação do desenvolvimento da organização temporal das 
crianças foi feita separadamente, permitindo verificar a fase em que com maior 
frequência as crianças apresentam atraso motor. Nesse sentido, a classificação do 
resultado da avaliação das crianças nas tarefas foi realizada com base no número 
de acertos separadamente para os grupos etários. 
 
4.2 A Idade Cronológica dos Participantes 
 
 A Idade Cronológica – IC –, conforme o que é delineado pelo Rosa Neto 
(2002), é obtida através da data de nascimento, dada em anos, meses e dias. 
 A Tabela 7 mostra a análise descritiva das datas de nascimento das crianças 
e a Idade Cronológica (IC) observada na amostra (M = 9,00; DP = 2,46). 
29 
 
Tabela 7 – Análise descritiva acerca da data de nascimento e de idade cronológica 
da amostra 
VARIÁVEL N MÍNIMO MÁXIMO MÉDIA DP 
Data nascimento 102 19.01.2008 17.12.2010 16.07.2009 --- 
Idade cronológica 102 8 10 9,00 .821 
Fonte: Própria (2019). 
 
A Tabela 8 mostra a evidência de que os alunos do ensino fundamental 
participantes do programa PIBID-Psicomotricidade com algumas idades (8 anos=96 
meses=5); (9 anos=108 meses=7) e (10 anos=120 meses=7), totalizando 19 alunos. 
Já aqueles os quais percebiam em sua idade cronológica 8 anos e seis meses=102 
meses=12; 9 anos e seis meses=114 meses=10; e 10 anos e seis meses=126 
meses= 10, totalizando 32 alunos. 
 
Tabela 8 – Idade cronológica dos participantes e não participantes do PIBID 
Psicomotricidade 
ANOS MESES PARTICIPANTES NÃO PARTICIPANTES 
8 Anos 96 Meses 5 6 
8 Anos e 6 Meses 102 Meses 12 11 
9 Anos 108 Meses 7 9 
9 Anos e 6 Meses 114 Meses 10 8 
10 Anos 120 Meses 7 4 
10 Anos e 6 Meses 126 Meses 10 13 
Fonte: Própria (2019).Quanto aos não participantes do Programa PIBID-Psicomotricidade, foi 
evidenciado, com idades de 8 anos=96 meses=6; de 9 anos=108 meses=9 e 10 
anos=120 meses=4, totalizando 19 alunos (Tabela 4). Para os alunos com 8 anos e 
seis meses em sua idade: 8 anos e seis meses=102 meses=11; 9 anos e seis 
meses=114 meses=8; e 10 anos e seis meses=126 meses= 13, totalizando 32 
alunos (Tabela 8). 
30 
 
4.3 Teste t 
 
Foi observada uma diferença estatística significativa (p= ,022) no sexo da 
amostra. O sexo feminino apresentou escores superiores (M=158,38; Dp = 55,073) 
em relação ao sexo masculino (Tabela 9). 
 
Tabela 9 – Teste t da organização temporal em função do sexo da amostra 
VARIÁVEL SEXO N MEDIA DP T VALOR P 
Reprodução golpes 
Feminino 49 158,38 55,073 
2,332 ,022* 
Masculino 53 131,83 59,550 
Simbolização 
Feminino 49 79,97 33,483 
,363 ,717 
Masculino 53 77,64 31,328 
Leitura golpes 
Feminino 49 50,06 10,699 
,636 ,526 
Masculino 53 48,53 13,300 
Ditado 
Feminino 49 29,77 19,983 
1,508 ,135 
Masculino 53 24,02 18,534 
 
 A organização temporal abrange as habilidades de ansiedade e emprego dos 
dados do período imediato (ROSA NETO, 2002). Analisando o teste da organização 
temporal, ele consiste em quatro etapas para essa faixa etária de 8 a 10 anos de 
idades, onde o primeiro é a reprodução de golpes através de um lápis, o segundo e 
simbolização de estruturas espaciais onde o avaliado deverá desenhar estruturas de 
acordo com o teste, o terceiro é leitura reprodução por meio de golpes, serão 
apresentadas outras estruturas. Em vez de a criança desenhá-la, ela dará pequenos 
golpes com lápis, já o último e quarto teste a ser aplicado nessa faixa etária será a 
transcrição de estruturas temporais ou ditado, onde será o avaliador que dará os 
golpes com o lápis e o avaliado irá desenhar as estruturas informadas. 
 O compasso é um fator muito importante para a estruturação que apoia a 
ajustamento ao tempo. Segundo Velasco (1996), o ritmo das ações e dos episódios 
que a criança adquire e a noção temporal é imprescindível para conviver com o 
antes e o depois, com o passado, contemporâneo e futuro. O autor vem falar que a 
organização temporal juntamente com as estruturações é de uma grande 
importância para as crianças da faixa de 8 a 10 anos de idade, onde é nela que é 
construída a convivência desde o passado à atualidade até também o futuro. 
31 
 
 As crianças com alguma alteração na parte cognitiva da estrutura temporal 
podem proporcionar dificuldades na percepção dos intervalos entre sequências de 
sílabas de uma palavra ou em frases. Batistella (2001) encontrou a média 
(QM6=75,45; "muito inferior") em crianças sem histórico de baixo rendimento escolar 
e obteve a mesma classificação das crianças do seu estudo. 
 Neste estudo, ao se comparar o desenvolvimento motor quanto à organização 
temporal em crianças de 8 a 10 anos de idade participantes e não participantes do 
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID de 
Psicomotricidade, em uma instituição pública de ensino fundamental da região de 
Montes Claros, os resultados evidenciaram que o sexo feminino apresentou escores 
superiores em relação ao sexo masculino. 
Os resultados do teste t evidenciaram diferença estatística significante (p= 
,011) e com melhores escores (M=159,26; Dp= 56,807) na reprodução dos golpes 
(Tabela 10). 
 
Tabela 10 – Teste t da organização temporal de acordo com ser ou não participante 
VARIÁVEL PARTICIPANTE N MEDIA DP T VALOR P 
Reprodução golpes 
Sim 51 159,26 57,379 
6,737 ,011* 
Não 51 129,91 56,807 
Simbolização 
Sim 51 78,64 35,681 
,001 ,971 
Não 51 78,87 28,749 
Leitura golpes 
Sim 51 49,09 13,647 
,021 ,885 
Não 51 49,44 10,429 
Ditado 
Sim 51 28,89 20,229 
1,211 ,274 
Não 51 24,67 18,416 
Fonte: Própria (2019). 
 
Para Halpern (2002), o profissional deve desenvolver corretamente com as 
crianças que possui muita dificuldade em afeiçoar-se precocemente os seus 
problemas relacionados com desenvolvimento, pois é muito importante que várias 
avaliações aconteçam durante a vida de cada um, sobretudo nos primeiros anos, 
onde essa ampliação é mais ativa com maior impacto dos atrasos mais intensos. 
 
32 
 
4.4 ANOVA 
 
Quando se analisa a idade dos participantes verifica-se que existe diferença 
estatísticas significativa (p= ,012), na qual a idade dos 10 anos apresenta um ganho 
na simbolização (M= 85,76; DP=19,883) (Tabela 11). 
 
Tabela 11 – ANOVA da organização temporal em função da idade da amostra 
VARIÁVEL IDADE N MÉDIA DP F VALOR P 
Reprodução golpes 
8 34 138,80 73,238 
1,455 ,238 9 34 158,47 48,683 
10 34 136,47 50,084 
Simbolização 
8 34 65,52 40,160 
4,607 ,012* 9 34 84,98 30,039 
10 34 85,76 19,883 
Leitura 
8 34 50,73 13,359 
,377 ,687 9 34 48,37 13,795 
10 34 48,69 8,655 
Ditado 
8 34 29,37 19,025 
4,731 ,011* 9 34 32,09 19,781 
10 34 18,89 17,154 
Fonte: Própria (2019). 
 
Outro resultado que também evidenciou diferença estatística significativa (p= 
,011) foi o ditado, no qual a idade de 9 anos evidenciou melhores médias (M=32,09; 
DP= 19,781). 
 Os autores Moreira, Fonseca e Diniz (2000) estudaram a habilidade motora 
de crianças, colocando como normais e com problemas de aprendizagem com 
média a idade de 8 anos. Os autores descobriram contestações expressivas na 
habilidade motora de crianças normais e com dificuldades de aprendizagem, sendo 
que essa faixa etária apresentou dificuldades motoras específicas, que se cogitou 
em um perfil motor mais debilitável. 
 Segundo Lineburguer et al. (2004), eles analisaram crianças de 3 a 10 anos 
de idade com problema de asma, onde foram encontrados resultados superiores nas 
crianças no desenvolvimento da organização temporal, esquema corporal e 
motricidade fina e global, alcançando quociente motor normal médio em relação às 
33 
 
outras áreas avaliadas, equilíbrio e organização espacial, onde as crianças atingiram 
quociente motor normal baixo. 
 Rosa Neto et al. (2004), ao analisarem o perfil motor de crianças entre 4 e 12 
anos participantes de um programa educacional de psicomotricidade, foram 
encontrados níveis considerados como “inferior”, o que confirma a precisão de 
intervenções motoras para as crianças apontadas com dificuldades de 
aprendizagem e transtorno da atenção, como maneira de colaborar para o 
desenvolvimento absoluto dessas crianças. A participação das crianças dessa faixa 
etária em programas educacionais de psicomotricidade é de grande importância 
para o desenvolvimento cognitivo e motor, onde pode-se verificar que esses 
programas ajudam no crescimento da criança. 
 
34 
 
5 CONCLUSÃO 
 
A amostra estudada foi composta por estudantes com idades de 8 a 10 anos, 
sendo 50% de participantes do programa PIBID de Psicomotricidade e 50% de 
crianças que não participaram do programa. 
 Na idade cronológica observou-se 19/01/2008 como idade mínima e 17/2/ 
2010 como idade máxima, mostrando além desse aspecto que existem um número 
de 96 a 126 meses, dependendo da idade em anos ou fechada ou ser transcrita em 
anos e meses. 
 Pode-se concluir que o sexo feminino é superior ao masculino na reprodução 
dos golpes das estruturas temporais, no qual o que importa é que a sucessão seja 
correta. Conclui-se ainda que os participantes no PIBID possuem maiores escores 
na reprodução dessas estruturas. 
 Quanto à idade dos participantes observou-se que na simbolização das 
estruturas espaciais os 10 anos de idade são melhores. No entanto, na transcrição 
das estruturas temporais ditados com aqueles de 9 anos de idade foram 
evidenciados melhores resultados. 
 A intenção dessa pesquisa foi totalmente conquistada, já que não se 
objetivou traçar um perfil temporal, mas analisar de forma abrangente se a prova 
contida na bateria de Rosa Neto é eficiente para mensurar os participantes e não 
participantes em seu desenvolvimento motor temporalquanto ao sexo e à idade. 
 Para se conquistar objetivos mais abrangentes quanto ao desenvolvimento 
motor de escolares deve-se aplicar a bateria de Rosa Neto por inteiro. Devem ser 
verificados então os limites desse estudo que ao mensurar o desenvolvimento 
temporal de crianças não se utilizou a bateria por completo, avaliando o ser humano 
em toda sua plenitude. 
 
 
35 
 
REFERÊNCIAS 
 
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Editora Tribo da Ilha. 
 
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ANEXOS 
 
ANEXO I – APROVAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA 
 
38 
 
39 
 
 
40 
 
Anexo II – Comprovante de Envio do Projeto 
 
	1 INTRODUÇÃO
	2 REFERENCIAL TEÓRICO
	2.1 Psicomotricidade
	2.2 Programas PIBID/Psicomotricidade
	2.3 Idades das Crianças: o Perfil Esperado de 8 a 10 Anos
	2.4 Fatores Psicomotores de Acordo com Rosa Neto
	2.4.1 Esquema corporal
	2.4.2 Coordenação motora fina
	2.4.3 Coordenação motora global
	2.4.4 Equilíbro
	2.4.5 Lateralidade
	2.4.6 Organização espacial
	2.4.7 Organização temporal
	3 METODOLOGIA
	3.1 Caracterização do Estudo
	3.2 População
	3.3 Amostra
	3.4 Procedimentos Éticos
	3.5 Instrumentos Utilizados
	3.6 Procedimentos Para Coleta de Dados
	3.8 Limites do Estudo
	4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
	4.1 Caracterização da Amostra Estudada
	4.2 A Idade Cronológica dos Participantes
	4.3 Teste t
	4.4 ANOVA
	5 CONCLUSÃO
	REFERÊNCIAS
	ANEXOS

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